segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Do jogo do Benfica e outras coisas

"O copo do Benfica está meio cheio ou meio vazio? Entre defeitos e virtudes, Rui Vitória está obrigado a uma cuidada gestão...

O Benfica arrancou ontem, na pedreira onde Souto Moura viu antes dos outros um estádio de futebol, uma vitória importantíssima, que merece ser dissecada. Neste momento, parece claro que o copo do Benfica tem água pela metade, o que nos remete para a dúvida clássica: está meio cheio, ou pelo contrário, está meio vazio? Se olharmos a questão pelo prisma dos resultados nos dois últimos jogos, ambos de dificuldade muito elevada e ganhos pelo mesmo score, a conclusão a que se chega é a de que está meio cheio, com tendência para encher; e se avaliarmos a arterialidade entre jogadores e a forma como se dão ao combate, também haverá razões para pensar positivamente em relação à equipa de Rui Vitória; finalmente, se juntarmos às dificuldades a ausência de duas pedras nucleares, Ederson e Jonas, os substitutos saem com nota alta e a equipa não terá sofrido qualquer erosão.
Porém, se compararmos o controlo do jogo que o Benfica já teve noutras alturas da temporada em curso com o que consegue hoje, a tentação será dizer que o copo está meio vazio; ao mesmo resultado se chega se levarmos em linha de conta  número de bolas perdidas a meio-campo e a tremenda dificuldade em sair a jogar sob pressão; e há outro problema, a equipa jogo muitas vezes com as linhas demasiado longe e o jogo (como aconteceu ontem) parte-se com enorme facilidade.
É nesta ambivalência que vai vivendo o Benfica, sem que se possa dizer com precisão quais quais são as cenas dos próximos episódios. Mais do que nunca, Rui Vitória precisa de ir fazendo uma gestão de motivação jogo a jogo, procurando fazer a sintonia fina do momento de forma de cada um dos seus jogadores, especialmente os que labutam na casa das máquinas. Há um ano, com Renato Sanches e Fejsa em grande forma, o Benfica arrancou para uma das conquistas mais épicas da sua história. Hoje, terá de encontrar no colectivo a resposta para a ausência de um jogador com as características do actual jogador do Bayern e isso nunca será tarefa fácil.
Quanto à arbitragem, por mais que os responsáveis encarnados façam ouvir a sua indignação, não podem permitir que o ruído chegue à cabina. Os jogadores devem preocupar-se com outras coisas e se estiverem preocupados com o árbitro perdem foco e qualidade.

ÁS
Rui Patrício
Chegou ao jogo 400 do leão ao peito, o que é uma marca fantástica, capaz de fixá-lo como o quinto cavaleiro das redes leoninas, depois de Azevedo, Carlos Gomes, Carvalho e Damas. Marcou esse feito com uma exibição superlativa, ganhando o jogo ao Rio Ave. Com Portugal sempre grato, o Sporting a seus pés (e mãos...).

ÁS
Kostas Mitrolgou
Era uma vez em grego que fintou metade da cidade de Braga dentro de uma cabina telefónica e tirou um coelho da cartola em forma de golo que valeu ao Benfica a manutenção da liderança da Liga. Com a luta pelo título entre águias e dragões ao rubro, este pode ter sido uma dos momentos do campeonato...

DUQUE
Luís Ferreira
O árbitro da AF Braga passa por um período complicado, onde erra por manifesta falta de confiança, sucumbido à pressão exterior. Ainda estão no ar os ecos da catastrófica arbitragem do Benfica, 3 - Boavista, 3 e já soam os tambores da contestação às decisões erradas que tomou no FC Porto, 4 - Tondela, 0.

O que Jesus provavelmente quereria dizer
«As boas equipas são as que ganham sem jogar bem!»
Jorge Jesus, treinador do Sporting
Jorge Jesus sabe muito de futebol. Porém, muitas vezes, não consegue verbalizar exactamente aquilo que está no seu pensamento. Após o jogo com o Rio Ave, se não o conhecêssemos, tenderíamos a dizer que era tonto. Porque as boas equipas são as que jogam bem. Pelo menos a maior parte das vezes. Mas são também capazes de ganhar sem jogar ao melhor nível. Coisas diferentes...

