quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Eu, adepto, me confesso... rendido ao futebol do Benfica

"Com a humildade de sempre, sem ostentação, com respeito e sem qualquer ideia de vingança... vençam o jogo de amanhã!

Eu sei que não fica bem perder a atitude de humildade e de respeito pelos adversários em qualquer competição. Por isso, não o farei... como nunca o fiz.
Muito menos agora, depois de tanta dificuldade ultrapassada, de tanto caminho percorrido, de tanto apoio conseguido, de tanta boca calada, de tanta inveja sustida!
Não se trata, por isso, de perder essa mesma postura, mas antes de reflectir sobre o comportamento de toda uma equipa - toda, mesma sem excluir nenhum dos responsáveis, por muito pequena que seja a sua quota parte nessa mesma responsabilidade - que se soube unir, em torno de um espírito extraordinário, para ultrapassar as dificuldades de início de época muito exigente... e muito difícil.
Exigente pelas metas que nos colocámos, a nós mesmos, e pela ânsia de alguns nos ganharem, que se vai agravando de época para época, de jogo para jogo; porque a felicidade deles não depende, em primeira mão, das respectivas vitórias, mas, antes, das nossas derrotas.
E a sua exiguidade - a dessas mesmas nossas derrotas - mais acentua a sua frustração e mais aumenta a sua ânsia de vingança.
Vingança contra nós, porque somos o... e do... Benfica. Vingança contra o... maior que Portugal. E ai como isso lhes dói, como lhes custa ver a sua invocada, a maior parte das vezes de forma gratuita, grandeza, sempre ultrapassada pela enorme dimensão do Benfica!
Mas nada como relembrar atitudes, como recuperar declarações de há alguns meses, iguais às de ontem, para perceber que o espírito à Benfica tem, neste caso, muita força... e, contra ele, os invejosos podem pouco.
Assim nos mantenhamos unidos.

Há 17 jogos...
1. Na 5ª jornada da 1ª volta, o Benfica - com uma exibição que tinha merecido alguns elogios - sofria a 2ª derrota do campeonato. Depois de ter perdido em Arouca, depois de ter perdido o 1.º troféu da época, depois de terem criticado a pré-época, depois de terem duvidado do treinador, depois de... depois de... depois de...!
Havia, então, sempre um motivo de gozo, de desprezo, de desconsideração, até daqueles que menos razões tinham para enveredar por esse caminho. Durante algumas semanas, fomos sofrendo, em silêncio, os anúncios dos arautos da desgraça. Os avisos de quem tudo sabia e, muito especialmente, de quem tudo tinha sabido durante as últimas 6 épocas, na Luz, apesar de tanto ter perdido. Durante esses tempos fomos ridicularizados, sobre as más opções, sobre as más escolhas... tão ridicularizados como avisados do futuro sombrio que nos esperava.
Essencialmente, por quem não tendo a felicidade de ser do Benfica, não conhece o Benfica, nem sabe o significado de entrar em campo, de jogar... à Benfica.

O treinador
2. Há 17 jogos, tudo se voltava contra quem tinha responsabilidade de tudo o que de mal acontecia no Benfica. Até passarem para o nível seguinte, pedindo a cabeça de quem o tinha escolhido, era preciso deixar queimar em lume brando quem era responsável directo pelos resultados, como se a vida não fosse feita de aprendizagem, como se viéssemos todos ensinados a lidar com a máxima responsabilidade, de um dia para o outro.
De tudo culparam Rui Vitória. De tudo o acharam responsável. Até de coisas que se tinham passado quando ele... não andava por aqui. Mas - uma coisa que nunca perceberão - acumular o ser do Benfica (pressuposto imutável) com o facto de ser treinador do Benfica (variante sempre alterável nesta equação), trouxe a quem tinha essa responsabilidade a certeza de ter um mundo com ele. Não um mundo irracional, acéfalo e acrítico, mas todo um mundo feito de paixão de todos nós para quem tinha a responsabilidade de fazer com que, ganhando a equipa, ganhássemos todos.
Eu sei que quem não é, não percebe o Benfica. Nem percebe, mesmo com explicações, esta coisa, isto de ser do Benfica. Mas foi desse acréscimo de alma, feito de sintonia entre o acreditar cá fora e o querer lá dentro que se construiu esta recuperação. De que Rui Vitória é o grande responsável.

