segunda-feira, 29 de maio de 2017

Este é o ciclo do Benfica. Até quando?

"Nas últimas quatro épocas o Benfica venceu onze em quinze troféus em disputa em Portugal.

O Benfica, com o triunfo de ontem sobre o Vitória SC, de Guimarães, juntou o nome a um número restrito de clubes por essa Europa fora que terminaram a temporada com uma dobradinha: Juventus, Celtic, Basileia e Shakhtar. Porém, o sucesso benfiquista não deve ser aferido apenas pelos êxitos mais recentes, merecendo alguma reflexão aquilo que aconteceu nas últimas quatro épocas. Em Portugal, disputaram-se três troféus (as Supertaças Cândido de Oliveira) e doze competições (quatro edições do Campeonato Nacional, da Taça de Portugal e da Taça da Liga), tendo o emblema da Luz vencido onze. O Sporting conquistou uma Supertaça e uma Taça de Portugal, o FC Porto garantiu uma Supertaça e o Moreirense uma Taça da Liga. No mesmo período de quatro anos, o Benfica esteve numa final da Liga Europa e acedeu aos quartos de final e a uns oitavos de final da Liga dos Campeões.
É impossível olhar para este registo e não ver um padrão associado, que se traduz em estabilidade e revela um patamar de competitividade muito razoável no âmbito internacional e dominante no registo interno.
Pode dizer-se, agora, com uma certeza fundamentada em dados, que estamos perante um novo ciclo hegemónico no futebol português, construído com base em padrões que foram capazes de conjugar a paixão e a emoção - a média de espectadores no Estádio da Luz na I Liga superou os 56 mil - com o rigor e o profissionalismo. Luís Filipe Vieira escolheu os colaboradores mais próximos com base na capacidade profissional e na lealdade; e alguns deles nem remotamente eram adeptos do Benfica. Isso, porém, não foi obstáculo para a sua contratação e os bons resultados estão à vista, apontando o caminho a outros clubes que pretendam trilhar um rumo de modernidade e progresso.
A partir de hoje abre-se o mercado de verão e muita coisa vai mudar nos plantéis dos clubes candidatos ao título em Portugal. Parece inquestionável, porém, que o Benfica parte em vantagem, podendo consolidar a hegemonia se assinalar não o penta, mas o hexa, como marco histórico e alcançar. O FC Porto debate-se com problemas geracionais e o Sporting tem-se desperdiçado em batalhas estéreis. Quanto mais esta situação se prolongar, melhores serão os prognósticos benfiquistas...

ÁS
Rui Vitória
Desde que assumiu o comando técnico do Benfica, disputou oito competições nacionais e venceu cinco. A dobradinha conseguida ontem no vale do Jamor foi a cereja no topo do bolo para este treinador que conjuga um low profile com uma liderança firme e que parece muito confortável na relação com o clube da Luz. Parabéns.

REI
Pedro Martins
Teoricamente, começou o campeonato na quinta posição terminou no quarto posto, superando o rival histórico, o SC Braga. A este feito, somou uma presença na final da Taça de Portugal, onde lutou pelo troféu até ao derradeiro apito. Confirmou em Guimarães tudo aquilo que de bom prometeu no Marítimo e no Rio Ave.

REI
Emílio Peixe
Portugal, um pouco à imagem do que aconteceu há um ano em França, apurou-se para os oitavos de final do Mundial de sub-20 de forma sofrida. A partir de amanhã, no mata-mata com a Coreia do Sul, tudo é possível para uma selecção que ainda não encantou mas tem em Diogo Dalot e Diogo Gonçalves dois nomes com futuro.

A fasquia fica muito alta na baliza do Benfica
«Provavelmente, este foi o meu último jogo pelo Benfica»
Ederson, guarda-redes do Benfica
O Benfica contou, nos últimos anos, com dois guarda-redes jovens, Oblak e Ederson, que cedo identificou e trabalhou, e que constam já da lista dos melhores do mundo. Oblak está em Madrid e Ederson está a caminho do Manchester City. O que, respeitando a qualidade garantida por Júlio César, coloca responsabilidade na escolha do próximo senhor das redes...

Pinto da Costa e Arsène Wenger
O que mantém Pinto da Costa e Arsène Wenger na crista da onda? A gratidão, um sentimento nobre, que une FC Porto e Arsenal, relativamente a quem muito lhes deu mas, provavelmente, já está para além do prazo de validade. Com que linhas vai escrever-se o futuro imediato? Um segredo, para já, bem guardado...

