sábado, 17 de setembro de 2016

Realidade

Corruptos 26 - 18 Benfica
(12-9)

O derrota acaba por ser esperada, os números demasiado exagerados, mas a nossa falta de eficácia ofensiva, explica quase tudo!
Sofrer 26 golos, está dentro da normalidade, mas hoje foi notória a nossa falta de poder de fogo...

É de conhecimento geral, que existe uma diferença enorme entre os investimentos dos Clubes neste campeonato. Corruptos e Sporting, sem play-off's, com estes plantéis têm obrigação de só perder pontos, entre eles...!!! Independentemente do pior ou melhor dia, o Benfica em condições normais, com o actual investimento, poderá lutar pelo 3.º lugar... e tentar um 'bom dia' nas Taças!!!!


PS: Não foi um dia agradável para as modalidades:
- No Futsal, numa competição oficial, organizada pela AFL, perdemos na Meia-final com os Leões de Porto Salvo por 3-2, depois de estarmos a vencer por 0-2 !!! Jogámos sem o Bebé, o Coelho, o Cecílio, o Ré, o Ângelo, o Patias, o Jefferson, o Fernando e o Hemni... mas mesmo assim, o Joel tem toda a razão para ter ficado chateado!!!!
- No Hóquei, num torneio de pré-época, perdemos com os Lagartos. Esta pré-época, está a ser má...!!! Aliás no Hóquei isso tem sido habitual. O problema é que esta época, os nossos adversários estão mais fortes, e o Benfica está efectivamente mais fraco com a saída do Torra...
O Benfica jogou quase sempre mal, mas mesmo assim, conseguimos recuperar, e disputar o resultado... mas aquele absurdo 2.º azul ao Miguel Rocha acabou com o jogo...

A voz de comando

"Esta semana voltaram à agenda as competições europeias, que bom. Não foi uma jornada particularmente brilhante para as equipas portuguesas visto que nenhuma delas conseguiu vencer o seu jogo, que pena. Vi-os todos.
Depois do Benfica-Besiktas, o que mais me interessou foi o jogo do Sporting de Braga com os belgas do Gent, porque o Braga é o próximo adversário do Benfica naquilo que verdadeiramente interessa a toda a gente. É depois de amanhã que o Braga vem à Luz. Ou seja, ainda temos três dias para se lesionarem mais jogadores do Benfica até à hora do pontapé de saída. Como se tem lesionado um jogador por dia, é bom mentalizarmo-nos para mais três baixas e, de preferência, sem fazer disso drama. As lesões dos jogadores do Benfica podem ter-lhes custado 2 pontos no jogo com o Vitória de Setúbal e outros 2 pontos no jogo com os turcos para a Liga dos Campeões, mas têm servido para pôr à prova um manancial de jovens soluções que não deixaram ficar mal nem o emblema nem o treinador. Aliás, os treinadores. Foi o adjunto de Rui Vitória que esteve na terça-feira a dirigir a equipa, visto que Rui Vitória se viu expulso nos minutos finais do encontro com o Bayern Munique da época passada. E sabe-se lá o que teria acontecido se Vitória tivesse ficado no banco até ao fim do jogo com os alemães...
Foi coisa que não aconteceu a Jorge Jesus em Madrid, ficar no banco até ao fim do 'partido'. Fez-se expulsar, como tantas vezes lhe acontece, e não se penitenciando pelos cartão vermelho que, segundo ele, tanto prejudicou o Sporting, acabou por penitenciar o seu adjunto a quem não reconheceu competência para estes altos transes competitivos. Respeitando a opinião do treinador do Sporting, ainda estará fresca na memória de todos aquela recuperação que o Benfica encetou na temporada de 2013/14 quando se viu com 5 pontos de atraso em relação ao Porto e viu o seu treinador, Jorge Jesus, suspenso por 30 dias por comportamento incorrecto num Vitória de Guimarães - Benfica. A verdade é que Raul José, o mesmo adjunto, foi para o banco e quando, um mês depois, o treinador do Benfica voltou a poder exercer as suas funções, a diferença para o FC Porto já tinha sido substancialmente reduzida. O que, por ironia ou convicção, levou muita gente da facção anti-Jesus na Luz a concluir que, se calhar, melhor seria prolongar-lhe o castigo e deixar as coisas tal como estavam no que respeita à voz de comando. Mexer é estragar, ainda que nem sempre."