A magia irrepetível da Taça de Inglaterra
A Taça de Inglaterra é tão especial que numa jornada em que o campeão em título da Premier League foi eliminado pelo sétimo do terceiro escalão (Milwall, 1 - Leicester, 0), o principal destaque pertenceu ao Lincoln, da quinta Divisão, que varreu o Burnley, primodivisionário. Impossible is nothing, o sonho é o limite!

Um herói português
O Pavilhão Carlos Lopes (1932), joia da arquitectura e local emblemático do desporto nacional, está recuperado (parabéns a Fernando Medina!) e fez coincidir a reabertura com o septuagésimo aniversário do atleta que lhe deu nome (em 1984, passou de Pavilhão dos Desportos a Pavilhão Carlos Lopes). Um dia feliz para o campeão que nos fez vibrar e sofrer na final dos 10 mil metros de 1976, perdida para Viren, em Montreal, e nos levou ao Olimpo, oito anos depois, em Los Angeles, na madrugada mais doce de que há memória no desporto português..."

José Manuel Delgado, in A Bola

A 'sorte' de Mitrolgou

"O Benfica sofreu muito - de certeza que houve muitos benfiquistas que já se estavam a ver em segundo lugar -, mas acabou por sair de Braga na liderança, graças a um golo (bem bonito, até) de Mitrolgou, a dez minutos do fim. Haverá, claro, quem argumente que os encarnados voltaram a ter a estrela que, dizem, os tem acompanhado ao longo do último ano e meio e os levou à conquista do tri na última época. Haverá também quem lhe chame a estrelinha de campeão. E é verdade que ontem a equipa de Rui Vitória chegou a ter a sorte do seu lado, quando ainda na primeira parte viu a bola indefensável saída da cabeça de Battaglia bater de forma caprichosa no poste da baliza de Júlio César. Mas os postes fazem parte da baliza, como a sorte faz parte do jogo.
Posto isto, mais do que estrelinha de campeão o Benfica teve a sorte - está em itálico porque a sorte custou aos encarnados mais de oito milhões de euros... - de ter no seu plantel um grego que tem sido decisivo. Foi assim em Braga, foi assim no encontro com o Dortmund e foi também assim na última temporada, quando em Alvalade marcou talvez o golo mais importante para a conquista do título. Kostas Mitrolgou não é um daqueles jogadores que empolgam a plateia com fintas estonteantes ou corridas doidas. Às vezes chega até a enervar as bancadas com o seu jeito trapalhão ou pela forma como parece desligado do jogo. Mas a verdade é que nos momentos decisivos diz quase sempre presente - e ontem na pedreira até o fez com alta nota artística. Na ausência de Jonas, , o grego tem sido fundamental para manter as águias à frente da concorrência. Outra vez."

Ricardo Quaresma, in A Bola

Sinais da bola

" 'Love is in the air'
O dia dos namorados já lá vai mas este fim de semana o amor andou à solta em Braga. Começou com a conferência de imprensa de Jorge Simão, prosseguiu ontem em pleno estádio com muitos balões em forma de coração a voarem a partir do relvado. Vai um beijo?

Velhos? Nem por isso
Alan, 37 anos, e Luisão, de 36. Capitães e os dois jogadores com mais jogos na Liga entre todos os que participam neste campeonato: 392 e 310, respectivamente. No início do jogo, junto ao árbitro, trocaram palavras, riram, afinal juntos têm mais de 700 jogos nas pernas. É obra!

O bom amigo poste
Outro dos mais velhos em campo, Júlio César, voltou a jogar na Liga cinco meses depois e precisamente contra o SC Braga, último adversário que defrontara. César é um homem de boas amizades. Em Braga encontrou o velho amigo poste: aos 36 o ferro evitou o golo. Júlio agradeceu.

Messi grego?
Estava difícil a bola entrar numa das balizas, mas percebia-se que quem marcasse ganhava o jogo. Com defesas muito fechadas, teve se ser jogada à Messi para chegar ao golo. O autêntico é argentino, o Benfica pode contentar-se por ter uma imitação... em grego.

Ufffffffffffff!!!
Sentiu-se a quilómetros de distância o suspiro de alívio dos benfiquistas quando Mitrolgou marcou, primeiro, e quando o jogo acabou. Numa deslocação difícil e com o FC Porto encostado na classificação, sair de Braga na liderança pode ser meio caminho andado... Ufa!"

