sábado, 7 de janeiro de 2017

Indiscutível...!!!

Benfica 8 - 4 Corruptos

Vitória indiscutível da melhor equipa... Parece impossível, depois de tudo o que se passou no início da época, mas neste momento, com o Benfica perto do seu melhor, os nossos principais adversários, parecem 'frágeis'!!!!
Foi pena aqueles golos sofridos no final, seria preferível ter acabado com uma vantagem maior...!!!
Mais um jogo onde o Nicolia, mesmo sem marcar, foi decisivo...

Na próxima jornada vamos a Oliveira de Azeméis, provavelmente o plantel com mais estrelas do Nacional, mas temos melhor colectivo e melhor treinador... Estamos bem encaminhados, mas nada está decidido...

Já agora, ainda não perdi a esperança de ver uma agressão de um jogador Corrupto, num jogo com o Benfica, ser penalizada com o respectivo vermelho... talvez um dia!!!

Bom treino...

Benfica 3 - 0 Viana
25-14, 25-17, 25-17

Qualificação fácil para a Final Four da Taça de Portugal.
Todos os jogadores contribuíram, e o resultado nunca esteve em causa...

Empate...

Azeméis 3 - 3 Benfica

Mau regresso das mini-férias. A equipa continua a não convencer, principalmente nestes jogos, onde teoricamente temos mais responsabilidades... Hoje, nunca tivemos em vantagem, e tivemos mesmo a perder 3-1...

Ninguém quer ter um filho árbitro!

"Árbitro não devia ser ouma profissão, mas uma condenação. Crimes graves, pena de prisão ou, no máximo, dez anos de árbitro de futebol.

Cristiano Ronaldo quer que o seu Cristianinho seja, como ele, jogador de futebol, mas não o autoriza a ser guarda-redes. Um pai tem, pelo menos, a legitimidade de sonhar com um bom futuro para os seus filhos e Cristiano tem todas as boas razões do mundo para desejar que o seu filho seja como ele.
Já a minha mãe queria que eu fosse médico e como eu gostava muito de contentar a minha mãe fui para medicina, vesti bata, entrei na faculdade, no Santa Maria, mas passei mais tempo com a propaganda revolucionária nas mãos e a fugir do capitão Maltês, do que com o bisturi nas aulas de anatomia e isso foi necessariamente fatal para as minhas aspirações e para os sonhos da minha mãe, que se teve de contentar com um filho que seguiu o exemplo do pai e se tornou jornalista.
Há muitos casos, em que os filho optam pelas profissões dos pais. Muitas vezes porque, perante a imensidão da incerteza preferem escolher o que já conhecem; outras vezes, porque os caminhos se tornam mais abertos. Um advogado com escritório tem sempre espaço para o filho licenciado em direito, tal como um médico com consultório tem sempre uma sala disponível para um filho que se formou em medicina, ou um arquitecto tem sempre um cantinho para a mesa de trabalho, uma régua e esquadro para emprestar ao seu filhinho arquitecto.
O que eu, de facto, não conheço é um árbitro a desejar que o seu filho lhe siga as pisadas e que estude para a profissão de juiz de leis de jogo de futebol, como é sabido, profissão de maior risco do que para-quedista ou especialista em minas e armadilhas.
O defeito - admito - pode ser meu, de conhecer pouca gente no mundo, mas a verdade é que ainda não me deparei com uma senhora lavada em lágrimas porque o seu filho não passou no exame para um honroso e glorioso começo como árbitro das distritais.
Pelo contrário, conheço casos em que há miúdos que pedem ao pai e à mãe para se sentarem, porque têm uma coisa muito importante para lhes dizer. Os pais ficam lívidos, assustam-se muito, não sabem o que pensar daquela solenidade, ficam muito quietos e ouvem com a maior atenção os seus filhos. E eles, sérios e directos, dizem: «Pai... Mãe... tenho pensado muito na minha vida e já decidi. Quero estudar para árbitro de futebol». Aí, a mãe sofre um desmaio, ou até mesmo um enfarte do miocárdio e, enquanto não acorda, o pai atira à cara do filho: «Estás doido! Antes me dissesses que querias ser assaltante de bancos ou que te ias casar com o solitário vizinho do primeiro andar. Estás parvo, ou quê? Árbitro de futebol? Mas tu endoideceste de vez?» Entretanto, a mãe acorda e além de repetir, com pouquíssimas variantes o que antes tinha sido dito pelo marido, acusa o filho de só lhe querer mal porque ele sabe bem o que toda a gente chama às mães dos árbitros.
Aliás, muito sinceramente, não entendo o que pode levar um homem, ou uma mulher, a quererem ser árbitros de futebol, em Portugal. Coveiro, prostituto, porteiro de discoteca, segurança do Professor Marcelo, carmelita descalça, político, enfim, são gostos estranhos, mas posso compreender. Árbitro de futebol, e ainda por cima, em Portugal, não.
Para mais, agora, que ser árbitro até já pode ser uma profissão de escolha livre. Eu pensava que só podia ser uma condenação e  nunca escolha. Alguém cometia um crime, ia não sei quantos anos para a prisão ou, em alternativa, cumpriria a pena como árbitro de futebol. Mesmo assim, a pena mais pesada não deveria ultrapassar os dez anos de árbitro. Sempre há a questão dos direitos humanos...

