sexta-feira, 27 de maio de 2016

Pode acabar amanhã!

Corruptos 98 - 89 Benfica
(2-1)
33-24, 19-25, 22-18, 24-22


Mais do mesmo, e a confirmação que o jogo 2, foi mesmo um acidente (e incompetência dos Corruptos)!
Muito sinceramente, isto o melhor é acabar depressa!!!


Começamos mal, ainda conseguimos equilibrar, mas nos momentos decisivos, fomos ridículos!
Não defendemos, e o ataque é o Cook contra todos (o Cook acabou com 33% nos 2; e 31% nos Triplos; um total de 10/30 nos lançamentos...)!!!
As percentagens da equipa nos lançamentos de 2  é absurda!
O mais incrível, é que depois de tantos erros, até estivemos perto de dar a volta ao marcador!!!!!!!!

Mais uma para o museu

"Compreendo a antipatia pela Taça da Liga demonstrada pelos (chamados) nossos rivais. Em nove edições da competição, triunfámos sete vezes, o que se traduz num palmarés à Benfica, pelo menos aquele sonhado pelos Benfiquistas.
Será este pecúlio reflexo do desdém dos adversários pela prova? Não, evidentemente. É verdade que, em determinadas ocasiões, poderá ter havido um certo desinteresse por parte do FC Porto e Sporting, mas convém notar que, na prática, tem havido, todos os anos, o mesmo "desinteresse" do lado do Benfica. Se prestarmos atenção à estatística, verificaremos que, entre os nossos atletas mais utilizados na competição em 2015/16 (e o mesmo se aplica a todas as temporadas), constam, entre outros, Ederson, Lindelof, Sílvio, Gonçalo Guedes, Talisca, Carcela e Jiménez. Ou seja, e tendo em conta que Ederson e Lindelof ainda não tinham sido utilizados antes do início da fase de grupos, são jogadores que não foram titulares indiscutíveis ao longo da época. Os nossos principais adversários, ao se servirem desta desculpa, não estão mais que a reconhecer que, afinal, os seus propalados grandes plantéis não o são em boa verdade quando comparados com o nosso. Além disso, sendo uma prova em que os maiores clubes disputam cinco jogos para a vencer, é mais importante que a Supertaça, que se limita a uma partida realizada no início da temporada. Por mim, longa vida à Taça da Liga. Os portistas e sportinguistas, se algum dia o seu clube vier a conquistar este título, terão oportunidade de o apreciar. Até lá, reagirão com falso desinteresse e inveja indisfarçável.

P.S.: Portugal campeão da Europa Sub-17 e José Gomes melhor marcador de sempre da competição com sete golos!"

João Tomaz, in O Benfica

Um por todos

"Seria fácil dizer agora que sempre acreditei. Que, também eu, era um entusiasta da aposta na Formação. Que vira com bons olhos a substituição de um treinador campeão. Que olhara sem desconfianças para uma alteração de paradigma, justamente quando começávamos a vencer com regularidade.
Estaria a mentir.
Na verdade, foi com bastante cepticismo que encarei as mudanças do Verão passado. E quando, a poucos dias do Natal, estávamos a sete pontos do Sporting, e a cinco do FC Porto, não apostaria um fósforo na possibilidade do Tri. Não fosse uma carreira europeia prometedora, e dava, nessa altura, a época como morta.
Nada melhor do que ser desmentido pelos factos quando estes superam as nossas melhores expectativas. E este Benfica superou tudo aquilo que eu perspectivara.
Na altura, muitos pensavam como eu. Mas houve um (aquele que interessava, aquele que decidia) que se manteve absolutamente fiel às suas convicções. Que, com grande coragem, insistiu no caminho que sabia ser o melhor para o Clube.
Este título é de muita gente. É de um técnico que, para além de enorme competência, soube manter uma atitude que nos orgulha. É de todos os benfiquistas, mesmo daqueles que, como eu, tinham poucas certezas quanto à forma de lá chegar. Mas este título é, sobretudo, de Luís Filipe Vieira.
O nosso presidente apostou forte. Arriscou muito. E, seguindo a sua convicção, venceu em toda a linha. A obra feita no Benfica já falava por si. Este campeonato, a forma como foi ganho, e tudo aquilo que nos mostrou, tornou óbvia uma certeza: Vieira é o presidente mais marcante dos 112 anos de história do nosso Clube."

Luís Fialho, in O Benfica

Fica, Gaitán!