Adeus Totti
Ontem despediu-se dos relvados, aos 40 anos, um monstro sagrado do futebol, Francesco Totti, mito da Roma - 620 jogos na Série A e campeão do Mundo em 2006 pela Itália - onde permaneceu por mais de um quarto de século. Nos dias que correm já não há muitos jogadores como Totti, que se confundem com um clube e são referência para as novas gerações. Maldini, no AC Milan, Michel, no Real Madrid, Gerrard, no Liverpool, Terry, no Chelsea, ou Luisão, no Benfica, são alguns daqueles que ainda dão sentido à expressão 'amor à camisola'."

José Manuel Delgado, in A Bola

Imperou a lei do mais forte

"Só depois do intervalo o Benfica conseguiu soltar-se da asfixia e desbloquear o jogo.

Sem inspiração
1. Primeira parte com jogo fechado tacticamente, com as equipas a limitarem as iniciativas ofensivas do adversário, tornando o encontro pouco atractivo e sem situações claras de finalização. A natural imprevisibilidade inerente à idiossincrasia do jogo de futebol, a ser acentuada pela queda aguda da chuva, tornando a relva pesada, o jogo menos fluído e pejado de choques e duelos individuais. Maior responsabilidade para o favorito Benfica, demasiado ausente, talvez resquícios da embriaguez do sucesso recente, com pouca inspiração de Jonas e companhia, permitindo que o Vitória, com o seu duplo pivot no meio campo - Rafael Miranda e Zungu - tapasse todos os canais de ligação entre os sectores e garrotasse o habitual carrossel encarnado. Os movimentos dos jogadores dos corredores do Benfica pareciam demasiado padronizados e previsíveis, excepção para Cervi. Percebia-se que o Vitória posicionava-se de forma a travar as investidas dos homens da Luz, para depois soltar as suas motas do ataque.

Peso das lesões
2. As oportunidades escassearam ao longo de toda uma primeira parte equilibrada e marcada pelas lesões de Fejsa e Hurtado, saídas que implicaram alterações nas dinâmicas dos dois conjuntos, com o Vitória a fazer entrar Celis, adiantando ligeiramente Zungu, o que elevava os índices de agressividade e capacidade de recuperação da bola à equipa, mas retirou criatividade e ligação ofensiva ao seu jogo.

Jonas apareceu
3. Quanto ao Benfica, depois de uma primeira parte triste e menos conseguida, reentrou na partida com outra intensidade e rapidamente fez dois golos em dois momentos onde resolveu aparecer - as alterações ocorridas perto do intervalo no meio-campo vitoriano deram alguma liberdade ao brasileiro - e a vida ficou complicada para os pupilos de Pedro Martins, obrigados a mudarem o perfil da sua abordagem ao jogo. Mas nem as mudanças promovidas pelo técnico trouxeram mais arte ao conjunto vimaranense, incapaz de reagir e chegar com propósito perto da baliza de Ederson. A tentativa de tornar a sua equipa mais ofensiva, com as entradas de Teixeira e Sturgeon, retirou alguma solidez e organização defensiva ao conjunto vimaranense, libertando espaços para que os homens mais ofensivos do Benfica se projectassem e fossem criando oportunidades.

Muita alma
4. Mesmo com dificuldades em ter critério no seu jogo ofensivo, o Vitória empurrado pela sua inesgotável alma, conseguiu reduzir e reentrar na partida, aproveitando algum abaixamento dos níveis de vigilância dos jogadores encarnados e trazendo incerteza ao desfecho da partida. Mas a lei do mais forte imperou e o jogo não conheceu mais golos, permitindo ao Benfica ganhar a final com todo o mérito e fazer a dobradinha."

Daúto Faquirá, in A Bola

Sinais da bola

"O Duende Verde
Antigamente vinham os paraquedistas, com as bandeiras dos clubes e a bola do jogo. Outros tempos. O esférico trouxe-o, ontem, um militar surfando num drone, qual Duende Verde do Homem-Aranha. O brinquedo é giro mas não tem o encanto de uma queda dos céus.

Execução orçamental
António Costa falou muito com Luís Filipe Vieira na tribuna. E o presidente do Benfica ter-lhe-á dado boas novas: vêm aí novas vendas. Mais exportações, portanto. O primeiro-ministro agradece porque os números ajudam à execução orçamental. Já como benfiquista...

Então, pá?
Jiménez marca, põe a máscara e festeja com os adeptos. Hugo Miguel mostra-lhe o amarelo e Rui Vitória não esconde o desagrado. «Estamos numa final, pá!», disse ao juiz. Mas este explica-lhe por gestos: o amarelo fora pela máscara. Aubameyang passou pelo mesmo.

Afectos e um 'choca aí'
Marcelo Rebelo de Sousa mais uma vez genuíno: abraços aos jogadores do V. Guimarães, aqueles que mais precisavam. O presidente quebra tanto o protocolo que os jogadores olham-no como um deles: Salvio, por exemplo, cumprimentou-o com um choca aí. E chocou.