As tragédias e os culpados
Certamente com as melhores das intenções, o líder dos super-dragões alertou para a hipótese de «poder acontecer uma tragédia no futebol», porque os adeptos não aguentam ver o seu clube se prejudicado num jogo de futebol. Aliás, quando os prejuízos se acumulam, segundo o líder da claque portista, «é impossível conter a revolta». Daí à tragédia, é, pois, um passo pequenino. E o chefe da claque acusa: «Depois sempre quero ver quem assume as responsabilidades». Pelos vistos, o autor do acto tresloucado é que não.

E o Governo pede 'fair play'?
Os árbitros, e as suas famílias, são ameaçados de morte, magotes desesperados de jogadores, dirigentes, médicos, treinadores, desesperam por não conseguirem devida e justamente apertar a garganta ao árbitro que assinalou penalty, nos jornais, nas rádios, nas televisões, lê-se, ouve-se e vê-se o crescente do discurso degradante e irresponsável, a polícia apressa-se a reunir-se para medidas excepcionais de segurança nos estádios de futebol, a guerra está instalada, o fogo arde sem controlo. E um secretário de Estado pode «fair play»."

Vítor Serpa, in A Bola

PS: Por acaso não é verdade... existem várias famílias de árbitros em Portugal que atravessam várias gerações: Paraty, Soares Dias, Costa, Benquerença, Azevedo... o árbitro do jogo de hoje, Nuno Almeida, também vem de uma família de árbitros. entre muitos outros...

Sem medo mas muito sozinhos

"Há, finalmente, alguém que parece preocupado com o inadmissível ambiente que se gerou em torno da arbitragem. A PSP anunciou o reforço das medidas de segurança dos árbitros e das suas famílias como forma de prevenir males maiores - uma tragédia, como alguém se atreveu a verbalizar. É uma vergonha o estado a que chegou o futebol português. Um árbitro escoltado pelas autoridades para abandonar em segurança um relvado, outro ameaçado por membros de uma claque e toda a gente - a não ser os que representam a classe e agora a polícia - a assobiar para o lado, como se nada tivessem a ver com o assunto.
O FC Porto, quase 24 horas depois, veio condenar todo e qualquer tipo de violência. Fica bem, mais vale tarde do que nunca. De resto, silêncio. Veja-se a Liga, por acaso presidida por um ex-árbitro: já se passaram dois dias e zero. Nem um simples apelo à calma, como se entendesse nada ter a ver com o assunto; como se os clubes que representa não fossem também culpados do que se passa; como se a Taça da Liga (que esteve na origem dos últimos incidentes) não fosse por si organizada. Também por ali os árbitros (ou quem os nomeia, como queiram) parecem ser vistos como responsáveis únicos pelo caos e devem agora resolver o problema... O presidente da Conselho de Arbitragem da FPF disse ontem, no final do encontro com a policia, que os árbitros não têm medo. Talvez não tenham. Mas devem sentir-se muito sozinhos...
PS - Hoje volta o campeonato. O Benfica joga em Guimarães e o FC Porto em Paços. Que no final do dia se fale apenas de futebol."

