domingo, 20 de novembro de 2016

Um monólogo futebolístico

"Mesmo a ganhar 3-0 e vindo aí a Champions, o Benfica continuou a derramar prazer

Jogo muito sério até ao fim
1. Assistiu-se a um jogo muito sério do Benfica, até ao fim. E vinco este ponto porque, mesmo sabendo que tem um jogo importante na próxima semana, na Turquia, para a Liga dos Campeões, e mesmo estando a vencer, e mesmo estando a vencer por 3-0 ao intervalo, o Benfica continuou a jogar da mesma forma, derramando prazer no campo e acabando por tornar fácil um jogo no qual, a priori, poderia ter algumas dificuldades. Ora as dificuldades foram nulas.

Autêntico compressor
2. O Benfica teve a felicidade de fazer o primeiro golo ao minuto e meio e isso foi o acender de uma fogueira que queimou completamente o Marítimo. Os encarnados foram melhores em tudo. Digamos que o Benfica foi um verdadeiro compressor, de tal forma que conseguiu fazer um monólogo futebolístico. Só uma equipa é que falou e não cansou vê-la até ao fim. A equipa de Rui Vitória mandou sempre, e acima de tudo mandou da forma que quis mandar. Esteve bem em todos os aspectos, a amplitude geométrica da equipa foi total, jogando na direita, no centro e na esquerda, e terminando com quase 70 por cento da posse de bola. O Marítimo na primeira parte chutou uma vez à baliza e no final do jogo tinha talvez três remates. O Benfica transformou as dificuldades em constantes facilidades, com circulação de bola rápida e eficiente. Funcionou estruturalmente como uma verdadeira equipa, com exibições individuais que pareciam apenas somar à qualidade colectiva. E é por isso que deste vez, em vez do esquema táctico habitual, coloco apenas uma frase: o valor do colectivo. Foi um jogo que o Benfica tornou simples e belo, porque tudo o que é simples é belo.

Guedes foi enorme
3. Nos jogos colectivos, o importante é sempre o valor que a equipa alcança, mas ainda assim, dentro desses parâmetros há sempre quem se destaque, E o Gonçalo Guedes destaca-se neste jogo de uma forma enorme pelo que jogou, pela alegria com que jogou, pela intensidade que colocou nessa alegria, pelos golos que ofereceu e pelo golo que marcou."

Manuel Cajuda, in A Bola

AF Porto, como resolver a quadratura do círculo?

"O caso que opõe doze clubes da Divisão de Elite da AF Porto (AFP) ao Canelas chegou a um nó difícil de desatar. Do ponto de vista estritamente legal, os órgãos jurisdicionais da maior associação do País, que deliberam mediante o relatórios que lhes chegam, não têm muita margem de manobra. Porque os árbitros e os jogadores alegadamente coagidos não querem ser associados a queixas contra o clube de Gaia. Do ponto de vista da decisão executiva, a direcção liderada por Lourenço Pinto propôs, para que fosse retomada a normalidade da competição, aquilo que podem ser consideradas medidas sólidas e de bom senso, que não receberam, contudo, acolhimento por parte do «grupo dos doze». e que medidas são essas? Ter, em cada jogo em que intervenha o Canelas, um dirigente da AFP presente, bem como três delegados da Associação, que se encarregariam da verificação da normalidade dentro do campo e não só, no túnel e na zona dos balneários também; nomear especificamente para estes jogos um árbitro do Nacional, em princípio mais apetrechado do que os juízes de campo dos Distritais; triplicar o aparato policial no anfiteatro, ficando ainda disponível uma brigada do Corpo de Intervenção. A todas estas medidas providenciadas pela AFP acresceria ainda uma outra, da iniciativa da Câmara Municipal de Gaia, que se propunha encontrar meios para que todos os jogos fossem gravados em vídeo. Estas medidas, que até seriam suficientes para um jogo entre Israel e a Palestina, a disputar na faixa de Gaza, não terão sido, porém, consideradas suficientes pelo «grupo dos doze», que invoca a coação que é feita dentro do campo pelos jogadores do Canelas, e que não se vê do exterior, como factor impeditivo do normal andamento das partidas.
Como se vê, estamos perante um caso bicudo, que está a testar a capacidade e a imaginação da equipa de Lourenço Pinto. A AFP, a maior do País, com 30 mil atletas inscritos, 14 mil dirigentes envolvidos e mil árbitros em funções, que dão corpo a 35 competições distintas, debate-se com um problema de imagem provocado por este imbróglio, susceptível de desfocar atenções de todo o notável trabalho que tem realizado ao longo dos anos, nomeadamente no âmbito da formação.
E que poderá fazer Lourenço Pinto? usar a bomba atómica e suspender a competição (afectando 28 clubes)? Ou esperar que as medidas extraordinárias que estão sobre a mesa acabem por contentar o «grupo dos doze»? Entre a necessidade de preservar a Divisão de Elite e a obrigação de serem criadas condições de normalidade para a realização dos jogos que envolvem o Canelas, permanecendo fiel ao quadro legal vigente, está-se perante uma espécie de quadratura do círculo. O que fazer, então?
Será que alguém terá já pensado em marcar os jogos do Canelas para a mesma hora dos jogos do FC Porto?"

José Manuel Delgado, in A Bola

Impossível? Difícil sim...

