quarta-feira, 5 de abril de 2017

Mais uma vitória 'apertadinha'!!!

Galitos 78 - 79 Benfica
20-16, 18-25, 21-21, 19-17

Parece que as lesões regressaram: Hollis, Raivio e Andrade não jogaram!!!
Começamos muito mal... demos a volta espectacularmente, e voltámos a permitir a reviravolta ao Galitos, mas nos últimos segundos conseguimos vencer...!!!

Vitória na Luz, em jornada 'fora' !!!

Madeira SAD 31 - 34 Benfica
(17-19)

Regresso às vitórias, numa jornada 'trocada' (devido à nossa deslocação a Pamplona), com o jogo a realizar-se na Luz!
Confirma-se que a nossa defesa sem o Ales é mais fraca... o Belone que entrou e 'matar' ofensivamente, levou um toque, e ficou muito tempo no banco; o Semedo que também entrou com a força toda... também lesionou-se...!!! Perdi a conta ao numero de bolas que acertámos nos postes...!!! Voltamos a ter algumas decisões dos árbitros absurdas...!!! No meio disto tudo, o jogo chegou aos últimos minutos equilibrado, mas felizmente o Tiago Pereira tomou 'conta do jogo' e chegámos à vitória!!! Logo na semana em que sabemos que vamos contratar o Central Brasileiro, muito provavelmente para o lugar do Tiago, que está a terminar o contrato!

No rescaldo do clássico

"A tomar em conta a opinião e a soberba de analistas afectos ao FCP, ainda pensei levar um kit para a Luz, tão aflito estava de medo perante a superioridade da equipa nortenha. É que era quase uma inevitabilidade a modesta equipa (primeira desde a 5.ª jornada), jogando tão pouco, perder perante a máquina poderosa e invencível, que de tão senhora de si, logo se apresentou sem um ponta-de-lança...
E o que aconteceu? Um excelente jogo, uma festa numa belíssima Luz com 64.000 espectadores (apesar do vandalismo da claque, que vai sendo a regra por cá). Arbitragem boa. Partida sem casos. Silêncio prudente de dirigentes antes do clássico. Dois treinadores educados, sensatos, sem as graçolas dos mind games. Tudo o inverso do que os abutres do costume auguram (e agoiram), entre televisões dedicadas ao sangue do futebol e cobardolas formas de bolsar nas redes sociais.
Depois o jogo. Também aqui o inverso do Dragão. Agora foi o Benfica melhor em todos os aspectos. Mereceria ter ganho, não fora Casillas que, pelos vistos, adora a Luz. O Porto fez a festa do empate, como o Benfica a fez na 1.ª volta.
E agora? Luta cerrada até ao fim, em pontos e, desta vez, em diferença de golos. Creio que diferente da do ano passado, porque prevejo que as sete jornadas não sejam imaculadas para nenhum dos contentores. E lá voltaremos ao fandango do à condição.
A frustração de o Benfica não ter ganho a partida pode ser, de algum modo, compensada pela dose de confiança que resulta de um excelente jogo e que, assim jogando, pode superar, com maior ou menor dificuldade, os obstáculos.
Tetra ou não tetra: eis a questão."

Bagão Félix, in A Bola

O estado a que isto chegou

"Na segunda-feira assinalou-se os 25 anos sobre a morte de Salgueiro Maia, talvez o herói maior do 25 de Abril de 1974. Na madrugada dessa noite, quando reuniu as suas tropas na parada da Escola Prática de Cavalaria de Santarém, foi autor de um discurso que ficou para os livros de História. «Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados socialistas, os estados capitalistas e o estado a que chegámos. Ora, neste noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!», disse. Os 240 elementos do batalhão acompanharam-no até Lisboa para derrubar o regime.
No actual contexto do futebol português, até pode parecer exagerado evocar Salgueiro Maia. Talvez seja. Há coisas boas em Portugal. Pois há. Mas há imensas coisa boa que existe no futebol nacional é essa mesma: o futebol, o jogo jogado. Depois, um vastíssimo leque do que rodeia não é mau; é péssimo. O ambiente, então, não é de cortar à faca, é de cortar à motosserra. Queixas para cá e para lá; trabalhos de equipas de arbitragem dissecados até ao mais ínfimo pormenor; guerras institucionais de clubes com os organismos que os tutelam; árbitros agredidos por jogadores ou por adeptos. Perante tudo isto, o Governo não assobia para o ar, assobia para a estratosfera.
O poder político, em caso de grandes feitos no desporto, é dos primeiros a correr para a fotografia de grupo. No entanto, no caso do futebol, caso não haja uma intervenção séria e concreta nos próximos tempos que minore o actual estado de coisas, a previsão é que, no caso do futebol, há muitas probabilidades que as fotos passem todas a ser a preto e branco."

