sábado, 6 de maio de 2017

Vitória na Taça... antes da Europa!

Benfica 6 - 3 Barcelos

Com a vitória do Barcelos na Taça Cers, com a festa e o jogo a meio da semana com o Turquel, até pensei que este jogo seria um pouquinho mais fácil... e até podia ter sido, mas os apitadeiros não o deixaram...!!! Trazendo assim, alguma emoção ao jogo!!!

Mas o mais importante foi conseguido, estamos na Final Four da Taça de Portugal.

Agora, o próximo compromisso é a Final Four da Liga Europeia, onde vamos tentar revalidar o título, defrontando nas Meias-Finais o Reus dos 'nossos' Pedro Henriques e Torra, que eliminaram os Corruptos da competição!


Bom arranque...

Benfica 96 - 76 CAB Madeira
29-21, 17-16, 24-22, 26-17

Primeiro jogo do play-off, com uma vitória indiscutível e bem construída... que se mantenha assim, nos próximos dois jogos!

'Jornada' sem surpresas, com os quatro favoritos a vencerem... as Meias-finais se tudo correr normalmente estão 'garantidas'!!!

Negra na Luz !

Sp. Espinho 3 - 1 Benfica
22-25, 25-18, 25-22, 25-23

Gaspar(26), Rapha(16), Zelão(12), Vinhedo(4), Reis(2), Mart(2), Ché(1), Violas, Magalhães, Casas

Até começamos bem... mas desta vez cometemos demasiados erros no 3.º e 4.º Set, nos momentos decisivos! O 2.º Set podia ter sido decisivo, e mais uma vez a arbitragem teve influência... Mas depois tivemos os últimos dois Set's nas mãos e não conseguimos fechar a partida!
Espero que o Honoré seja opção no 5.º jogo... a equipa está a jogar no limite - o Roberto continua a jogar lesionado (hoje notou-se) - e falta-nos o poder na rede do Honoré!

Vitória... antes das decisões!

Benfica 4 - 1 São João

Mais um jogo onde o Benfica demonstrou dificuldades em ultrapassar a defesa baixa adversária! Com muitas oportunidades desperdiçadas... Foram mesmos os forasteiros a inaugurarem o marcador no início da 2.ª parte, mas rapidamente a 'normalidade' voltou...
Fim da época regular, a partir de agora é que vai contar... e por isso, é que hoje demos descanso a alguns jogadores...

Na próxima semana vamos disputar a Final Eight da Taça de Portugal em Gondomar, sendo o adversário dos Quartos-de-final, o mesmo São João!

Nos Quartos-de-final dos Play-off's vamos defrontar a Burinhosa... e em caso de vitória, o vencedor do Braga-Fundão... não vai ser um caminho fácil!

Juniores - 10.ª jornada - Fase Final

Benfica 1 - 2 Guimarães

Azevedo; Cabral, Silva, Nuca, Mangas; Pereira (Pinto, 68'), Mendes, Tavares (Soares, 46'), Vinícius; Dju (Kenedy, 46'), Zidane

Continuam os maus resultados... com a maior parte dos jogadores na B (ou lesionados) já era esperado.

PS: Parabéns aos Iniciados B, que hoje se sagraram Campeões Distritais (a 3 jornadas do fim), prometendo uma boa campanha no Nacional do próximo ano...