Ricardo Quaresma, in A Bola

O número da verdade

"I. Não ignoro haver quem julgue que os filósofos são pessoas que procuram soluções para problemas que não existem. Como também há quem pense que existem problemas sem solução. Pessoalmente, prefiro acreditar que todos os problemas comportam uma solução, embora por vezes aqueles possam ser preferíveis a esta. Aliás, foi precisamente um filósofo quem inventou um processo para ensaiar a demonstração probatória da existência de verdades absolutas. Chama-se dúvida metódica. Ou método cartesiano. Mas não foi este quem ouviu dos habitantes de um ilha perdida a garantia de que por lá não havia canibais pois tinham comido o último.
II. Muita gente envolta nos meios desportivos, desde dirigentes a simples adeptos, passando por atletas, independentemente da modalidade, está unida por uma pouco secreta mas quase imperceptível pertença comum. Como se fosse parte integrante de uma confraria oculta. Aquela que sempre descortina em cada erro alheio, seja ele real ou imaginário, uma suspeição. Por vezes não é claro se os seus membros apreciam mais a própria vitimização ou se preferem uma teoria de conspiração como chave universal para a explicação dos males do mundo. É verdade que até matemáticos defendem que não há nada mais prático do que uma teoria, mas continuo a pensar que, em regra, os oráculos das teorias da conspiração não são suficientemente bons para poderem ser assim tão maus.
III. O que fica dito não é exclusivo do desporto, pois o mesmo vale também para outros domínios, como a arte ou a economia. Já para não falar da política. Posto isto, talvez valha a pena voltar ao princípio dos princípios: no futebol, o mais importante é o número 121 (=11x11)."

Paulo Teixeira Pinto, in A Bola

Problema lógico

"As queixas das arbitragens não são modernice. Toda a gente já se lamuriou assim. Que dizia o Benfica quando o FC Porto foi campeão pelas últimas vezes? Declarava: «Titulo do FCP é tributo dos árbitros» e «a classificação está aldrabada».
O que é novidade é a universalidade e a simultaneidade. Ou seja, tanto o Sporting como o FC Porto assumiram, agora, a fatalidade de terem de lutar sempre «contra tudo e contra todos». É um comportamento repetido em Alvalade e, também, pelo presidente e treinador portistas - Nuno Espírito Santo usou mesmo, no passado 3 de Janeiro, a expressão «vencer contra tudo e contra todos».
Ora bem, esta é uma questão de lógica que, arrisco, recomenda a análise de preposições que, na verdade, me parecem mutuamente exclusivas. Só poderemos perceber o lado paradoxal da questão com a ajuda de silogismos, que são precisamente raciocínios dedutivos que analisam duas premissas para concluir outra respeitando regras matemáticas.
Vejamos: se a primeira premissa é O FC Porto é sempre prejudicado por todos e a segunda é O Sporting é sempre prejudicado por todos, não é possível concluir algo válido. Mas, antes, consideremos um exemplo talvez mais simples de silogismo inválido:
Todos os pintores são humanos.
Todos os actores são humanos.
Logo, todos os pintores são actores.
Não faz sentido. Assim, como conclusão também inválida teríamos:
O FC Porto é sempre
prejudicado por todos.
O Sporting é sempre
prejudicado por todos.
Logo, o FC Porto é o Sporting.
Não faz sentido. Simplificando, se tudo e todos estão contra um, tudo e todos não podem estar contra outro."

Miguel Cardoso Pereira, in A Bola

PS: Lá está, mais uma vez, a critica ao momento actual, dando sempre uma 'bicada' no passado do Benfica!!!
Repito, não existe qualquer comparação entre o actual momento da arbitragem e os momentos trágicos dos anos 80 e 90, nem dos tempos em volta do Apito Dourado... e recordo que o Apito Dourado, não acabou com a acusação do MP, porque muitos dos actores principais continuaram a apitar por várias épocas...
Nessa altura, mais do que os prejudicados, havia um beneficiado, sempre... sempre... algo que não acontece hoje. Pelas minhas contas são 10 penalty's, 1 golo mal anulado e 1 golo irregular sofrido pelo Benfica, nestas primeiras 16 jornadas... o ano passado fomos campeões com 15 penalty's que ficaram por marcar... Isto, não acontecia com os Corruptos, nos tempos onde o Benfica tinha um discurso agressivo sobre as arbitragens...
Além disso, esse discurso era normalmente assumido pelos adeptos, foram poucos os dirigentes (ou funcionários) do Benfica que falaram destes assuntos... e num registo completamente diferente daquilo que se passa hoje... e espectáculos como assistimos em Setúbal, com jogadores, treinadores e dirigentes a 'cercar' o árbitro (árbitro esse que foi escoltado até ao balneário)... não me recordo de acontecer em jogos do Benfica...!!!

