quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Pizzicologia

"A importância de Pizzi para o futebol jogado pelo Benfica fiou mais uma vez evidente ontem

1 - Rui Vitória garantiu não ter pedido a Pizzi para forçar o segundo amarelo no jogo de ontem e não é difícil acreditar no treinador do Benfica. Qualquer jogador inteligente sabe o que tem de fazer numa situação daquelas e não há muitos jogadores mais inteligentes do que Pizzi no futebol português. Num campeonato marcado por desequilíbrios gritantes entre ricos e pobres, seria impensável que, logo a ele, lhe escapasse a importância de estar disponível para a complicada deslocação ao Afonso Henriques, casa do Vitória de Guimarães, uma das poucas equipas capazes de olhar os grandes olhos nos olhos. De resto, o jogo de ontem tratou de sublinhar a relevância do médio, perceptível não apenas no papel que desempenhou nos dois golos, mas sobretudo na variedade de soluções que oferece e na garantia de estabilidade táctica que proporciona, assegurando o equilíbrio que permite a Rui Vitória rodar os pontas de lança sem perdas de rendimento ofensivo ou sobreviver a prolongada ausência de Jonas. De tal forma que, sendo evidente que um dia destes Rui Vitória vai mesmo ter de passar sem ele, também é óbvio que quanto mais tarde melhor.
2 - Jesus diz que no Sporting nem sequer há toalhas para atirar e nem podia dizer outra coisa quando o campeonato ainda não vai a meio, mas convém que ganhe hoje se quiser manter as boas recordações que guarda da visita da claque à equipa. Quando entrarem em campo, os leões vão estar a onze pontos do Benfica, a sete do FC Porto e a dois, três ou cinco do Braga. Ora, com os minhotos concentrados apenas no campeonato, a coisa pode complicar-se a sério em Alvalade."

Vinte minutos fulgurantes

"Quando o colectivo encontra dificuldades as individualidades resolvem os problemas

Fulgor
1. Vitória justa do Benfica que, com entrada de rompante, cedo fez golo e materializou o natural ascendente. Perante plateia em festa com a possibilidade da equipa colocar de novo a vantagem para 2.º nos 4 pontos, o jogo começou frenético e de sentido único. Com o seu primeiro tempo de defesa apurado, impedindo a equipa de Luís Castro de sair na contra-ofensiva, os encarnados retiraram a bola ao Rio Ave e mostraram argumentos sólidos, apesar da densidade competitiva deixar marcas. Com Cervi, Rafa e Guedes a dinamitarem o jogo ofensivo e alimentados pelo futebol geométrico de Pizzi e na visão de helicóptero de Fejsa, o Benfica tinha em Mitrolgou o finalizador por excelência, regressado depois de período cinzento, mostrando os propósitos de Rui Vitória em ter referência fixa no corredor central. Foram 20 minutos de grande fulgor. Roderick e Villas Boas sentiram imensas dificuldades para acompanharem o ritmo dos avançados da casa e demonstraram pouco ritmo competitivo. O segundo golo apareceu no momento em que os pupilos de Luís Castro equilibravam os acontecimentos e procuravam estender-se no relvado e mostrar o porquê de chegarem a luz com 4 vitórias seguidas. Quando o colectivo encontra dificuldades no seu percurso, as individualidades deste conjunto encarnado surgem e resolvem os problemas. Pizzi e Rafa resolveram puxar dos galões e presentear a plateia com combinação simples concluída com finalização perfeita.

Gestão
2. O segundo tempo mostrou uma equipa de verde vestida mais disposta a emendar a primeira parte apagada e pouco conseguida e oportunidades para reduzir até surgiram. Com Gil Dias e Tarantini, o Rio Ave pareceu mais de encontro com o seu modelo normal, e para um Benfica mais apostado em controlar o jogo e a não correr grandes riscos, aparecia um conjunto vilacondense mais afoito. Não fosse Ederson defender magistralmente o remate de Rúben Ribeiro, talvez o jogo disparasse para outros níveis de interesse
Como o golo não surgiu, descansou o Benfica e Rui Vitória foi gerindo o plantel, dando mais minutos ao jogador mais determinante ofensivamente na época transacta: Jonas. Apesar da vantagem tranquila e do grito de Ipiranga do Rio Ave, esperava-se que o campeão nacional, principalmente nos últimos 20 minutos, revelasse outra capacidade de aproveitar o adiantamento das linhas forasteiras e criasse mais oportunidades de golo. Em vão.
Valeu a primeira parte intensa e variada dos encarnados, assente no seu vertiginoso trio ofensivo, sempre em excesso de velocidade e a reacção personalizada na segunda parte dos comandados de Luís Castro. Quanto ao jogo, de dominador na primeira parte, o Benfica terminou como controlador e de olho nas festas e no descanso que aí vem."

Daúto Faquirá, in A Bola

Sinais da bola

"Olha quem é ele
De nada valeu a Raúl Jiménez ter assinado quatro golos em quatro jogos seguidos. Rui Vitória apostou em Mitrolgou - e o grego correspondeu. Voltou aos golos na Liga e ameaçou outras duas vezes, numa delas ensaiando um lance à Messi. Mas não era o Messi.

Está engraçado
Aos 17 minutos, já com o Benfica em vantagem depois do golo de Mitrolgou, Luisão levantou a cabeça e, da linha do meio-campo, tentou o chapéu a Cássio. A bola saiu por cima da barra. Mas o lance arrancou um sorriso maroto a Rui Vitória.