Um caso de estudo
As lágrimas do presidente do V. Guimarães, na entrega das medalhas aos seus jogadores, foi uma das imagens da tarde. O exemplo do que é sofrer por um clube. Um clube único, com um público especial que é um caso de estudo em Portugal."

Fernando Urbano, in A Bola

Benfica: uma hegemonia que se acentua


"O defeso traz um grande desafio para os dirigentes encarnados.

O Benfica junta a Taça ao Campeonato, e soma a 11.ª dobradinha da história. Se na Liga os encarnados deixaram que o FC Porto se aproximasse até ficar, posteriormente, um forte travo de falta de comparência do rival nos encontros decisivos, a Taça foi ganha igualmente num registo mais racional e num encontro mais equilibrado do que a diferença de argumentos fazia prever.
Se a forma então pode ter deixado um pouco a desejar, a verdade é que a dupla-conquista, em ano de tetra, sublinha a distância de consistência considerável que FC Porto e Sporting ainda têm de sprintar para se colocarem a par.
O campeonato esteve, como já disse, nivelado por baixo. O Benfica quebrou até ficar ao alcance dos rivais, quando chegou a ter uma vantagem valiosa, e estes, por sua vez, falharam. Foram ainda piores.
A expectativa era maior em Alvalade, mas também o projecto Espírito Santo, sobretudo na meta imposta a curto prazo, falhou. O treinador foi despedido, e chegarão outra cara e, eventualmente, outras ideias. O plantel, que tem qualidade, embore precise obviamente de maior tempo de maturação e diversos ajustes, será colocado também no banco dos réus.
No Dragão, a dúvida cai agora sobre a política desportiva que se segue: será de nova rotura ou de continuidade?
À margem do campeonato, a equipa de Rui Vitória chegou mais longe do que FC Porto e Sporting nas restantes competições nacionais e só teve rival na Europa nos portistas, com eliminação de ambos nos oitavos de final da Liga dos Campeões.
Portugal vai agora entrar no defeso, e acredito que será aqui que se jogará grande parte do sucesso na nova época. No momento em que se fecha a actual, o emblema da Luz aparenta ainda superioridade e deter o estatuto de maior candidato a novo título, agora um eventual penta. Apresenta uma estrutura competente e sóbria, um treinador que procura consensos, uma boa base para um plantel a continuar sólido e o moral de quatro anos sucessivos de sucesso. Terá igualmente os rivais debilitados pelos anos de fome.
Há, contudo, um mercado pelo meio, que pode voltar a baralhar contas. Os influentes e estruturais Ederson, Lindelof e Nélson Semedo serão os mais apetecíveis para os maiores clubes europeus, mas, num clube declaradamente vendedor como o Benfica, outros como Grimaldo, Pizzi, Raúl Jiménez e o próprio Jonas também poderão ser assediados. Até as declarações daquele que poderia ser de novo número 1, o brasileiro Júlio César, estão por explicar.
O clube tem sabido antecipar saídas nos últimos anos, e este parece não ser excepção. Kalaica tem estado em banho-maria na equipa B, Pedro Pereira chegou em Janeiro, ao mesmo tempo que Hermes, embora o lateral-esquerdo tenha passado muitos meses sem jogar, e Filipe Augusto. Seferovic já confirmou que irá representar o Benfica e há ainda nomes que poderão subir da formação, como João Carvalho ou Diogo Gonçalves, por exemplo. Faltará um guarda-redes, a acreditar que Augusto e Horta conseguiriam entrar numa rotação com Pizzi, ou eventualmente substituí-lo em caso de saída.
Só o tempo dirá o que vai acontecer, e confirmar se existirá, ou não, uma reaproximação de forças entre os três grandes de Portugal.
Os números mostram que a hegemonia do Benfica tem-se acentuado. A inversão do ciclo iniciou-se não há quatro anos, mas em 2009-10, no primeiro ano de Jorge Jesus na Luz. Seguiram-se, é verdade, três épocas de títulos para o FC Porto, mas o constante empobrecimento do plantel azul e branco, cada vez com menos referências, só resultaram no fecho do tri com um autêntico milagre: aquele remate de Kelvin, que deu o bicampeonato a Vítor Pereira.
Se na temporada de André Villas-Boas, não houve discussão sobre a superioridade portista total, nos dois anos seguintes o Benfica deu a sensação de ter perdido o que os portistas tinham acabado de ganhar. Ou seja, que houve grande responsabilidade sua nos festejos do rival. Vítor Pereira terá apenas adiado o que se seguiria.
Desde a época de 2009-10, o Benfica conquistou 15 troféus em 31 possíveis. O FC Porto arrecadou nove, o Sporting dois, tantos quantos o Sp. Braga. Académica, V. Guimarães, Moreirense os restantes.
A tendência é esmagadora se formos apenas aos últimos quatro anos, os do tetra. São 11 em 15 possíveis para os encarnados, falhando duas Taças de Portugal (Sp. Braga e Sporting), uma Supertaça (Sporting) e a Taça da Liga deste ano (Moreirense).