Hugo Forte, in A Bola

Canelas até ao pescoço

"Nunca fez tanto sentido a popular expressão futebolista canela até ao pescoço. Ou, neste caso, Canelas até ao pescoço. Aquele acto tresloucado do jogador Marco Gonçalves no jogo Rio Tinto - Canelas, para o campeonato distrital da AF Porto, mais não é do que o reflexo das constantes agressões diárias perpetradas pelos três principais clubes portugueses à verdade desportiva e ao normal funcionamento do edifício do futebol português, mais determinados do que nunca em apostar na política do vale tudo para ganhar. Benfica, FC Porto e Sporting (a ordem é aleatória) representam o sistema nervoso central do nosso futebol, são os responsáveis por todos os sinais mais periféricas e amadoras, para o futebol de rua até, e parecem ter perdido em definitivo a noção do exemplo que são (ou, pelo menos, deveriam ser). Só eles podem ser a locomotiva da mudança, para melhor, da mesma forma que têm sido o motor do retrocesso até ao ponto mais primitivo, que se julgava erradicado ou pelo menos dominado.
Os opinadores que propagam até à exaustão mensagens repletas de perversidade, agressividade e cegueira, mais não são que a voz do dono, independentemente de serem ou não alvos de briefing. O mesmo acontece com os comportamentos dos membros de claques. A FPF, a Liga e o Governo parecem mais preocupados em estar bem com Deus e com o diabo, para não saírem chamuscados da fogueira onde tudo arde sem dó nem piedade, e o desfile de guerras e queixinhas prossegue em velocidade furiosa, sem medidas que acabem em definitivo com a pouca vergonha. Um dia destes, em vez de decidir sobre o jogador da equipa X que não apanhou os excrementos do cão, ou do dirigente da equipa Y que não levantou a tampa da sanita enquanto urinava, o futebol português terá de ligar com crimes de sangue. Alguém tem dúvidas?"

Gonçalo Guimarães, in A Bola

PS: A narrativa mantém-se: 'são todos iguais'!!! Mistura-se tudo... inclusive um comunicado do Benfica, onde chamava atenção exactamente para a 'anarquia' do Tugão a começar pela FPF...!!! Aquilo que o colunista acaba por reconhecer indirectamente... Curiosamente, quando o Benfica estava totalmente 'calado' e mantinha uma comunicação hiper-institucional, a 'narrativa' era a mesma!!!
Em relação aos paineleiros, eu defendo à muito tempo, que o Benfica não devia ter ninguém nesses programas, mas isso é impossível a Direcção do Benfica impor a todos os simpatizantes do Clube...
Não reconhecer que o Babalu é o principal responsável pelo o 'baixo nível' como o Tugão se tornou nos últimos anos, é ser cúmplice da estratégia de terra queimada do Babalu!!!

Talento natural vs talento “treinado”?