Tudo menos de penálti, por favor

"Os sinais de que a recuperação de Jonas não tardaria em fazê-lo regressar ao seu posto de titular na equipa do Benfica trouxeram a primeira preocupação de 2017. Sim , soa a absurdo. Mas não é, como terão ocasião de entender. Voltando Jonas voltariam, mais cedo ou mais tarde, os golos de Jonas e a dificuldade maior seria a chegada do primeiro golo do avançado brasileiro, esse por quem a Luz se apaixonou, depois de uma ausência de meses e de agouros inusitados sobre o estado da sua saúde. Por tudo isto seria óptimo que Jonas marcasse um golo rapidamente para acreditar em si próprio e validar a alta médica que lhe foi concedida. E não podia ser um golo qualquer, teria de ser um golo à altura do talento do artista. A primeira preocupação de 2017 foi, justamente, essa. Com que golo vai Jonas voltar a encantar-nos e a tomar conta do seu lugar? E se Rui Vitória lhe confiar a cobrança de uma grande penalidade e se ele falhar, como reagirá Jonas anímicamente a esse desgosto?
Regressar aos golos com um golo de penálti, não sendo épico, não é desconsideração para ninguém mas desperdiçar um pontapé de 11 metros depois de tão longa ausência poderia produzir efeitos nocivos para a moralização do jogador e para o processo de reintegração na equipa. E isto era francamente preocupante. Portanto nada de penáltis a favor do Benfica era o que se pretendia para a noite de terça-feira no Estádio da Luz. E assim mesmo entendeu o árbitro da partida, que fez vista grossa a uma belíssima infracção cometida por um vizelense na sua área quando o resultado estava ainda num 0-0 motivador para a verdade desportiva.
Em resumo, com a colaboração do árbitro correu tudo bem a Jonas e ao Benfica na noite de terça feira passada. Para proteger Jonas da angústia perante o castigo máximo o árbitro - benfiquista dos sete costados - decidiu que não houve falta mas o Benfica acabou por golear o Vizela sem precisar do tal penálti para nada e Jonas, para quem marcar um penálti é coisa pouca, voltaria aos golos com um pontapé soberbo na execução de um livre direto apontado a uma distância considerável da baliza do adversário. Depois ainda marcou um segundo golo numa cabeçada categórica dando o melhor seguimento a uma bola cruzada por um outro rapaz que por lá anda agora e se chama Zivkovic e que, se calhar, voltaremos a ver em ação hoje em Guimarães. É que também merece."

#Árbitros. Uma bala para o homem do apito

"Em Portugal, a arbitragem é o bode expiatório dos insucessos no futebol. Somos todos cúmplices deste ambiente de terror