O ciclo de hegemonia do Benfica:
2009-10 – Liga; Taça (FC Porto); Taça da Liga; Supertaça (FC Porto); 1/4 LE (Liverpool)
2010-11 – Liga (FC Porto); Taça (FC Porto); Taça da Liga; Supertaça (FC Porto); 3º LC, 1/2 LE (Sp. Braga)
2011-12 – Liga (FC Porto); Taça (Académica); Taça da Liga; Supertaça (FC Porto); 1/4 LC (Chelsea)
2012-13 – Liga (FC Porto); Taça (V. Guimarães); Taça da Liga (Sp. Braga); Supertaça (FC Porto); 3º LC, final LE (Chelsea)
2013-14 – Liga; Taça; Taça da Liga; Supertaça; 3º LC, final Liga Europa (Sevilha)
2014-15 – Liga; Taça (Sporting); Taça da Liga; Supertaça (Sporting); Grupo LC
2015-16 – Liga; Taça (Sp. Braga); Taça da Liga; Supertaça; 1/4 LC (Bayern)
2016-17 – Liga; Taça; Taça da Liga (Moreirense); 1/8 LC (Dortmund); Supertaça por decidir

Muito pode obviamente mudar em meses, e o futebol da equipa esteve longe de ser exuberante durante a maior parte da última temporada. Ao dia em que acaba a época, a diferença é notória e uma boa base para o que aí vem.
Caberá à direcção encarnada responder com qualidade às saídas e às lacunas que o grupo encarnado mesmo assim mostrou. Ou a próxima Liga ainda começará ainda mais nivelada, sobretudo se os rivais finalmente corresponderem.
O desafio não é fácil, mas em teoria o problema terá começado a ser resolvido há meses. Veremos se de forma correta."


Luís Mateus, in MaisFutebol

PS: Os expert's às vezes gostam de 'complicar'! Esta 'moda' de incluir as Supertaças no curriculum da época anterior não faz nenhum sentido!!! Os jogadores apresentam-se ao serviço no início de Julho, com um plantel diferente da época anterior... portanto se o Benfica vencer a Supertaça de 2017/18, que se vai realizar no dia 6 de Agosto com o Guimarães, esse título pertencerá à época 2017/18...!!!

O segredo da hegemonia

"A temporada 2016/2017 acabou como começou: com o Benfica a ganhar. Para a época ser perfeita para o clube da Luz faltou apenas a Taça da Liga, perdida no momento de menor fulgor, ainda assim incapaz de impedir a confirmação daquilo que já ninguém pode esconder: mora na Luz o novo dono da hegemonia do futebol português. Os últimos quatro anos não deixam espaço para outra leitura - basta dizer que o Benfica venceu onze dos quinze títulos nacionais em discussão nesse período. Ontem, no Jamor, frente a um inexcedível Vitoria de Guimarães, Rui Vitória ergueu o quinto troféu em dois anos de banco da águia. É obra.
Tem (mesmo que alguns possam não querer reconhecer-lho) enorme mérito o treinador. E os jogadores. Mas boa parte do sucesso deste Benfica, dominador como há muito não se via, mora na estabilidade. Chamem-lhe estrutura ou outra coisa qualquer. O facto é que na Luz continua a ganhar-se, apesar das mudanças no comando técnico (foram só duas, convém realçar) e dos jogadores que todos os verões rumam, super valorizados, a outras paragens.
Este ano, já se percebeu, não será excepção. Sairão Ederson e Nélson Semedo, é provável que o mesmo aconteça a Lindelof e a alguns outros. E ainda assim está à vista de todos que o Benfica parte já em vantagem para 2017/2018. Porque numa altura em que os seus principais adversários tentam resolver os enormes problemas internos, o clube da Luz ataca-os com mais um título e, em tranquilidade absoluta, começa a preparar a nova temporada. Chega para garantir já o penta? Não. Mas ajuda."