Paulo Alves, in A Bola

Um goleador de pão e água

"Descontados os dribles, qual será o melhor companheiro nas aflições: Jonas ou Mitroglou?

vai sendo tempo de actualizar a frase feita: o futebol é um desporto de violinos e no fim ganham os bisturis. Mitroglou não é um violino. Tem menos golos do que Jonas, dá muito menos curvas, não dribla, raramente passa pela cabeça de alguém atribuir-lhe nota artística, mas, ao fim desta época e meia, qual deles é preferível ter ao lado numa aflição? Provavelmente, aquele que marca ao FC Porto, ao Sporting (matou o jogo do título, há um ano) e que costuma aparecer mais vezes quando as batalhas são duras, os adversários feios, a chuva fria, a relva rala e o futebol desconfortável. Mitroglou complica o trabalho de avaliar Rui Vitória (como Jonas, aliás), porque pede pouco à equipa. Duas ou três bolas alcançáveis, na área de preferência: ou seja, o resumo do Braga-Benfica de ontem, que talvez tenda a ser visto como uma repetição aguada do Benfica-Borússia Dortmund e pela mesma ilusão de óptica. O primeiro problema não está no muito ou pouco que se faz sofrer o Benfica; está no pouquíssimo que o Benfica precisa de fazer sofrer o adversário. Mitroglou é um exemplar puro do avançado a pão e água, que nos descalibra as estatísticas e as folhas de cálculo. No corpo a corpo do título, talvez desconte um terço nos ataques, assistências e cruzamentos que o Benfica terá de fazer, relativamente ao FC Porto. Pelo menos ao FC Porto pré-Soares."

O macaco e a selva

"A culpa nem é tanto do cabecilha da claque portista. É do Estado que fecha os olhos a situações ridículas e mina a sua autoridade.

Multiplicam-se as notícias do património e da vida repleta de luxos do cabecilha da claque dos azuis-e-brancos, sem que nenhum rendimento declarado justifique – ou permita justificar – tal ostentação. As revelações em causa não são novas nem chocam ninguém. Imóveis, negócios de restauração e carros de luxo são há muito referências associadas àquele que é conhecido como ‘Macaco’ e que evidenciou, esta semana, mais um traço de personalidade e carácter: o receio de uma comunicação social livre e independente.
Mas, se não me choca o facto de o ‘Macaco’ ostentar uma vida de luxo ou de recear órgãos de comunicação como o CM ou a CMTV, o que me perturba?
Na verdade, o que me custa verdadeiramente é ver um Estado que persegue sem dó nem piedade os pequenos contribuintes e prefere fechar os olhos às grandes manifestações de fortuna.
E não me venham falar da lei e da Constituição. Desde 2001, pelo menos, que o sistema fiscal português permite fazer correcções e ajustes àqueles que ostentam riqueza claramente desproporcional ao rendimento que declaram. Então, perguntar-se-á, por que razão nada acontece em casos como este? É, na verdade, uma questão de prioridades e coragem política. Os vários poderes preferem comprar uma podre paz social a um real exemplo de firmeza e autoridade. Ao fazê-lo, mesmo sem se aperceberem, deixam os cidadãos perplexos: como pode valer a lei da selva para os contribuintes comuns e a lei mole do colarinho branco para outros? Será que vale a pena enfrentar ostensivamente o Estado de Direito e os seus princípios?
Esqueçam o futebol, as claques e as cores. Sejamos capazes de nos reunir, de norte a sul do País, em torno de valores básicos de cidadania. E, se compreensivelmente muitos têm medo de o fazer ou de o afirmar, que assuma o Estado essa nobre tarefa: reconduzir todos aqueles que se acham acima da lei ao seu lugar próprio. Quem se ri do Estado de Direito está a gozar com todos nós.
(...)"