Não é fácil a vida de um árbitro em Portugal. Agora foi o Artur Soares Dias, 37 anos, o melhor árbitro português da actualidade: esta quinta-feira, enquanto se preparava para o jogo entre o Paços de Ferreira e o FC Porto, terá sido ameaçado por dois alegados elementos dos Super Dragões, claque afeicta ao FC Porto. Antes tinha sido o Pedro Proença, hoje presidente da Liga, melhor árbitro português de todos os tempos, agredido à cabeçada por um adepto do Benfica no Centro Comercial Colombo, em Lisboa. Antes tinha também sido o Manuel Mota, que viu os talhos de que é proprietário vandalizados com frases como "Se os mouros ganharem, para ti e para a tua família uma bala deve chegar". E o Duarte Gomes, alvo de ameaças quando estava acompanhado da filha de três anos. E o João Capela, que teve de chamar a PSP depois de ser incomodado por adeptos do FC Porto enquanto jantava com a sua equipa no Funchal. E ainda o Jorge Sousa, aterrorizado durante meses por adeptos do Benfica.
Esta é só a ponta do icebergue. A lista de árbitros alvo de pressões, injúrias e ameaças é extensa e o fenómeno repete-se todas as semanas, de norte a sul do país, nas divisões profissionais e nas amadoras. Os árbitros de futebol são, em Portugal, o bode expiatório para todos os insucessos. Erram, e vão continuar a errar, porque são humanos – mesmo as máquinas errariam. Mas porque há de um árbitro ser mais escrutinado e mais penalizado do que o jogador que falha um golo fácil ou o guarda-redes que não segura um remate inofensivo? Porque há de ser o álibi das más decisões dos treinadores? Porque há de desviar as atenções dos fracassos dos dirigentes?
Bastaria o Bryan Ruiz não ter desperdiçado de forma inacreditável aquele golo no Sporting-Benfica da época passada e os de Alvalade seriam agora campeões nacionais, 14 anos depois do último título. Houve, por causa desse falhanço, alguém que ameaçasse a integridade física do jogador? Ainda esta quarta-feira, em Setúbal, André, avançado brasileiro do Sporting, falhou dois golos cantados, um dos quais com a baliza deserta. Se tivesse marcado um deles a equipa não estaria agora a lamentar o penálti assinalado no último sopro do encontro e que tanta polémica gerou. Parece existir mesmo um toque de Douglas no avançado Edinho, embora o lance não seja tão inequívoco como o puxão de Coates dentro da área do Sporting, aos 72 minutos, que daria um penálti para os sadinos. No futebol português, a honestidade intelectual é uma treta.
Nesta história não há inocentes: os três "grandes" têm todos responsabilidades no clima de terror que se criou em redor dos árbitros, embora sejam hoje as lamúrias de FC Porto e Sporting aquelas que se fazem ouvir com mais frequência. Esta época os lamentos começaram cedo. Logo à segunda jornada, depois do Benfica empatar em casa com o Vitória de Setúbal, Luís Filipe Vieira não calou a revolta com a arbitragem quando se encontrava na tribuna presidencial da Luz. Acabou punido com 60 dias de suspensão, pena que foi depois suspensa pelo Tribunal Arbitral do Desporto. Estávamos em agosto e Bruno de Carvalho, que tinha sido um crítico acérrimo do anterior Conselho de Arbitragem, liderado por Vítor Pereira, enchia-se então de elogios ao novo responsável, Fontelas Gomes. Parece ter passado uma eternidade, mas foi há cinco meses.
Quando, uma semana depois do empate do Benfica, o Sporting recebeu e venceu o FC Porto, foram os "dragões" a torcer o nariz aos homens do apito. Iniciavam então uma estratégia que não era nova e que tinha sido já testada – sem grande sucesso – durante a passagem de Julen Lopetegui pela Invicta: a cada semana que passa, as atenções viram-se para os árbitros, para, por um lado, condicionar a actuação destes, e, por outro, lançar cortinas de fumo para os eventuais insucessos da equipa. Na newsletter “Dragões Diário” vai-se fazendo a contabilidade dos penáltis que o clube considera não terem sido assinalados, alguns deles imaginados, outros sem qualquer influência no resultado. Esta quinta-feira, na antena da TSF, o director de comunicação dos "dragões", Francisco Marques, deu um passo em frente: defendeu que a culpa de todos os males do FC Porto era do Benfica, "a eminência parda" que exerce poder sobre os árbitros. Uma declaração destas seria impossível no pré-"Apito Dourado", quando Marques era jornalista e outras eminências dominavam o futebol, e a arbitragem, em Portugal.
Sem surpresa, em Alvalade, a lua de mel com os árbitros durou até os primeiros desaires surgirem, que é o mesmo que dizer que durou pouco. O Sporting chega a Janeiro tendo vencido apenas metade dos jogos que disputou se forem descontados os três com equipas de escalões inferiores (Famalicão e Praiense para a Taça de Portugal, Varzim para a Taça da Liga), o que contrasta com os mais de 80% de vitórias do Benfica em 2016 (91% nas competições nacionais), o melhor aproveitamento de toda a Europa. Está em quarto lugar do campeonato, a 8 pontos dos rivais da Segunda Circular, ficou fora das competições europeias depois do desaire com o modesto Légia de Varsóvia, e foi eliminado da Taça da Liga pelo Vitória de Setúbal. O que fez Bruno de Carvalho? Primeiro, chamou de imediato dois jogadores que estavam emprestados ao Setúbal, uma lamentável represália pela audácia que os sadinos tiveram em bater o pé aos leões. Depois, convocou uma reunião de direcção para discutir o estado da arbitragem em Portugal. Não consta que tenham discutido a dúzia de reforços contratados no verão, dos quais só Bas Dost se fixou na equipa titular. Alan Ruiz, a segunda contratação mais cara (8 milhões de euros), poderá estar de saída neste mercado de inverno, assim como Elias. Markovic, que brilhou há três épocas no Benfica, continua sem "explodir" como prometeu o presidente dos "leões".
Enquanto Pep Guardiola, um dos melhores treinadores do mundo, elogia o Benfica de Rui Vitória, considerando que este tem "a melhor organização defensiva da Europa", FC Porto e Sporting ensaiam uma narrativa pífia sobre o "polvo" que controla o futebol português. Só que essa narrativa não cola com os factos. O presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, é um antigo vice-presidente do FC Porto, e o presidente da Liga, Pedro Proença, foi apoiado por Pinto da Costa e Bruno de Carvalho (o Benfica apoiou o candidato derrotado, Luís Duque). Jorge Sousa, o árbitro do polémico Benfica-Sporting, de má memória para os sportinguistas, nunca gozou de grande simpatia na Luz e era o preferido de Bruno de Carvalho para aquele jogo, como o próprio viria a admitir. 
Depois da Luz, o Sporting perdeu em casa com o Braga, como já tinha perdido, menos de duas semanas antes, em Varsóvia. Três derrotas em 11 dias. Um mês antes, esteve quatro encontros sem somar uma vitória, incluindo empates com o Tondela, em casa, e o Nacional, na Madeira. Alguém se lembra quem eram os árbitros desses jogos?
É fácil perceber a quem interessa este ambiente de guerrilha que está criado em torno da arbitragem. Mas os clubes – os seus dirigentes, os treinadores, os jogadores – não são os únicos culpados. Somos todos nós, os cegos pela clubite que destilam ódio nas redes sociais, os jornalistas-adeptos com as suas crónicas medíocres sobre "colinhos", os comentadores televisivos que percebem pouco de futebol e menos ainda de arbitragem, os órgãos de comunicação social que escolhem o caminho mais irresponsável em favor das audiências. Somos todos cúmplices desta estratégia de terror e desta violência intolerável sobre os homens do apito.
Um dia ainda hão de matar um árbitro em Portugal. Então teremos todos as mãos manchadas de sangue."