Ricardo Quaresma, in A Bola

Cadomblé do Vata

"1. Tetra campeões e 11.ª dobradinha da História, com presidente da Liga apoiado pelos rivais, direcção do Conselho de Arbitragem eleito pelos rivais e video árbitro pedido pelos rivais... como isto anda, até podem colocar o Inácio na Presidência do SLB que nós ganhamos na mesma.
2. Nos últimos 4 anos ganhamos 11 das 16 competições nacionais disputadas... o SLB ganhou mais prata em Portugal nestas 4 temporadas do que os Conquistadores espanhóis na América do Sul em 4 séculos. 
3. O Vitória de Guimarães viu o SLB ganhar-lhes debaixo do nariz o Tetra e a Taça...isto para o Pedro Martins foi como cumprir um estágio intensivo para treinador do Sporting.
4. Luisão conquistou hoje o 19.º título de Águia ao peito e empatou com Nené na liderança da tabela dos Craques Mais Titulados Pelo Glorioso... aposto que ele quando se olha ao espelho pensa "ahh se eu tivesse um cabelo por cada troféu conquistado pelo SLB...".
5. Jimenez disse no final que os festejos foram homenagem a um wrestler de nome Sin Cara... a mim não me enganas Raúl, um wrestler com máscara de felino azul e branco no final desta época, só se pode chamar Sin Nada."

(...) nomeia Pizzi como ministro da basculação antes de fazer uma ode ao seu argentino preferido

"Ederson
Meia dúzia de defesas seguras e uma saída algo distraída num canto que quase acabava em golo. Nem parece dele. Deve ter-se esquecido de fazer o check-in para Manchester. Quem nunca. Enfim. Fez uma época extraordinária e só o voltaremos a ver através da televisão ou das redes sociais, onde nos dedicará uma canção de forró quando o Benfica se sagrar pentacampeão nacional. Valha-nos isso.  
Nélson Semedo
Muito bem a simular o corte aos 29’, provocando o pânico na equipa técnica do Bayern Munique, que anda escaldada depois da contratação de Renato Sanches. Rapidamente sossegaria os seus futuros patrões, excepção feita a dois ou três lances em que foi comido de cebolada por Rafinha. Bom, o mais importante é que já recebemos comprovativo de transferência.

Luisão
Um dos poucos jogadores que não se despediu dos adeptos hoje tem 36 anos de idade. É este o estado em que se encontra o plantel do Benfica. Ainda a recuperar dos festejos do tetra, Luisão pareceu algo enferrujado perante a robustez física dos porteiros de discoteca que compõem a frente ofensiva do Vitória de Guimarães. Conseguiu ainda assim manter a calma e evitar um arraial de pancadaria digno de capa do Correio da Manhã. Só não evitou o segundo golo, num lance em que o capitão julgou ter ouvido Ederson dizer “deixa que é minha”. Na verdade, tudo não passou de uma partida pregada pelo vento. Por essa altura já Ederson seguia num Uber a caminho da Portela.

Lindelof
A análise individual de hoje parece um daqueles placards do aeroporto com a hora de embarque. Lindelof até podia ter jogado mal hoje que continuaríamos a pedir a sua permanência no plantel, mas o sacana quis fazer mais uma exibição segura, polvilhada aqui e ali com aquela típica insegurança sueca de quem já passou tempo suficiente no sul da Europa. Na mala levará muitos títulos, a receita da caldeirada de peixe do Barbas e demasiadas peças de roupa impróprias para o clima britânico. Ao seu lado, encostada à janela, irá Maja, estranhamente circunspecta. Lindelof perguntar-lhe-á por que suspira, quando deveria dizer: "Não chores, Maja. Um dia o destino voltará a juntar-nos, num qualquer empréstimo com opção de compra".

Grimaldo
Tarefa ingrata a de ocupar o lugar de Eliseu nesta fase da vida do clube. Ainda não pode aspirar ao museu como o seu colega de flanco, mas continua a fazer exibições de uma estranha sobriedade, demonstrando que nem todos os laterais modernos têm que ser uns estouvados que entram pelo relvado adentro com uma Vespa.

Fejsa
Não teve tempo para grandes proezas. Assim que Fejsa abandonou o relvado devido a lesão, o comentador da RTP explicou que ele e Samaris eram "jogadores diferentes", um eufemismo que chega a ser amoroso. Agora é esperar que a lesão não seja grave ou, caso haja clubes interessados, que ele regresse melhor do que nunca daqui a 6 meses.

Pizzi
Melhor em campo, mas de longe. É uma das pessoas mais esclarecidas em Portugal neste momento. Se Mário Centeno é o Ronaldo do Ecofin, Pizzi é o Ronaldo da transição defesa-ataque. Devia ser ministro da basculação. Hoje assistimos a mais uma demonstração cabal de que o Benfica tudo deve fazer para o manter no plantel. Sugiro que nos transformemos num principado livre de impostos. Seríamos o maior principado do mundo. Enfim. Não me tiram a garrafa da frente e ainda falta meia dúzia de jogadores. Lembrei-me de outra coisa. Há poucos dias vimos um conjunto de pessoas eleger Bas Dost como melhor jogador do campeonato. Seria uma discussão válida se todos começássemos por dizer o que é que bebemos antes de expressar as nossas opiniões. Eu estou a beber Monte da Peceguina tinto. E eles?

