quinta-feira, 29 de junho de 2017

O Clube do Povo e os seus Feiticeiros...!!!



“Benfiquistas,
As boas tradições são para se manterem, e é uma boa tradição este nosso encontro anual de convívio dos representantes do povo com o clube do povo, o Sport Lisboa e Benfica.
Faz um ano, lançámos como grande objectivo a conquista do nosso primeiro Tetra. Pois bem, aqui está connosco a taça do primeiro Tetra da nossa história, num ano em que fizemos o primeiro triplete dos últimos 36 anos – e que culmina quatro anos em que afirmámos uma hegemonia do futebol português com números que falam por si.
Nos últimos quatro anos, em 16 títulos possíveis conquistámos 11. Houve quem, na mesma altura, não conquistasse nada ou apenas dois. E isso faz toda a diferença.
Resultados desportivos que são o culminar de um projecto de recuperação, credibilização e profissionalização do Benfica em todas as áreas.
Hoje temos contas consolidadas, um património e um conjunto de infra estruturas que nos permite olhar o futuro com total confiança.
Estamos a avançar com um novo ciclo de ambição, que passa por uma nova geração de infra estruturas com o alargamento da Caixa futebol Campus e a criação do novo Centro de Alto Rendimento que se vai localizar no concelho de Oeiras.
Nova ambição que passa também, pela expansão e uniformização das Casas do Benfica, pelo reforço da Fundação Benfica, pela Rádio Benfica e pela criação da nova plataforma digital – o novo site – que vai ser âncora da estratégia de proximidade com os nossos milhões de adeptos espalhados pelo mundo.
Somos reconhecidamente a melhor marca do país. Neste último ano sucederam-se as notícias a colocar o Benfica no top 10 dos mais variados estudos. Seja do ranking da UEFA, do clube que melhor rentabiliza as vendas dos seus activos, em número de espectadores no Estádio, passando pelas inúmeras estrelas internacionais das várias áreas que fizeram questão de aparecer com a nossa camisola.
E um dos aspectos em que mais nos distinguimos, foi pelo reconhecimento do trabalho realizado, pela nossa famosa escola de formação do Benfica.
Neste momento, talentosos jovens que jogam em grandes clubes internacionais procuram vir para o Benfica, porque sabem que para além da forte aposta na sua formação, têm oportunidades de mostrar o seu valor na equipa principal.
Por isso, este ano lá teremos uma nova fornada de cinco a seis jovens vindos da equipa B a iniciar a época na equipa principal. Ganhar faz parte do nosso ADN e é na formação que queremos desde logo construir essa mentalidade.
Em síntese, temos provas dadas, resultados, uma estratégia e um novo rumo já definidos, o que nos torna fortes, unidos e coesos com confiança total no trabalho que temos todos juntos vindo a desenvolver.
Mas, caras e caros Benfiquistas, nas últimas semanas, o País assistiu a uma agitação no mundo do futebol, que procurou instalar a ideia de que todos somos iguais e que teria, caso resultasse, o efeito de destruir os restos de credibilidade que ainda levam adeptos aos estádios e os sócios a apoiarem os clubes da sua preferência.
Ao mesmo tempo, tentou-se criar um manto de suspeita e condicionamento sobre todos os agentes desportivos quando se aproxima o início de uma nova época.
No ambiente de grande agitação que foi artificialmente criado, o Sport Lisboa e Benfica foi brindado com uma sucessão de acusações, todas elas falsas e infundadas.
Neste momento, cabe-nos manter a serenidade e conservar distância em relação a comportamentos que não são próprios da actividade desportiva e muito menos próprios das relações que devem existir entre parceiros do mesmo sector de actividade.
Por isso, importa destacar que só devemos travar as batalhas que nós próprios escolhemos, jamais aquelas para onde nos querem arrastar.
O Benfica em nada contribuiu para este conflito suicida que, no final, acabará por vitimar quem a desencadeou e alimentou de forma irresponsável. Por essa razão, congratulamo-nos pelo facto de o assunto já ter sido levado às instâncias próprias.
Quero garantir aos sócios e simpatizantes do Sport Lisboa e Benfica que no nosso Clube não existem actos praticados à margem da lei, nem condutas que possam ser objecto de censura.
A seu tempo, este facto ficará claro para todos.
Os Benfiquistas não devem estranhar que o nosso Clube esteja a ser o alvo de ódios alheios.
Os sucessos desportivos, a estabilidade financeira e a existência de uma organização muito profissional são motivo de incómodo para quem não pode orgulhar-se de estar no patamar de excelência, que faz do Sport Lisboa e Benfica uma referência a nível internacional.
E desenganem-se aqueles que pensam que nos fazem distrair dos nossos principais objectivos, pelo contrário, a todos os Benfiquistas quero garantir que o nosso foco está e estará no planeamento e preparação da próxima época, nas mais diferentes modalidades, para que no final voltemos a ter as alegrias, que tanto nos faz ter orgulho no nosso Clube.
E por isso não tenham dúvidas, vamos iniciar esta nova época com renovada ambição porque temos um novo feito inédito a conquistar o Penta.
Rumo ao Penta
Sempre com humildade e respeito por todos os adversários.
E sempre contando com esse apoio inexcedível dos milhões de Benfiquistas que por onde a nossa equipa se desloque, estão sempre lá a apoiar.
Mas quero fazer uma confidência sobre o segredo dos nossos resultados, a verdadeira poção mágica para tantos golos marcados e defesas extraordinárias.
O nosso feiticeiro mor chama-se Rui Vitória.
As fantasias mais deslumbrantes são do Jonas, os segredos mais poderosos do capitão Luisão, a poção mais forte de Fejsa que por onde passa ganha todos os títulos. E os pós mais inebriantes saem dos dribles dos nossos vários artistas como o Nélson Semedo, Cervi, Rafa e tantos outros.
Mas temos mais segredos. Investimos em formação em vez de crime informático. Em aprender com os erros em vez de culpar sempre terceiros. Em estabilidade em vez de despedimentos de sucessivos treinadores. Num próprio rumo em vez de alianças negativas.
E por isso digo sempre, a melhor resposta que podemos dar é continuar focados no nosso trabalho e continuar a ter resultados.
Benfiquistas, um Clube com a força dos nossos adeptos, em Portugal e no Mundo, está obrigado a trabalhar para ganhar, para formar, para ser uma referência.
É este o nosso registo, positivo, sólido, ganhador e global. Podem continuar a contar com o Benfica para ganhar.
Viva o Benfica!
Viva Portugal!”

