sexta-feira, 8 de abril de 2016

35.7% !!!

Ovarense 82 - 77 Benfica
17-18, 21-13, 22-19, 22-17

5/14 nos Lances Livres, 35.7% (!!!); 8/27 nos Triplos, explica este resultado. Mais uma má noite, que só por si, não põe em perigo o 1.º lugar no final da 2.ª fase, mas reduz a margem de erro... estamos obrigados a vencer o Galitos...
E nem a ausência do Andrade, nem o critério das faltas dos apitadeiros serve de desculpa (a Ovarense foi 24 vezes para a linha de Lance Livre, contra 14...!!!)

Eis o Benfica, também no Andebol!

"Assim como na final da Taça de Portugal de Hóquei em Patins na época passada, a comitiva leonina saiu do recinto para não presenciar a entrega da TP de Andebol ao Benfica. Assim se percebe que se julguem a maior potência desportiva nacional - abandonando mais cedo, podem alegar que desconhecem a quem foi atribuído o título. Ao contrário de nós, que sabemos perder, damos mérito a quem merece e procuramos retirar das derrotas o estímulo que nos ajuda a enfrentar os desafios futuros, que são muitos e variados, não fôssemos nós o único clube português competitivo em todas as principais modalidades. Não nos escondemos, não nos refugiamos no balneário, não apregoamos slogans bacocos e delirantes, nem sequer carpimos mágoas no Facebook. Trabalhamos. Parabéns ao Andebol! Que belas vitórias no fim-de-semana passado, a juntarem-se aos dois triunfos sobre o FC Porto na meia-final do playoff do Campeonato Nacional. Estamos a um passo de chegarmos à final. Não será fácil, mas confio na capacidade e determinação da nossa equipa.
A goleada ao Braga coloca-nos um pouco mais perto do título. Vejo com alguma bonomia a vã tentativa de desestabilização do Benfica empreendida por certos comentadores ao descortinarem euforia onde existe somente a exteriorização de alegria dos benfiquistas por mais uma vitória. Já perdi a conta às iniciativas destes servis da causa anti-benfiquista, a imaginação e a estupidez são ilimitadas.
E Jonas, o "reformado", "fatigado" pela convocatória da "canarinha", lá teve que assistir Pizzi com as costas. Foi para não se cansar, certamente. Daqui a uns anos, eu e mais 61 mil e tal poderemos dizer que vimos aquela genialidade ao vivo."

João Tomaz, in O Benfica

Tanto para vencer

"1) Escrevo estas linhas antes de conhecer o resultado do jogo de Munique. Porém, o que quer que tenha acontecido na Baviera, não desviará o Benfica, os seus profissionais, os seus dirigentes, e os seus adeptos, do grande desígnio da temporada: a conquista do 35.º campeonato. Nesse sentido, o jogo grande da semana é em Coimbra, e é esse que estamos obrigados a vencer. Aliás, tenho a convicção de que, ganhando as próximas três partidas (Académica, V. Setúbal e Rio Ave), o título dificilmente nos fugirá.

2) O Andebol encarnado está a superar todas as expectativas. Quem diria, há um mês atrás, que teríamos a Taça de Portugal nas mãos, que estaríamos nas meias-finais da prova europeia, e que levaríamos uma vantagem de 2-0 diante do hepta-campeão FC Porto na meia-final do playoff? É verdade que as últimas vitórias foram obtidas nos prolongamentos, e arrancadas dramaticamente nos últimos segundos dos jogos. Mas a força competitiva destes jogadores ficou já amplamente demonstrada. Vamos acreditar que a saga não fica por aqui.

3) Com a passagem do Hóquei à final-four da Liga Europeia (que bom seria poder ser na Luz...), garantimos desde já, pelo menos, quatro meias-finais de provas internacionais nas nossas modalidades nesta época. Para além do Hóquei, o Voleibol chegou às meias-finais da Challenge Cup, o Futsal está nas meias-finais da Uefa Cup, e o Andebol nas meias-finais da sua Challenge Cup. Teremos ainda o Atletismo a disputar a Taça dos Campeões da Pista. Entre tantas frentes, é lícito esperar que pingue um título. Isto sim, é uma verdadeira potência desportiva. A única em Portugal."

