domingo, 24 de abril de 2016

3.º lugar

Benfica 2 (2) - (0) 2 Pescara
Ré, Coelho (Patias, Coelho)
Num daqueles jogos, onde ninguém quer jogar, o Benfica começou mal, mas até me pareceu que as picardias dos Italianos 'acordaram' o Benfica para o jogo!!!
Conseguimos recuperar de 0-2 para a igualdade... e desta vez, tivemos a 'sorte' das penalidades! E com o Juanjo em grande, durante toda a partida... que vai conseguindo disfarçar as nossas desconcentrações defensivas.
Não é consolação nenhuma, chegar a esta fase da UEFA Futsal Cup, e não perder nenhum jogo no tempo regulamentar; também é verdade que empatámos os dois jogos, recorrendo ao 5:4 (sistema que eu por acaso, acho bastante injusto para quem está em vantagem...), mas mesmo com todas as nossas limitações, e orçamentos muito inferiores... quando se trata de jogar com o coração, não devemos nada a ninguém!

Já agora, aqueles Russos que estiveram ao nosso alcance, que nos derrotaram ontem, somente nas penalidades: acabaram por se sagrar Campeões da Europa (com um Ricardinho debilitado)!!!

Agora, temos que recuperar a concentração, e focar todas as forças nas duas competições internas que ainda temos que disputar: Taça e depois o Campeonato...

PS: Parabéns ao Ricardo Ribas pela qualificação para a Maratona Olímpica, conseguida hoje em Dusserdolf com 2h 13m 00s.
Na Canoagem a Teresa Portela, também confirmou hoje na Taça, ser a melhor Canoista Portuguesa, ficando igualmente com o passaporte carimbado para o Rio... algo que já se esperava!

Só falta uma vitória...

Benfica 92 (2) - (0) 64 Lusitânia
18-16, 24-19, 23-21, 27-8

Obrigação cumprida, mas desta vez o Lusitânia 'desligou' mais tarde...
Temos que ter mais jogadores a contribuírem com pontos, se por acaso o Cook começa a falhar Triplos, ficamos 'apertados'!!!
Agora, na Terceira vai ser mais difícil, mas é para 'fechar' a ronda no 3.º jogo...

Ingrato

Benfica B 3 - 3 Guimarães B


Resultado ingrato, depois de tanto esforço, perder 2 pontos desta forma, é muito complicado...
As ingenuidades defensivas continuam a fazer mossa...
E já agora o Saponjic tem razão em ficar chateado, tantas oportunidades para fazer assistências de qualidade, e os jogadores do Benfica, dão sempre mais um passo, mais um finta... e a oportunidade passa!!!
O cenário é cada vez mais complicado, mas ainda é possível!

PS: Já agora, apesar de não desculpar nada: os 5 minutos de compensação, foram dados devido ao anti-jogo do Guimarães, que acabou por empatar no último segundo do tempo de compensação, num daqueles casos, onde o infractor foi claramente beneficiado...

Iniciados - 3.ª jornada - Fase Final

Belenenses 0 - 1 Benfica

Mais uma vitória, desta vez um pouco mais 'apertado', mas continuamos com a 'folha limpa'!!!

Na próxima jornada, em Braga, podemos mesmo festejar o título, a duas jornadas do fim!!!

Benfica ....... 9
Braga ......... 3
Belenenses ... 3
Sporting ...... 3


Os grandes andam agitados...

