domingo, 29 de novembro de 2015

Liderança...

Benfica 6 - 3 Modicus

Jogo estranho, com o Benfica a conceder demasiadas oportunidades ao adversário... mesmo assim, começamos a ganhar 2-0. A partir dos 10 minutos começamos a jogar melhor, cheirava ao terceiro golo, mas o Modicus marcou... a partir daqui, até ao intervalo, foi o nosso pior período, com o Bebé em grande plano...
No 2.º tempo tivemos mais consistentes, e chegámos ao 5-1 com naturalidade... nos últimos minutos, entrámos em descompressão demasiado cedo, e o Modicus reduziu para 5-3, o que fez os Gaienses acreditarem no milagre... mas o Benfica aguentou, e até voltou a marcar numa recarga num livre de 10 metros (são tão poucos os Livres de 10 metros a favor do Benfica, que o Patias já nem sabe marcar os Livres que 'eram' a sua especialidade!!!).
Não é normal, mas hoje notou-se uma grande diferença no rendimento quando o Patias, o Chaguinha e o Coelho foram para o Banco...!!!

Na Quarta temos jogo n Luz, com a Burinhosa, que este fim-de-semana venceu o Braga, é provavelmente neste momento a 3.ª equipa nacional...!!!

PS: Parabéns ao nosso veterano Bruno Pais, por mais um título nacional, desta vez, Campeão Nacional de Triatlo Longo, numa prova realizada em Vilamoura.

Em flagrante delito

"Ainda a propósito do dérbi entre Sporting e Benfica a contar para a Taça de Portugal realçou-se esta semana a possibilidade de os órgãos disciplinares do futebol tendo por base imagens televisivas, penalizarem infrações que não constam dos relatórios do jogo. Nada de novo à luz das práticas jusdisciplinares correntes das competições europeias. Nem nada de novo à luz do tão discutido "processo sumaríssimo", que - apesar de sobreviver na regulamentação da Liga - foi arrumado na gaveta do incumprimento do poder-dever de aplicação dos regulamentos pelo Conselho de Disciplina (CD) da FPF de Fernando Gomes...
Essa possibilidade de sancionamento para além dos normais 'castigos' sumários das competições - baseados no que se descreve nos relatórios dos árbitros, dos delegados da Liga ou da FPF e das forças policiais - está hoje prevista em ambos os regulamentos disciplinares da Liga e da FPF: trata-se, do processo sumário baseado em "auto por infracção verificada em flagrante delito". Este auto tem o mesmo valor probatório de qualquer um desses relatórios 'oficiais' do jogo e descreve as infracções que, por definição, não foram observadas, relatadas e (no caso dos árbitros) punidas antes durante ou depois das partidas pelas equipas de arbitragem, pelos delegados e pelos agentes de segurança. No caso da Liga, esse auto é elaborado pela Comissão de Instrução e Inquéritos - o primeiro teve como objeto um comportamento do jogador Insúa (Sporting) na época 20l2/13. No caso da FPF, esse auto de "flagrante delito" é elaborado por um instrutor a nomear expressamente para o efeito. Em ambos os casos, os autos ((instruídos no essencial com áudio e eventuais documentos) são transmitidos às secções respectivas do Conselho de Disciplina para decidir sobre o enquadramento da infracção, feita em referência a um agente determinado, e determinar (ou não) a pena. Como qualquer outro castigo da jornada/eliminatória da prova.
Terá sido este o procedimento que, com pleno cabimento e prova plena, tanto Benfica como Sporting alegaram para provocar a decisão sumária do CD da FPF sobre comportamentos de jogadores não sancionados pelos árbitros. Parece que o CD da FPF abriu "processos de averiguação", que se destinam exclusivamente a apurar a existência de factos e a identidade dos seus autores... Palavras para quê? Melhor será seguir antes um auto sobre 'flagrante delito' do Conselho de Disciplina para o novo Governo, a ver se alguém averigua o que se passa naqueles gabinetes da FPF..."

