sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Muito em jogo contra o Arouca

"O Benfica joga hoje com o Arouca mais que um jogo da Liga. São mais que três pontos, mais que a liderança momentânea. Hoje jogamos a serenidade, a confiança no futuro, a esperança próxima no tetra. O jogo de hoje tem uma carga determinante, será muito difícil, até pelo valor do Arouca. Hoje temos um jogo mais importante que na terça-feira, contra o Dortmund, é bom que os jogadores o percebam, o sintam e o expressem...
Este Campeonato já não conta com o Sporting na luta do título nacional, mas será no detalhe com o FC Porto, até ao fim. Embora ou preferisse ter também o Sporting na corrida (devo ser dos poucos benfiquistas com este desejo) sempre escrevi que era o FC Porto o nosso principal rival.
O FC Porto já não contava poder estar na luta mas ainda está; o Sporting contou sempre estar na corrida, mas já não está. É uma história repetida... desde que me conheço.
Cumprimos com o Nacional da Madeira, numa vitória tranquila, mas o adversário de hoje tem outra qualidade, e coloca bem mais dificuldades. Temos que receber o FC Porto em vantagem e o percurso até esse jogo é muito preenchido.
Se no início do Campeonato nos dessem esta posição, nenhum benfiquista a rejeitaria, mas como tivemos maior vantagem, há quem veja nuvens no horizonte. Hoje, uma vitória contra o Arouca, coloca o nosso horizonte límpido, e deixa as nuvens a pairar noutros céus. Casa cheia logo na Luz, ambiente de apoio, e um objectivo único: vencer, rumo ao tetra.
Boa vitória, pelos números, pelo valor do adversário e pela exibição, a do basquetebol benfiquista no passado fim de semana. Mais um título a caminho do museu Cosme Damião.
Também nas modalidades a ambição de conquistas e de títulos se pratica, e não apenas se apregoa."

Sílvio Cervan, in A Bola

Alerta amarelo

"Nos próximos cinco dias o Benfica tem dois compromissos de elevado grau de dificuldade, curiosamente ambos diante de conjuntos que vestem de amarelo.
Se no caso do Dortmund é fácil perceber os problemas que a nossa equipa terá de encarar, frente ao Arouca a questão coloca-se sobretudo a outros níveis.
Um Benfica no seu melhor venceria sempre o Arouca. Mas a história diz-nos que as vésperas de jogos internacionais trazem água no bico, e são alçapões onde é preciso muito cuidado para não cair. 
Não é fácil abstrair os jogadores da montra profissional que têm de seguida, e concentrá-los numa partida doméstica contra um adversário do meio da tabela – que podem tender a achar se resolverá por si própria.
Nada mais errado. Esse seria o primeiro passo para perder pontos, e perder a liderança do Campeonato. Até porque o Arouca está em crescendo, com sete vitórias nos últimos doze jogos. 
Independentemente de todos pretendermos uma boa prestação frente ao Dortmund, importa lembrar que o Benfica já foi duas vezes Campeão Europeu, ainda no ano passado chegou aos Quartos-de-Final da prova, e poderá voltar a fazê-lo em qualquer das próximas temporadas.
Já um Tetra-Campeonato é coisa que nunca, em mais de um século de história, conseguimos alcançar, nem será possível consegui-lo no próximo ano ou nos seguintes.
É essa, pois, a grande prioridade da nossa equipa. E nenhum jogo europeu, por mais belo que seja, por mais apetitoso que pareça, poderá desviá-la do seu foco.
Um Benfica de copo cheio manterá, esta noite, a liderança do Campeonato. Quanto à Champions, o que tiver de acontecer, acontecerá."

Luís Fialho, in O Benfica

Parabéns, continuem!