"1. Há mais de vinte anos - em rigor vinte e um - iniciei a minha honrosa colaboração neste jornal. Agora complementada com a BOLA TV. Este foi sempre um jornal de referência em casa dos meus saudosos e queridos Pais. Três vezes por semana entrava - então lançado da rua por um eficiente jornaleiro - por uma janela aberta por minha Querida e Saudosa Mãe. E nos dias de chuva a janela era aberta, tão só, no instante em que se escutava a voz, bem estridente, que anunciava a chegada das notícias. Os jornais só chegavam a Viseu bem depois do almoço. E ao fim da tarde lia alguns artigos deste jornal ao meu Querido e Saudoso Pai. Desenvolvia, diziam, a leitura. Dava voz a textos fantásticos e também aprendi nomes que nunca pensei vir a conhecer pessoalmente. Menino mimado de Viseu cheguei aos dez anos a Lisboa, conheci o Estádio da Luz, frequentei com orgulho - repito com orgulho! - o Colégio Militar e, em cada domingo, tive o privilégio e o prazer de ver centenas de jogos ao vivo nos grandes palcos do futebol em Portugal. Na Luz principalmente, mas também, na companhia amável e disponível do agora Tenente André, no velho Estádio de Alvalade. Ou no lindo Restelo. Ou, até, na Tapadinha. Menos, assumo, no Oriental, no Casa Pia ou nos Olivais. Mas em Alvalade, recordo, ainda com peão e pista de ciclismo! Onde, por vezes, tinha de acompanhar, com todo o aprumo, o meu Tio Avô o Almirante Armando Roboredo, um dos orgulhosos fundadores dos Fuzileiros Navais de Portugal. Recordo por isso bem a primeira crónica, a 7 de Março de 1995. Saudando o novo diário e afirmando o desafio aliciante e a responsabilidade permanente a que me sentia vinculado. E não esqueço as palavras que o Senhor Meu Pai me dirigiu, em carta, logo nessa terça feira desse bem distante Março: «Escrever nesse jornal de referência tem de ser um acto de entrega e de profunda disponibilidade». Não esqueço nunca estas palavras. Mesmo nos instantes em que, por circunstâncias extraordinárias dos tempos que vivemos somos atingidos por dores que nos abalam mas não nos vergam. Aprendi ao longo das mais de mil crónicas que aqui escrevi que o nosso dever é dar em cada semana - agora ao domingo - sem esquecermos a nossa cor clubística, a nossa visão dos factos e dos seus pro- tagonistas. E olhar para o desporto com emoção mas sem perdermos a razão. E sentir o futebol com paixão mas sem abdicarmos da nossa visão. E sabermos que, por vezes, e perante certos acontecimentos, incluindo pessoais, o silêncio é bem mais relevante que a momentânea explosão. E graças à amizade do Doutor Paulo Cardoso regressei a esse primeiro dia. Em que bem ao lado, - diria sempre ao lado - o Director Vítor Serpa escrevia o seu editorial - sempre com o seu português perfeito e a sagacidade da análise - com o sugestivo título: «Andam os grandes agitados»... E terminava proclamando que «o Sporting é, em si mesmo, a contradição da surpresa. Possível é sempre tudo. De bom e de mau. Quase diríamos, o Sporting é um clube de aventura. Ao menos, um clube assim não conhece o tédio»!

2. Ontem como hoje! Ontem como hoje os grandes andam agitados. Num tempo de dificuldades financeiras pressentia-se que o acesso directo à fase de grupos da Liga dos Campeões seria o objectivo principal dos grandes clubes. E, aqui, e este ano, Benfica e Sporting sabem que o alcançaram. Entre nós não há a busca de uma melhor classificação final em razão de um melhor prémio financeiro interno como ocorre na renhida e atractiva Liga inglesa. Entre nós Benfica e Sporting garantiram, acredita-se, o acesso aos milhões da Liga dos Campeões, independentemente de haver razões jurídicas que limitem o acesso ao prémio desportivamente conquistado. Mas, e para além destas razões relevantes, percebemos, também no futebol, que há um regresso à soberania. Há um regresso diríamos que às fronteiras. Mais importante que a Europa é a conquista interna. Mais relevante que os milhões da Europa é o título nacional. E, a assim, a agitação interna é contagiante e apaixonante. Os grandes refugiam-se na conquista interna. O Benfica procura e busca, com fervor, o tricampeonato. O Sporting deseja e anseia pelo título. E, no meio, podendo ser determinante, o Futebol Clube do Porto, com a reeleição do seu Presidente, sente que um processo de reconstrução, é uma exigência bem imediata. Ontem como hoje os tempos estão agitados. Ontem como hoje, mas em circunstâncias bem diferentes, os grandes estão agitados. Há vinte e um anos o Futebol Clube do Porto conquistou o campeonato, o Sporting ficou no segundo lugar e o Benfica de Artur Jorge limitou-se ao terceiro lugar. E foi o ano, recordemos, em que o Benfica, após ter perdido um jogo frente ao Sporting, protesta o cartão vermelho exibido por Jorge Coroado a Caniggia. A Federação dá razão ao Benfica e realiza-se, por sinal no Estádio do Restelo, - e a 14 de Julho! - o terceiro jogo que o Benfica vence com dois golos de Edilson. Mas, sempre em agitação, a FIFA vem ordenar a anulação deste jogo e considera válida a anterior vitória do Sporting. Por vezes a idade ajuda-nos a relativizar factos de hoje. Vividos com únicos. E, até, como singulares. Mas a agitação de ontem é, com as necessárias mutações, incluindo no novo pluralismo comunicacional, também a agitação de hoje. E tendo sempre presente, tal como Miguel Cervantes no seu imortal Dom Quixote, que «a história é émula do tempo, repositório dos factos, testemunha do passado, exemplo do presente, advertência do futuro»! Advertência do futuro, sublinho!