"A determinação biológica, traduzida em características ditas "inatas", associada à predisposição para o sucesso numa série de áreas de performance, vem, desde há muito, sendo discutida.
De facto, desde características antropométricas até a traços de personalidade específicos, várias têm sido as variáveis que a investigação tem estudado, no sentido de aferir um denominador comum que possa ajudar a predizer o sucesso.
A teoria do "inatismo" tem uma diversidade de defensores que vai desde o laboratório do cientista ao outrora "atleta de elite" que, quando muda a carreira para treinador, tende a acreditar que "para se ser atleta é preciso nascer-se com um conjunto de características" (exemplo: este tipo de expressão, já foi por mim ouvida em muitos contextos onde tive a oportunidade de ministrar formação).
Contudo, quando observamos a realidade, são inúmeras as histórias de indiscutíveis talentos que tarde ou nunca vieram a validar as expectativas que sobre si foram criadas quando foram jovens.
No livro "Outliers", de Malcolm Gladwell, o autor discute de forma fundamentada, como a prática continuada e sistematizada de uma qualquer competência (ex: violino, ténis, xadrez,...), pode conduzir à manifestação de talento acima da média.
Na realidade, este autor defende que o principal indicador de excelência, não é aquilo que é comummente reconhecido como talento inato mas antes, o que resulta de esforço continuado (no caso, o autor refere 10.000h de prática).
Por esta razão, alguns jovens, aparentemente com menos "brilho" que outros, através do esforço, dedicação e prática continuada, acabam por se vir a transformar em atleta de topo.
E, pelo mesmo motivo, os "performers" excepcionais são, na sua maioria, aqueles que conseguem combinar talento e trabalho.
Esta parece ser, a "fórmula mágica".
Colocam-se, então, dois desafios, a qualquer performer/atleta que pretenda atingir níveis de Excelência de forma consolidada:
1) Identificar a sua área de talento natural
Nem sempre este é um processo simples e, também aqui, muitas vezes a resposta só surge por experenciação continuada - depois de nos dedicarmos algum tempo à prática desta mesma modalidade/área.
Isto implicará, tempo, dedicação e capacidade de resistência à frustração, no sentido de manter o esforço apesar de não saber qual será o "resultado final"... sendo que, tendencialmente, a capacidade do ser humano passar a "gostar" de algo onde começa a experimentar níveis superiores de desempenho (resultantes do treino) é elevadíssima.
2) Saber como posso treinar a minha área de talento, de forma afincada e sistematizada e... com uma grande questão associada:
- Como treinar sem perder o prazer?
Escolher o "melhor clube" (ex: que tenha uma boa formação, que aposte em equipas técnicas diferenciadas), dedicar-se a 100% em cada treino, ser curioso(a) acerca da modalidade que escolher procurando reunir toda a informação pertinente acerca da mesma (ser ativo na procura de conhecimento e não apenas "passivo", recebendo apenas a informação que o meio fornece..), ser disciplinado no "treino invisível" (descanso e alimentação, evitando excessos), enfim, estar focado em se superar a cada oportunidade é, claramente um excelente percursor de sucesso.
Afinal, tomando como exemplo o que um dos nossos atletas de topo referiu, no contexto de uma conferência que tive oportunidade de assistir:
"Ser-se Atleta de Alta Competição é uma profissão a 24h/dia".
Traduzindo, para além de (algum) Talento, É necessário treino dedicado e muita disciplina."

A bola e os monstros

"A corrupção e a violência associados ao desporto, no futebol mas também em modalidades de pavilhão, merecem uma revisão urgente dos quadros legais aplicáveis.
É fundamental devolver o futebol às famílias, urge garantir a verdade desportiva em todos os jogos passiveis de apostas num grande pântano global com nascente na Ásia.
E ninguém pense que corrupção e violência organizada, nas grandes hordas a que chamamos claques são fenómenos paralelos. Não. O instinto criminoso cruza-se já, ou cruzar-se-á em breve, nos vasos comunicantes dos que vivem à grande, à margem das leis.
E as leis são brandas, desajustadas ao tempo presente, À globalização da criminalidade organizada. Se o Estado vacilar perante as mais recentes manifestações de violência, protagonizadas por vedetas do sangue e da pancada, o sentimento de impunidade não parará de crescer, assim como o número de vítimas dos energúmenos dos vários clubes. Muito provavelmente crescerá também a gravidade dos danos causados.
É preciso mostrar a mão firme das polícias e da Justiça, mesmo com as normas que ainda vigoram nestas áreas. No mais curto prazo, este tipo de crimes deve deixar de ser considerado leve. Nem mesmo as novas penas de que se fala para o futuro (penas máximas entre 5 e 8 anos, consoantes a gravidade dos crimes) será adequada do alarme social e ao dano potencial causados pela violência no desporto e pela corrupção.
É tempo de defender a tolerância e o bem-estar social, sendo duro e intolerante para com todos os que querem acabar com a beleza do futebol. A bola é bela, não merece estes monstros."