Maldade
O Rio Ave controlava a bola, trocava-a por vários jogadores, provocando assobios nas bancadas. Num desses lances dos vila-condenses, Filipe Augusto fez um túnel a Mitrolgou. Que maldade! O avançado grego nem se apercebeu bem do que tinha acontecido.

Sozinho
Aos 43 minutos, perdido nele próprio, pensativo, Luís Castro nem olhava para o jogo. Só reflectia o olhar preso no relvado. a equipa jogava bem, mas não chegava à baliza do Benfica. Depois do intervalo, o Rio Ave surgiu ainda melhor. E ameaçou Ederson.

Então adeus
De partida para o Man. United, Lindelof foi abraçado no final pelos companheiros e fez continência aos adeptos, sob fortes aplausos. O 'Iceman' parecia estátua de gelo a derreter-se no calor ed emoções fortes. Todos no estádio perceberam que se tratou do adeus."

Nuno Paralvas, in A Bola

PS: Não fiquei muito tempo na bancada quando o jogo terminou, mas muito sinceramente, não vi nenhum gesto do Lindelof que possa ser interpretado como uma despedida!!! A tal 'continência' não passou de uma tentativa do Lindelof avistar algum amigo ou familiar no camarote destinado aos jogadores e família... Por acaso até dou credibilidade às notícias da sua suposta venda, mas ontem não senti que tivesse sido a despedida!

Cartão vermelho - honra e orgulho

"Ao contrário do que muitos pensam e acreditam, a lei nunca proíbe. Trata-se, apenas, de um contrato social. Se alguém cometer um acto contrário à lei ou contrário a um regulamento, incorre numa pena.
Há sempre três possibilidades. A primeira é a possibilidade de nunca se provar a culpabilidade do culpado. É quando a infracção da lei mais vale a pena do ponto de vista do prevaricador; a segunda é quando a infracção é mais vantajosa do que o castigo; a terceira é quando a pena é manifestamente dissuasora da sua infracção.
Pizzi apenas avaliou estas três possibilidades. Sabia que um cartão amarelo valia a suspensão do jogo do campeonato com o Vitória de Guimarães e também sabia que dois cartões amarelos e uma expulsão valia a possibilidade de jogar esse jogo. Perante estas hipóteses, Pizzi escolheu o seu lado profissional e nem hesitou, recebeu, com honra e orgulho, o cartão vermelho e, assim, jogará em Guimarães.
Alguns dirão, então os regulamentos, tal como Jesus diz do fair play, são uma treta. Pois são. Os clubes sabem que são e por isso votam pela treta contra a justiça e o fair play.

Nota final - Atenção: os árbitros são sempre o elo mais fraco dos protagonistas deste complexo mundo futebol. Precisam de muito acompanhamento e apoio, sob risco de sofrerem as consequências do que se diz, do que se publica, do que se comenta. No jogo da Luz, Rui Costa pareceu, claramente, um árbitro condicionado pelo que se falou durante a semana. Se chegou ao jogo sem o necessário apoio psicológico, depois de uma semana louca de ataque aos árbitros, é porque a estrutura da arbitragem ainda não é boa."

Vítor Serpa, in A Bola

PS: Como é habitual foi preciso um jogador do Benfica, aproveitar um 'buraco' no regulamento, para se colocar em causa a justeza do tal regulamento!!! Quando no passado, outros fizeram a mesma coisa... tudo pacífico!!!
Em relação à arbitragem de ontem, não existe coragem de colocar a palavra 'coacção' no texto...!!! É pena...

Temos mesmo de esperar dois anos?

"1. A conferência de imprensa de Abel Ferreira após a vitória do SC Braga foi das melhores coisas que aconteceram nas últimas semanas no futebol português. Um treinador sem escudos, com um discurso, inteligente, assumindo que lhe deu, efectivamente, um gosto especial vencer o seu antigo clube como jogador e treinador das camadas jovens (como todos tinham percebido naquele sorriso no momento em que Wilson Eduardo fez o 1-0) e lembrando ter a «liberdade intelectual e financeira» para trabalhar onde e como quer, confirmando, mesmo sem dizê-lo directamente, que não saiu a bem com Bruno de Carvalho. O modo como despiu a capa do fingimento (tal como fazia nos tempos de jogador) quando tinha todos os holofotes em cima dele é proporcional à moderação com que projecta a sua carreira. Depois de ter conseguido pôr uma equipa a pressionar o leão em todo o campo, fazendo as substituições certas e no timing ajustado, alcançado proeza apenas ao nível do que haviam feito Dortmund e Real Madrid, o jovem técnico poderia pôr-se em bicos de pés. Mas não: garantiu que até aos 40 irá trabalhar na formação do SC Braga (hoje fez 38). Pena termos de esperar dois anos.
2. Abel sai de cena e entra Jorge Simão, um treinador de 40 anos (a idade, dizem alguns, na qual se começa a viver) e com um desempenho, discurso e atitude que não nos faz criar muitas dúvidas sobre a competência para agarrar numa equipa que é o último passo antes de chegar a um grande. Quem se dá bem em Braga está mais perto de se tornar águia, leão ou dragão. Que o digam Jesualdo (FC Porto), Jesus (Benfica), Domingos (Sporting) e Jardim (Sporting). Se não estiver enganado, acredito que daqui a uns meses algumas cadeiras poderão tremer num clube perto de si."

Fernando Urbano, in A Bola

Amaral: «Abaixo de Deus, o Benfica é o maior!»