"Em Portugal, nunca estamos dispostos a elevar as expectativas com medo de colocar pressão nos atletas mas, contrariamente ao que vulgarmente se pensa, a pressão competitiva, o foco e a calma de construir um percurso etapa a etapa, são os ingredientes necessários para se conseguirem impossíveis. Qualquer atleta de alta competição, tem de saber lidar com a pressão e ambicionar o impossível para lutar por isso, senão fica quase sempre pelo rame rame de se contentar com pequenas melhorias que, no fim ao cabo, não o catapulta para a Elite.
Mas Frederico Morais conseguiu... lutou mano a mano e superiorizou-se ao campeão do mundo, John John Florence, na sua praia. Sem se deixar intimidar, não deu tréguas até ao último segundo, mostrando que, mesmo não sendo ainda um surfista da World Surf League, é feito da mesma massa: competência técnica, táctica exemplar, atitude vencedora e muita crença em doses infinitas. A classe que demonstrou em toda a prova revelou-se numa das finais desportivas mais emotivas a que assisti... os dois primeiros empatados em pontos! O êxtase destes 30 minutos sobressaíram quando Kikas utilizou, brilhantemente, no último minuto, a prioridade que tinha. Soube esperar e escolheu a onda certa para, sem arriscar, fazer o suficiente para conseguir os 7,34 que desempatavam a final. Com a praia em silêncio e os comentadores a acreditar que a vitória não fugia ao surfista português, eis que surge a nota 7,33 que o deixaram a 0,01 da vitória.
Nunca uma centésima teve tanto peso para fazer a diferença na quantificação do desempenho de um atleta. Correr um segundo mais rápido é fácil de compreender, mas o que significa uma centésima a mais um desempenho avaliado qualitativamente? Para a modalidade que agora está num caminho olímpico, necessariamente a globalizar-se, é recomendável uma reflexão sobre a exactidão dos critérios que tornam transparente, a quem assiste, a compreensão destas diferenças. Este enorme feito colocou o atleta português nos 10 primeiros lugares do ranking de qualificação que dá acesso à participação na World Surf League, mas não chega. Agora terá de manter os desempenhos de excelência para conseguir preservar a posição."

Tomaz Morais, in A Bola

PS: O regresso do 'Benfica' (com um nascido vermelho, porque o Jordy é um 'convertido'!!!) ao World Tour, está perto...
Assisti em directo, os critérios de avaliação nas competições de surf são sempre discutíveis, mas muito sinceramente, a vitória do John John foi justa... nada a dizer.

Cadomblé do Vata

"1. Uma vitória do SLB é a coisa mais linda do Mundo... uma vitória do SLB a dar recital de futebol é cante alentejano ao vivo numa galeria da Minas de Aljustrel.
2. Nesta eliminatória da Taça, em relação à última jornada do campeonato, os que deram "banho de bola" foram de boca e os que empataram "cheios de mija" golearam... é a diferença entre uma equipa grande que não menospreza os pequenos e uma equipa pequena que se moraliza quando defronta a grande.
3. A evolução de Nelson Semedo no espaço de 1 mês foi qualquer coisa de fascinante e confirmou que Maxi estava certo quando disse que o FCP o valorizava mais... lá valorizam-no como titular, cá já só ia ser valorizado como suplente.
4. Gonçalo Guedes só tem 19 anos,,, vou repetir isto, só para aqueles que não repararam no sorriso que faço quando digo isto "Gonçalo Guedes só tem 19 anos".
5. Raul Jimenez é o melhor marcador de grandes penalidades que me lembro de ver no SLB... é tão bom que se fosse para o Sporting era o principal candidato ao troféu de melhor marcador do campeonato."

Vermelhão: Taça repleta de bom futebol...

Benfica 6 - 0 Marítimo


Um dos melhores jogos da época, com  um ataque dominador e demolidor... e com um pouquinho mais de eficácia na 1.ª parte, teríamos uma goleada épica!!! Isto contra uma equipa, que com a mudança de treinador, tem feito alguns bons jogos... vencendo por exemplo o Braga na última jornada!
Rui Vitória não arriscou, entrámos com o mesmo onze, do Dragay (a excepção foi mesmo o Júlio em vez do Ederson)...!!!! Com as selecções a paragem foi longa, alguns dos nossos internacionais acabaram por não jogar, se não tivessem jogado hoje, iriam chegar a Istambul com pouca 'rodagem'!!! O único perigo, eram mesmo as lesões... e o Marítimo, com a colaboração do apitadeiro, bem tentou...!!!
Temos vários jogadores em grande forma: Semedo, Pizzi, Guedes... Luisão... e até o Eliseu está a jogar bem!!! Gostei do regresso do Mitro aos golos... da entrada cheia de vontade do Jiménez e do Carrillo...
E claro, da estreia na Luz, do Rafa, após tantos meses!!!

Com um resultado destes, não se devia falar do arbitragem, mas o Xistra é demasiado mau... Critérios disciplinares inacreditáveis...!!!
Só uma nota, o Benfica vai jogar aos Barreiros para o Campeonato, ainda este mês. Que este resultado não deixe embalar as facilidades, porque tenho a certeza que o jogo no Funchal, antes do jogo com o Nápoles, será muito mais complicado...!!!

Depois do bom, o mau...!!!

Oliveirense 78 - 75 Benfica
18-23, 16-10, 21-16, 23-26

Foi pena, depois dos Corruptos terem perdido ao final da tarde em Guimarães, podiamos ter alargado a vantagem na Liga... mas tal como os outros, o 'desgaste' Europeu, começou a ter consequências.

Com mais rotação, os jogadores menos utilizados como o Nuno Oliveira, o Lonkovic, o Mário Fernandes... seriam suficientes para estes jogos, mas chegados aqui, sem ritmo e sem confiança, acaba-se por apostar tudo, nos do costume...

Numero ridículo de Turnovers 11/27... mesmo com a colaboração dos apitadeiros, não podemos perder tantas bolas...