"Será que Nuno Espírito Santo pensaria que as sua tentativas bacocas de colocar pressão na nossa equipa teriam o mesmo efeito que a visita de portistas ao centro de treino da arbitragem parece ter produzido nos árbitros? Se pensou, foi ingénuo e sobretudo revelou desconhecer por completo o SLB. Pressão, no Benfica, é satisfazer a exigência dos Benfiquistas, não obstante o forte apoio concedido habitualmente. Parabéns, continue!
Por falar em traços identitários dos clubes, que bonita foi a festa do futebol no Estádio do Dragão... O Sporting, claramente prejudicado pela arbitragem, pouco se parece ter incomodo com isso. A razão talvez se perceba pela voz do 'Maradona da rádio' na Sporting TV: 'Quero que o meu clube ganhe apesar de afastar o Porto do primeiro lugar... Tenho um lema: Para mim, o campeão português pode ser o Salgueiros, o Penafiel ou o Famalicão, o Benfica, Não!!!' Parabéns, continue!
E o Talismã de Carvalho, para se defender de se estar a desfazer das más contratações do último defeso, lá disse que vende tudo enquanto outros vendem por 15 e só recebem um... Lá está, sempre com o Benfica na ponta da língua para justificar insucessos sem se aperceber de que a sua argumentação, além de se basear em 'factos alternativos', versa o seguinte: 'Nós somos maus, mas o Benfica também, só que comunica melhor'.

Parabéns, continue!

P.S.: A nossa equipa de basquetebol teve um desempenho brilhante na Taça Hugo dos Santos. Desfalcada, soube encontrar soluções para colmatar as ausências. O triunfo na final frente ao FC Porto, por 77-60, não deixou margem para dúvidas, quando à superioridade da nossa equipa nessa partida. Parabéns, continue!"

João Tomaz, in O Benfica

Nunca mais!

"Lembram-se de Manuel José, claro. Mal seria se não tivessem memória de um dos treinadores mais carismáticos do futebol português, ídolo no Egipto e sempre polémico em Portugal. Este algarvio está a chegar aos 70 anos e nunca teve paciência para o politicamente correcto. Chegou ao SL Benfica a meio da época 96/97 para substituir o grande Mário Wilson, mas saiu sem sucesso e com acusações de incompetência que terminaram em tribunal.
Goste-se ou não do estilo, Manuel José é homem de uma só cara. Como não é proprietário de nenhum empresa de transportes - logo, não faz fretes - nunca chegou a seleccionador nacional. Fala abertamente sobre tudo e na semana passada esteve em destaque pela entrevista que deu à rádio TSF.
Diz Manuel José que, nas décadas de 1980 e 1990 teve 'vergonha de andar no futebol'. Afirma que, nessa altura, se comprovam árbitros 'como quem compra tremoços' e que essa 'foi a fase mais negra do futebol português'. O treinador foi mais longe na entrevista, dizendo que há quem queria voltar a esse tempo e que, com o actual presidente, nunca treinaria o FC Porto - 'Não considero, não gosto, detesto'.
Manuel José tem razão. Eles querem voltar ao que era. Já começaram a mexer os cordelinhos. Isso vê-se nas expulsões dos adversários do FC Porto, nos penálties-fantasma, nos fora-de-jogo não assinalados em golos contra o Tricampeão, nas agressões a jogadores encarnados que não são sequer sancionados.
Cabe-nos impedir que voltem os tempos obscuros. E como é que isso se faz? Não ficando calados e ganhando dentro de campo.
Eles que venham."