VAR - o passado

"É tão correcto como inevitável o videoárbitro (VAR). Deixou de ser uma pergunta de sim ou não para ser uma de quando o como. Já estamos nessa fase, na verdade para lá dela, pelo que se aclama o desembaraço da FPF e se espera que esta medida concreta na arbitragem ajude a resolver o grande problema do futebol português: os dirigentes dos clubes.
Mas estes, se quiserem, podem já iniciar um processo de nova discussão, se porventura com o videoárbitro continuarem a achar-se mais prejudicados do que os outros. Na verdade, o VAR nem sequer é o mais radical que aí anda no desporto em matéria de arbitragem. Será? Ora bem, não creio que possamos esquecer-nos do telespectador-árbitro, que apesar do nome está longe de ser coisa do futuro, pela simples razão de que é coisa do passado. Nos grandes torneios de golfe já tem utilidade, ainda que raramente destacada.
Há um mês, por exemplo, a golfista Lexi Thompson foi notícia numa prova em Rancho Mirage, Califórnia, EUA, quando penalizada em quatro tacadas por reposição manipulada da bola e consequente anotação irregular no cartão de marcação de tacadas; e foi penalizada depois de denúncia de um telespectador.
Como no golfe não há árbitros - no sentido clássico de quem está a seguir os atletas - funcionam princípios de boa-fé. De qualquer forma, casos de falsidade podem ser denunciados pelos espectadores (é raro) ou até pelos telespectadores. Assim, alguém, de casa, enviou um email para o portal Fan Feedback da Ladies Professional Golf Association delatando a reposição ilegal de Thompson, pelo que a golfista, revistas as imagens pelos juízes, foi penalizada, fazendo ecoar a revolta de outros golfistas, incluindo Tiger Woods, que exigiu o fim do efeito prático destas denúncias.
O videoárbitro é o futuro do futebol, o passado do golfe e o nosso fascinante presente."