Salvio
É complicado. Lembram-se quando queríamos muito vender o Salvio e ele partiu um braço ou lá o que foi? Pois bem, a venda foi ao ar e nós ficámos com um argentino aparafusado, cheio de ilusión e a ocasional lesión. O tempo foi passando. Enchemos a barriguinha de títulos e habituámo-nos a ver Salvio no meio da festa, como se tivesse desistido de sonhar com mais. E agora a pergunta que nos faz pensar: quantos argentinos que passaram pelo clube nos últimos anos declararam amor eterno ao Benfica? O Gaitán não conta, está agora a arrumar as cadeiras do Vicente Calderon. Quantos desistiram das suas ambições internacionais por nós? O Bossio também não conta. Esse desistiu da carreira antes mesmo de chegar a Lisboa. Salvio continua a decidir jogos. Continua a fazer-nos acreditar, mesmo depois de 10 lances individuais que só ele julgava possíveis. E não parece interessado em ir a lado nenhum. Talvez seja altura de comprar aquele T3 em Telheiras, inscrever os miúdos no São João de Brito e deixar crescer a barriga. Uma barriguinha cheia de títulos. Mais que não seja porque o seu contrato de arrendamento termina em Julho e o senhorio está a pensar pôr a casa no Airbnb.

Cervi
Apetece-nos fazer que nem uma betinha com 20 mil followers no Instagram quando partilha uma foto no ginásio, e citar Rihanna: work, work, work, work, work. Pelo que temos visto nas notícias, o futebol simultaneamente perfumado e raivoso de Cervi ainda não surgiu nos radares dos grandes europeus. Podíamos fazer mais uma piada sobre a altura do nosso pequeno génio, mas seremos superiores a isso.

Jonas
Neste momento, o Quim Berto está na RTP a explicar o que se passou. É por isso uma boa altura para declararmos mais uma vez o nosso amor ao Benfica, um clube enorme que viveu connosco, nas palavras certeiras do Pedro Ribeiro, um autêntico Vietname. E que bom é ter sobrevivido a esses anos de ração de guerra para hoje besuntarmos os dedos em filet mignon. Ver Jonas em campo é, em muito, semelhante à sensação que tivemos quando vimos Pablito Aimar com a nossa camisola. A qualquer momento, em qualquer zona do terreno, arriscamo-nos a ver um tratado futebolístico. Por pouco não marcou num belíssimo lance com Grimaldo, mas deu a marcar com um remate mal defendido que colocou Jiménez na cara de Miguel Silva.

Jiménez
Agora que Jiménez se prepara para entrar na história do clube, deixamos apenas um conselho: lavem a máscara antes de a exibir no museu. É que tirar uma máscara de lucha libre das cuecas e colocá-la na cara é muito semelhante a despir as próprias cuecas e colocá-las na cara. Aconteceu-nos uma vez em Albufeira e prometemos não repetir a façanha, nem por amor ao Benfica. Já agora, imaginem que o homem não marcava e chegava ao balneário com uma máscara dentro dos calções, ainda por estrear. Felizmente os seus pés habilidosos evitaram essa situação altamente embaraçosa.

Samaris
Este gajo não estava suspenso? Que escândalo! Ainda por cima jogou bem. Aquela entrada ao Celis é de um descaramento sem igual. Então um jogador do Benfica que deveria estar suspenso por quatro jogos enfia uma fruta num jogador emprestado pelo seu clube, quase atirando o adversário para o estaleiro? Que bonita é esta vida repleta de contradições. Carrega Andreas!

Rafa
Mostrou sérias dificuldades em manter o penteado que tinha preparado para o jogo de hoje.

Felipe Augusto
Entrou para segurar Marega e companhia, mas quando deu por isso já Marega tinha tropeçado nos próprios pés e o árbitro apitado para o final.

Nota final: Adeptos do Vitória de Guimarães Gigantes. Mereciam mais uma taça. São um dos poucos clubes fora do círculo dos três grandes que enche o seu estádio. O futebol português precisa de mais clubes e adeptos assim. Quero muito o penta, o hexa e o hepta, mas se esse ciclo tiver de ser interrompido que seja por uma equipa como esta. Sairíamos todos a ganhar."