Muitas queixas disciplinares

"1. Na sequência do jogo da Taça de Portugal, entre o Sporting e o Benfica, este último, rezam as notícias, apresentou uma «queixa» visando a punição de um jogador do primeiro, que terá cometido um acto de agressão, não sancionado pelo árbitro. O Sporting adiantou, ao que parece, 8 «queixas» similares.
2. Porventura encontra-se em causa algo como o seguinte: conduta que constitua risco grave para a integridade física dos agentes ou grave atentado à ética desportiva exigida aos intervenientes no jogo, que não tenha sido observada e avaliada pelo árbitro. Parece ainda que o registo das infracções se faz apenas com imagens televisivas.
3. Se o jogo fosse numa competição da LPFP, o seu Regulamento Disciplinar previa um tipo especial de processo disciplinar, o sumaríssimo, onde muito do que descrevemos atrás constitui requisitos a preencher para a sua abertura. Mas o regulamento aplicável é o da FPF que não integra esse processo.
4. O processo é especial porque, ao contrário das regras comuns, atenta a gravidade dos actos e valores envolvidos, ele como que se sobrepõe à autoridade disciplinar do jogo, ou seja, o árbitro.
5. Não obstante a inexistência desse processo na FPF, é possível que as «queixas» sejam apreciadas? Adiantam-se alguns critérios na busca da decisão. Em primeiro lugar, a forma dificilmente seria a do processo sumário. Em segundo lugar, há toda a legitimidade nas participações disciplinares. Em terceiro lugar, são admitidas como meio de prova as imagens televisivas. Contudo, as decisões das equipas de arbitragem quando tomadas no âmbito da aplicação das Leis do Jogo não são sindicáveis. Tudo pode estar em saber se o árbitro observou e avaliou as acções em causa."