Miguel Cardoso Pereira, in A Bola

Intriga, tensão e drama - futebol e cultura

"Nessa tarde, a questão do dia foi colocada pelo Henrique, estudante de Gestão. Tranquilo, totalmente descontraído, afirmava: ‘...então, falamos de quê?Se não falamos de futebol, falamos de quê?’. Há uns anos atrás, esta intervenção ter-me-ia causado uma certa irritação. Hoje, deixa-me a pensar. O tema em causa era desporto e comunicação social. Neste domínio, repetem-se as ideias feitas, uns ao serviço dos outros, outros ao serviço do seu ego, das suas várias perturbações. Os estudos em consideração na aula destacavam problemas sociais expressos nas decisões dos árbitros, na conduta dos jogadores em campo, as atitudes do público, casos concretos ocorridos em pleno jogo e do respectivo tratamento efectuado pelos meios de comunicação social. É possível escrever e transmitir factos, conhecimentos e perspectivas diversos sobre os desportos, sobre os jogos, sobre os participantes directos e indirectos.
O desporto, os desportos, oferece matéria suficientemente rica para que a atenção seja desviada – de forma sistemática - para aspectos que nada possuem de edificante para o desporto em si, para a valorização do desporto e, muito menos, para a sociedade em geral. Enquanto factor de desenvolvimento social, o desporto é um fenómeno fundamental de civilização, próprio das sociedades ocidentais onde o desporto é parte integrante do desenvolvimento que gozam. O fenómeno social desporto pode, e deve, ser analisado e editado com base em interpretações sérias, sólidas, construtivas, socialmente válidas. Factos, conhecimentos, perspectivas podem e devem ser analisados e difundidos com responsabilidade. Cada actor social, integrado no desporto, no teatro, no trabalho, na política, na educação, na técnica, na ciência, possui o dever social de saber que as suas atitudes e manifestações de todos os géneros têm efeitos e impactos que podem, de certeza, deformar em vez de formar, de destruir em vez de construir. O desporto, os desportos, o futebol, face ao seu carácter social – isto é, pelo facto de constituir parte da sociedade (conjunto das relações que estabelecemos uns com os outros) o efeito de transmissão, de reprodução e de contágio, implica a compreensão dos efeitos positivos - ou nefastos - de maneiras de actuar que edificam e fortalecem atitudes adequadas ao desenvolvimento das pessoas que, em conjunto e vivendo em comum, são e fazem a sociedade. Não é necessário ser sociólogo para compreender isso. Basta ser consciente e a consciência não existe sem a sociedade. A consciência (que só os seres humanos têm condições para ter) existe e consolida-se na vida em comum, no jogo de que todos fazemos parte – o jogo social. Um jogo onde, antes da lei, existem princípios, normas e regras, responsabilidades, riscos e consequências. Todos e cada um precisamos de compreender isto. Não é uma responsabilidade apenas dos professores. É uma responsabilidade de todos. Como pagar impostos. Pagamos impostos para que o dinheiro de cada um reverta para o bem e o serviço de todos. E aqui levantam-se os problemas. No caso do desporto, e em particular do futebol, se o foco das transmissões é centrado, e repetido à exaustão, na baixa intriga palaciana de actores e de factos secundários, a atenção é conduzida para o que interessa para nada. E ouve-se o clamor categórico: mas é isso que vende jornais, é isso o que a população quer! Permitam-me que discorde. E que coloque a questão ao contrário, ou seja, já experimentaram oferecer intrigas de qualidade? Aqueles que estudam o desporto, sabem que o jogo em que assenta a oposição entre adversários é constituído por uma estrutura dramática, estrutura esta em que uns e outros estão implicados num processo que é irreversível e único. É esta característica que acentua a tensão, condição essencial ao jogo, uma tensão que hoje em dia aumenta porque os jogos têm de ser ganhos, os campeonatos têm de ser ganhos, os campeonatos internacionais desafiam a vontade de ganhar. Porque há dinheiro em jogo, porque há rivalidades em jogo, porque há a vontade de ganhar, de vencer o adversário.
O que é vencer? perguntava Miguel Esteves Cardoso numa crónica de algum tempo já. Vencer não é ganhar a qualquer custo.
É ser aquele que domina pela qualidade do jogo, pela sorte, pela argúcia, é superiorizar-se na maneira como se ganha. Uns ganham porque remataram à baliza com a máxima precisão, outros vencem porque foram os mais generosos e isso é exaltado. Ganham o respeito dos adversários, ganham o respeito do público. O respeito não se compra, não tem preço. Não é uma questão de sorte. É uma questão de vontade de jogar com respeito pelo adversário, pelo jogo, pelo público, por si próprio. Vale tudo? Não me parece. Não se trata de conversa de académico, trata-se de factos. Além de sermos académicos, antes de nos dedicarmos ao estudo e à observação do que ao desporto respeita, antes de abrirmos a boca ou de escrevermos, aprendemos a ser gente. Aprendemos que há regras, que há escolhas. Não é moralismo, nem é ingenuidade, esta é a base sobre a qual o desporto em geral, e o futebol em particular, se formaram como desporto moderno. Jogos feitos de gente que aprendeu a jogar com o respeito pelas regras. Senão, qual é o interesse? Deixe-se de atirar as culpas para cima do árbitro. É que se não se compreendem as bases fundamentais da vida que todos vivemos, uns com os outros, não há – mas não há mesmo! – video-árbitro que nos valha! Se as regras sociais de que o desporto é uma expressão, um meio, não são compreendidas, corre-se o risco de se avançar para o fundamentalismo da violência. Violência verbal, agressão física, desmoralização de quantos, dentro do desporto, trabalham para uma sociedade melhor. Melhor para todos. Todos responsáveis, obviamente.
Vejamos dois casos concretos. O caso de Mourinho x Eva Carneiro. Na origem do problema, um jogador (Hazard) tombado no campo a 2 minutos para terminar o jogo. De acordo com a comunicação social, todo o caso girou à volta do diz-que-disse do treinador e da médica. Uns a favor do treinador, outros contra o treinador, isto é, a favor da médica. Depois de ouvir, ver e ler notícias, vídeos, ficou no ar a questão: o jogador estava mesmo magoado, a precisar de assistência, ou não? Ninguém sabia. Mas lembro-me de ler que o treinador em causa havia afirmado que conhecia os seus jogadores, que Hazard estava apenas cansado. Em Inglaterra, a imprensa de cordel procurava a oportunidade de vencer o treinador vencedor escrevendo em parangonas bem ampliadas que já não era necessário o Serviço Nacional de Saúde, o NHS. Mourinho é que sabia quando alguém estava doente ou não! Desbragamento total. É conhecida a conclusão do caso. Dado que o jogador integrou a equipa no jogo seguinte, o treinador tinha razão. Hazard não estava lesionado - estava exausto.
O caso recente do Canelas. Logo do Canelas, vila tranquila, um lugar daqueles onde nada acontece. Depois de ouvirmos que tinha havido mais uma agressão a um árbitro (tornou-se normal...) ouvimos várias vezes o nome do jogador, o que ele fez, os 2 minutos de jogo, etc., etc. Do árbitro (José Rodrigues, se não estou em erro), pouco se referiu sobre a sua atitude séria, responsável. É possível tratar das questões do jogo, do desporto, a partir da perspectiva que constrói em vez da forma propícia ao decair do nível. Aproveitar cada jogo, cada situação, para valorizar a sociedade que somos. É isso que no país onde a passagem dos jogos populares a desportos foi conduzida sob as regras da vida colectiva, os comentários antes, durante e após os confrontos desportivos, os desafios de futebol, existe um extremo cuidado em abordar os factos numa perspectiva socialmente pedagógica. A responsabilidade não é só dos professores, ela é de todos e a todo o momento. Todos somos exemplos, e também convém que aqueles que são professores não se esqueçam disso e não sobrevalorizem os conteúdos esquecendo a formação que permite o desenvolvimento do conhecimento e não a sua atrofia. Em vez da subserviência, o sentido crítico, em vez da submissão, o respeito. É que se a subserviência e a submissão se impõem, a autoridade pode confundir-se com o autoritário e despoletar o desrespeito e, na verdade, o ridículo. Medo e respeito não são a mesma coisa, tal como o carácter, a coragem e a frontalidade – cultivadas justamente no desporto, não são manifestações equivalentes. Sendo assim, o desprezo pela autoridade destaca o facto que não há autoridade. No desporto tanto quanto na sociedade. A ignorância instala-se, a maldade domina, as fronteiras entre o mal e o bem desaparecem. E o drama, que deveria ser parte do jogo, o drama de não saber quem ganha e de saber que ‘esse’ jogo não se repete, desloca-se para os arredores do Estádio e mata. No entanto, no desporto a morte simbólica que a derrota traduz, é simbólica. Isto é, corresponde a uma cultura, uma cultura que vive, defende-se e prevalece nos actos e atitudes daqueles que a vivem. Não basta bradar que não há cultura desportiva, que se deve observar o fair-play, defender-se aquilo que designam ‘a verdade desportiva’. A cultura desportiva é a cultura. Quando a ‘cultura desportiva’, de fair-play, não existe, a cultura que se sublinha que falta – é, afinal, aquilo que nos forma e que nos distingue. Ou aquilo que há, é aquilo que somos...como escrevia há mais de uma década Vasco Pulido Valente ao escrever que Portugal será aquilo que o futebol fôr. Bagarre!
Sendo assim, o Henrique tem razão. Se não falamos de futebol, falamos de quê? Vamos falar então, mas a elevar o desporto, a sociedade que somos e que queremos ser, não a desfazê-lo, a desfazer o que somos e que queremos ser. O jogo não está decidido antecipadamente."