Amorim

Cada vez é mais raro... um dos nossos conseguir o cumprir o sonho de infância!!!
O Rúben teve a sorte e o talento de lá chegar...
As lesões, e alguns 'problemas' com o anterior treinador, foram obstáculos que foram ultrapassados!
Toda a sorte do mundo, para a nova vida...!!!

Nos Quartos...!!!

Juventude Salesiana 3 - 5 Benfica


Ontem 'esqueci-me' dos Oitavos-de-final da Taça de Portugal de Hóquei em Patins!
Estivemos a perder 2-0, com o adversário da 2.ª Divisão, mas acabámos por repor a normalidade!!!

Na próxima eliminatória vamos receber o Barcelos.

A bater, o Canelas ganhou à PSP

"É natural que as técnicas de controlo hoje aplicadas sejam diferentes das que tiveram eficácia no passado, mas há pormenores que não mudam

O clássico do último sábado deve ter sido dos que mais polémicas provocou, antes, dada a colagem pontual e a proximidade do final do Campeonato, e mais tolerantes reacções suscitou, depois, com os dois treinadores a lamentarem ambições de vitória não alcançada, mas sem enveredarem por discursos plangentes, nem tão pouco transformarem o árbitro no vazadouro das suas frustrações.
Entendo mal, no entanto, o envolvimento de Rui Vitória naquele pagode sobre o relvado após o final do encontro, menos ainda a participação em conversas com directores adversários. Assim como, na conferência de Imprensa, desaprovo a necessidade de Nuno Espírito Santo se referir a pormenores organizativos para protestar o atraso na entrada de adeptos portistas, como se isso fosse da sua área de competência ou alguma relação tivesse a ver com o resultado.
Os treinadores devem convencer-se que são pagos para treinar, receberem aplausos no sucesso, mas também assumirem responsabilidades no fracasso, o que, manda a verdade dizer, raramente fazem. Se perdem, a culpa ou é dos deuses ou... dos árbitros. Basta. É preciso evoluir!