José Manuel Meirim, in A Bola

Renato Sanches

"Caro Renato Sanches, na passada quarta feira, em Astana, cumpriste como titular o primeiro jogo oficial pelo Benfica. Foram noventa minutos que ficam para a tua história de vida e para a tua memória pessoal. Na linha do que escreveu, um dia, Javier Marías, «o futebol é a recuperação semanal da infância». Foi o que aconteceu na fria capital do Cazaquistão. Alguns ficaram, esta semana, admirados com a tua personalidade e também com a tua capacidade. Outros, fingidamente, preocupados com a tua idade. Como se um conhecedor de e do futebol não soubesse, se quisesse investigar, que tu eras, há poucos anos, «um magricela». Para além de «fuinhas»! O que sei, meu caro Renato, é que há algum tempo - mesmo algum! - antecipei que tinhas talento para teres minutos suficientes na equipa principal do Benfica. Bastava acompanhar mais recentemente, o teu percurso na equipa B do Benfica. Ou assistir a alguns jogos da Liga jovem da UEFA para antecipar que merecias ter uma oportunidade na equipa liderada por Rui Vitória.
Vi, ao vivo, os teus jogos em Madrid frente ao Atlético e em Istambul face ao Galatasaray. Neste último fizeste uma exibição que me - nos - encheu os olhos. Que me convenceu, em definitivo, acredita. E ao falar, no bem guardado aeroporto de Istambul, com o teu treinador percebi que tinhas vontade de crescer, de treinar mais, de olhar para referências europeias do meio-campo e acompanhar, comparando, as respectivas estatísticas com as tuas próprias. Referências que são e serão exemplos. Na percentagem dos passes certos, particularmente nos passes a mais de dez metros. E daí dizer, tal como um grande escritor Fernando Savater - num interessante livro com o sugestivo título Ética para um Jovem - «faz o que quiseres». E ele aí nos ensina que «uma coisa é fazeres o que quiseres» e outra muito diferente fazeres «a primeira coisa que te apeteça». Não digo, acredita, que «em certas ocasiões não possa ser suficiente dar-nos pura e simplesmente na gana fazer alguma coisa: quando escolhes um prato no restaurante, por exemplo». No teu caso aquele gosto de pedires, quando chegas ao bairro que te admira e te viu crescer, umas «bifanas». Que tão bem sabem em certos momentos e em certos locais! Mas o que tens, meu caro Renato, é de continuar a ter apetite para aprenderes, para te enriqueceres como futebolista, para cresceres com aqueles que apostaram em ti e em ti depositam, legítimas, esperanças.
Lembra-te sempre, meu caro Renato, e como o escritor nos ensina, «que o agradável não é o ovo, nem o hambúrguer, nem o molho, mas o facto de tu saberes - repito saberes - extrair prazer daquilo que te rodeia». O teu prazer é a bola. Sempre a bola. O futebol de rua, dessas ruas do teu bairro onde destes os primeiros pontapés. E não te importes de dizer, mesmo aqueles que julgam fingidamente a tua idade, que o «meu bairro é a minha casa». E sendo a tua casa, essa imensa Quinta Grande, também o é, na sua simplicidade orgulhosa, o teu Águias da Musgueira. Onde te mostraste e de onde partiste para o Seixal e para a sua rica e proveitosa Academia. Foi quase, meu caro, um momento de «acorda, Baby»! O Bulo - o teu diminutivo - aí está. Nos palcos principais. Com as suas tranças mas também com a sua humildade. Com o teu talento e a tua vontade. Por mim proclamo a minha confiança. E digo-te: Tem confiança! Acredita. Treina. Sempre. Aprende. Todos os dias. Continua a ter prazer em jogar. No teu - no nosso - Benfica. E tendo confiança em ti próprio deixa a vaidade para os outros. E para aqueles que fingidamente julgam que não são imbecis. É que, meu Caro Renato, a palavra imbecil, como nos recorda Savater, vem do latim baculus, que significa bastão ou bengala para andar. E se o imbecil «coxeia não é dos pés mas do espírito: é o seu espírito que é enfermiço e manco, embora o seu corpo possa dar cambalhotas de primeira»! Deixa e esquece tudo isso. O que sei, o que tu sabes meu caro Renato, é que o futebol é tudo. Prazer e dor. Paixão e emoção. Nome e número. O teu e a tua camisola que envergas com orgulho. E o teu nome já consta do nosso futebol e do futebol do Benfica. É certo que só agora começa. Só agora começou. Mas o que eu sei é que vale a pena acreditar. E que tu farás tudo, tudo mesmo, para agarrares o futuro. Com o teu talento, com o teu passe, com o teu remate, como teu golpe de cabeça, com o teu drible. E, depois, no final, no final mesmo, abraça a Família, volta ao teu Bairro, às tuas raízes e aos teus Amigos e volta a comer a tua bifana. As tuas bifanas já que uma é pouco. Bem pouco. É que, meu caro Renato, como escreveu um grande filósofo da antiga Roma, Cícero, «a gratidão é a maior das virtudes e a base de todas as outras». E acredito sinceramente que sabes e saberás ser grato. A todas e todos que se esforçaram para também sorrirem com aqueles minutos de Astana. Que foram, estou certo, apenas os primeiros de muitos, de largas centenas. Com o Benfica sempre presente. E sempre como referência. Com a certeza sempre, como disse um dia Alfredo Di Stéfano que «nenhum jogador é tão bom como todos juntos». Só assim somos nós!"

Fernando Seara, in A Bola

Dar de avanço...

Benfica B 1 - 3 Famalicão

Início desastrado e aos 15 minutos já estávamos a perder por 0-2! O Famalicão já vinha jogar no erro, a partir daqui, foi o típico jogo Tuga... conseguimos reduzir de penalty, mas começamos a falhar golos feitos um atrás doutro...! E logo no início do 2.º tempo, foi a vez de concedermos um penalty desnecessário! Até ao fim, o jogo passou-se praticamente nos últimos 30 metros, com o Benfica a tentar encontrar brechas na defesa, mas não tivemos talento nem paciência para marcar...
A surpresa foi a titularidade do Taraabt, a 8... o que até explica a dificuldade do Benfica, em bloquear os contra-ataques do Famalicão, já que o meio-campo defensivo era o Pawel sozinho!
Apesar do resultado, tenho que destacar o Dino... é verdade que a capacidade de decisão do Dino continua errática (no mínimo), mas no drible o Dino está claramente mais forte...