"«Destinos 90s»: Amaral teve duas passagens pelo Benfica, ambas curtas e por empréstimo, mas ficou no coração encarnado. Os adeptos criaram até um fundo, o «Fica, Amaral» para comprar o passe do médio, embora em vão. Ao Maisfutebol recorda a passagem por Lisboa, por um clube que passou a amar, e conta várias histórias da carreira, esclarecendo a alcunha de coveiro.

Amaral: Benfica (segunda metade de 1996/97 e segunda metade de 1997/98)
Médio brasileiro que passou por duas ocasiões pelo Benfica, ambas curtas, mas suficientes para o nome de Amaral ficar no coração dos benfiquistas.
Não foi pelos golos porque não marcou nenhum, nem pelas assistências, nem por ser um virtuoso. Foi pela «entrega», refere o próprio em conversa com o Maisfutebol, na qual recordou a passagem pela Luz, os pastéis de Belém que comia aos «dez por dia», o plantel do Parma com Buffon e Cannavaro, a selecção brasileira e ainda a participação num reality-show. Tinha ainda a alcunha de «Coveiro» que esclareceu ao nosso jornal.
Foi numa viagem de carro que nos atendeu o telemóvel e esteve uns longos minutos à conversa, com a alegria de sempre. Aliás, essa alegria é um dos motivos que o faz ser tão concorrido para ir à televisão.
«Quando você liga a televisão só vê sangue, então quando liga a televisão e vê o Amaral vai dar risada, vai ficar feliz.»
Recuámos então até dezembro de 1996 quando Amaral chegou ao Benfica por empréstimo do Parma, conjunto que o tinha contratado ao Palmeiras, onde se formou.
Entrou a meio da época, mas impôs-se logo nas águias e dali até ao fim da temporada fez 24 partidas, apenas uma como suplente utilizado.
Esse Benfica acabaria por ser apenas terceiro na Liga e finalista derrotado da Taça de Portugal, perdida para o Boavista (2-3). Amaral relembra os bons amigos desse plantel.
«Tenho vários amigos aí. Quando cheguei ao Estádio da Luz houve um cara que me deu muita moral que foi o João Vieira Pinto. Vi-o ser campeão europeu pela selecção portuguesa este ano e fiquei muito feliz. É uma pessoa com quem aprendi muito. Depois o Donizete e o melhor guarda-redes que joguei na minha vida, o Michael Preud’Homme», contou.
O médio reconhece que o Benfica não vivia um bom período da sua história e relembra o famoso «Fica, Amaral».
«No Benfica eu estive muito bem, só que o clube passava por uma situação financeira difícil e não tinha condições de comprar o meu passe. Até houve uma iniciativa dos adeptos, o ‘Fica, Amaral’, na qual foram recolhidos fundos, mas não conseguiram chegar à quantia que o Parma queria pelo meu passe.»
Para o brasileiro, o que os adeptos encarnados fizeram foi «muito gratificante» e diz mesmo que são «a melhor torcida do mundo».
«Digo sempre aos meus companheiros no Brasil que o Benfica actualmente não tem conquistado títulos importantes como a Champions League, mas graças a Deus é sempre campeão português. Para mim, a maior torcida que eu já vi na vida é a do Benfica. Em todos os lugares do mundo onde fui havia benfiquistas. Estive na casa do Benfica na Suíça há uns anos e há sempre benfiquistas que me recordam.»
Apesar do tal fundo não ter resultado, Amaral voltaria ao Benfica pouco depois. No final de 1996/97 saiu das águias e foi cedido pelo Parma ao Palmeiras até ao término do ano no Brasil. Ora em dezembro de 1997, Vale e Azevedo, que se tinha tornado presidente do Benfica em Outubro desse ano, resgatou o jogador.
«Voltei com o Vale e Azevedo e tenho a certeza que mesmo não tendo conquistado títulos no Benfica, os adeptos têm um carinho muito grande por mim e eu também tenho um carinho muito grande por eles. Espero um dia regressar aí e ser homenageado, porque quando eu joguei no Benfica, eles viram que eu vesti a camisola com amor», explicou.
Nesse ano era Graeme Souness o treinador dos encarnados, que não lhe deu muito tempo de jogo. Fez apenas quatro jogos logo em dezembro e Janeiro e só voltou à acção em maio para mais uma partida. 
Isso foi um pormenor para Amaral, já que o seu amor ao Benfica não tem limites, reconhece.
«O benfiquista é apaixonado. Eu não sabia da grandeza do Benfica, só a descobri quando cheguei a Portugal e depois quando estive pela Europa, na Itália, na Turquia, na Polónia e depois na Austrália. Encontrei sempre portugueses e sempre falando do Benfica. Abaixo de Deus, o Benfica é o maior!»
E Amaral ainda acrescenta que quando vê este Benfica de agora, fica com ciúmes: «Gostaria de ter ficado mais épocas, às vezes até me tenho ciúmes porque actualmente têm um melhor plantel, um belo estádio, um centro de treinos. Na época não tínhamos a facilidade que os jogadores têm hoje.» 
Depois fica o aviso para quem representa hoje em dia o clube: «Que isso sirva de exemplo para eles jogarem com amor à camisola porque o Benfica é grande!»
Amaral tem um grande amigo no plantel do Benfica que é Luisão e o médio já lhe transmitiu esta ideia: «Torço muito por ele, é um grande parceiro, um grande amigo.»
O que é que Amaral tinha de especial para ser amado na Luz?
Como já referido não foi pelos golos, pelas assistências ou pelo brilhantismo que Amaral ficou conhecido na Luz.
O próprio explica:
«Foi pela minha entrega dentro de campo, não fui um jogador que fiz muitos golos, mas quando vestia a camisola do Benfica e entrava na Luz lotada, mais de 90 mil pessoas, com a águia descendo do céu... não tinha como você não inspirar e ‘comer a grama’.»
De imediato recorda um exemplo dessa «entrega»: «O jogo que me marcou mais no Benfica foi quando me lesionei. Levei 10 pontos perto do joelho e vi o sofrimento dos torcedores. Os médicos disseram que ia parar um mês e eu em quinze dias estava pronto com a perna ligada. Foi isso que conquistou os corações dos benfiquistas.»
Só que Amaral era «entrega» dentro de campo e «risada» fora dele. Diz o médio que eram tantos diariamente que não se lembra de todos, mas destaca um logo após a chegada.
«Lembro-me de um episódio quando cheguei aí e precisava de colocar uma coisa no meu armário. Fui à secretaria e perguntei à senhora: ‘Me empresta um durex [fita-cola no Brasil], preciso colar na parede uma coisa e tal...’. Ela me ‘xingou’, me ‘escolachou’. Eu fiquei puto, caramba. Fui com toda a educação pedir um durex. Depois fui para o balneário e falei para o roupeiro. ‘Fui à secretaria pedir um durex e a Dona Paula me ‘escolachou’'. E ele disse-me: ‘Não, rapaz. Durex é camisinha’. Eu não sabia!»