Luís Fialho, in O Benfica

Desde a pré-época

"A Associação Académica de Coimbra é um dos clubes históricos do Futebol português. E vive uma situação delicada. Está, neste momento, na luta com o Boavista e com o União da Madeira, para não ficar no penúltimo lugar da classificação, que lhe dará a descida de divisão (o Tondela já parece condenado...). É pena, porque Coimbra tem uma longa e saudável tradição no Futebol, há uma história comum com o SL Benfica e um carinho especial de muitos adeptos portugueses por esta equipa.
Ver a Académica nesta situação é triste, mas não deixa também de ser o corolário de uma série de más escolhas de treinadores e de jogadores ao longo dos anos e, acima de tudo, de dirigentes que não estiveram ao nível daquilo que é a Briosa e que se aliaram a quem não deviam.
Mas essas são questões que vão ter de ficar fora do relvado no próximo sábado. O Bicampeão, em ressaca europeia, terá que encarar mais esta final com o profissionalismo que tem demonstrado - são mais três pontos que nos podem levar ao 35.
Cada vez me parece mais claro que todas as jornadas até ao final deste Campeonato serão jogadas "em casa" e é isso que vai acontecer no estádio Cidade de Coimbra. Que vai ser mais uma grande demonstração da onda vermelha, não há dúvidas. Que vai ser mais uma vitória categórica do melhor ataque de uma equipa portuguesa (76 golos em 28 jogos da Liga), isso só depende de Rui Vitória e dos seus jogadores. E a ver pelo que tem acontecido, posso acreditar neles. Tal como tenho acreditado desde a pré-época."

Ricardo Santos, in O Benfica

'Pequeno' não ganha?

"A Liga dos Campeões está a tornar-se numa prova 'aborrecida', ao estilo 'pequeno não vence'. A partir do momento em que o dinheiro ganhou peso determinante (não o tinha quando o FC Porto a ganhou em 2004), os nomes dos semifinalistas pouco mudaram. Nas épocas mais recentes o quadro piorou devido ao estranho 'enfraquecimento' dos clubes ingleses (não por falta de dinheiro, mas por maus investimentos, dos quais não retiraram retorno desportivo na proporção dos milhões gastos). Basta olhar para as meias-finais dos últimos quatro anos para verificar a presença constante de Bayern Munique e Real Madrid. E o Barcelona apenas falhou uma vez esta fase (eliminado pelo surpreendente At. Madrid). Depois, houve lugar a um 'convidado especial', papel desempenhado por Chelsea, B. Dortmund, At. Madrid e Juventus. Nem o riquíssimo PSG conseguiu, até agora, romper com esta lógica.
É por isso que a 1.ª mão dos quartos-de-final devem ser vistas como uma 'luz de esperança'. Desta vez, o Real Madrid está mesmo em xeque, depois de perder 0-2 em Wolfsburgo, e o At. Madrid volta a ter reais possibilidades de 'enganar' o Barcelona, mas bonito mesmo seria o Benfica conseguir superar o colosso de Munique. Teríamos a 'vingança' dos pequenos. Não agradaria à UEFA, aos investidores nem aos maiores operadores televisivos, mas lembrar-nos-ia uma vez mais que o futebol, de vez em quando, tem capacidade para romper com as lógicas instaladas. No caso do PSG-Man. City, o verdadeiro jogo dos milhões, não se pode aplicar a questão da dimensão financeira, mas apenas a histórica.
O mais provável é que este sonho se transforme em pesadelo e que entre os semifinalistas encontremos os suspeitos do costume. Não é difícil imaginar um 'pisão' do Real aos alemães, como é fácil perceber que o Barcelona raramente faz um jogo sem golos, pelo que o At. Madrid teria de ser gigante ao ponto de marcar três. O 3-1 que o FC Porto aplicou há um ano, no Dragão, ao Bayern pode servir de motivação ao Benfica, apesar de as condicionantes serem bem diferentes. Aliás, virar o resultado de 0-1 nunca foi fácil, apesar da aparente simplicidade de 'bastar' um golo, o que nem é verdade. Uma certeza: as meias-finais já têm 'convidado especial' - PSG ou Man. City."

A diferença

"Pode Rui Vitória ter-se emancipado definitivamente em Munique; pelo menos, mostra estar a aprender a ser treinador de um grande clube!

Um jornalista norte-americano de Chicago - recordou-me agora um companheiro de trabalho - prometeu um dia engolir literalmente o que tinha escrito sobre um jogador francês de basquetebol contratado pela equipa da NBA da cidade, os famosos Bulls, se ele viesse a ter algum sucesso.
O jornalista, Rick Morrissey, escreveu em 2007, quando os Bulls contrataram Joakim Noah, que o francês era má escolha e que jamais poderia tornar-se um jogador de elevado nível, prometendo, caso se enganasse, comer então a folha de papel onde seria impressa a sua crítica. Nos dois anos seguintes, as exibições de Noah desfizeram por completo as críticas de Morrissey e este, rendido à evidência, cumpriu mesmo a promessa. Comeu a página e Noah viu.