A complexidade da comunicação entre equipa técnica e atletas

"Pensem no seguinte: o treinador diz que pretende ser empático para melhor compreender o que se passa na mente do atleta e conseguir ser o mais eficiente possível na sua relação e comunicação com os atletas todos. Certo?
O irónico é que nós tentamos compreender o atleta, mas não percebemos que o atleta recebe informação de uma equipa técnica constituída por pessoas diferentes que podem chegar a dois, três, cinco ou dez diferentes perfis comunicacionais. Ou seja, durante um treino ou a competição, é natural que os treinadores queiram contribuir para a melhoria do atleta, corrigir algo, dar apoio ou pressionar. E durante esse momento, o treinador – dentro da gestão emocional que consegue fazer de si próprio – dirige um conjunto de palavras, entoações, sentimentos e emoções para o atleta.
O atleta – não o tem de fazer – tenta dentro das suas possibilidades e disponibilidades captar a informação. Acontece que se cinco treinadores observarem um atleta a realizar uma tarefa qualquer dificilmente retiram o mesmo daquela acção. E mesmo que, por exemplo, considerem que a ação foi bem executada, todos os treinadores terão intervenções com bases diferentes. Um dirá apenas boa!, outro dará um feedback positivo com correcções, outro e mais outro dirão coisas diferentes, possivelmente baseados em emoções distintas.
O ponto que destaco é que deve existir um trabalho de identificação de atleta a atleta. De saber como ele recebe melhor as informações. Perceber se por acaso nós – que pertencemos todos à mesma equipa técnica – não pensamos no atleta como um ser totalmente distinto dos outros membros de equipa técnica. E assim consecutivamente.
Pequenos detalhes que servem para aproximar todos de todos. Não fisicamente mas relacionalmente. E servem para que o alinhamento de intervenções não se reserve a aspectos tácticos ou técnicos. Digo eu."

Lei 8 - Alguém sabe como é que isto começa? E como é que recomeça?

"Bem vindos a mais uma das leis de jogo. Garanto, desde já, que esta não é difícil. Essas hão-de chegar, com o tempo. Guardo-as para os próximos capítulos.
Hoje vamos falar dos diferentes inícios e reinícios que um jogo de futebol permite. Não são muitos, mas são importantes. Alguns até têm direito a uma lei própria
Vamos a isso? Vamos lá então descobrir o que há de mais relevante sobre...

Lei 8 - O Começo e o recomeço do jogo
Pergunta chave: como começam todos os jogos? Resposta base: com um pontapé de saída.
Pelo menos, esse é o nome que a lei atribuí àquele que é, verdadeiramente, o primeiro momento do jogo.
Mas os “pontapés de saída” não assinalam apenas o arranque de cada partida.
Eles também servem para recomeçar as segundas partes, os dois períodos dos prolongamentos (quando necessário) e o reatar do jogo após a obtenção de cada golo.
Além do pontapé de saída, existem ainda outros recomeços de jogo aqui previstos também:
- Os pontapés-livre (que podem ser directos ou indirectos), os pontapés de penálti (já não se diz "grandes penalidades"), os lançamentos laterais, os pontapés de baliza e os pontapé de canto.
Mas há outro, um que o árbitro é o o autor único e privilegiado: a bola ao solo (sim... essa coisa da "bola ao ar" é só no basquetebol, não aqui).
Este tipo de reinício tem algumas especificidades curiosas, sabiam? Ele acontece, por regra, quando o jogo é interrompido por um motivo que a lei não obrigue a reatar com algum dos recomeços acima indicados.
Exemplo: um cão entrou no terreno e interferiu com a jogada. Aí, o árbitro tem que interromper a partida, retirar o animal e recomeçar o jogo com bola ao solo, no local onde a bola se encontrava quando se deu a interrupção.
Só não será nesse exacto local numa situação se, nesse momento, a bola estiver numa das áreas de baliza (que o adepto conhece como “pequena área”).
Aí a bola ao solo terá que ser efectuada (preparem-se): na linha da área de baliza, paralela à linha de baliza, no local mais próximo onde a bola se encontrava, no momento da interrupção.
Trocando por miúdos, a ideia é não fazer uma bola ao solo muito próximo da “linha de golo”. Isso faria com que houvesse um enorme aglomerado de jogadores numa zona pequena e crítica, com fortes possibilidades de acontecerem conflitos e perturbações graves para o jogo.
A ideia é evitar o pior. A bola ao solo só entra em jogo quando toca no terreno. Ninguém a pode jogar / tocar antes disso (senão é repetida).
Também será repetida se, depois de executada, sair directamente do terreno de jogo (por exemplo, por acção do vento). Ao contrário do que se vê habitualmente, não é obrigatório que um jogador de cada equipa dispute uma bola ao solo.
Qualquer número de jogadores pode fazê-lo (o que significa até que uma equipa pode abster-se de estar presente nesse lançamento).
Agora uma novidade (alteração recente): se a bola entrar na baliza sem tocar em pelo menos dois jogadores, o jogo recomeça ou com pontapé de baliza (se entrar na própria baliza de quem a tocou) ou com pontapé de canto (caso entre na baliza adversária).
Exemplo: o árbitro efectua bola ao solo e um jogador, ao querer retribuir um gesto do adversário, chuta a bola para longe (o tal Fair Play).
Agora imaginem que, inadvertidamente, ele faz golo na baliza adversária (e como sabem, isso já aconteceu). Neste momento, esse risco foi eliminado, porque a bola não tocou em, pelo menos, dois jogadores.
A alteração baseou-se exactamente nesta ideia: terminar com golos “bem intencionados”.
Adiante.
A lei também diz algo que para nós já é óbvio: se existir alguma infracção quando a bola não estiver em jogo (por exemplo, o jogo recomeçará com desse modo e não punindo essa infracção. Pode até haver sanção disciplinar (amarelos ou vermelhos), mas o reinício será sempre o mesmo.
Exemplo: agressão de um jogador a um adversário antes do GR executar pontapé de baliza.
Solução: vermelho para o agressor e recomeço tal como o previsto antes (pontapé de baliza) 
Procedimentos do pontapé de saída Fica aqui o registo dos mais relevantes:
1. A equipa que vence o sorteio - efectuado por meio de uma moeda ao ar - escolhe para que baliza quer atacar. A que “perde”... começa o jogo (ao contrário do que muita gente pensa, quem ganha não escolhe campo ou bola);
2. A equipa contrária à que começou a partida, recomeça-a na segunda parte;
3. No início do segundo tempo, as equipas trocam de campo (mas os árbitros assistentes não, mantêm-se sempre no seu meio-campo);
4. Depois de uma equipa marcar um golo, a equipa contrária recomeça o jogo com pontapé de saída. 
É obrigatório que, em cada pontapé de saída:
Todos os jogadores estejam no seu próprio meio-campo;
Os adversários de quem executa o recomeço estejam a uma distância mínima de 9.15m da bola, até que ela entre em jogo (isso acontece quando ela é pontapeada e se move claramente);
A bola seja colocado no solo, sobre o ponto central;
O árbitro apite, autorizando o pontapé de saída;