Ainda faltam três finais

"No final do jogo do Estoril, Rui Vitória exclamou: «Já só faltam três finais!» Depois do jogo, vividas as emoções, no meu íntimo e de muitos benfiquistas, ia algo de diferente: «Ainda faltam três finais!» Vamos a elas! O nosso futuro escreve-se em 270 minutos.
Domingo, em Vila do Conde, estão os primeiros 90 para redigir, teoricamente os mais difíceis. Se outra razão não houvesse, há a estatística: o Benfica perdeu cinco dos últimos onze jogos nos Arcos. Agora de nada servem as desculpas nem o que está para trás, resta olhar com determinação e qualidade para os três jogos que faltam.
Jonas, mesmo longe do seu melhor, ainda espalha o perfume da sua qualidade. A forma como festejou aquele segundo golo mostra o que sente, o que vibra, o profissional que é e o quanto quer ganhar. Minutos antes de sair, completamente exausto, tinha feito uma recuperação defensiva de 40 metros, num esforço que exemplificou a fibra de um campeão. Os títulos e as conquistas também se fazem de exemplos de sacrifício e de superação. Jonas, para lá do talento, é tudo isso. Nesta fase, o campeão Benfica precisa de ser assim para continuar a ser o campeão Benfica.
Este final de temporada irá ser muito duro dentro de campo e muito sujo fora dele. Temos de estar preparados para a intoxicação e a mentira. Nenhum rival nos cai reconhecer o mérito e nenhum adepto pode vacilar no apoio. Há clubes que se queixam de quem mexe na bola 10 centímetros antes de marcar um livre, num jogo em que beneficiaram de três penalties em quatro minutos. Há clubes que se queixam dos seus jogadores não poderem fazer entrada assassinas nos colegas, sem ser sancionados. Mas diga-se que Dostoiévski já nos havia escrito que «a mentira é único privilégio do homem sobre todos os outros animais». No fundo, os nossos adversários são intelectuais, não são mentirosos."