Sem medo de responder...
3. Como em tantas outras áreas, nem tudo foi perfeito, nos primeiros tempos. E, sem querer puxar a brasa para a sardinha de ninguém (muito menos para a minha), há, nisto tudo, um antes e depois de... responder com a frontalidade, a dureza e a objectividade exigida e aconselhável aos ataques de que fomos alvo.
Quem não se sente não é filho de boa gente. E por isso me bati - publicamente, como tenho por hábito - por respostas duras e directas a quem andava a gozar com o carácter e a personalidade de quem trabalha no Benfica.
Tiradas enviadas para o ar por quem recebia para isso, ou por quem nunca teve carácter para ser do Benfica. Porque, apesar de alguns estarem, por algum tempo (muito, para o gosto de uns tantos) no Benfica isso não lhes deu, nunca, prerrogativa de serem do Benfica. Acentuando, para quem não sabe o que isso possa ser, a velha diferença entre ser e estar. E, nisso, hoje, os que cá estão são!
Ora para bom entendedor...
Os mesmos entendedores que perceberam que deste lado, do lado dos que são e estão, não havia medo, não havia constrangimentos, não havia complexos, mas apenas competência, coragem, frontalidade, educação e... paixão pelo Benfica.

... Nem medo de dar tempo
4. Mas, a par dessa competência e dessa força feita de palavras de resposta aos ataques rascas próprios das personalidades dos seus autores (sejam eles homens do campo ou de colarinho branco), ataques de quem julga que o sol gira à sua volta, houve um tempo dado por quem tinha essa responsabilidade. E isso, por muito que não se goste, fez e faz a diferença. A diferença que faz quem assume a responsabilidade pelas decisões que toma, sem alijar culpas, nem deixar de acreditar nas decisões por que sabe que terá que responder.
Há alguns conselhos que tomo, sempre, para mim. E que gosto de ver em quem tem responsabilidades em liderar projectos de que gosto. E se isso for seguido no Benfica... tanto melhor.
Ouvindo os conselhos que devem ser ouvidos mas sem nunca ter dúvidas em público, nem alterar decisões tomadas de forma consciente, assumindo as suas consequências... são princípios que faço meus e que me agrada ver em quem apoio. Para além de gostar de quem, sem nunca esquecer os objectivos... consegue ter a calma e a maturidade suficientes para dar tempo às decisões. Liderar... também é dar tempo!
Perceberam?

Por isso, amanhã... ganhar
5. Agora, justificado o êxito, falta... cumprir esse caminho de vitória. Para tudo estar justificado. Com a humildade de sempre, sem o deslumbramento de outros, sem ostentações, com todo o respeito por quem nos quer ganhar, sem qualquer ideia de vingança... mas vencendo.
O que desejo, então?
Muito fácil! Que vençam o jogo de amanhã, para todos vencermos. Que vençam por nós. Como o Benfica e... à Benfica.
Vamos a isso!?!?!"

Rui Gomes da Silva, in A Bola

Nomes a custo zero

"Uma curiosidade do mundo do futebol passa pela circunstância de os nomes por que são conhecidos certos jogadores não serem os seus próprios nomes. Não falo de diminutivos, aumentativos, corruptelas ou alcunhas muito frequentes. Refiro-me aos nomes artísticos importados de antigos craques. Uma espécie de aquisição onomástica a custo zero, com potencial ganho de notoriedade, Alguns exemplos conhecidos: Pizzi (o bragantino Luís Miguel Afonso Fernandes), Maniche (Nuno Ricardo de Oliveira Ribeiro), Nuno Gomes (Nuno Miguel Soares Pereira Ribeiro), Petit (Armando Gonçalves Teixeira), Tarantini (Ricardo José Vaz Alves Monteiro) e alguns Pelé como Judilson Mamadu Tuncara Gomes (do Benfica, emprestado ao P. Ferreira).
É uma interessante passagem geracional de genealogias futebolísticas, pelas quais um miúdo ainda quase não jogador recebe de um graúdo ainda jogador ou já reformado um novo nome que assim fica colado ao verdadeiro. Não sei se estou certo, mas não me lembro deste empréstimo vitalício quando o artista se chama Maradona (há o nosso bom guarda-redes Marafona, mas aí é mesmo nome de família...), Messi (embora estejam sempre a nascer promessas de Messi que não passam disso mesmo), Cruiyff (houve um, mas era o filho Jordi), Beckenbauer, Di Stefano e tantos outros. Percebe-se o motivo, não vá o diabo tecê-las na comparação... C. Ronaldo tem um handicap. É que Ronaldos de nome verdadeiro há muitos. E de craques há três: o nosso, o fenómeno e o Ronaldinho Gaúcho. Por fim Eusébio, Há ou houve jogadores de nome Eusébio. Mas ninguém se atreveu a ser Eusébio por osmose denominativa. É que Rei há só um."