O convívio com o «amigo Buffon», Cannavaro, Ancelotti, Rui Costa e Nuno Gomes
Amaral chegou à Luz por empréstimo do Parma em 1996, clube que tinha comprado o seu passe no verão desse ano.
Antes de rumar a Portugal ainda fez uns jogos pelos italianos, um deles em Guimarães, na estreia de Gianluigi Buffon em jogos europeus.
Os vimaranenses venceram por 2-0 e eliminaram o Parma da Taça UEFA. Vítor Paneira abriu o marcador aos 16 minutos e Ricardo Lopes fez o segundo aos 50’, já sem Amaral em campo, que foi titular e saiu ao intervalo.
Amaral recorda esse jogo e sobretudo o «amigo Buffon».
«Buffon tinha um bom talento, tinha uma sombra muito grande que era o Bucci, que era seleccionado para a seleção italiana. O Buffon esteve sempre a correr por fora e quando ele teve a oportunidade entrou e não saiu mais. Está hoje aí ainda, é a estrela maior da Juventus.»
O guarda-redes tinha 19 anos na altura e foi nessa época de 1996/97 que se começou a afirmar, realizando 29 jogos. Atualmente, Amaral e o capitão da selecção italiana ainda conversam.
«O Buffon é um grande amigo, até hoje ainda temos contacto. Ele veio aqui ao Brasil para disputar o Mundial, mas não tivemos a possibilidade de nos encontrarmos. Às vezes a gente conversa pelo Whatsapp. Foi uma pessoa com quem aprendi muito, também com o Fabio Cannavaro, que estava nessa época.»
Era uma grande equipa e os dois internacionais pela Squadra Azzurra são só dois bons exemplos. Amaral dá mais: «O Parma era uma equipa muito forte. Tinha ainda o Lilian Thuram, o Zola, que era considerado o sucessor do Roberto Baggio. Tínhamos um elenco maravilhoso e um treinador que estava a começar e que hoje é dos melhores do mundo, Carlo Ancelotti.»
Havia ainda o sueco Tomas Brolin, o jovem Hernán Crespo, Mario Stanic, Dino Baggio, Zé Maria ou Roberto Sensini. O brasileiro diz que aprendeu muito naquele pequeno tempo no Ennio Tardini, apesar das dificuldades linguísticas.
«Não entendia muito o italiano (risos), mas o que eu entendi foram tudo coisas que acrescentaram na minha carreira e que me fizeram evoluir e crescer.»
Acabaria por ser emprestado ao Benfica, depois ao Palmeiras, novamente ao Benfica e fez mais duas passagens pelo «seu» Brasil: Corinthians e Vasco da Gama. Após isso chegou à Fiorentina, na qual fez duas épocas: 2000/01 e 2001/02.
Em Florença, cidade da qual tem grandes recordações, jogou com dois portugueses que tal como ele nutrem um grande amor pelo Benfica.
«Tive a possibilidade de jogar com o Nuno Gomes no Benfica e na Fiorentina. Com o Rui só na Fiorentina. É uma pessoa que aprecio muito, com quem aprendi muito, é um dos ‘camisas’ 10 que todos os clubes queriam ter. O Milan adquiriu-o depois da Fiorentina entrar em falência. Felizmente, tive a possibilidade de ser campeão da Copa de Itália com ele.»
Amaral foi internacional brasileiro por 13 ocasiões. Quando fala sobre isso deixa uma opinião curiosa: «Foi uma oportunidade muito grande. Sempre dei valor à selecção brasileira, mas em primeiro lugar dava valor ao meu clube, porque é através do clube que pagava o meu salário, que cheguei à selecção. Não podia jogar mal no clube porque ia jogar mal na selecção.»
Preud’Homme, Helton e Buffon: o que têm em comum?
Amaral estreou-se na equipa sénior do Palmeiras em 1993 e só terminou a carreira em 2015, ao serviço do clube da sua terra, o Capivariano. Tinha 42 anos.
Na sua longa carreira, na qual passou por 20 clubes em oito países diferentes e quatro continentes distintos, Amaral não hesita em destacar três senhores das balizas com quem jogou.
«Digo sempre que tive o privilégio de jogar com três grandes guarda-redes, os melhores com que joguei: Preud’Homme, Helton e Buffon.»
Em Parma encontrou Buffon como já referido, em Lisboa, o belga, que para si era o melhor:
«Era impressionante, tinha uma facilidade de encaixar, não soltava uma bola. Vê-se aí muitos guarda-redes que soltam a bola, e às vezes eu falo: ‘Porra, com o Preud’Homme chegavam cara a cara e ele não soltava. Parecia que tinha um super-gum [pastilha elástica] no peito’.»
Com o ex-FC Porto jogou no Vasco da Gama, era Helton ainda muito jovem: «Quando ele chegou, vi que ele ia ser um grande guarda-redes. Pena não ter ido para à selecção brasileira porque tinha tudo para ser convocado, mas há... políticas e acabou por não ser. Actualmente está a parar, a reformar-se porque conquistou tudo o que tinha para conquistar no FC Porto, mas é um jogador que tem mercado ainda.»
«Coveiro? Não! Eu enfeitava e maqueava os defuntos»
Amaral é conhecido como o «coveiro», já que diziam que antes de ser futebolista trabalhava no cemitério a abrir covas.
Afinal é mentira:
«Eu trabalhava numa funerária, mas não fazia covas. Eles falavam que eu era coveiro, mas eu era agente. Eu enfeitava e maqueava os defuntos, que já estavam com a cara triste e eu fazia na cara deles uma risada no caixão.»
Ri-se Amaral depois de contar isto, mas logo a seguir conta mais uma história digna de gargalhada. 
Em 2015, o ex-jogador participou no reality-show denominado A Fazenda, uma experiência diferente e «sofrida».
«Foi uma experiência legal, muito sofrida que durou 14 dias. Olha, tive uma prova lá em que tinha de ficar a dormir com um cavalo e o cavalo ‘peidava’ a noite toda. Os meus companheiros achavam que era eu que estava ‘peidando’. Foi uma risota, mas foi legal!»
Actualmente, Amaral vai participando nesse tipo de eventos, comenta futebol na televisão, é protagonista em publicidades e joga ainda numa selecção de veteranos do Brasil.
Já em fase de despedida, de uma conversa longa enquanto conduzia, Amaral reiterou a vontade de regressar a Lisboa e há algo de que tem muitas saudades.
«Espero voltar a Portugal e a Lisboa, mas não só ao Estádio da Luz. Quero voltar a Belém, comer aquele pastelzinho que eu ia sempre. Comia 10 por dia».
Não resistimos: ‘Mas como é que alguém que comia tantos pastéis de Belém conseguia estar em forma?’
«Depois eu corria tanto dentro de campo que as ‘gordurinhas’ saíam todas!»
Risos e mais risos e uma despedida com o seu clube do coração em foco.
«Deus vos abençoe. Força Benfica!»"