Minas em casa

"Mais do que os rivais, para já é o Benfica que vai pondo em perigo o inédito tetra

O número invulgar de lesões no Benfica numa fase tão precoce da temporada dá que pensar e exige apuramento de responsabilidades por parte de quem manda no clube e lidera a gestão do futebol profissional.
Num quadro de normalidade no plantel, arrisco mesmo que, na terça-feira, com golo ou sem golo marcado, o regresso de Talisca à Luz teria produzido razões só para metade do falatório a que vimos assistindo. Porque é abissal a diferença entre descarregar na equipa Jonas, Mitroglou e Jiménez - que na temporada anterior, em conjunto, valeram "apenas" 73 golos - e não poder lançar nenhum dos arrombadores de balizas.
Neste "detalhe" que é o ataque, concedamos, será injusto apontar o dedo ao controlo preventivo do Benfica LAB ou à actuação do departamento médico, porque o trio de avançados foi parado por fatalidades comuns. Já a repetida ausência de Jonas, e a "misteriosa" infecção no seu pé direito, poderá levar a que se pense mais em aselhice, seja de quem for, do que propriamente em azar.
Indiscutível e inquestionável é o desarmamento objectivo do tricampeão - se a perda de pontos no início da Champions, num grupo que a teoria descreve como acessível, tem valor relativo, o mesmo não se aplicará no que à campanha na I Liga diz respeito. E o presidente dos encarnados, Luís Filipe Vieira, foi explícito: todas as forças têm de ser orientadas para um inédito tetra. Fasquia bem alta, para que ninguém duvidasse.
Mas pelos vistos, e para já, a maior ameaça às probabilidades de sucesso parece estar dentro de casa e não tanto (ou apenas) na capacidade dos crónicos rivais."

Desculpa Salvio, deixei-te ficar mal

"Tenho uma relação de amor/ódio com o desporto. Eu amo-o, ele odeia-me. Por mais que adore futebol, nunca tive jeito para dar mais do que dois toques seguidos. Três em dias bons. Estar fora de forma (bom, é uma forma de colocar as coisas) também não ajuda. Ainda assim, foi com orgulho que representei A BOLA a convite de uma marca desportiva, ontem, no Seixal.
Tivemos oportunidade de experimentar o já famoso simulador 360s. Fiquei na equipa treinada por Salvio. Grimaldo orientava a outra equipa. O objectivo era simples. Um exercício de recepção e passe. Durava 30 segundos, cada jogador tinha cinco bolas. O simulador disparava a bola a 40Km/h, tínhamos de receber e passar a um colega projectado no simulador. Se não tivéssemos linha de passe, podíamos jogar direto, isto é, acertar num ângulo superior. Visto de fora parece mais fácil. Disseram-me que o segredo era a recepção. Acreditem, ninguém recebeu melhor a bola do que eu. O pior foi o resto. Não acertei qualquer passe, nem bolas ao ângulo. A máquina também não ajudou. Disparou duas bolas seguidas. A minha pontuação foi de 0.0. Não fui o único. A minha equipa perdeu e desiludimos Salvio.
Mas nenhuma camarada de A BOLA faria melhor que eu. Acreditem."

Rui Miguel Melo, in A Bola

Estará o desporto mundial contaminado?

"As informações roubadas à agência antidopagem por 'hackers' russos levantam uma discussão mundial sobre o 'doping' nos atletas de elite.

Quando surgiram as primeiras acusações de uso regular de doping no desporto russo e da respectiva conivência do sistema de controlo antidopagem do país, logo se entendeu que o problema, assim enunciado e anunciado, iria ter uma implicação directa na participação olímpica dos atletas russos, até porque seria impossível, no actual sistema político de Putin, que o modelo desportivo fosse autónomo das decisões do Estado.
Foi assim que se chegou à convicção de que o Estado russo era o primeiro responsável por um sistema que não apenas permitia o uso de substâncias dopantes nos atletas de alta competição, como o promovia e encobria.
A notícia consequente surgiu sem surpresa. Em muitas disciplinas, a Rússua estaria impedida de participar nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro a acabaria, mesmo, por ser banida dos Jogos Paralímpicos.
Os ecos da indignação russa não interessaram especialmente os media ocidentais. Apenas algumas referências soltas sobre a reacção de Putin a acusar o ocidente de intolerável perseguição, mas o assunto acabaria por ficar no âmbito da discussão técnica.
Dividiram-se, então, posições essenciais. Desde os que afirmavam a sua satisfação porque, na prática, o sistema universal de controlo antidoping funcionou, até aos mais cépticos, que admitiram que o desporto mundial, ao mais alto nível, e sobretudo nos países mais desenvolvidos, estava, definitivamente, contaminado, embora os seus atletas de elite estivessem oficialmente defendidos pela própria Agência Mundial Antidopagem, porque aceitava sem questionar todos os procedimentos legais que permitem o uso de substâncias proibidas, tolerando-as pela anterior prescrição médica e com base em argumentos de prestação de um serviço clínico que deveria continuar a ser pessoal e de intimidade defendida.
Nunca se conheceria a verdadeira extensão do problema que encerra essa tolerância legal do sistema de controlo antidopagem se não tivesse surgido, agora, e com verdadeiro estrondo mundial, a informação dos dados secretos da Agência Mundial sobre alguns dos atletas mais mediáticos do mundo. As informações foram roubadas por um grupo de hackers russos e que, ao que indicam fontes policiais americanas, serão conhecidos especialistas na prática de espionagem electrónica.
A Agência já veio reconhecer que esses dados são verdadeiros e entre os que causaram maior impacto estavam os do ciclista Chris Froome, vencedor de três Tours (2014, 2015 e 2016) a quem a Agência permitiu, no quadro legal da prescrição médica, que alguns dos resultados dos testes antidoping tivessem indicado o uso de corticosteroides, sob a forma de um medicamento chamado prednisolona/40 mg (do grupo dos esteróides) que consta na lista de produtos absolutamente interditos.
Além disso, os hackers trouxeram ao conhecimento do mundo que a grande campeã olímpica de ginasta (quatro medalhas de ouro) e grande ídolo dos Estados Unidos, Simone Biles, acusou substâncias proibidas no controlo feito durante os Jogos do Rio, embora com o consentimento oficial, por ter apresentado prescrição médica. O mesmo sucedeu no ténis, com as irmãs Williams. Tanto Serena como Venus teriam tomado, sob orientação clínica, medicamentos proibidos.
Jornais como o New York Times dedicam, agora, espaço à discussão do tema e questionam: até que ponto a tolerância oficial da prescrição médica está a permitir que alguns atletas de elite atinjam resultados que, sem esses medicamentos, não seriam possíveis?
Os hackers russos prometem mais e inquietantes revelações.
(...)"