Chrien

É jovem, não é seguro que fique no plantel principal, pode acabar na B ou ser emprestado, mas a 'forma' como foi apresentado... e as indicações que vi no recente Euro sub-21, prometem...!!!

Vamos ver como se vai adaptar ao nosso futebol, é um médio-ofensivo, que pode fazer de 8 (e até parece ter boas características para '10'!!!) Nos últimos anos, temos contratado 'poucos' jogadores para esta posição (comparando com outros lugares...), e só por isso, já merecia destaque...
Joga com o pé direito, é alto, marca golos, principalmente de bola parada, mas tem bons pés, e parece saber fazer assistências no último terço...

Com o  Pizzi na Selecção, com o Krovonovic a recuperar de uma lesão, nos primeiros treinos da época, o Horta, o Pêpê e agora o Martin Chrien vão ter minutos seguramente... é aproveitar!


Martin Chrien Highlights - TrScouts por trscouts

N - 1 (ou como devemos sair onde preferem ter comentadores do Porto e do Sporting a insultar os benfiquistas do que pessoas do Benfica a... defender o Benfica)

"Obrigado a todos os que me criticaram e - também - a todos os que me ajudaram. Mas o maior obrigado, claro, a todos os que me leram.

N - 1
No princípio de 1995, Aníbal Cavaco Silva, então primeiro-ministro de Portugal, quase a completar 10 anos nessas funções (ele que... «nunca foi político» e que passou os 10 anos seguintes a condicionar tudo e todos para poder ser Presidente da República, onde este mais 10 anos... embora - repita-se -... «nunca tenha sido político»), anunciou a sua saída de presidente do PSD, não se recandidatando a essas funções, no Congresso que estava já convocado para o mês seguinte.
E, deixando o PSD como deixou, nos dias seguintes à sua decisão explicou, urbi et orbe as motivações da sua saída.
De entre todas as explicações, houve uma que me tocou - a mim, deputado da então maioria, desde 1987, cargo esse que... apoiando o Governo, sendo ministro de um deles ou na oposição... haveria de exercer até 2009 - de forma especial.
Poucos se lembrarão, até porque esta parte da entrevista a Cavaco Silva é pouco (ou muito pouco) recordada, mas ele explicou que a razão principal da sua saída for ter percebido que, se nas eleições que se realizaram um Outubro, ainda tinha condições para ganhar... já não as teria no acto eleitoral seguinte.
E, assim, teria decidido sair no momento anterior àquele em que seria obrigado a fazê-lo.
Era o que designou da teria N - 1.
Ouvi e - para além de muitas coisas em que me identifiquei com Cavaco... e com algumas em que me sentia nos antípodas do que ele pensava e fazia - não deixei de concordar com esse princípio de vida em democracia.
Devemos sempre deixar os sítios (ou os cargos) de onde seremos obrigados a sair (não interessam agora as causas nem as razões, porque isso é... outra conversa) no momento anterior em que obrigatoriamente o teríamos de fazer.
Claro que as razões dessas saídas poderão ir desde acharmos que não ganhamos as eleições a seguir às próximas (como seria este o caso), de sermos obrigados a sair porque no mandato seguinte deixaremos de ter condições para, em consciência, desempenharmos o cargo para que seríamos eleitos sem violentarmos os nossos valores e os nossos princípios, até à avaliação que fizermos de, se lá continuarmos, a vida se poder encarregar de não deixar que se lembrem de nós como vencedores mas, antes, como vencidos!
Ou seja, N - 1.
Confesso que devo muito - como todos os portugueses - a Cavaco Silva.
Mesmo os que, depois, se desiludiram com ele (e, por maioria da razão, os que nunca se entusiasmaram com a sua liderança).
Mas devo-lhe a teorização deste princípio universal que sempre tive como certo: sair dos sítios antes de nos fazerem sentir a mais!