PS: A forma como se mistura alhos com bogalhos neste País é extraordinária!!!
Misturar as declarações em privado do Presidente do Benfica, com todas as declarações públicas do Babalu e do Pintinho (e restantes papagaios...) é inacreditável... Misturar as criticas de todos os Benfiquistas no pré-Apito Dourado (processo que acabou por provou a nossa razão), com as actuais campanhas de comunicação é inacreditável... E sim houve um Benfiquista que partiu os dentes ao actual Presidente da Liga, mas não me recordo de perseguições de Benfiquistas a Jorge Sousa (além das redes sociais...), agora lembro-me de uma 'espera' ao Jorge Sousa, em sua casa, após um Leiria-Benfica, por parte dos Super-Dragays...
Esta incapacidade de criticar os actuais acontecimentos, sem ir buscar histórias fora de contexto ao passado, demonstra acima de tudo falta de coragem...

As senhoras, os senhores e o senhor árbitro

"Artur Soares Dias é filho de Manuel Soares Dias, e os nomes importam porque Artur decidiu que seria árbitro no dia em que viu Manuel a apitar um jogo no Estádio da Luz. Ele tinha 16 anos e fez o que muitos adolescentes fazem — ignorou os conselhos do pai. Artur tirou o curso de Gestão de Recursos Humanos no ISLA e o MBA na Lusíada e ainda trabalhou na fábrica Faurecia, de São João da Madeira, e na Portucel, em Viana de Castelo, como mandavam as regras. Mas pelo caminho fez o que mais queria: meteu os papéis, estudou as leis, percorreu os escalões todos e tornou-se profissional do apito.
Hoje, Artur Soares Dias é um dos melhores árbitros portugueses, talvez mesmo o melhor, e já poucos veem o pai quando olham para o filho. Anteontem, Artur Soares Dias, que é pai de dois filhos, foi ameaçado de morte por elementos de uma claque, e a cena aconteceu no lugar oficial para os árbitros oficiais, na Maia. Os dois homens ter-lhe-ão dito para andar na linha e para se portar bem no próximo jogo; se não o fizesse, já sabia o que o esperava. Foi o momento mais estúpido e violento de uma semana que, pensando bem, não foi assim tão anormal, porque esta indústria já nos habituou à violência e à estupidez das palavras e dos actos.
A indústria chama-se futebol tuga e anda há anos embrulhada com uma palavra na sua psique: o árbitro. Consciente e/ou inconscientemente, todos os problemas dos nossos campeonatos começam, perduram e acabam na arbitragem. Ou seja, diz a teoria que a culpa é sempre do homem do apito, que é incompetente, permeável, corruptível ou apenas manipulável, dentro de um sistema montado por um determinado clube num determinado período de tempo. Tem de ser um poder finito, porque o controlo muda de mãos, a bem de uma estranha noção de democracia — toda a gente tem direito ao seu quinhão.
No entanto, e por mais rebuscado que isto soe, os teóricos da conspiração têm o seu quê de razão, sobretudo quando se deixam de conspirações e falam de incompetência. De alguma incompetência, que existe e foi evidente nos jogos Moreirense-FC Porto e Vitória de Setúbal-Sporting e que resultaram no afastamento dos dois clubes ‘grandes’ da Taça da Liga. Há um penálti não assinalado sobre André e ninguém entende a expulsão de Danilo, em Moreira de Cónegos; e há um penálti assinalado sobre Edinho que é discutível, em Setúbal. Luís Godinho e Rui Oliveira, os árbitros, tinham pouca ou nenhuma experiência em jogos disputados por FC Porto, Sporting ou Benfica, que são sempre diferentes dos outros, e isso terá feito a diferença. Porque toda a gente os vê e discute na televisão e nas redes sociais, mas também no café, no restaurante, no bar e no talho da esquina — o círculo em que os cidadãos normais se movem.