Vítor Serpa, in A Bola

Ronaldo é um Talisca melhorado

"O Benfica fez uma exibição muito boa em Arouca. Foi um daqueles jogos que podiam ter acabado com cinco ou seis golos sem escândalo.
Terça-feira tivemos noite europeia ingrata. Com uma equipa limitada pelas lesões, fomos desviados da rota e vimos em ex-jogador marcar no último minuto. Tenho que ser justo: no dia seguinte quando vi o infortúnio leonino fui forçado a reconhecer que o traidor deles é melhor que o nosso. Ronaldo é um Talisca melhorado. O Sporting perdeu com naturalidade, mas fez um bom jogo em Madrid. Bruno de Carvalho queixou-se da arbitragem sem referir se a culpa era do Benfica ou do Vítor Pereira seus habituais culpados. Este Sporting está muito forte, tem imensas soluções e tem condições para disputar todas as competições. Jorge Jesus sente isso e por isso a sua tristeza no fim era indisfarçável.
O FC Porto mantém-se uma incógnita, foi quase ridícula a prestação europeia (embora se apure facilmente no grupo) no entanto a nível doméstico irá ser candidato seguramente.
O Benfica que ainda não ganhou um jogo na Luz este ano (ganhou todos fora) vai receber um SC Braga bem melhor que o Besiktas. Não sejamos hipócritas: Jiménez, Mitroglou, Jonas, Rafa, Jardel, Zivkovic... são muitas baixas e de muita qualidade. Não há equipa do mundo que não se sinta com seis dos seus melhores lesionados. Esperamos também ver Fejsa recuperado porque são enormes as suas exibições. As dificuldades não impedem os que entrarem de o fazer com os olhos postos na vitória, pois só os três pontos podem ser objectivo num jogo entre candidatos ao titulo. O Benfica joga com o SC Braga um dos jogos mais difíceis que terá este ano quer pela qualidade do adversário quer pela enfermaria colectiva que reside na Luz. Neste momento cada adepto almeja pela notícia de uma ou outra recuperação. Rui Vitória não se lamenta porque de nada adianta, mas tinha razões suficientes para o fazer."

Sílvio Cervan, in A Bola

Miss Piggy

"(...)
Miss Piggy é um elemento do seriado infantil de fantoches americano criado por Jim Henson, The Muppets. É uma porquinha muito talentosa que, ao longo dos anos, lançou seu próprio perfume, escreveu um livro, actuou em filmes, ganhou roupas exclusivas (de maisons como Chanel), fez propagandas e muito mais. Ela é a diva do grupo e namora Kermit, o sapo, também conhecido como Cocas. Tem cabelo loiro e gosta de cantar. É cinto negro em Karatê e sempre pinta as unhas de cores diferentes.
Eles, os americanos, como são mais que muitos, inventam tudo e têm um mercado de biliões de pessoas para poderem divulgar os seus produtos. É como remar contra uma corrente, se quisermos vender alguma coisa. Mas a verdade é que em Portugal também existem réplicas da Miss Piggy.
Confesso que quando olho para determinada pessoa, a mesma faz-me lembrar a radiosa Miss Piggy. E como ela, é provecta em arranjar meios de Comunicação Social que exprimem e divulguem as suas ideias.
Falta-lhe apenas lançar a sua colecção de perfumes, porque face à sua dimensão física, creio que vai ser difícil conseguir lançar uma marca de roupa universal.
Não vou obviamente dizer quem é a, ou o, Miss Piggy português. Deixo tal descoberta à imaginação dos portugueses, observando as fotografias dos jornais. Mas que é muito parecido, disso não tenho dúvidas! Só duvido de que tenha o mesmo sucesso!"

Pragal Colaço, in O Benfica