N - 1... na Bola
Este é - se for publicado - o meu artigo 99 em A Bola. Como - anteriormente, nos anos 90 - já havia escrito em O Jogo e no Record.
O 99.º, desde o dia 13 de Agosto de 2015.
Fazendo, desta forma o pleno dos jornais desportivos (embora, com toda a franqueza, não sei de daqui a 20 anos... os jornais serão tão relevantes... ou existam, mesmo, como há... 20 anos).
Mas isso são previsões para outros momentos, que não os de despedida.
Em 13 de Agosto, era o Benfica bicampeão nacional!
Em 28 de Junho - hoje, portanto - o Benfica é tetracampeão nacional.
Com todas as condições para ser... penta!
Por mim, chegou o momento N - 1, em A Bola.
Com um agradecimento público, sincero e muito sentido, a quatro pessoas que gostaria de nomear.
Ao Vítor Serpa, pela responsabilidade formal do convite e pela simpatia com que sempre me tratou, a mim, simples opinador, ele, um velho monstro sagrado do jornalismo desportivo... apesar de não ser... do Benfica!
Ao Paulo Cardoso, administrador da empresa proprietária do jornal, velho novo (ou novo velho??) amigo, com quem me cruzo... muitas vezes, nos almoços, no... Sinal Vermelho! O mesmo Sinal Vermelho onde me cruzo com o engenheiro Arga e Lima, proprietário de A Bola e legítimo portador das bandeiras de quem fundou a imaginou o jornal como grande referência da imprensa desportiva nacional, herdeiro não só da propriedade, mas também da superioridade moral e intelectual de quem sabe que há coisas que... se têm ou nunca se terão (e ele tem)!
E, por último, ao José Manuel Delgado, grande amigo dos tempos da Faculdade, em que discutíamos tanto futebol que... passámos a ser amigos para a vida.
Para a vida, independentemente de tudo.
E o tudo significa nunca termos deixado de perceber o papel que cada um desempenhava, o que cada um podia contar, ou, mesmo, o que cada um poderia contar... depois de ter ouvido... muito mais do que poderia ser contado.
É assim a vida!
Como em tudo... também na Bola... N - 1.
E se há lugares de onde saímos, por causa do N - 1, para voltarmos... há outros de onde saímos porque já não queremos lá estar!
Com a percepção certa do eu, no tempo e no espaço... onde devemos estar!
É isso a vida!
Conhecendo o nosso mundo (onde somos actores e guionistas) e... as nossas convicções.
Porque, mais do que nos e as nossas circunstâncias... devemos ser nós e os nossos valores!
Para que, com isso, o tempo volte a ser (todo) nosso!

N - 1... Antes do 100
N - 1... antes do 100, antes do penta, antes de... Obrigado aos meus (em termos deste jornal, obviamente)... 4 cavaleiros do Apocalipse (no bom sentido, claro)!
Obrigado a todos os que me... criticaram e - também - a todos os que me... ajudaram!
Mas o mais obrigado, claro, para todos os que... leram!
Obrigado a A Bola!
Até... sempre!"