Bem-vindo Jonas

"O campeonato ficou mais rico com o regresso de Jonas. E o Benfica tem, finalmente, o melhor reforço da época. Nos poucos minutos que jogou na Amoreira, o craque brasileiro criou mais oportunidades de golo do que toda a equipa nos outros 80 minutos.
Jonas é um jogador inteligente. Sabe criar espaços onde parece não os haver. Sabe dosear o esforço na exacta medida da procura da eficácia que se pede a um atacante. Sabe conciliar, como poucos, o jogo colectivo com as virtualidades da magia individual. É rapidíssimo a pensar e mais ainda a executar. Pratica sistematicamente a cultura do jogar simples, o que é o mais difícil.
Jonas é um atleta solidário e bastante laboriosos. Percorre quase todo o campo em movimentos de elegância e em esquadria de precisão. Tem 32 anos, algumas cãs precoces, mas possui a energia mental e psicológica e de um jovem no início da carreira e no dealbar dos sonhos. Ainda hoje me pergunto como foi possível ser afastado pelo Valência, na altura treinado por Nuno Espírito Santo.
Espero bem que a lesão e infecção tenham ficado definitivamente para trás, tal qual a farta barba que cortou no seu regresso. Quem sabe se ainda vai a tempo de conquistar a sua segunda Bola de Prata (a terceira, não fosse um golo mal invalidado na última jornada de 2014/15 nos derradeiros minutos contra o Marítimo) fazendo na segunda volta o que muitos não fazem nas duas voltas.
Agora que regressou Jonas, parou Salvio. Creio que apenas Nélson Semedo ainda não teve uma lesão entre os jogadores do plantel do Benfica. É obra liderar a classificação com todas estas contingências.
Jonas, bem-vindo aos relvados."