Bagão Félix, in A Bola

Vou ficando

"O presidente do Porto é o recordista: exerce o cargo desde 1982. Mas existem outros casos já assinaláveis de perenidade. No Benfica, há presidente desde 2003, idem no Braga, no Setúbal desde 2009, no Rio Ave desde 2008, no Arouca desde 2006, no Marítimo desde 1997.
Depois há as recaídas: o presidente do Nacional foi-o de 1994 a 2011 e em 2014 regressou. O do Boavista de 1997 a 2007 e, em 2015, 'back in business'; e o do Tondela de 2003 a 2010, com retorno em 2012.
Há até um notável caso de versatilidade do actual presidente do Moreirense, que tendo-o sido de 1996 a 2004, nesse ano fez um parêntesis para ir presidir ao Guimarães até 2007, para depois voltar ao Moreirense, até ao presente.
Esta breve análise mostra quanto estes lugares são agora apetecidos, o que não espanta. A visibilidade e importância de ser presidente de um clube de futebol em Portugal é superior à de muitos políticos ou estrelas do 'show business'. Dá influência e poder, abre portas, muito para além da esfera dos clubes que dirigem. 
Daí que haja quem faça disto vida ou ajuda para a vida que fazem. Acho que este paradigma é mau para o futebol e para os clubes. Para o futebol, porque subverte a escala de valores, assumindo os presidentes de clubes um papel de vedetismo e preponderância no fenómeno desportivo, que cabe a outros agentes, ou seja aos atletas e aos treinadores.
Para os clubes, porque estas prolongadas permanências acabam por desmobilizar as pessoas, desertificar o associativismo e criar mitos amiúde imerecidos - de salvadores da pátria e outros redentorismos, asfixiando a necessária renovação, única forma de assegurar a perenidade das colectividades.
Nos clubes, devia haver a sensatez de estabelecer limite de mandatos. Por muito que o futebol se tenha transformado num negócio, continuo a pensar que o dirigismo desportivo se deve basear na dedicação ao clube, na vontade de servir e retribuir a quem tanto nos dá. Será essa uma espécie em vias de extinção?"

Benfiquismo (XI)

E assim se fez a Catedral da Luz...

Vitória em Ponte de Sor

Eléctrico 64 - 90 Benfica
13-18, 10-29, 16-20, 25-23

Creio que foi a primeira vez desde do início do blog, que me 'passou' completamente ao lado um jogo das nossas principais modalidades...!!! O facto dos jogos das modalidades terem deixado de aparecer, com destaque de '1.ª página', no Site do Clube, não ajuda...

Felizmente tudo correu normalmente, com o Benfica a qualificar-se para a Final 8 da Taça de Portugal. Destaque para o Nuno Oliveira, que fez talvez o seu 'primeiro' jogo no Benfica, à 'Oliveira', com 27 pontos e sem Triplos!!!

Redirectas XXVII - Nunca Mais É Sexta?

Pois é meus amigos. Por mais retiros espirituais que se façam este nervoso miudinho não desgruda. A adrenalina continua a subir e nunca mais é sexta.

Estou em pulgas para ver a jogatina que este miúdo vai fazer. Enche-me as medidas. Está nas bocas do mundo e eu não quero acreditar que ele vai deixar de vestir esse manto sagrado que já faz parte da pele dele. Renove-se-lhe o contrato e coloque-se uma clausulo astronómica para deixar os tubarões em sentido. E quando falo astronómico falo de 150 milhões para cima. 
Para mim Renato Sanches é o jogador mais valioso do plantel no presente momento, já para não falar do futuro. Imprescindível manter Renato Sanches no plantel se queremos ambicionar ser campeões europeus. E é isso que os benfiquistas querem senhor presidente. Os benfiquistas querem ser campeões europeus. O Renato é garantia de um meio campo de excelência. Só podemos deixar sair um talento como o Renato quando a fábrica produzir outro de igual quilate. É elementar. O Renato é para ficar por muitos anos. É para isso que se trabalha.
Conversem com ele e façam do Glorioso de novo uma potência do futebol mundial temida por todos. São jogadores como o Renato que nos darão esse poder e essa força. Ele é inigualável e para mim inegociável. Qualquer dinheiro que paguem por ele não compensa o prejuízo de não o ter na equipa. Quanto vale um título de campeão europeu? Com o Renato acredito que vamos lá chegar. Aumentem-lhe o salário e a clausula. 
Esta é a voz do adepto a falar. 
Ver o Renato a jogar por um rival para mim será uma tristeza imensa. Porque para mim são todos rivais. Porque o que eu quero é ver o Glorioso lá em cima. Os outros quero todos que percam. Manchester United, Bayern de Munique, Real Madrid, Barcelona, Chelsea, .... RIVAIS. Renato Sanches a jogar lá, não. 
O Renato Sanches é o nosso novo Mário Coluna! A base de todo o nosso futuro. Os próximos haverão de chegar porque a fábrica está a trabalhar bem e a matéria prima é de qualidade. Pelo que senhor presidente esqueça os euros e convoque os adeptos para esse desígnio. Nós adeptos estaremos consigo. Abraçaremos a causa. Não existe desígnio maior do que construir o novo Benfica europeu do século XXI. Queremos o olimpo!

Viva o Benfica!