Rui Vitória e Benfica, um casamento quase perfeito

"Os casamentos entre os treinadores e os seus clubes não têm que gerar sempre vitórias. Até porque temos vários exemplos de bons casamentos e sinergias entre treinadores nos seus clubes que não geram títulos, mas sim estabilidade, vendas, estratégias e objectivos bem definidos e alcançados. Mas num clube como o Benfica, os objectivos e as estratégias necessitam de títulos e de vitórias regulares. É verdade que temos exemplos de que nem sempre as vitórias – mesmo nos três grandes em Portugal – significaram sinergias entre os clubes, ambiente e treinadores que resultassem numa paz saudável de trabalho.
Voltando a Rui Vitória, o treinador vindo de Guimarães ‘caiu’ no Benfica de modo bastante natural. Provavelmente existem sempre adeptos descontentes. Que consideram que para além de vencerem deveriam fazê-lo de outro modo. Mas de um modo geral, assim que Rui Vitória passou para a frente na Liga 2015/16, passou a estar melhor alinhado com a forma de estar do clube. Com algum grau de certeza, Rui Vitória afirmaria a esta minha frase que continua o mesmo, mas eu considero que existiu uma evolução e adaptação – natural em todas as profissões – que o levou a compatibilizar e tornar mais eficientes as suas intervenções. E hoje, o estado de espírito deste casamento aos olhos de fora, é que a estrutura e o treinador se potenciam um ao outro.
Será desnecessário discutir-se quem faz mais por quem, até porque os deveres e direitos de ambas as partes são diferentes. Hoje, o treinador português consegue responder aos desafios do clube do modo como o clube definiu previamente que deveriam ser correspondidos. Seja através de uma maior comunhão, seja através da formação, de estar mais preparado para a perda de jogadores nucleares, Rui Vitória responde a esses obstáculos como algo que, não sendo de todo bom, é o que tem de ser. Jorge Jesus sempre teve de aceitar a perda de jogadores. Teve de refazer plantéis após perdas de jogadores nucleares todas as épocas. Onde parece que este casamento é mais aprazível é na aceitação da formação como algo de orgulho e positivo, e na vontade das duas partes aceitarem o modo de ser do outro. E isso faz toda a diferença na estrutura + treinador.
Rui Vitória e Benfica sabem que não vão vencer sempre. Isso não existe! E é também isso que faz com que os clubes e os treinadores estejam sempre em alerta. Serem exigentes, não se deixarem acomodar. Mais do que o fim que é vencer, o meio como o atingem é provavelmente o foco do Benfica e outro qualquer clube em encontrar um treinador que se encaixe naquilo que é o modo de estar e ser dos respectivos clubes. E será assim quando Rui Vitória sair do Benfica."

Vermelhão: Festa molhada... com um final feliz!!!