Bagão Félix, in A Bola

A ditadura dos resultados

"Quando as claques entram em campo nos dias em que não há jogo, é sinal de crise. Este é um fenómeno global, com mais incidência nos países do sul da Europa e América Latina, reflexo do mau desempenho desportivo de um dada equipa e, ao mesmo tempo, espelho da força das claques dentro dos clubes. Ontem tocou ao Sporting passar por essa via sacra, noutros tempos FC Porto e Benfica viveram situações semelhantes. E porquê? Essencialmente por não se ganhar e nisto o futebol é deveras impiedoso. Noutras áreas de actividade, o sucesso de um percurso não é medido de forma tão brutal como no futebol, onde os resultados ditam leis e contra eles não há argumentos.
Infelizmente, no futebol, as direcções não destituídas em função de análises frias e racionais, os treinadores dependem da bola que entra ou não entra e até mesmo os presidentes dificilmente resistem a fases negativas prolongadas. Esta avaliação essencialmente resultadista permite, também, que muita incompetência seja maquilhada e os negócios mais ruinosos passem por escrutínios amáveis, havendo até casos em que os adeptos ficam com a consciência tão anestesiada pelos triunfos, que abdicam de ser a massa crítica que faz evoluir as instituições. Para o bem e para o mal, a lei dos resultados - do golo e da bola fora, da fífia e do frango, do golo impossível e da jogada genial - continua pujante, a mandar mais do que qualquer outra.
Por tudo isto, a crise do Sporting, independentemente de méritos ou deméritos dos protagonistas, durará o mesmo tempo que durem os maus resultados. Porque o futebol não é dado a análises mais profundas..."

José Manuel Delgado, in A Bola

Cadomblé do Vata

"1. Defrontaram-se hoje Rui Vitória campeão da Primeira Liga pelo SLB e Luis Castro campeão da Segunda Liga pelo FCP B... sabes que estás velho quando ainda te lembras de um dia teres defrontado treinadores campeões em título pelo FCP na Primeira Liga.
2. Ganhamos sem espinhas mas tal como no Estoril, ficaram penalties por marcar a nosso favor... não sei quantos são desde o início da temporada, mas quem estiver interessado no número total, é contactar o Pinto da Costa que ele mantém uma contagem actualizada.
3. Fiquei altamente agradado coma exibição do Rio Ave esta noite contra o SLB... aliás fico sempre muito agradado com equipas que vão à Luz e fazem apenas 2 remates na direcção da nossa baliza em 90 minutos.
4. Quando na temporada passada fomos a Vila do Conde corria o rumor que o SCP tinha oferecido ao Rio Ave o passe do Heldon como prémio caso nos roubassem pontos... hoje vi jogar Heldon e fiquei com a nítida sensação que os lagartos deram o passe do caboverdiano aos vilacondenses como castigo pela derrota nesse mesmo jogo.
5. Tarantini disse no final da partida que o jogo do SLB "não é bom para o futebol"... eu acrescento que pior ainda é para o sistema digestivo de quem nos defronta."

André Almeida > Gelson, Rafa = Zidane, Carrillo < ceviche (...)

"Ederson
Eusébio e Coluna no céu, Ederson e Moraes na terra. Devíamos perder o medo de afirmar que Ederson é neste momento o melhor guarda-redes do mundo, mesmo que isso não seja verdade. Ainda, meus amigos. Ainda.

Nélson Semedo
Alguma imprensa estrangeira teima em confundi-lo com Rúben Semedo, rumor que poderá ganhar força com a exibição de hoje, claramente uns furos abaixo do que temos visto. Deixou-se levar pelo tiki taka das Caxinas e facilitou em zonas onde se exige que seja autoritário como um ditador. Ainda assim, e voltando ao essencial, uma simples pesquisa na internet poderia ajudar os jornalistas estrangeiros a corrigirem o erro. Se pesquisarem por “semedo” no YouTube, o primeiro resultado de pesquisa é o vídeo “Nélson Semedo - Goals, Assists & Defender Skills 20015/16”. Só na oitava posição surge “Rúben Semedo - Goals and Skills”. Ora qualquer pessoa com ou sem carteira de jornalista sabe que jamais um grande europeu irá contratar jogadores que aparecem quase na segunda página dos resultados de pesquisa.

Luisão
A todos aqueles que acharam o relvado da Luz mal cuidado: calma, há uma explicação perfeitamente lógica. O relvado não é regado há vários dias por forma a evitar qualquer possibilidade de o nosso capitão escorregar. Parabéns mais uma vez à estrutura pela decisão de sacrificar a relva, uma manifestação da natureza que não tem culpa de nascer verde. Exibição seguríssima a chegar quase sempre primeiro à bola.

Lindelof
Estamos legalmente impedidos pela CMVM de comentar a exibição de Lindelof, pelo que não iremos tecer grandes considerações. Para além disso, se por acaso tivéssemos algo de negativo para dizer seríamos igualmente comedidos, não vá algum funcionário do Manchester United ler isto e recuar na intenção de passar o tal cheque de €45 milhões. Registe-se apenas que o sueco foi filmado após o fim do jogo ansiosamente à procura de alguém na bancada, mas o seu empresário tinha-se ausentado para urinar. Ainda vais ter saudades disto, Victor. E nós tuas.

André Almeida
Scouting report, Benfica-Rio Ave: Watched Nélson Semedo, Fejsa and Lindelof once again. All of them played fairly well and i can not state enough what massive hires they would be for Man U right now, but actually another stellar who caught my eye. He plays as a left back but can also come on as a right back and center midfield. He came on a few weeks ago as a sub for Grimaldo and has been shining ever since. Remember Gelson, that overpriced right wing midfield from Sporting Lisbon? Well, he was nowhere to be seen against Benfica. Can you guess why? Anyway, we should follow up on this lad on this and ask José what he thinks about it. We could probably doz some sort of bundle deal with Mendes.

Fejsa
Deixem-nos dizer, antes de mais, que fez bem em recusar o convite para chefe maior das forças armadas sérvias. Está numa fase muito bonita enquanto líder da armada benfiquista, um país de outro gabarito. Objectivamente falando, não fez uma exibição brilhante mas foi ainda assim um dos que melhor combateu a rabia do talentoso meio-campo vilacondense.