Ricardo Santos, in O Benfica

O exemplo de Cervi

"Franco Emanuel Cervi é um bom exemplo de um jogador que chegou, viu e venceu. O argentino adaptou-se a Lisboa e ao Sport Lisboa e Benfica de uma forma impressionante. Os números falam por si - 26 jogos realizados e seis golos marcados. Com o especial destaque de ter facturado em todas as competições. Logo no primeiro jogo oficial, na Supertaça, Cervi brindou-nos com um golaço e avisou ao que vinha. O jovem talento argentino voltou a deixar a sua marca na Liga dos Campeões, frente ao Besiktas, na Luz, com um novo golo a confirmar o seu apurado sentido de oportunidade. Na Liga, também em casa, frente ao Feirense, surpreendeu-nos com um vistoso golo de cabeça! Cervi voltou a 'molhar a sopa' em Kiev, em mais uma jornada da Liga Milionária. Até que chegou o dia 19 de Novembro de 2016, data do melhor resultado da presente temporada. O jovem de San Lorenzo abriu o activo na goleada de 6-0 ao Marítimo, na Taça de Portugal, o voltou a deliciar-nos com o perfume do seu futebol. Faltava a Taça da Liga. Cervi não deixou os créditos por mãos alheias e frente ao Paços de Ferreira, na Luz, foi ele o autor do único golo da vitória.
O vasto reportório demonstrado ao longo de 1739 minutos permite-nos concluir já que a aposta da SAD foi totalmente certeira, com as suas prestações a merecerem a atenção do seleccionador argentino, que admite a sua presença no Mundial de 2018. Todos nos lembramos de que o argentino foi disputado pelo nosso eterno rival. Só que a competência dos responsáveis da nossa SAD, mais uma vez, imperou. Franco Cervi chegou ao Estádio da Luz em meados de Julho do ano passado e revelou a sua forma de estar: 'Vou tentar potenciar ao máximo as minhas qualidades, mas ainda tenho muito a melhorar'. Passados sete meses, o argentino revela toda a sua ambição na frase 'temos de querer sempre mais'."

Pedro Guerra, in O Benfica

Os três estarolas

"Repentinamente acabei por ter de conhecer o que poderei designar pelos três estarolas.
Surgiram no ecrã da televisão, sob a capa de um programa de certo canal temático, e fiquei absolutamente siderado.
A surpresa e o espanto eram tantos, a que acumulavam o ridículo e a encefalopatia, que numas vezes queria rir e noutras queria chorar.
Repentinamente, achei que devia ir pedir imunidade judiciária para o Principado da Pontinha! Mas não, era mesmo assim, e essa imunidade não era necessária.
Afinal, quem estava obstipado não era eu. A pergunta que imediatamente me surgiu foi esta - Mas aquilo é um programa? Que é que eles estão para ali a dizer?
Confesso que não conhecia nenhum deles, mas se eles estavam a falar daquela forma era porque era verdade. Que tristeza a que o canal temático tinha chegado.
Sobre o pretensa defesa de uma ideia construída com base no que não tinham percebido, arranjaram uma fotografia emoldurada de verde da minha pessoa e escreveram uma treta sem sentido nenhum.
A diferença entre o emissor e o receptor é a capacidade que o receptor tem de distinguir a parábola da aparência, saber o que é uma figura de estilo, saber português e ser estudioso. Quando o receptor não tem essa capacidade, até uma fatia de queijo pintada que se lhe exiba diz que é um pudim!
Haja paciência!"

Pragal Colaço, in O Benfica

Uma Superliga Europeia?