Por cá, ninguém prometeu comer as páginas onde foram escritas críticas a Rui Vitória e o seu Benfica, caso contrário já se correria o risco de seguir o mesmo caminho, agora que a equipa aguenta firme a liderança na Liga e surpreende a Europa com a manifestação de personalidade que se viu em Munique. Estrelinha da sorte, proteção divina, menos futebol e mais eficácia, incompreensível obra do além; já muita coisa serviu para explicar a época galopante dos comandados de Rui Vitória, e eu próprio, não tendo prometido comer qualquer página de críticas, já assumi que arriscaria engolir um pouco do que escrevi. Pelo menos do que escrevi sobre a capacidade de liderança de Rui Vitória, que me surpreende agora pela indisfarçável ligação que os jogadores, empenhadamente, lhe dispensam.

Também escrevi muito do que justificadamente me foi parecendo que deveria escrever, de acordo com a opinião de que o Benfica se mostrou muitas vezes ao longo destes meses uma equipa guiada pelo talento de alguns jogadores e pela inspiração e categoria de uma dupla atacante que já fez mais de 50 golos esta época, e pouco guiada pela verdadeira dimensão como equipa.
A verdade é que o Benfica que se exibiu em Munique foi diferente. Foi muito melhor. E foi surpreendente, porque esta época ainda não víramos o Benfica jogar assim frente a um adversário igualmente ou mais poderoso. O Benfica de Munique foi melhor no sentido táctico do jogo, foi muito forte em determinação, coesão, solidariedade e ambição. Foi fortíssimo defensivamente mas também foi atrevido ofensivamente. Foi uma equipa capaz de se estender no campo, de olhar o Bayern nos olhos, de o pressionar muitas vezes no seu próprio meio campo, foi uma equipa com aquele enorme espírito e nível de compromisso que noutras ocasiões já tinha revelado (e que não deixei aqui de reconhecer), e foi, por fim, um Benfica que deixou Munique com três ocasiões claras para fazer golo e uma grande penalidade a favor que ficou por assinalar. 
E que deixou Munique com resultado que o deixa, pelo menos, sonhar. Muito poucos esperariam isso.

Continua a ser muito difícil ultrapassar o Bayern, evidentemente, mas aquilo que o Benfica já conseguiu foi deixar água na boca nos adeptos, porque tendo perdido e uma derrota não pode ser transformada em espécie de vitória - a equipa mostrou estar, em condições de criar sérias dificuldades a uma das mais fortes equipas da actualidade.
Com inegável mérito de Rui Vitória, pelo menos relativamente à forma como a equipa se bate. Só uma equipa ligada claramente ao treinador pode fazer o que o Benfica fez em Munique, e é por isso que independentemente do que vier a suceder, quarta-feira, na Luz, o que já ficou para a história desta época foi um Benfica europeu com direito a bolinha vermelha no pequeno ecrã: adulto e muito ousado! 

Pode ter sido esta a noite da emancipação definitiva de Rui Vitória à frente do Benfica. Por um lado, pela ambição e coragem de levar a equipa a jogar em Munique sem alterar o esquema habitual, de que jogar com dois avançados foi sinal mais evidente; por outro, e sobretudo, por ter sido capaz de preparar a equipa para em qualquer circunstância manter o rumo, não se desorganizar. Claro que o Benfica teria sempre muito mais a ganhar do que a perder neste duelo, desde que cuidasse de evitar sofrer resultado pesadamente negativo que comprometesse animicamente a luta pelo título português ou mesmo a imagem de um quarto finalista da Champions. Disso, o Benfica cuidou. Mas fez muito mais. Perdeu, mas perdeu de pé. Com tremenda personalidade e sob a orientação de um treinador que parece realmente estar a aprender a ser treinador num grande clube.

Dificilmente poderiam os encarnados ter começado pior o jogo na Arena de Munique. Mas apesar de alinharem com três jogadores particularmente jovens - Ederson, Lindelof e Renato Sanches - a verdade é que em nenhum momento se sentiu a equipa tremer. E foram precisamente esses três mais jovens os maiores gigantes.
Ederson tem indiscutível categoria para defender a baliza do Benfica por mais de dez anos, e tanto Lindelof como Renato Sanches confirmaram em Munique a qualidade que já se suspeitava, mas mostraram sobretudo um claro crescimento tático e dimensão para jogar internacionalmente ao mais alto nível. O que vi em Munique foi um Ederson ao nível do que de melhor há nas balizas europeias, um guarda-redes que faz a diferença - pela qualidade das intervenções e não pela quantidade, e que foi, por exemplo, o único a perceber como o Bayern iria marcar um determinado livre e que por isso foi a tempo de evitar, de forma absolutamente espetacular, que Thomas Muller fizesse golo. 
O que também vi foi um Lindelof frio, concentrado, calculista, com sólida leitura do jogo e movimentos suficientemente precisos para anular a perigosa serpente que é Thomas Muller, e vi ainda um Renato Sanches já muito mais capaz de jogar sem bola e com a presença física que a Europa já reconhece notável.