Rui Gomes da Silva, in A Bola

Benfica

"A situação à volta do Benfica não é confortável. Espero que tudo se esclareça rapidamente pelas vias legais adequadas. Gostaria, por agora, se salientar dois pontos.
O primeiro tem a ver com os agora arautos da verdade, em regime de condomínio fechado. Falam como imaculadas personagens, prenhes de amnésia. Servem-se lautamente de pirataria informática e sentem-se bem nesse mundo de total bufaria. Sentenciam como doutos juízes de instância suprema, reinventam regulamentos, ressuscitam intervenientes, querem fazer confundir datas e épocas e pregam a moral dos ofendidos (de um tetracampeonato). Só lhes falta a essência do nexo de causalidade. Como dizem os italianos, che peccato!
O segundo diz respeito ao meu clube. Sem prejuízo do que há por esclarecer, sinto-me incomodado. Sobretudo, por ver o SLB ser posto em causa por alegada interferência que não foram eleitas, mas que por lá andam. Repudio absolutamente esta degenescência hierárquica e democrática. Não aceito ver o meu clube na praça pública por alegadas práticas de chico-espertismo à revelia dos sócios. Independentemente do que a justiça desportiva e civil decidirem no meio desta emaranhado de acusações falsas ou verdadeiras, o custo reputacional já é significativo. A boa reputação demora anos e anos a ser edificada (como LF Vieira fez), mas pode ser ferida gravemente num breve tempo. O meu Benfica é o da transparência, seriedade, e rigor. O meu Benfica é incompatível com a sua representação por pessoas que ferem esta sua imagem. Nunca é tarde para tomar as medidas que se impõem. É voltar às origens. E respeitar a memória de 113 anos."

Bagão Félix, in A Bola

PS: Costumo concordar em absoluto com o consócio Félix, mas hoje, discordo do ênfase no segundo ponto! Posso até concordar em tese, mas neste momento, existem outros temas mais importantes...
Como Rui Gomes da Silva, afirma hoje, estes reality shows diários, anti-Benfica, não querem Benfiquistas nestes programas... vivem do ódio ao Vermelho... Pessoalmente, defendo à muito, que nenhum representante do Benfica, devia aparecer nestes programas... Mas sei que isso é impossível, agora acho que o Benfica devia fazer tudo para impedir o seu nome (marca registada), ser usado em programas de entretenimento... Não são programas de informação, são no mínimo programas de desinformação...
Não é fácil manter a compostura naqueles antros, e por isso considero as criticas ao Guerra excessivas... Até porque se o Guerra fala demais, é chato, entre outras coisas... pelo menos está bem informado, tem dados correctos, e consegue muitas vezes em directo, desconstruir os mitos anti-Benfica, algo que praticamente mais nenhum comentador Benfiquista consegue fazer...!!! Só o António Melo tem mais 'bagagem' histórica do que o Guerra... e infelizmente o Tó já não tem tempo de antena...

Dos vendavais...

"Sempre que oiço falar do que na vida me atormenta ou me espanta, penso: talvez a Ella Berthoud e a Susan Elderkin resolvam (ou expliquem...) Eu explico: a Ella e a Susan têm um livro que se chama Remédios Literários. Nele usam os melhores romances para tratarem, com as suas metáforas ou seus sinais em doses homeopáticas, de delírios e escapismos, de patifarias e atrapalhações, de minas e armadilhas, de línguas azedas e vícios secos (& mais e não apenas do que é mau ou reles...)
Por exemplo, através de O Monte dos Vendavais de Emily Bronte mostram como a vingança (e não só...) é uma destrutiva cadeia em efeito dominó - que se abre quando Mr. Earnshaw, o senhor dos Vendavais, leva para casa o órfão Heathcliff, deixando Hindley e Catherine os filhos, varridos por ventos de ciúmes e Earnshaw acaba por vingar-se de todos, morrendo. Por entre vinditas que se sucedem, Hindley torna-se jogador, dedica-se à bebida, escondidos subterfúgios levam-no a mais bebida e mais jogo (e acaba morto também...) Dá no que dá, seguem-se paixões imprevistas e seduções perigosas, alianças imprevisíveis e casamentos forçados, fantasmas à solta e prisões sem grades, tropelias magoadas e hipocrisias de viés, culpas imaginadas e desculpas perdidas.
Mas não, não foi só pela vingança (também foi pela artimanha e a videirice...) que o futebol português parece ter caído no seu Monte dos Vendavais - num jogo que não se joga com bola, se vai jogando com rufias a parasitá-lo e mariolas a prostituí-lo. A Ella e a Susan também mostram com a Expiação de Ian McEwan que a mentira se faz de muitas cores - e não apenas com o Briony preso nos seus enganos e inventar narrativas para se salvar. E se, a cada dia que passa (nos seus fariaísmos e suas manigâncias...), há sempre mais do que um Briony a saltar-se, vergonhoso, do fundo dum mail - a virtude que pode haver nisto tudo é o poder acabar-se com eles, extirpá-los. Se tal acontecer, o futebol de verdade ganhou alguma coisa. Aliás, muito."

António Simões, in A Bola