3. O Benfica joga hoje em Vila do Conde frente a um aguerrido e bem comandado Rio Ave. Jogo onde se devem conjugar humildade com superação. Vontade com fé. Crença no valor e partilha com os milhares de benfiquistas que vão dar cor, e vida, a Vila do Conde. Há vinte e um anos o Rio Ave não disputava o principal campeonato. Participa, sim, na época 96/97 e nas seguintes. E foi crescendo internamente e já ganhou projecção europeia. Recordo que nesse meu primeiro artigo neste jornal falava das competições europeias e referenciava clubes que tinham chegado aos quartos de final. Alguns deles continuam no topo, como Benfica, Barcelona, Juventus, Bayern, Porto, Arsenal ou PSG, entre outros. Mas alguns desapareceram, incluindo das principais competições internas, como o Parma, o Auxerre ou o Saragoça. Também no futebol há ciclos e mudanças. E muitas agitações. E, entre nós, os grandes andam mesmo agitados...."

Fernando Seara, in A Bola

O jogo mais importante

"Há muito tempo que a deslocação do Benfica a Vila do Conde surgia no calendário como o momento mais importante no sprint final entre os rivais. O jogo frente ao Rio Ave pode ser mesmo a chave do campeonato porque é o último que os encarnados fazem antes da visita do Sporting a casa do FC Porto. Isto é: em caso de triunfo hoje à noite, o Benfica passa a ter apenas mais uma deslocação a realizar (Marítimo) e ficará de imediato com a certeza de que os leões vão entrar no Dragão em desvantagem pontual com tudo o que isso pode implicar.
Se, pelo contrário, os bicampeões escorregarem no 'Estádio dos Arcos', como aconteceu na época passada, a história muda de imediato: o jogo mais importante do campeonato deixaria de ser o Rio Ave-Benfica 'de ontem' e passaria a ser o FC Porto-Sporting 'de amanhã'. É assim que está a Liga mais emocionante dos últimos anos. O jogo de Alvalade terminou com uma vitória burocrática da equipa de Jorge Jesus. Depois do Moreirense, o União da Madeira. Duas exibições fraquinhas onde pouco se aproveitou para além dos 3 pontos. Ou dos 6. Para vencer no Dragão, como é evidente, será preciso muito mais.
Cada conferência de imprensa de Rui Vitória serve para consolidar a ideia de que o treinador do Benfica tem uma tranquilidade inabalável. A expressão captada pelas câmaras da BTV quando Pizzi fazia aquele atraso de bola, no jogo com o Vitória de Setúbal foi um dos raros momentos da temporada em que Rui Vitória se deixou levar pela emoção. O normal é a frieza no raciocínio e as palavras bem medidas. Na véspera de um jogo tão decisivo como este Rio Ave-Benfica, o treinador dos encarnados falou aos jornalistas como se hoje se fosse disputar apenas mais um desafio do Torneio Guadiana. Quem sabe se não é neste controlo emocional que está o segredo..."

O caso Cardinal e o que há de vir

"Isto promete: o próximo elenco do Conselho de Disciplina da FPF, que será presidido por José Manuel Meirim, vai com toda a certeza encontrar em cima da mesa - no imediato ou no decurso do mandato - um complicado processo. Refiro-me às consequências desportivas do denominado 'caso Cardinal', que tem o antigo vice-presidente do Sporting, Pereira Cristóvão, como arguido já oficialmente acusado pelo Ministério Público da prática do crime de corrupção activa.
 E porque é que a coisa promete? Porque em causa estão o Sporting, um dos grandes clubes portugueses, e o cumprimento da legalidade em vigor na Liga, que no ponto primeiro do seu artigo 62.º do regimento disciplinar determina «a descida de divisão para o clube que através da oferta de presentes, empréstimos, promessas de recompensa, ou de qualquer outra vantagem patrimonial para qualquer elemento da equipa de arbitragem ou terceiros, directa ou indirectamente, solicitar a esses agentes, expressa ou tacitamente, uma actuação parcial e atentatória do desenvolvimento regular de jogos (...) em especial com o fim de os jogos decorrerem em condições anormais...»
Basta de teoremas. Já todos perceberam a gravidade dos actos imputados a Pereira Cristóvão mas impõe-se aguardar pela decisão dos tribunais civis. A questão, portanto, há de ter direito ao seu momento mediático e às polémicas entre os interlocutores rivais. A suprema ironia, por ora, revela-se nesse persistente discurso leonino que visa colocar o clube a níveis de reputação sobrenaturais, qual arauto da moralidade carregado de nobreza em dose com que nenhum outro da praça foi à nascença brindado!...
Repito: a coisa promete. Muito."

Paulo Montes, in A Bola

Benfiquismo (LXXXIV)

Sobre o olhar protector do Rei

Vamos a eles...