Nota - Pode ser marcado, directamente de um pontapé de saída, um golo na baliza adversária (se for na própria baliza, será executado pontapé de canto).
Outras notas relevantes.
O executante do pontapé de saída não pode tocar na bola duas vezes consecutivas sem que esta seja antes tocada por qualquer outro jogador.
Se o fizer, a sua equipa será punida com pontapé-livre indirecto (ou com pontapé-livre directo, caso esse segundo toque seja com a mão), no local da infracção.
Se o pontapé de saída for mal efectuado, será repetido.
Pronto. Dito o que mais importa.
Para a semana, exploraremos as diabruras da Lei 9.
Não se esqueçam: são dezassete (mais a do bom senso).
Boa semana a todos."

Operação Fónix

"Por nada ter a ver com futebol, esse jogo lindo, não cabe justamente em nenhuma divagação pelas páginas da imprensa desportiva o julgamento dos 54 arguidos do caso judicial consagrado como Operação Fénix que se refere a coisas como a utilização ilegal de seguranças privados, coação, associação criminosa, ofensa à integridade física qualificada, extorsão, tráfico e outras beldades que tais. Nem a eventualidade de haver um qualquer presidente de um clube de futebol entre o ramalhete de acusados pelo Ministério Público justificaria o mínimo interesse pelo assunto por parte de quem gosta de futebol e de quem escreve sobre futebol.
Sobre a Operação Fénix estamos conversados, não metendo bola não há nada a dizer. Quanto à Operação Fónix já o caso muda de figura. A Operação Fónix trata exclusivamente de futebol, esse jogo incrível, e por isso mesmo justifica umas quantas, poucas, considerações sobre a matéria legitimamente em apreciação. Com o campeonato a entrar no seu último e decisivo terço, estando ao rubro as emoções, não espanta a reacção de muita gente fraca dos nervos ao dar conta da renomeação do juíz de campo mais querido do CA para os desafios longe da Luz que constam do calendário do actual líder da prova maior. - Fónix!- exclamou em uníssono, o vasto público ao tomar conhecimento da decisão do Conselho de Arbitragem, ou melhor ainda, da aposta do Conselho de Arbitragem na figura original do árbitro-cativo para os jogos fora do Benfica. É que depois de ter estado em Faro vai estar agora em Braga, a próxima deslocação do tricampeão nacional. E se as coisas correm de feição, quem sabe se o árbitro-cativo não estará daqui a 15 dias na Vila da Feira? - Fónix! - exclamarão, outra vez, os mais exaltados e os mais supersticiosos perante a insistência nos juízos do mesmo apito no que ao Benfica diz respeito. E assim se viu popularmente desvendado o nome da operação que terá nascido no pacato decorrer daquele raide à Maia em que Artur Soares Dias se viu confrontado com uns quantos estranhos com péssima maneiras e com direito a cobertura televisiva em directo. - Fónix!- exclamou, com toda a propriedade, o árbitro, Soares Dias, que anda agora a apitar pelo estrangeiro. Pudera...
E foi assim que nasceu a Operação Fónix em curso. Também há quem lhe chame a Operação Fónix Renascida em curso mas isso, com toda a franqueza, também já não é futebol."