Pizzi
Melhor em campo. A sua exibição teve todos os ingredientes que nos fazem gostar de um futebolista: ética de trabalho, génio, golos, uma ou duas frutas bem dadas e uma expulsão para limpar amarelos na Taça da Liga e estar disponível num jogo importantíssimo em Guimarães. Podíamos elaborar mais sobre o lance do golo, mas recomendamos que revejam o lance desde o início em câmara lentíssima a 36 frames por segundo ao som da abertura de La Gazza Ladra de Rossini. Uma nota: quando o fizerem desliguem a voz do Hélder Conduto. Já experimentámos e não resulta.

Gonçalo Guedes
Protagonista de um penálti por marcar aos 8 minutos, um lance que a maioria dos adeptos benfiquistas irá rapidamente esquecer. Porquê? Porque temos coisas mais importantes em que pensar. Se o benfiquista estivesse para aí virado, também era capaz de desencantar 15 penáltis por assinalar a seu favor como fez Pinto da Costa num daqueles momentos de lucidez a que nos habituou em tempos recentes. O problema, o verdadeiro problema, é que se todos esses penáltis fossem assinalados a Liga seria obrigada a dar ao Benfica mais pontos nesta competição do que é matematicamente possível, uma situação que iria certamente gerar controvérsia, não obstante ser inteiramente justa. De notar ainda que Gonçalo Guedes está a ensaiar uma nova jogada em que percorre furiosamente o campo de uma lateral à outra contornando o meio-campo e a defesa adversária sem um objectivo claro. É expectável que continue a ensaiar nas próximas semanas: no Seixal, no FIFA17, quando estiver na casa de banho, à noite na cama, e até à mesa da consoada. É também por isso que gostamos cada vez mais dele.

Rafa
Os leitores que acompanham o Real Madrid nas redes sociais já terão reparado nuns vídeos filmados no centro de estágio em que os jogadores treinam remates. A rotina é simples: Cristiano passa a bola a Zidane, que devolve a Cristiano para o remate. Parece coisa simples, mas é arte. Zidane recebe o passe tenso de um dos seus jogadores e amortece sempre na dose certa, com aquela sua elegância irrepetível, de forma a que a redondinha fique ali plena do seu destino. Quando o jogador chega à bola para rematar, já só queremos que o exercício recomece para vermos Zidane novamente. O passe de Rafa foi parecido com isto. Não sei se Valdano, Galeano ou Desmond Morris já escreveram sobre o assunto, mas é uma das muitas razões por que as pessoas vão ao futebol. Acham que estamos a exagerar? Escrevam um post indignado no Facebook. Pode ser que passe.

Cervi
De todos os jogadores é talvez o que anatomicamente mais sofre por ver o seu nome associado à expressão “abaixamento de forma”, mas temos pautado estas análises pelo rigor e não era agora que iríamos mudar.

Mitroglou
Saiu por breves instantes do estado catatónico para marcar um golo. O relatório clínico mantém o grego nos cuidados intensivos, sendo prematuro avançar qualquer prognóstico de quando poderá ser transferido (mas um hat-trick ajudaria). De qualquer das formas, lembrem-se: a vida é muito curta. Aproveitemos todos os momentos na companhia daqueles que estimamos, por muito curtos que sejam. Foi bom estar contigo hoje, Kostas.

Jonas
Que nem um daqueles chefs que pegam em restos de feijoada para fazer gelado gourmet, Jonas procurar pegar nos restos de um jogo mais ou menos decidido e devolver-lhe a emoção e o charme. O problema é que o meio-campo já estava no digestivo e os tipos de verde que estavam do outro lado não são exactamente tontos. Portanto, não foi hoje que desatou aos tiros, os únicos que verdadeiramente desejamos num mundo louco como este.

Jiménez
Lixaram-lhe aquela estatística de marcar em não sei quantos jogos consecutivos e ainda foi a tempo de levar uma pantufada. Quando for assim metam o Zé Gomes.

Carrillo
As semanas passam e o ceviche continua a ser a melhor importação peruana a invadir a cidade de Lisboa."

Vermelhão: Natal vermelho !!!