"Ver as lágrimas de Nico Gaitán no banco de suplentes, em Coimbra, depois de ter feito mais um grande jogo - provavelmente o último - pelo Glorioso fez-me chegar a uma conclusão: eu nunca serei um bom gestor. Por mim, nesse momento, o mágico número 10 nunca mais sairia do SL Benfica. Não haveria 25 nem 45 milhões que me fizessem mudar de opinião. Nem trocas de jogadores, nem pressões dos empresários para ganhar comissões, ou outras complicações.
Um jogador de Futebol dos nossos dias que chora daquela forma e que sente de maneira tão própria a realidade do nosso Clube teria que ser recompensado. Até imagino a conversa: "Então, Nico, que se passa? Não quero sair, estou bem aqui, amo este Clube, a cidade, as pessoas... Pronto, não se fala mais nisso - ficas e ponto final". Eu sei que as coisas não se resolvem assim e que no mundo dos milhões do Futebol muito menos. Mas olho para Nico Gaitán e só me vem à cabeça o pequeno uruguaio que falhou uma grande penalidade ao serviço da sua agremiação desportiva. Esse cinco réis de gente, que se vendeu por um prato de lentilhas envenenadas, representa o oposto de Nico, mas ainda bem que se sente valorizado por lá estar e por continuar a dar-nos alegrias como a do Jamor.
Nico, por mim ficavas cá até pendurares as chuteiras, serias sempre o nosso 10, o nosso abre-latas em caso de necessidade, o nosso coelho a sair da cartola, a nossa arma secreta, o nosso brinca-na-areia, o nosso mago nos clássicos. Nem que nos oferecessem o teu peso em ouro mais três pontas-de-lança, dois médios e um guarda-redes. Por mim, não saías. Por isso é que eu não sou gestor, sou só adepto."

Ricardo Santos, in O Benfica

A ignorância é o vosso calcanhar de Aquiles

"Ao caminhar para o campo de batalha, os combatentes tinham duas características diferentes - os que sabiam tudo sobre os seus adversários e os que julgando saber, afinal não sabiam nada de nada. Vejamos o que nos escreve Sun Tzu no livro Arte da Guerra.

Todas as operações militares são baseadas na Dissimulação
Assim, quando prontos a atacar, devemos parecer incapazes de o fazer; quando nos preparamos, devemos parecer inactivos; quando estamos perto, devemos fazer o inimigo pensar que estamos longe; quando estamos longe, devemos fazê-lo pensar que estamos perto.
Preparar armadilhas para atrair o inimigo, fingir desordem, e acabar com ele.
Se o inimigo é poderoso, prepare-se para o enfrentar.
Se o inimigo for mais numeroso, evite-o.
Se o seu oponente tiver temperamento violento, provoque-o. Finja-se fraco, deixe que ele se torne arrogante. Se ele se preparar com calma, não lhe dê descanso.
Se as forças dele estão unidas, separe-as.
Ataque-o quando ele não está preparado, surja onde não é esperado.
Estas manobras militares devem ser ocultadas, não podem ser divulgadas ou calculadas pelo inimigo.
O general que pretende ganhar a batalha, faz muitos cálculos no seu templo. O general que fizer poucos cálculos, perderá a batalha.
Assim, os cálculos levam à vitória, poucos cálculos levam à derrota. Pobre daquele que não fizer cálculos nenhuns. Atentando neste facto, pode-se prever quem vencerá ou será derrotado.

Foi esta a grande diferença! O inimigo não percebeu nada de nada, sobre a realidade da estrutura institucional do Benfica, nem da forma de funcionamento da mesma instituição. Disse tantas e tantas asneiras que nunca conseguiu compreender que estava a lutar contra uma realidade que o Benfica soube construir e que existiu apenas na imaginação do adversário!
Acreditou que existia uma matilha, quando o que existia era apenas uma química institucional, tácita! 
Acreditou que era melhor, quando afinal era pior, tudo porque os fizeram acreditar que eram muito bons! 
Com o convencimento relaxou-se e isso reflectiu-se no desempenho!
Comeu tudo o que lhe deram para comer, sem saber que estava a cair no engodo que lhe atravessavam no caminho! E muito mais!
Estratégia! Foi uma lição de estratégia meus senhores! A qualidade vem depois dela!"
(...)

Pragal Colaço, in O Benfica

Pensem na vida enquanto sonham com o futebol

"Jogadores sem real noção do fim no mundo que os usa e deita fora
«Gastei 200 mil euros em carros, agora nem 200 euros tenho»