"Amiúde, encontrarmos abordagens à eventual criação de um campeonato continental, composto pelos maiores clubes dos principais ligas europeias.
O presidente da Associação Europeia de Clubes já falou sobre o tema, a par de muitos responsáveis de clubes e a par de muitos outros elementos ligados a várias e inúmeras instituições.
Pessoalmente, não duvido de que será tudo uma questão de tempo e dinheiro. Não excluo a hipótese de existir uma estratégia inteligente concertada dos clubes que participam nas maiores cinco ligas europeias Alemanha, Inglaterra, França, Espanha e Itália, no sentido de pressionar a UEFA a transformar a Champions numa competição ainda mais milionária a apetecível pelos patrocinadores e pelos media.
Se seguirmos à risca os princípios que regem o funcionamento da União Europeia, a livre circulação de empresas e o direito de estabelecimento permitirão até a gestão por uma entidade privada desse campeonato continental.
É evidente que a Ásia é o mercado que está na 'berra'. É o mercado com mais futuro em termos de poder de compra.
Tal acumulação de moeda deveu-se ao crescimento económico, essencialmente centrado no sector industrial, onde pontificava uma agricultura antiga, rudimentar e artesanal, sem a utilização de qualquer maquinaria. A tudo isto, aliou-se um forte sector financeiro, sediado e Hong Kong, que já possuía características de mercado financeiro, graças à sua matriz inglesa.
A par do mercado asiático, temos um mercado norte-americano, onde se pretende implantar a atracção pelo futebol europeu, pelo menos enquanto desporto alternativo.
A tudo isto junta-se o enorme potentado financeiro e empresarial inerente ao desporto-espectáculo.
Agnelli, o presidente da Juventus e dono do grupo automóvel Fiat, com óbvios interesses comerciais, referiu em tempos: 'A Liga dos Campeões vale 1,5 mil milhões de euros em direitos televisivos, contra quase 7 mil milhões da NFL (campeonato de futebol norte-americano). Ora, os estudos mostram que dos 2 mil milhões de adeptos do mundo, 1,6 mil milhões são de futebol, e apenas 150 milhões de futebol norte-americano'.
A UEFA não demorou tempo a responder, e a partir de 2018/19 os clubes dos quatro países mais bem classificados no ranking - neste altura, e por larga margem, são Espanha, Inglaterra, Alemanha e Itália - terão quatro equipas directamente na fase de grupos da Liga dos Campeões, sem necessidade de play-off.
A prova irá continuar a ser disputada por 32 clubes, divididos em oito grupos de quatro, pelo que metade das vagas será ocupada por emblemas dos quatro países mais poderosos. A eles juntar-se-ão o campeão europeu e o vencedor da Liga Europa.
A distribuição de lugares dos primeiros 10 países do ranking irá manter-se. Quer isto dizer que Portugal, caso continue entre o quinto e o sexto lugar, terá três equipas na prova (duas directamente). No entanto, se cair para sétimo, ficará apenas com o campeão e o 2.º classificado, sendo este obrigado a disputar duas rondas.
Sem prejuízo de fazermos um artigo mais detalhado sobre as receitas da UEFA que também aumentaram, é imperioso que Portugal desenvolva a sua marca em termos de futebol e que não a denigra. A marca é o cartão de apresentação mais valioso, pois é sabido que em termos económicos nunca seremos ninguém com poder.
Existe uma excelente tese de mestrado, da autoria de Joana Barbosa Branco, intitulada 'O jogador profissional de futebol em Portugal no quadro europeu: a problemática referente à nacionalidade', que entre muitos outros, poderá servir de 'pano de fundo' de estudo do que há a fazer pelo futebol português, aproveitando a emigração de muitos jogadores portugueses noutros campeonatos.
(...)
Temos jogadores a mais, ou a menos, por essa Europa fora?"

Pragal Colaço, in O Benfica

Sorteio da UEFA Youth League

1/8
J1: CSKA - Rosenborg
J2: At. Madrid - Sevilla
J3: Barcelona - Borussia Dortmund
J4: Ajax - Dynamo Kyiv
J5: Monaco - Real Madrid
J6: Salzburg - PSG 
J7: PSV - Benfica
J8: Corruptos - Viitorul Constanţa

1/4:
J9: Vencedor J5 - Vencedor J4
J10: Vencedor J1 - Vencedor J7
J11: Vencedor J3 - Vencedor J8
J12: Vencedor J6 - Vencedor J2

1/2:
Vencedor J9 - Vencedor J10
Vencedor J11 - Vencedor J12

Não havia muita 'escolha', o PSV está ao nosso alcance (o PSV tem vários jogadores na equipa principal que podem jogar nesta competição!!!), o grande problema é o mesmo o facto de jogarmos fora... e em caso de qualificação para os Quartos-de-final também vamos jogar novamente fora (CSKA-Rosenborg)! 

Prémios...

No fundo, no fundo, aquilo que interessa são as vitórias dentro do campo... mas o Benfica ultimamente tem sido agraciado por vários Prémios noutros sectores do 'universo Glorioso'! Não são 'títulos', mas são indicadores importantes, para perceber que estamos a trabalhar bem:
- BTV recebeu o Prémio Cinco Estrelas na categoria de TV - canais desportivos.
- Prémio Índice de Excelência na gestão de Recursos Humanos (ficando em 3.º no ranking das grande empresas, e vencendo no prémio sectorial (Hotelaria, Turismo, Desporto e Ensino).