Apitar um ‘grande’ é uma enorme pressão, e Godinho e Oliveira não foram capazes de a suster, fizeram asneira e foram criticados e insultados dentro de campo; fora dele, as máquinas de comunicação de FC Porto e Sporting logo os responsabilizaram pelo afastamento de ambos da Taça da Liga. Luís Godinho e Rui Oliveira, para o FCP e o SCP, tinham-se tornado o último exemplo de como o Benfica controla a arbitragem. O que portistas e sportinguistas não fizeram foi assumir os erros tácticos e técnicos de Nuno Espírito Santo e de Jorge Jesus, os falhanços no reforço dos plantéis e, fundamentalmente, o jogo vazio e frágil das suas equipas contra adversários mais fracos sob qualquer ponto de vista. Todo e qualquer ponto de vista.
Isto não é um defeito do Sporting ou do FC Porto, mas dos clubes portugueses. Aliás, isto faz parte do feitio português, que até tem expressões catitas para a desresponsabilização, como tirar o cavalinho da chuva ou sacudir a água do capote. É fácil culpar os árbitros porque são o elemento mais fraco da cadeia alimentar. É fácil culpar os árbitros porque há antecedentes, como o Calabote ou o ‘Apito Dourado’, que não trouxeram consequências sérias para ninguém e deixaram no ar a ideia de que tudo é possível e permitido no futebol português. E é fácil culpar os árbitros porque Portugal aceitou há muito que a corrupção, a chico-espertice e a intrujice fazem parte da nossa sociedade, fazendo delas uma banalidade — e, já que assim é, passa-se ao bode expiatório seguinte.
O difícil é ser racional e agir em conformidade com uma indústria que evoluiu dos caciques e da traulitada para estruturas formadas por gente especializada e profissional e que produziu a melhor selecção da Europa.
Partamos de dois princípios saudáveis: os árbitros profissionais não são corruptos porque são pagos para trabalhar; errar é humano, e por isso é impossível eliminar o erro mesmo com toda a parafernália tecnológica que por aí anda. É que o videoárbitro funcionará nos enganos mais estapafúrdios, mas aquele instante em que se mete a subjectividade da intenção e da intensidade será sempre insolúvel. Talvez — talvez — o problema esteja no próprio jogo.
Não façamos confusões: os árbitros também falham no râguebi, no basquetebol, no voleibol e no andebol, mas estes são desportos colectivos com elevadas pontuações: 23-19, 120-110, 21-18 ou 23-20. Ou seja, raramente um encontro destes se resolve num lance, porque houve muitos pontos marcados antes do último segundo. No futebol, não.
No futebol, há jogos — demasiados jogos até — que acabam a zero, porque é possível jogar desde o primeiro minuto para o empate, queimando tempo, simulando faltas, pondo o autocarro à frente da baliza. O tempo para atacar e defender é ilimitado e as substituições estão limitadas a três; e o golo é uma preciosidade e em certas ocasiões uma raridade. E assim se alimenta a frustração de quem perde, porque a génese do jogo aumenta a possibilidade de uma competição poder ser decidida num erro de cálculo — não nos podemos esquecer que um dos golos mais marcantes da história do futebol foi marcado com a mão, nos quartos de final de um Mundial e por um futebolista que se tornou um ícone pelo golo que marcou logo a seguir nesse mesmo jogo.
Isto é futebol."


PS: O jornalista em causa, é Sportinguista, não levo isso a mal, agora continuar a afirmar que o penalty sobre o Edinho em Setúbal é 'duvidoso', é demasiado patético...!!!
Misturar o Apito Dourado, com Calabote, demonstra uma gigantesca ignorância... habitual no discurso anti-Benfiquista!!!
O difícil é esta gente toda admitir que o actual discurso dos Corruptos e do Sporting, é uma 'cópia' mal feita do discurso do Benfica durante muitos anos no período pré-Apito Dourado, com uma gigantesca diferença: é que antes, havia demasiadas 'pistas', impossíveis de ignorar, que havia mesmo uma Mafia a mandar nos resultados do futebol português; hoje, nada disso acontece... as pessoas são quase todas diferentes, e os erros, atingem todos os Clubes... basta ver com olhos de ver os jogos do Benfica, e a forma como os nossos adversários não são punidos disciplinarmente, para verificar que não existe qualquer semelhança entre a arbitragem de hoje, com a arbitragem do Apito Dourado... onde os Corruptos viviam em total impunidade!
Mas isto é impossível de ser escrito por um Lagarto ou Corrupto...