Sìlvio Cervan, in A Bola

Faltam três finais

"Estamos a sete pontos, no máximo, de conseguirmos o tão almejado tetra. Em criança, fazia-me confusão nunca o termos alcançado. Além da nossa clara superioridade em relação aos adversários, perturbavam-me as cinco oportunidades perdidas, quatro delas consecutivas, nas décadas de 60 e 70, em anos de Mundial (1966; 1970; 1974; 1978). A partir de meados da década de 90, a possibilidade de sermos campeões já era fantasia suficiente, de tão dourados que eram os apitos e de tão reduzida que era, a vários níveis, a nossa capacidade para lutar contra um FC Porto forte no campo e ainda mais fora dele. Estamos, por conseguinte, num período notável da nossa história.
Conhecer e entender as últimas três décadas e o período atribulado que vivemos no final dos anos 90 permite-nos chegar a essa conclusão. A recuperação do clube empreendida a partir do início do milénio foi demorada, mas absolutamente notável. Hoje, ao contrário de no passado, compreendo perfeitamente o alcance da famosa declaração do presidente Luís Filipe Vieira nos festejos do nosso título em 2005, ao afirmar que, então, não estávamos ainda preparados para ganhar.
Agora, não só estamos muito bem preparados para fazê-lo, como estamos também para lidarmos com uma eventual derrota. O saudoso Artur Semedo bem poderia reafirmar convictamente que 'o Benfica nunca perde, às vezes não ganha'. Mais que uma frase feita, trata-se de uma constatação acertada.
E o mesmo se aplica às restantes modalidades, a começar pelo voleibol já neste fim-de-semana. Somente uma vitória nos separa do regresso ao topo da modalidade, e acredito que será conseguida.
Merecemo-la!"

João Tomaz, in O Benfica

Do lado certo

"O que eu me tenho rido nestas últimas duas semanas com mais um acto de desespero dos ainda dirigentes do FC Porto. Depois de ver a sua equipa de futebol acusar a pressão (e perder pontos) ao jogar depois do Tricampeão, ouço-os a falar de uma Liga Salazar. E é com gargalhadas que apetece responder-lhes, apesar de esse nome só me causar reacções contrárias ao riso. Estarão mesmo a falar a sério? Os homens que mandam um clube que mudou a data inauguração do Estádio das Antas para esta poder coincidir com o aniversário do Estado Novo estão mesmo a falar a sério? É certo que levaram 8 a 2 do SL Benfica nesse jogo e talvez por isso prefiram esquecer o momento, mas também já esqueceram o ano de 1928? É que foi nesse ano, mais de 30 anos antes do que a maioria dos outros clubes, que o FC Porto recebeu do Estado o estatuto de utilidade pública. Andam há décadas a querer colar o imagem do SL Benfica ao triste ditador que andou por Portugal durante mais de 40 anos, mas esquecem-se dos seus inúmeros telhados de vidro: dirigentes que foram funcionários da PIDE, que colaboraram durante décadas com Estado Novo, que fizeram as malas em 1974 quando se começou a respirar em Portugal.
Quando penso no desespero destes portistas e outros antibenfiquistas, só posso sorrir e deixá-los entregues à sua ignorância. É que nos desfiles do 25 de Abril e do 1.º de Maio, em Lisboa, foi um prazer ver tantos Benfiquistas anónimos, como eu, na rua.
É bom sinal quando nos incentivamos rumo à História, ao lado certo da História."