Benfica 2 - 0 Rio Ave


É um facto que o Benfica nos últimos jogos baixou de intensidade, após os jogos com o Nápoles e o Sporting a equipa pareceu-me cansada... mas além da qualidade dos adversários, conseguimos ultrapassar todos os obstáculos que nos foram colocados à frente, com total eficácia... e não foi nada fácil, jogámos com adversários competentes e árbitros totalmente condicionados pela vergonhosa campanha anti-Benfica que polua o Tugão...
Apesar da vantagem de 4 pontos, dar alguma tranquilidade, é muito importante, que não seja o Benfica a primeira equipa a perder pontos... não podemos voltar a dar balões de oxigénio aos nossos rivais!
O Benfica entrou bem no jogo, podiamos ter marcado ainda mais cedo... mas o golo apareceu aos 13 minutos. A partir daqui o jogo mudou, o Benfica nunca perdeu o controle do jogo, mas não fomos 'sufocantes' na procura do 2.º golo... e acabámos por 'permitir' bastante posse de bola ao Rio Ave, algo raro neste tipo de equipas na Luz! Mas a posse de bola do Rio Ave acabou por ser inofensiva, com a bola a circular por zonas não perigosas, com o Benfica a 'fechar' bem a zona central... Só aos 60 minutos os Vilacondenses rematou à baliza e em todo o jogo o Ederson só foi testado a sério 1 única vez!!! O grande momento do jogo, foi mesmo toda a jogada do 2.º golo, com varias simulações preciosas do Pizzi...
O 2.º tempo, voltou com o mesmo ritmo, com o Benfica a tentar surpreender em velocidade na frente, com o Rio Ave a arriscar um pouquinho mais, abriu-se mais espaço, mas acabámos por 'definir' quase sempre mal...
Uma grande defesa de Ederson, e marcar mais uma exibição segura. Com 2-0, se tivessemos sofrido aquele golo, no único remate realmente perigoso, o jogo podia ter mudado...
Entre altos e baixos, talvez um dos melhores jogos do Luisão... dos últimos tempos! Lindelof também bem... melhor que nos últimos jogos!
Semedo novamente decisivo lá na frente... e acabou por 'gerir' bem a presença do mergulhador do Heldon!!! O André Almeida, já ganhou ritmo, e agora além do trabalho defensivo, já aparece na área adversária com frequência... mas com Grimaldo o Benfica é diferente!
O Fejsa teve uma 1.ª parte incaracterística, com alguns erros e vários passes parvos... mas acabou o jogo, com força... algo que não tinha acontecido nos últimos tempos! O Pizzi foi considerado o MVP do jogo, pela participação nos golos, esteve bem noutros momentos, mas também foi responsável por várias perdas de bola escusadas, que obrigaram os companheiros a sprint's enormes para compensar o Transmontano...! Mas no somatório, tem sido provavelmente o jogador mais decisivo no processo ofensivo do Benfica, esta época!!!
A substituição do Salvio, não está fácil!!! Nem Cervi, nem Rafa se estão a adaptar à Direita, ambos jogam melhor na Esquerda... Espero que o Zivkovic aproveite os jogos da Taça da Liga para ganhar o lugar... Mas mesmo não jogando bem, a entrega e intensidade do Cervi é impressionante, para um jogador com estas características...!!!
Não sei se o Guedes alguma vez vai resolver o 'problema' de não levantar a cabeça... mas mesmo assim, continua a ser muito importante, nas mudanças de velocidade; na forma como obriga a defesa contrária a recuar, com medo da bola em profundidade; e na forma como ajuda na pressão...!!! O regresso do Mitro foi a única alteração, e logo de início o Grego esteve envolvido em várias jogadas de perigo... e à 3.ª tentativa marcou mesmo!!! Neste tipo de jogos, creio que o Mitro é mesmo a melhor opção, porque sendo menos móvel, acaba por garantir presença na área, algo que com o Jiménez às vezes não acontece... mas curiosamente, depois do 1-0, o Rio Ave acabou por ter muito posse de bola, e o Benfica nunca mais 'sufocou' o adversário, tornando o trabalho do Mitro mais complicado...!!!
Jonas regressou à Luz... voltou a ter alguns pormenores de destaque, mas também se notou alguma falta de reacção... normal. Os dois jogos da Taça da Liga vão ser muito importantes...
Jiménez, voltou a entrar com tudo... mas devia ter passado aquela bola ao Jonas!!! Carrillo, pouco tempo em campo...
Apesar da vitória relativamente tranquila, Rui Costa, o árbitro, teve uma actuação inacreditável... Prejudicou o Benfica premeditadamente, durante 90 minutos... O penalty sobre o Guedes (com 0-0) é inacreditável... se não marcaram este penalty, então nenhum penalty será marcado contra o Benfica!!! Mas além dos penalty's (sim, houve mais...!!!), o critério técnico em todas as faltas, foi totalmente torto!!! Repito, não foi incompetência, foi premeditado!!! O golo cedo do Benfica, e falta de objectividade do ataque do Rio Ave acabaram por frustrar as suas intenções... mas assistimos a uma das piores arbitragens da época na Luz... que só não foi pior, porque o jogo, não se prestou a mais 'serviços'!!!
O silêncio do Benfica, sobre estes caso, está-se a tornar perigoso, muito perigoso... Por exemplo, na próxima jornada em Guimarães, vamos ter seguramente um jogo muito duro, com muitos contactos... e se até agora tem dado, para vencer, mesmo com os prejuízos, nem sempre será possível ultrapassar estes obstáculos extra...
Com a descomunicação social totalmente manipulada, pelo partido do anti-Benfica, o silêncio oficial do Benfica pode ser fatal!
Acabámos o ano na liderança, com 4 pontos de vantagem... ficam a faltar 2 jornadas para terminar a 1.ª volta, com uma sempre complicada deslocação a Guimarães. Estamos nos Oitavos da Champions, temos o caminho 'aberto' para o Jamor! E vamos começar a trilhar o caminho na Taça da Liga, na próxima semana... Numa época com tantas lesões, com tantos impedimentos, com tantos prejuízos (ao contrário daquilo que a propaganda Lagarta e Corrupta querem construir...), é para os crentes, um autêntico Milagre... para os mais pragmáticos, é sinal de competência!!!
Vamos ter um Natal, com muita 'conversa' de Mercado... mas é importante, os adeptos, os dirigentes, os treinadores e os jogadores manterem os pés na realidade... O Tetra no Benfica, no actual ambiente do Tugão, será épico...!!! Nunca será esquecido, será um dos pontos mais altos de sempre na grandiosa e gloriosa história do Benfica... que ninguém se esqueça disso!!!