Competência

"O ano começou muito bem. O Benfica, escandalosamente prejudicado (penalty por assinalar e golo mal anulado) por um árbitro com um historial preocupante, goleou o Vizela por 4-0. A isto chama-se competência. FC Porto e Sporting queriam muito estar na final four da Taça da Liga, mas foram muito incompetentes. Neste momento, o Benfica está muito longe de ter assegurada a passagem à fase final da prova, mas já assegurou, por mais um ano, que continua a ser o único clube que venceu todas as provas em Portugal. No caso do V. Setúbal - Sporting até se pode dizer que venceu o emblema com mais prestígio e melhor histórico na competição. Para o Sporting, tentar não perder com Adrien Silva no banco e André em campo é uma alquimia que tange a impossibilidade. O FC Porto precisava de ganhar por muitos, mas só conseguiu perder por poucos. Mas não quero entrar muito pelas desgraças dos rivais, antes me preocupa encontrar a nossa ventura. Continuamos a equipa mais prejudicada pelas arbitragens, a mais atacada, a que beneficiou de menos penalties dos cinco melhores emblemas, mas, ainda assim, aquela que dentro de campo melhor tem sabido dobrar as tormentas.
Vamos a Guimarães duas vezes jogar o nosso futuro. Pedro Martins (amigo de há 20 anos) é um excelente técnico. Foi bom no Marítimo, foi muito bom em Vila do Conde e está a fazer um excelente trabalho na cidade berço. Vai ser muito difícil o jogo de sábado. E como já mostraram Moreirense e V. Setúbal será também muito dura a prova de terça-feira, caso o Benfica não perceba os alçapões do jogo. Rui Vitória costuma ser um seguro de vida nestas ocasiões, geralmente não facilita, e liga os alertas competitivos em linha com a grandeza do Benfica. Neste momento o Benfica está em todas as frentes, outros haverá que vão estar muitas vezes em frente à televisão a ver o Benfica jogar. Mas não ganhámos (quase) nada. Assim é melhor, paguei as minhas quotas ontem, e achei barato para tantas alegrias."

Sìlvio Cervan, in A Bola

PS: Vamos ajudar o nosso consócio Cervan, e vamos 'somar' os prejuízos do Benfica, no Campeonato, esta época:
2.ª jornada Setúbal(c): Altamente prejudicados no capitulo disciplinar; e sofremos um golo ilegal: -2 pontos!
4.ª jornada Arouca(f): Altamente prejudicados no capitulo disciplinar; e técnico e 1 penalty descarado não assinalado sobre o Rafa
5.ª jornada Braga(c): Altamente prejudicados no capitulo disciplinar; e penalty descarado sobre o Pizzi
6.ª jornada Chaves(f): Altamente prejudicados no capitulo disciplinar; golo mal anulado ao Mitro
7.ª jornada Feirense(c): Altamente prejudicados no capitulo disciplinar; penalty sobre o Carrillo
10.ª jornada Corruptos(f): Altamente prejudicados no capitulo disciplinar; não expulsão do Filipe e do Otávio
11.ª jornada Moreirense(c): Altamente prejudicados no capitulo disciplinar; agressão ao Salvio impune...
12.ª jornada Marítimo(f): Altamente prejudicados no capitulo disciplinar; 4 penalty's (Nelsinho, Luisão, Pizzi, Salvio) e várias expulsões perdoadas...: - 3 pontos.
13.ª jornada Sporting(c): Altamente prejudicados no capitulo disciplinar...
14.ª jornada Estoril(f): Altamente prejudicados no capitulo disciplinar; 3 penalty's (Almeida, Cervi, Jiménez) por assinalar...; vários foras-de-jogo não assinalados ao ataque do Estoril, em jogadas de perigo.
15.ª jornada Rio Ave(c): Altamente prejudicados no capitulo disciplinar; 3 penalty's (Guedes(2), Luisão)...
Conclusão: O critério disciplinar tem sido a principal arma contra o Benfica, praticamente nenhum adversário do Benfica leva Amarelo antes do minuto 60...; não beneficiámos de nenhuma expulsão; somos a equipa dos 'grandes' com menos penalty's a favor; e não nos marcaram pelo menos 10 penalty's (e não estamos a falar dos penalty's frutados que os Corruptos se queixam, após os mergulhos do André Silva... estes foram mesmo penalty!!!). Curioso que estes 10 penalty's aconteceram 'somente' em 6 jogos...