Ricardo Santos, in O Benfica

Saber sofrer

"Para quem tivesse alguma dúvida sobre as dificuldades que ainda teremos de enfrentar nesta dura caminhada rumo ao “Tetra”, o jogo com o Estoril terá sido esclarecedor.
Foi preciso sofrer, suar e lutar muito para alcançar os três pontos. E são eles, neste momento, a única coisa que interessa garantir a cada jornada, e em cada campo, sabendo que do outro lado estão equipas empenhadíssimas em travar-nos, com valor para o poder fazer.
Vila do Conde, V.Guimarães e Bessa são as etapas que faltam. Se nos recordarmos da temporada passada, e dessas mesmas partidas (curiosamente, também na recta final da prova), que terminaram todas com o mesmo resultado (1-0), podemos ter uma noção bastante clara daquilo que nos espera.
Se alguém conta com uma capitulação antecipada dos rivais (os de cima, e… os de baixo) também está enganado. Vão fazer tudo, dentro e fora das quatro linhas, até ao fim das suas forças, para evitar que cheguemos ao nosso objectivo.
Há que estar atentos. E há que estar unidos, no apoio incessante à equipa – mesmo quando, num ou noutro momento, o futebol apresentado não for plasticamente aquele de que mais gostamos. O que está em causa é um lugar na história, o que, pela sua relevância, justifica uma união à prova de tudo, sobretudo nos momentos mais difíceis de cada jogo.
Neste Domingo podemos dar um passo extremamente importante. O Rio Ave, pela boa forma que tem exibido, é uma das grandes esperanças de quem nos quer ver falhar. Tem uma equipa forte, que luta pelo apuramento para a Europa. Só um Benfica de fato-macaco poderá trazer os três pontos.
É isso que esperamos."

Luís Fialho, in O Benfica

Mais nove provas

"Tenho escrito nesta coluna sobre o Futebol de Formação do Sport Lisboa e Benfica. Após a brilhante prestação da nossa equipa de Juniores A na UEFA Youth League 2016/17, que muito justamente foi homenageada, ao intervalo, pelos 59 314 espectadores presentes no jogo Benfica x Estoril, esta semana mais uma razão para enaltecer e destacar a excelência do trabalho realizado no Seixal. Anunciada que foi a convocatória para o Mundial de Sub-20, que se irá realizar na Coreia do Sul, entre 20 de Maio e 11 de Junho, a primeira conclusão a tirar é que o SL Benfica lidera, neste momento, o Futebol Formação em Portugal.
Dos 21 eleitos pelo seleccionador Emílio Peixe, destaque para os 9 atletas do SL Benfica - Aurélio Buta, Francisco Ferreira, Rúben Dias, Yuri Ribeiro, Florentino Luís, Gedson Fernandes, Pedro Rodrigues, Diogo Gonçalves e José Gomes. Os nossos principais tiveram apenas 5 (Sporting) e 4 (FC Porto).
Como em todas as convocatórias, foi preciso fazer escolhas. Pessoalmente, espantam-me duas ausências, ambos atletas do nosso clube - Fábio Duarte, o nosso guarda-redes que fez os 11 jogos da campanha notável na Champions dos Juniores A, e sobretudo Heriberto Tavares, um dos jogadores em maior destaque na II Liga e que tem sido o nosso 'matador' na equipa B, com 11 golos marcados. Fábio Duarte e Heriberto Tavares são dois dos maiores talentos do futebol português e mereciam fazer parte da geração que vai tentar repetir os êxitos de 1989 e 1991. Respeito e admiro o trabalho que tem sido desenvolvido pela Federação Portuguesa na área do futebol juvenil, mas a não convocatória de Fábio Duarte e Heriberto Tavares é uma tremenda injustiça."

Pedro Guerra, in O Benfica

PS: Relembro que o Renato Sanches ainda é desta geração... Outro ausente, é o João Carvalho, que provavelmente está 'reservado' para o Euro de Sub-23 (preferia o Joãozinho na Coreia!!!). E ainda temos a ausência do azarado Guga, com mais uma lesão grave... Tendo em conta os outros convocados, até o Pedro Amaral poderia ser opção...
Sendo que jogadores como o Jota ou o Félix, também poderiam ter sido opções... (aliás o João Félix, neste momento, parece ser um mal amado nas Selecções, pois não tem sido convocado para nenhum escalão!!! Muito estranho...)

Zé Golo, de volta aos golos !!!

Sporting B 2 - 2 Benfica B


Com muitas baixas, com muitos Juniores... mesmo assim, acabámos por conquistar um empate!!! Nuno jogo onde o bis do Zé Golo (finalmente...) dividiu as atenções com o 2.º jogo do Hermes, que confirmou novamente as boas indicações ofensivas... notando-se algumas deficiências no processo defensivo!