Enquanto o Benfica se prepara então para uma noite intensa no Estádio da Luz, na próxima quarta-feira, por cá a luta pelo campeonato promete prosseguir com duelos dentro do campo (fantástico Sporting no Restelo em resposta à goleada do Benfica ao Braga) mas igualmente algumas batalhas travadas fora dele. É pena. 
Mas com nomeações como a do árbitro João Capela para o Académica-Benfica de amanhã o que podia verdadeiramente esperar-se se não o ataque dos rivais? Havia necessidade?
Depois não se queixem! 

O presidente do FC Porto vai ser, obviamente, reeleito, mas pelos vistos cresce o número de adeptos do clube que parecem já não o ver como o líder de outros tempos. À crise desportiva junta-se, a olhos vistos, uma crise estrutural e uma crise de identidade.
E o resultado é claro: o FC Porto corre de novo o risco de não ganhar qualquer título no futebol pelo terceiro ano consecutivo, como já tinha sucedido no início deste século, e a contestação vai subindo de tom como poucas vezes se deu conta.
Com uma significativa diferença: se no passado o que se contestou foram, sobretudo, situações de treinadores, que viriam a resultar nos despedimentos de Fernando Santos em 2001, Octávio Machado no ano seguinte, ou ainda, mais tarde, de Luigi del Neri, Victor Fernández ou Co Adriaanse, agora o alvos parecem bem diferentes e estão muito mais no interior da estrutura dirigente do que na equipa de futebol. 
Isso é claro!
Apesar de tudo, é visível no universo azul e branco a preocupação de ir deixando o presidente portista fora do tom das maiores acusações e críticas. Parece ser contestado não pelo que fez mas sobretudo pelo que permitiu que fosse feito. E é nesse sentido que alguns não o verão já como o líder que os habituou a ser.
O presidente do FC Porto vai, obviamente, ser reeleito quando se assinalarem 34 anos exactos ao leme do clube, e vai, portanto, continuar a ser o 33.º presidente da história da nação azul e branca. Mas também vai ter muito trabalho e precisar de muita determinação para conseguir inverter nos próximos três anos o caminho dos últimos três.
E vai precisar de tomar boas decisões. No mínimo, melhores decisões. E vai precisar de recorrer ao melhor da sua intuição. E experiência. E conhecimento.
Resta saber se ao fim de todos estes anos o presidente do FC Porto olhará, finalmente, para dentro da estrutura. E, se olhar, o que fará e que decisões tomará. Será essa, julgo, a maior das curiosidades da maioria dos adeptos.
Percebe-se porquê."

João Bonzinho, in A Bola

A letra morta do regulamento

"É preciso recuar três décadas e meia para encontrar uma época com um sprint final para o título disputado apenas entre Benfica e Sporting. A este fado acresce a particular condição da temporada em curso, soit-disant, a mudança de lado da Segunda Circular de Jorge Jesus, e o efeito dominó que provocou em todas as peças que compunham o já de si precário equilíbrio entre os eternos rivais. É neste contexto conturbado que vai medrando a guerrilha verbal, com Alvalade a ter a primeira palavra, sem (quase) nunca ficar sem resposta.
Ontem, a propósito da nomeação de João Capela para o Académica-Benfica, Octávio Machado disse cobras e lagartos da escolha e recebeu como resposta, via João Gabriel, uma frase de Jorge Jesus, proferida há apenas dez meses: «João Capela é um grande árbitro». Ser ou não ser é a questão e a ver vamos se Pimenta Machado não vai regressar ao nosso imaginário, através da sua frase «no futebol, o que hoje é verdade amanhã é mentira.»
Como está à vista de todos, a época tem sido intensa e recheada de recados, nomeadamente, para os árbitros e muitas vezes antes dos jogos.
E era precisamente aqui que queria chegar, para lembrar que há um regulamento disciplinar, a quem, pelos vistos, ninguém liga. O artigo 67.º, Declarações sobre arbitragem antes dos jogos, postula que «o clube que (...) faça declarações ou emita juízos pondo em causa a imparcialidade ou competência técnica dos árbitros (...) designados para o jogo que vai disputar, bem como a nomeação desses agentes (...) é punido com a sanção de multa.» Perante o que se vê e ouve, nada acontece, nada se passa? Porquê?"

José Manuel Delgado, in A Bola

PS: Nem o Zé Manel consegue fugir ao politicamente correcto!!! Qualquer comparação entre a calúnia, difamação, mentiras, coacção... ditas pelos Lagartos, e as respostas do Benfica, é um absurdo!!! Meter tudo no mesmo saco, é ser cúmplice na estratégia Lagarta...

Benfiquismo (LXVIII)

Dias difíceis para os cabeleireiros e barbeiros em Portugal...