Custou, mas o Benfica lá fez amor. Moral da história: Mitroglou C#$##$$

"Júlio César
Em primeiro lugar boa noite. Em segundo o Porto. Permitam-nos escrever esta piada, especialmente depois deste jogo. Quanto a Júlio César, fez duas ou três defesas mais atentas e acompanhou bem a trajectória da bola no cabeceamento de Battaglia ao poste. Há anos que se fala da sua lesão crónica na coluna, mas curiosamente nunca vimos ninguém falar dos joanetes. Só assim se explicam os muitos pontapés desastrados para a frente.

Nélson Semedo
Demonstrou muito respeito pelo oponente directo, dando-lhe sempre uma nesga de espaço, o suficiente para o adversário acreditar que era possível passar por Semedo. Aconteceu uma vez e meia. Lemos nas notícias que perdeu o prémio de jogador jovem de Janeiro para André Silva. Talvez devêssemos excluí-lo desta competição. É que o Nélson exibe demasiada maturidade para competir com jovens. Não é justo para os miúdos.

Luisão
Aos 28 minutos derrubou de forma agressiva Stojiljkovic, naquilo que parecia ser o início de uma horinha de batatada à antiga entre Braga e Benfica. Desta vez os colegas não ouviram o capitão e lá tentaram jogar à bola. Voltou a fazer uma boa exibição e já avisou o presidente que aquela piada sobre a renovação quando estavam todos no balneário não era bem uma piada.

Lindelof
Muito bem a tirar a bola da área após cabeceamento de Battaglia à trave. Foi o único adulto em campo com o penteado de uma criança de 8 anos, o que talvez explique a ansiedade exibida em alguns lances. Não percebemos ainda o que procura, se anular o adversário ou simplesmente afastar a bola de si.

Eliseu
O jogo ofensivo da equipa passou menos por si do que o adversário gostaria e reduziu Eliseu a personagem menor do jogo. Talvez por isso tenha feito por aparecer em tarefas mais defensivas, nomeadamente com duas ou três perdas de bola quase tão desastradas quanto os adversários que não as souberam aproveitar. Aos 22 minutos voltou a tentar um daqueles remates a 300 metros da baliza, mas a idade não perdoa. Desta vez a bola nem chegou à baliza.

Fejsa
Não esperava participar numa partida de matraquilhos ali a meio-campo, mas lá teve de ser. Fez um jogo bastante razoável defensivamente, especialmente dadas as circunstâncias da primeira parte, ao longo da qual foi incumbido de cobrir o meio-campo enquanto carregava o corpo inanimado de Pizzi. Levou duas cuecas, uma das quais do Alan, mas felizmente o Benfica tem excelentes psicólogos. 

Pizzi
Diz-se que o ideal antes de uma boa power nap, vulgo sestinha, é tomar um café longo. Isso permite ao individuo descansar bem e acordar já sob o efeito da cafeína. Também há quem diga que a duração recomendada de uma power nap é vinte minutos, mas os estudos não são conclusivos. Por exemplo, ainda hoje vimos um jovem calceteiro táctico de Bragança, que após uma sesta de 45 minutos acordou cheio de genica e pronto para voltar a merecer o salário de Fevereiro.