Continua tudo ligado
Afinal, isto continua na mesma. Já lá vai o tempo em que quatro eminências, durante anos, exerceram influências e condicionaram decisões. Foram donos do poder em dois formatos, ora à vista, ora por detrás da cortina.
Ainda hoje, porém, há quem se abespinhe quando se trazem à colação recordações desse período de tramas contadas em surdina e a conta gotas. Período esse que alterou a realidade do futebol português: ganhou não revelou saber para inverter a situação. São os resultados e os títulos que o confirmam.
Não é possível alterar o curso da história, mas é imperioso cuidar do presente e apetrechar o futuro de condições para repelir qualquer tipo de contaminação.
É natural que as técnicas de controlo hoje aplicadas sejam diferentes das que tiveram eficácia no passado, mas, no essencial, há pormenores que não mudam, emergindo indícios fortes para acreditar que continua tudo ligado. Repare-se em quatro exemplos recentes:
1. À Federação deu-lhe jeito o movimento de apoio à Selecção durante o Europeu de França em 2016, mas, como é vulgar dizer-se, não há almoços grátis. A história dos bilhetes ficou por esclarecer e desde essa parceria até se avançar para a legalização de uma claque oficial da FPF foi um pulo. Melhor, um gesto de boa vontade na opinião de quem deu cara pela ideia, o chefe dos Super Dragões. Todavia, só acredita quem quiser ser enganado. Aliás, a súbita presença no jogo com a Hungria deve ter dado para perceber que nem o projecto, nem a gente que o suporta se recomendam.
2. No início do corrente ano, a dois dias de dirigir o Paços de Ferreira - FC Porto, Artur Soares Dias foi ameaçado por elementos dos Super Dragões, sugerindo-lhe educadamente, como imagino, um trabalho que corresse bem. Apresentou queixa na PSP, sinal do que as coisas começam a mudar. De recordar que apesar de ter o árbitro português mais conceituado na UEFA e na FIFA, foi considerado sem condições para «arbitrar mais jogos do FC Porto» pelo próprio Pinto da Costa.
3. Nos dias que antecederam o clássico da Luz, foi propagandeada uma campanha assente em falsa notícia de desvio de considerável quantidade de bilhetes de casas do Benfica para as mãos dos Super Dragões. Houve o propósito de colocar em causa a segurança e ferir a credibilidade da organização do jogo. Verificou-se, contudo, não ter passado de grosseiro embuste para provocar cal estar e instalar medo nas pessoas. Dos cerca de dois mil bilhetes desviados para parte incerta, apenas 60 foram detectados. Mais: a claque do FC Porto nem sequer preencheu na totalidade a lotação do espaço que lhe estava destinado nas bancadas do Estádio da Luz.
4. Finalmente! Câmara do JN captou bárbara agressão de um jogador do Canelas a um árbitro. O País viu, e a esta hora já devem ter sido dadas ordens de cima (pergunta para reposta rápida: alguém diz o nome do secretário de Estado da tutela?). Não há mais paciência para ironias de mau gosto, nem para tolerar quem vira a cara para o lado. A Associação do Porto, apesar de alertada para indignação de outros clubes, nada de suficientemente preocupante enxergou para tomar medidas que de algum maneira pudessem impedir que se chegasse a esta brutal cena de violência.
Coincidência ou não, o Canelas é o clube onde joga o chefe dos Super Dragões, e mais alguém de seita, que se pavoneia por entre bons e maus com indecifrável à vontade, fruto de consentida habilidade em nome das conveniências.
O jogador não tem perdão e, aparentemente, os amigos vão deixá-lo cair. Uma agente da PSP vai ter processo disciplinar por causa de imagens «passadas exaustivamente por diversos órgãos de comunicação social». O agente deitou um adepto ao chão, mas não lhe partiu nenhum osso. O jogador mandou o árbitro para o hospital com três facturas: ganhou o Canelas. No resto houver empate: ambos foram tramados pelas câmaras."

Fernando Guerra, in A Bola

O País está doente, podem descansar!

"E de repente, Portugal descobre, chocado e perplexo, que há um lado obscuro do futebol, que envolve agressões bárbaras a árbitros e transforma os campos de jogo em campos de batalha, como aconteceu, neste domingo, no Rio Tinto - Canelas.
Felizmente que as mais diversas autoridades foram prontas e eficazes a reagir ao angustiante caso. O conselho de arbitragem da FPF veio rapidamente entender que estas situações são «inaceitáveis», a APAF endureceu a luta e classifica o acto do jogador agressor como «vergonhoso», a Associação de Futebol do porto fez questão de dizer que «lamenta e repudia» e nem o presidente do Canelas ficou impávido. Pelo contrário, insurgiu-se publicamente, dizendo que o clube também foi vítima daquele seu jogador e considera a joelhada no rosto do árbitro, que obrigou a internamento hospitalar, «uma facada» no Canelas. Felizmente que o Governo, através do secretário de Estado do Desporto, também estava atento e com grande sentido de realidade sugere «uma grande acção de sensibilização contra a violência». Por fim, a justiça civil exerce, célere, o seu magistério, agarra o assunto com grande firmeza e determinação e para que este caso tão grave sirva de exemplo liberta e amnésico agressor, mas obrigando-o um temível termo de «identidade e residência», por sinal a mesma medida de coacção de qualquer director de jornal quando vai responder por queixas ao abrigo da lei da liberdade de imprensa.
Espero que ao saber de todo este empenho das autoridades nacionais, o País descanse na convicção de que o futuro será diferente e que os árbitros não continuarão a sofrer agressões."

Vítor Serpa, in A Bola