A rubrica Depois do Adeus foi criada pelo Maisfutebol em Junho de 2013 e já contamos mais de trinta histórias de antigos jogadores profissionais que tiveram de garantir a subsistência financeira longe do futebol.
Desta vez fomos à ilha do Faial recolher um testemunho brutal. Um relato desarmante, de culpas assumidas e gastos astronómicos para quem teria mais cedo ou mais tarde de voltar à realidade.
Paulo Morais teve a coragem de admitir onde errou. O antigo guarda-redes encara um cenário de limiar de pobreza depois de viver o sonho.
«Ser jogador de futebol é a melhor profissão do mundo». A expressão é reproduzida vezes sem conta mas quem anda por lá não tem geralmente noção do fim que se aproxima.
O futebol não é vida. É apenas parte dela.
Vai acabar, por vezes sem aviso, e obrigar quem sacrificou anos preciosos a procurar um novo rumo sem recursos académicos ou experiência para tal.
O mundo do futebol usa e deita fora. Seja por velhice ou por uma lesão grave, algo irremediável e inesperado, essa hora vai chegar.
É tão simples e tão evidente que me custa ver jogadores a caminhar para a recta final da carreira sem quaisquer planos para o futuro. «Sinceramente, ainda não pensei muito nisso». Ainda há dias li novamente algo parecido com isto.
Pensem. Pensem na vida enquanto sonham com o futebol. Façam Planos Poupança-Reforma, que a fortuna vai desaparecer de um instante para o outro. Poucos são os que conseguem chegar aos 70 com o que ganharam até aos 35.
Há aqui outra questão, extremamente sensível, que me parece afectar uma percentagem considerável dos que penduram as chuteiras: segue-se uma fase de instabilidade emocional - não raras vezes de depressão - e perturbações na vida familiar.
O divórcio é relativamente comum nessa altura, não há como esconder. E antes que se critiquem as mulheres, perceba-se todo o cenário: geralmente abdicam da carreira para servir de suporte aos maridos e acompanhar os filhos. Quando essa dinâmica muda a relação pode ficar seriamente afectada.
Vão-se entretanto os amigos de circunstância, aqueles que pediam bilhetes e outras coisas com regularidade, que pareciam estar sempre por lá. Vão-se as férias regulares em locais paradisíacos, os topos de gama, a roupa da moda. Podem agarrar-se a essa ilusão por algum tempo, talvez à custa da família, mas o sonho acabou.
Quem se entrega por completo ao futebol – geralmente com a complacência dos pais – com 13/14/15 anos deixa para plano secundário os estudos e acorda duas décadas mais tarde com um álbum de memórias e escassez de soluções.
A síndrome de Peter Pan afecta dezenas, centenas de homens num meio que os atira para um canto quando deixam de ser necessários. Vão-se uns, vêm outros, a bola continua a rolar e esquece-se de quem fez parte do jogo.
Muitos acreditam que ficarão ligados ao futebol, de uma forma ou de outra. Pensam sobretudo em carreiras como treinadores, negligenciando a questão matemática: se em cada plantel há 25 jogadores e 1 treinador, mais um par de adjuntos, nunca haverá espaço para todos os candidatos. Nem a vida como treinador garante um vencimento regular. Alguns destes viram empresários.
Temos assim centenas de antigos jogadores, com maior ou menor currículo, a lutar pela subsistência em outros mundos. Vários aventuram-se em negócios, com o risco que essa opção acarreta, enquanto outros abraçam carreiras e destinos variados.
É possível encontrar Idalécio num restaurante famoso em Inglaterra, Ivo Afonso num mercado do Luxemburgo, Riça a remover amianto na Suíça, Mauro em várias latitudes como comissário de bordo da TAP.
Por cá, Gaspar abraçou a metalomecânica de precisão, Diogo Luís trabalha num banco, Vasco Firmino é médico, Seabra engenheiro. Uns melhor, outros pior, mais ou menos realizados. Mas deram a volta e merecem um enorme aplauso.
Não são excepções. São a regra.
A maioria tem de perceber isto: não continuará eternamente ligada ao futebol. Convém pensar na vida real enquanto se sonha com a bola nos pés."

O Benfica não está em saldo

"A época de 2015/16 correu ao Benfica melhor do que até os responsáveis encarnados mais optimistas esperariam. Saiu, de forma tumultuosa, um treinador ganhador e acabou por entrar um técnico que se afirmou e terminou a temporada campeão. Ao mesmo tempo, foram chamados à equipa principal jovens promissores, sem que houvesse a certeza do resultado dessa aposta. E tudo saiu bem: Nélson Semedo e Gonçalo Guedes já foram internacionais A, Ederson está na Copa América com o Brasil e Renato Sanches e Lindelof vão disputar o Europeu de França por Portugal e Suécia.
A valorização destes jogadores foi exponencial e o encaixe já feito pelo Benfica (Renato chegará aos 60 milhões e Gaitán rendeu mais 25) permite ao clube da Luz alguma tranquilidade face às propostas que todos os dias chegam a Luís Filipe Vieira.
É por tudo isso que parece óbvio que as notícias que davam o plantel tricampeão à venda são manifestamente exageradas.
Um clube como o Benfica, que quer manter-se competitivo na Europa, não pode, como fazem os emblemas mais ricos do Velho Continente, dar-se ao luxo de manter as unidades mais válidas, virando as costas ao dinheiro. O segredo está no equilíbrio, na capacidade de, através de uma boa prospeção, encontrar jovens promissores e rentabilizá-los, ao mesmo tempo que se vão fazendo evoluir os talentos oriundos do Seixal. No fundo, o segredo está em manter boas equipas, sempre ganhadoras. Sem isso, nada feito. Ao mesmo tempo, vender cirurgicamente, mantendo as contas no são.
O Benfica não está em saldo e essa é uma boa notícia para os benfiquistas."

José Manuel Delgado, in A Bola

Benfiquismo (CXVI)

A minha primeira grande 'dor' Europeia Benfiquista!

Final da Taça dos Clubes Campeões Europeus
PSV 0 (6) - (5) 0 Benfica
Estugarda
1987/88