Salvio
Lances individuais contra o mundo inteiro, túneis, mais túneis, incursões pela ala, inflexões pelo meio, pontapés na atmosfera, faltas escusadas, tabelinhas bem conseguidas, mais lances individuais contra o mundo, algum cansaço, mais cansaço, por favor parem o carrossel e deixem-nos sair. As exibições de Salvio têm o caos semi-cómico de um filme de Emir Kusturica, o peso emocional de um Bergman e um retorno inferior à bilheteira do último Ghostbusters.

Zivkovic
Aos 5 minutos, seguia lançado pelo flanco esquerdo quando o comentador da Sport TV o confundiu com Fejsa. Ao fim de 73 minutos, até nós ficámos confusos. Quem é aquele rapaz que jogou hoje? Ponham-no a rodar na equipa B e tragam o Zivkovic de volta.

Rafa
Mais uma exibição em modo cozinha de autor que ainda não sabe fazer arroz. O futebol de Rafa tem sempre qualquer coisinha a mais: por vezes adianta a bola como quem põe rúcula numa salada de pimentos. Outras vezes adorna como quem junta queijo da serra ao pastel de bacalhau. Se o jogo lhe pede um simples refogado, o rapaz lança-se numa redução de vinho do porto. Chegamos ao fim enfartados, a precisar urgentemente de um digestivo que Rafa nos tentará servir com cardamomo, canela e pimenta rosa. 

Mitroglou
Uma vez fui a um bar e houve uma rapariga muito engraçada que me despertou a atenção. Estava acompanhada pelo namorado e pelos amigos deste. Entretanto, decido mamar copos até às 4 da manhã e não havia quem me pegasse. Às tantas, já cansado, fui ter com a tal miúda e perguntei-lhe se não queria ir comigo à casa de banho. Foi um fartote. O namorado e os amigos vieram de peito feito, mas levaram uma lambada cada um. Custou, mas lá fizemos amor. Moral da história: Mitroglou C#$##$$.

Carrillo
Muito bem aos 90’ a levar uma pantufada de Battaglia que atrasou ainda mais o jogo e logo depois a mandar outra no Assis, um justo prémio pela excelente exibição do brasileiro.

Jiménez
Levava um papel nos calções que dizia apenas “Mitroglou, finta meia dúzia de gajos e chuta”, mas a nossa magnífica Liga de Clubes vai dizer que isto não foi uma assistência para golo. Depois admirem-se.

Filipe Augusto
Pouco antes de entrar, olhou para o adjunto Arnaldo Teixeira enquanto este lhe dava indicações precisas com um tablet. O Benfica marcou pouco depois e o tablet ficou sem bateria entretanto, o que dificulta a análise dos seus 3 minutos em campo."

Cadomblé do Vata

"1. SLB a mostrar novamente ao FCP que as horas vagas no balneário da Luz são passadas a ver a Teoria do Big Bang... só falta é saber como se diz "you're in my spot" em grego.
2. Habituados a ver Ederson bater pontapés de baliza para a área adversária, causa estranheza ver Júlio César nem conseguir pontapear a bola para lá do meio campo... no fundo é o Glorioso a demonstrar que tanto consegue ganhar jogos a tiro de canhão como vencer partidas a esguicho de pistola de água.
3. A quantidade de vezes que o SLB entra na área adversária é infinitamente superior ao número de remates que estes ataques proporcionam por nos perdermos em passes e tabelas consecutivas... o futebol do séc. XXI está tão complexo que o Profeta Isaías se jogasse futebol na actualidade, estava condenado a meter bolas dentro da baliza adversária, nos campos sintéticos dos distritais de Portugal. 
4. Gostava de destacar aqui a grande actuação do bracarense Assis... só não sei é se o SC Braga ganhou a corrida pela sua contratação ao FC Porto ou ao Teatro Nacional D. Maria II.
5. Sporting de Braga continua a fazer grandes jogos contra o SLB e a perde-los todos... podem vestir de vermelho e branco, mas ninguém pode ignorar a abundante presença de pedigree sportinguista."

Vermelhão: Mitro contra tudo...!!!

Braga 0 - 1 Benfica


Mitrolgou a candidatar-se a Grego do ano!!! Semana perfeita, com dois golos, em duas vitórias por 1-0 !!! E hoje, não foi só encostar... um verdadeiro golo à 'falso lento'!!!!!!