Benfica 2 - 1 Guimarães


Posso estar enganado, mas acho que foi a primeira Final da Taça de Portugal, no Jamor, molhada!!! Apanhei muitas 'molhas' na antiga Catedral, mas muito sinceramente, hoje não estava à espera...!!! Ao intervalo, a única coisa que o pessoal à minha volta pedia, era: prolongamento, não!!! Mas depois de tanto sofrimento (nas bancadas), não trazer o 'Caneco' para casa, seria muito frustrante... Felizmente, o espírito inquebrável desta equipa, mais uma vez, não deixou mal... mesmo com aquele desperdício maquiavélico, que levou o jogou até ao último 'segundo'!!!
Como era expectável, a estratégia e atitude do Vitória, foi bastante diferente do jogo da Luz... E com o relvado pesado, o Benfica teve muitas dificuldades em ultrapassar os obstáculos.
A 1.ª parte, foi penosa... com o Vitória muito fechado, procurando os ataques rápidos com bolas para o Marega e o Hernâni... e um Benfica pouco 'activo' e pouco criativo... Com o adversário a ser quase sempre mais rápido sobre a bola... Os lances mais perigosos, foram quase sempre nas 'bolas paradas'!
Não sei se foram os cânticos, que os Tetracampeões foram brindados na ida para o balneário, mas de facto o Benfica, entrou a 'matar' no 2.º tempo... Dois golos, e até podiam ser mais!!! Velocidade, jogo entre-linhas... boas combinações, na direita e na esquerda e no meio...!!!
Com 2-0 senti a Taça na 'mão', o Vitória estava controlado... o Pizzi já andava a pressionar o guarda-redes... Na jogada que dá o Canto, que acaba com o golo do Vitória, já tinha avisado: o Filipe Augusto já devia ter entrado...!!! Terá sido um erro do Rui Vitória, e depois com 2-1, era mais perigoso retirar o Jonas...
O Ederson tinha acabado de receber assistência... ficou mal na fotografia... e relançou o jogo, desnecessariamente...!!!
Mesmo assim, com o Guimarães a acreditar no empate, o Ederson teve pouco trabalho... na parte final, a bola andou quase sempre perto da baliza do Vitória, com os jogadores do Benfica de forma muito sádica a falharem golos atrás de golos...!!! Só no último livre, inventando, pelo Huginho é que o 'coração' apertou, mas o Ederson resolveu!!!
O Salvio foi considerado o MVP... creio que o Toto e o Pizzi foram os nossos melhores jogadores, principalmente na 2.ª parte. Mas mais uma vez, foi o colectivo que ganhou... com mais um jogo de enorme sacrifício do Cervi!
29.º Taça de Portugal (sim, é o 29.º 'caneco'... não faz sentido 'separar' o Campeonato de Portugal da Taça de Portugal, são a mesma competição...), a mais molhada de sempre!!!
Nas últimas épocas, têm sido várias as Finais onde o 'grande' é derrotado, pela equipa teoricamente menos favorita! O 'segredo' deste Benfica, além do tal espírito de conquista... esteve na excelente condição física que o Benfica chegou a este final de temporada, ao contrário do que aconteceu por exemplo no ano da derrota para este Guimarães... e mesmo na vitória sobre o Rio Ave no Jamor, o Benfica estava fisicamente de rastos... ao contrário deste ano!!!
O facto do Jonas e o Jiménez terem feito somente 'meia-época' devido às lesões... o mesmo se pode dizer do Grimaldo e do Fejsa... e até o Cervi devido à rotação da Ala esquerda, não tem muitos jogos em cima... Tudo somado, um Benfica mais solto do que o costume no final da época... E hoje, contra este adversário, se a equipa tivesse debilitada, num relvado tão pesado, não teríamos vencido...
Ainda não revi o jogo na televisão, mas nos dois lances de 'bola na mão' dentro da área do Guimarães, parecem-me bem decididos... Na lesão do Fejsa, será sempre 'complicado' o VAR 'aconselhar' um Vermelho... Mas mais uma vez, ficou provado, que mesmo com um VAR, os critérios completamente diferentes vão continuar... perdi a conta aos Cantos mal assinalados, sempre para o mesmo lado... inclusive no golo do Vitória!
Já no recente Benfica-Estoril, Hugo Macron Miguel fez uma arbitragem no geral positiva, mas nos últimos minutos lá tentou empurrar o Benfica para trás... Hoje, não marca a falta sobre o Filipe Augusto, descarada... e logo a seguir marca a última falta do jogo, por muito menos, dando a oportunidade ao Guimarães de outra 'bola parada' para a nossa área!!! Devem ser 'tiques'!!!!
Uma nota sobre a organização: a Mata do Jamor, está cada vez mais pequena!!! E as complicações são cada vez mais... algumas completamente desnecessárias! Continuo sem perceber porque é que os Benfiquistas não ocupam o Topo Sul, onde está o maior Parque do Estádio!!! Além de continuarem a 'fechar' os acessos aos Parques, com lugares vagos lá dentro...!!!
E já agora, tivemos que ouvir o hino do Vitória... e o do Benfica?! Não passou porquê?!
Final de mais uma grande época, com o Triplete de títulos (Supertaça, Taça de Portugal, Campeonato Nacional) sendo a 11.ª Dobradinha (Campeonato, Taça). Pessoalmente, estou a precisar de umas férias... O Benfica não nos tem dado descanso, temos ganho, mas quase sempre com sofrimento até ao último segundo... Foi tentar saborear as férias... Não vai ser fácil, pois a silly season, promete ser muito atribulada!!!
Daqui a alguns dias, irei escrever um artigo sobre o planificação do plantel da próxima época, apesar desta onda de vitórias, temos que ter cuidado... neste momento existem muitas variáveis para calcular o que irá acontecer, mas existem alguns sinais preocupantes!!! Não podemos 'baixar' a guarda, na próxima época, só o Campeão tem lugar assegurado na Champions....

Iniciados - 8.ª jornada - Fase Final

Corruptos 1 - 6 Benfica

Soares; Matos (Rodrigues, 66'), Araújo, Brito, Montoia; Fanana, Ronaldo, Bernardo; Cruz (Araújo, 36'), Pereira; Silva (Cardoso, 70')

Bela manhã...
Faltam duas jornadas, na próxima jornada, um empate na recepção aos Lagartinhos, é suficiente para festejarmos a revalidação do título!!!

Juvenis - 6.ª jornada - Fase Final

Benfica 5 - 1 Oeiras


Regresso à normalidade... com o regresso de alguns jogadores... ainda faltam alguns!
Na próxima jornada vamos ao Olival... temos que ganhar.

Juniores - 13.ª jornada - Fase Final

Belenenses 2 - 1 Benfica

Azevedo; Cabral, Silva, Nuca, Mangas; Pereita, Mendes (Dias, 64'), Soares (Tavares, 46'): Vinícius (Kenedy, 51'), Zidane; Macierzynhsi

Regresso às derrotas... num jogo jogado, à mesma hora que a Final do Jamor!!!
A 'boa' notícia, é que só falta mais uma jornada!!!