quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

77

Oliveirense 61 - 77 Benfica
15-25, 15-17, 18-16, 13-19

Jogo controlado desde início... sem o Mário Fernandes e com o Cook em versão 'reduzida'!!!
Destaque para o Andrade que além dos pontos, fez 16 ressaltos!!! Finalmente um jogo com uma percentagem de Triplos aceitável: 37,5%.

PS1: Aparentemente, os 7 minutos de utilização do Cook, foi castigo do Lisboa, pela forma desleixada como o Americano entrou no jogo. Se assim foi, fez bem...

PS2: Após esta partida em atraso, referente à jornada anterior, disputada na sua grande maioria no último Domingo, os Anti's avençados jornaleiros, já podem escrever amanhã que o Benfica é líder da Liga!!!

Futebol na Epifania

"O Benfica não tem treinador: assim sentenciou Jesus, em tempo de Epifania, por ocasião da apoteose dos Reis Magos (Quercus, Octavius e Augustus) e da expulsão de Caius Lopeteguis, entretanto feito senador por Jesus. E tudo por causa de uma pergunta ardilosa, certamente a mando de um qualquer Judas Iscariotes.
Em jeito bíblico, poderia ter-se acrescentado que, no SLB, não há solução tipo «odre novo em vinho velho». Ou, parafraseando, Luís XV, «depois de mim, o dilúvio». Muita tinta vai correr pelos pergaminhos e crónicas do Reino dos Homens. Deixo, pois, a sentença pública para os especialistas.
Apenas anoto dois pontos.
Estes confrontos, reais ou presumidos, autênticos ou forjados, ingénuos ou interesseiros, devem-se, em farta razão, às famigeradas conferências de imprensa que, semanalmente (nestes 8 dias, porém, tivemos 3 por treinador!), são agora o prato forte da informação. Tanto tempo assim, cedo ou tarde, de improviso ou planeado, sai inconveniência ou asneira. São mesmo o único espaço televisivo, onde não há restrição de tempo, sempre alongado, com perguntas e respostas absolutamente inúteis. Já no resto da actualidade ouvimos sempre os clássicos «não há tempo para mais» ou «tem 30 segundos para concluir».
O outro ponto relaciona-se com o efeito dominó destas querelas e questiúnculas. Sim, porque tratando-se de treinadores, o seu bom ou mau exemplo resvala não apenas para os dirigidos, como acicata as claques e os adeptos, adensando o já de si mau ambiente no nosso futebol. Assim se envenena um simples espectáculo, pelo qual alguns treinadores são pagos principescamente."

Bagão Félix, in A Bola

O nosso Ferrari

"Jorge Jesus é, como os benfiquistas bem sabem, um grande treinador; mas como sabemos também, a sua qualidade coexiste com uma mistura explosiva de fanfarronice e excesso de confiança. Talvez não seja preciso reavivar muitas memórias para recordarmos como por vezes acabam as 'trips' egocêntricas de Jesus.
Para já, tendo em conta que estamos em Janeiro, o futuro desta temporada ainda é incerto. Mas as últimas digressões de Jesus em conferências de imprensa já tiveram resultados práticos.
Desde logo, a confirmação de que o Benfica é um Ferrari. Até aqui, nada de novo. Nós, benfiquistas, estamos cansados de saber que o paralelismo com os automóveis de Maranello faz todo o sentido. Com a Ferrari partilhamos a cor vermelha e uma grandiosidade que leva a que a marca valha bem mais do que quem transitoriamente para ela trabalha. Acima de tudo, tal como os automóveis italianos, provocamos inveja. Da mesma forma que as pessoas param para ver um Ferrari passar; em Portugal o Benfica é a medida de todos os outros clubes (cujos adeptos vivem dependentes do que acontece ao Glorioso).
As declarações de Jorge Jesus tiveram, ainda, o condão de provocar outros efeitos: uniram os benfiquistas em torno de Rui Vitória, enquanto conseguiam desvalorizar o trabalho dos jogadores que treinou no passado. A mensagem foi clara - se foi por causa de Jesus que o Benfica ganhou, então, Gaitán, Luisão, Jonas e todos os outros contaram pouco nas últimas conquistas. Sendo assim, talvez os jogadores se encarreguem de provar ao treinador do Sporting o quão equivocado está."

O bom treinador

"O desporto contribui para a aprendizagem do relacionamento com os outros e para a consciência de que dependemos deles para o sucesso. Leva à compreensão de que a vitória e a derrota são componentes que se sucedem e de que o esforço é elemento de progresso. Mas também tem aspectos perversos. Tende a centrar a pessoa em si mesmo como se fora o centro do mundo, em busca do rendimento; a transformar o adversário em inimigo; a considerar o resultado como objectivo único, correndo o risco de esquecer que os valores devem sobrepor-se ao desejo cego de ganhar.
O desporto é apenas um elemento de formação do carácter que se projecta nos acontecimentos desportivos. A educação e a cultura são determinantes.
As que se adquirem formalmente na Escola e, sobretudo, as que se procuram em constante desejo pessoal de crescer sem ficar limitado à coisa desportiva. Para que o desportista seja um cidadão consciente de si e do seu papel é necessário reflectir sobre a ética do viver em Sociedade e do estar no desporto.
Os treinadores são modelos para os praticantes que orientam, mas igualmente para todos os que gravitam na sua zona de acção e para aqueles a quem chegam pelos media. Por isso, exige-se-lhes o exercício de aperfeiçoamento pessoal para além da mera aprendizagem de técnicas e metodologias de treino. Ser um bom treinador está para além da obtenção dos resultados. Requer respeito pela condição humana dos discípulos e colegas. Implica perceber a insignificância dos resultados em razão da transcendência da ética e do respeito pelo outro. Obriga a não se julgar maior do que o contexto onde trabalha. Transporta a humildade de saber que os ciclos de vitória são finitos. O bom treinador pode sair vencedor mesmo quando perde em campo, enquanto o mau sempre perde, ainda que ganhe as competições."

Sidónio Serpa, in A Bola

Saponjic

O Benfica anunciou a contratação do jovem avançado Sérvio Ivan Saponjic, com 18 anos. Deverá começar na equipa B, mas chega ao Benfica vindo do Partizan de Belgrado, com excelentes referências... por exemplo: Campeão do Mundo de sub-20. Vamos esperar, para analisar a adaptação.