Como era de esperar, e o próprio Rui Vitória disse-o no final: o melhor jogo do Braga, com Jorge Simão!!! Mas este tipo de 'coincidências' são o pão nosso de cada dia do Benfica... os nossos adversários contra o Benfica, acabam sempre por jogarem hiper-motivados... e portanto o Benfica, tem que estar preparado para isso...
As noites Europeias são bonitas e queremos estar sempre na Europa, mas a estatística não mente: no meio das eliminatórias Europeias é 'fácil' perder pontos no Campeonato... e quem não acredita, basta 'ouvir' as escutas do Apito Dourado para perceber as 'preocupações' com um jogo contra o Beira-Mar nas vésperas de uma Meia-final da Champions!!!

O Benfica hoje não fez um grande jogo, mas na minha opinião dentro das condicionantes, até estivemos bem defensivamente, com o Júlio a ter pouco trabalho (viu a bola bater no poste...), o problema foi a construção ofensiva... E isso deveu-se a três situações:
- primeiro o sistema 'abafa' Pizzi, os nossos adversários já perceberam como pressionar as nossas transições com o Pizzi... temos que encontrar soluções;
- segundo, o erro nas Alas!!! O Zivo e o Salvio não tiveram inspirados, mas a utilização do Zivo na esquerda é 'pedir' problemas: parece-me evidente que neste momento o Rui Vitória tem que decidir entre o Salvio e o Zivo para o flanco direito... e neste momento, no flanco esquerdo, o Carrillo está melhor que o Cervi!
- terceiro, a solução Rafa para o lugar do Jonas: não está a resultar!!! O Rafa, em jogos de contra-ataque, encostado na esquerda, será útil... Com equipas mais 'pequenas' poderá jogar no 'meio' (sempre no contra-ataque... como em Arouca...), mas noutro tipo de jogos, ainda não é solução!!!
A vergonhosa nomeação de Tiago Martins, obrigou Rui Vitória a falar de arbitragens (com nível e sem desculpas...), hoje, os avençados do costume começaram logo a comparar as declarações do Rui Vitória com todos os outros... afirmando mesmo, que o Benfica estava a pressionar o árbitro (mentindo com todos os dentes), e mais uma vez a conclusão desta 'novela', foi o Benfica a ser prejudicado gravemente...!!!
Não foi só o penalty sobre o Salvio, não foi só o golo mal anulado ao Mitro... foram as simulações constantes dos jogadores do Braga (Assis em evidência) que o árbitro 'comeu' com orgulho; foi o 'esquecimento da Lei da Vantagem sempre que o Benfica partia em contra-ataque perigoso; foram os jogadores a fazerem faltas recorrentemente sem Amarelos...
Se o 'homem' estava condicionado, não foi seguramente pelo Benfica...
Aquilo que se está a passar nos bastidores da arbitragem é muito, mas mesmo muito grave!!! Hoje, foi notícia que o Benfica tem provas da Coacção (intimidação) que está a ser exercida, premeditadamente, pela organização criminosa mais antiga do Tugão...!!! Eu, muito sinceramente, não acredito... Não acredito, porque não acredito na Polícia, nem na Justiça Portuguesa!!!
Uma nota ainda para as agressões que os adeptos do Benfica sofreram antes do jogo, com várias viaturas com danos, com a Polícia mais vez, apanhada a olhar para o lado... com os vândalos de Braga a copiarem os piores exemplos dos vizinhos!!!

Mais uma semana 'curta'! Sexta-feira temos jogo com o Chaves, que tem 'tremido' mas tem se aguentado, e está muito bem oleado para jogar em contra-ataque... Com o meio-campo do Benfica a mostrar alguns problemas (Fejsa também...), o jogo não será fácil... e já sabemos, que o apitador não vai perdoar!!!

Reviravolta... com o pódio à vista!

Benfica B 2 - 1 Freamunde


Com o próximo jogo da UEFA Youth League, com o PSV, fizemos várias poupanças: Dias, Buta, Pêpê, Digui, Jota e Zé Gomes não foram opção... Sendo assim, acabámos por ter um 11 algo 'estranho' e isso acabou por notar-se na falta de entrosamento entre alguns jogadores...
E com um árbitro que praticamente não marcou faltas à defesa do Freamunde, tudo ficou muito complicado... Mais complicado ainda, com o 'frango' do André Ferreira (que nas últimas jornadas tem jogado muito bem)...
Mas ainda fomos a tempo... Destaco ainda o regresso do ainda junior Filipe Soares após longa lesão.