sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Paciência... épica !!!

Benfica 2 - 0 Lokomitiv Kharkiv

Antes de começar a partida sabíamos que tínhamos que vencer por 2-0, o 1-0 podia não chegar, ficávamos a depender de terceiros (por acaso com o empate do Slov até podia ter chegado!!!).
Os Ucranianos do Lokomotiv, reconheceram a nossa superioridade e optaram por uma estratégia de zero risco!
O Benfica foi sempre superior, as estatísticas confirmam, o resumo das oportunidades mostra claramente o nosso maior caudal ofensivo, mas nós sabíamos que não podíamos sofrer golos, sabíamos que eles iam jogar no nosso erro, e que iam dar muito pouco espaço (mesmo nos contra-ataques o Lokomotiv deixava sempre dois jogadores lá atrás)... Por tudo isto, o jogo acabou por ser jogado com muitos nervos, com poucos espaços, e com receio mutuo.... Com os Ucranianos a defenderem com todos os jogadores nos últimos 10 metros durante grande parte do jogo!!!
Quando conseguíamos ultrapassar a barreira do Lokomotiv aparecia o guarda-redes ou os postes, o jogo parecia bloqueado, até que o Fernando, após uma excelente simulação enganou os Ucranianos, e mandou um bico lá para dentro!!!
O jogo mudou, faltava 6.30m o Benfica arriscou um pouquinho mais... Numa jogada deixámos o Chaguinha a Fixo, com o Pivot adversário, que com o corpo facilmente ultrapassou o nosso jogador, isolou-se, mas rematou ao lado. Após este raro desperdício, comecei a acreditar mais...!!!
Só arriscámos o 5x4 a cerca de 1.30m do fim. Estávamos naquela situação onde o 1-0 podia ou chegar!!! Durante esse 1.30 nunca arriscámos, nunca rematámos, trocámos a bola, via-se que tínhamos uma jogada planeada (calcanhar para um remate do Patias ou do Fernando de longe...), mas o Lokomotiv estava preparado...
Até que já em desespero, a bola vai para o Brandi, que numa daquelas situações, onde o Alan estica a perna, e vence a dividida com o adversário (algo bastante comum nele... muito raro num avançado!!!), tenta assistir o Patias, a bola é desviada e vai ter com o Fábio, que consegue fazer o mais difícil, pois com a baliza toda aberta, meteu a bola rasteira, por baixo do corpo de um defesa, e por entre as pernas do guarda-redes, mesmo ao meio da baliza...!!! Tudo isto, a 2 segundos da eliminação!!!
Festa, muita festa... em Brastilava, e em todo o Mundo Benfiquista, por mais este triunfo épico, deste Benfica, que continua a dar-nos vitórias, com muita raça, crer e ambição... e nem o facto de hoje ser Sexta-feira, 13 nos parou!!!
Estamos na Final-Four - Inter(Esp), Ugra(Rus), Pescara(Ita) -, não somos favoritos, mas tenho a certeza que vamos lutar até ao fim!
Cometemos muitos erros no jogo com o Slov-Matic, temos alguns jogadores a recuperar de lesões, ainda longe da forma ideal... o caso mais evidente é o Chaguinha, que é talvez o nosso principal desequilibrador. Mas continuamos a demonstrar um enorme pragmatismo e eficiência... em todas as competições. Com muito coração na forma como nos entregamos aos jogos, mas com muita cabeça na forma como trabalhamos os jogos, antes e durante... sem ataques malucos, e sem defesas cheias de buracos...
Parabéns a toda a secção. Mereciam uma Final-Four em Lisboa, mas como o ano passado os Lagartos envergonharam o País, mais uma vez no Pavilhão Atlântico, este ano a Final deve ser noutro local... provavelmente em Espanha, com o Inter a apostar forte na vitória...

Joel Rocha destaca trabalho diário dos Jogadores

Publicado por Zona técnica - Futsal em Sexta-feira, 13 de Novembro de 2015

Festa no Balneário do SL Benfica

Publicado por Zona técnica - Futsal em Sexta-feira, 13 de Novembro de 2015

Imaginem...

"A vitória sobre o Boavista deu ao Benfica 15 dias de sossego para preparar os jogos que podem definir a época. O jogo da Taça de Portugal contra o Sporting, a jornada europeia e a deslocação a Braga (este o jogo mais importante) ditam muito do que será a temporada 2015/2016 do Benfica.
O Benfica tem tido prejuízo sucessivo nas arbitragens desde o início do campeonato. Se os nossos rivais tivessem metade destes erros a penalizá-los caía o Carmo e a Trindade. Sem erros de arbitragem, o Benfica, mesmo a jogar menos bem, já liderava o campeonato. Foi o jogo contra o Arouca, foi o jogo do Dragão, e falo também em jogos que ganhámos, o golo fora de jogo do Moreirense só não foi dramático porque Jonas resolveu. Têm sido sistemáticos os erros para um só lado. Imaginem que o penalty não marcado do Arouca-Sporting... tinha beneficiado o Benfica em vez dos leões? E o golo/penalty fora de jogo no Sporting-Estoril? E o lançamento dentro de campo ao minuto 95 que dá o golo ao Sporting contra o Tondela? O que se escrevia se fosse o Benfica? Este ano, se queremos ganhar, teremos que ser muito melhores que os adversários. Prejudicar o Benfica e beneficiar os rivais virou moda e prova de coragem arbitral.
As modalidades do Benfica estão globalmente muito bem, mas discordo completamente desta moda, de quase todas terem play-off a decidir o título. O campeonato deixa de ser uma prova de regularidade e transforma-se numa mini Taça de Portugal a eliminar, em quase todos os casos. Só o basquetebol, por inspiração americana, tem fundadas raízes para este modelo competitivo. Discordo desta cedência a ditaduras das televisões que querem finais empolgantes e incertos em detrimento da verdade desportiva de um campeonato. Há em alguns casos até a possibilidade de fazer contratações apenas para essas fases decisivas da prova. Parabéns à federação de hóquei que mantém o modelo correcto e justo."

Sílvio Cervan, in A Bola

Agora a sério

"Anda meio mundo a discutir a introdução das novas tecnologias no futebol e outro meio a tentar perceber o que se discute.

Não falta, nos tempos que vão correndo, quem levante a voz em defesa das novas tecnologias no futebol. Parece, porém, falar-se muito mas concretizar-se pouco. Hoje, é o presidente do Sporting que dá a ideia de ser o porta-estandarte dessa bandeira; mas não há muito tempo, também o presidente do Benfica chegou a juntar a sua voz na Assembleia da República na luta pela introdução das novas tecnologias no futebol a bem da verdade desportiva.
O assunto vem merecendo ampla discussão, e ainda bem, porque é preciso muito cuidado a tocar uma modalidade desportiva com mais de cem anos e um jogo tão apaixonante em todo o mundo. O que não se tem visto é uma discussão tão esclarecedora como seria desejável tendo em conta exactamente a importância do jogo e das emoções que ele produz.
Sim, parece cada vez mais consensual a ideia de que é indispensável fazer alguma coisa no jogo de futebol para procurar que ele traduza no fim um resultado sobretudo mais verdadeiro. Nesse sentido, a inclusão de sensores de baliza que determinem sem qualquer espécie de dúvida se a bola ultrapassou totalmente ou não a linha de golo parece-me, a mim e julgo que a todos, uma decisão absolutamente inquestionável.
Não será admissível, na verdade, que possa depender do olho de um qualquer árbitro (o de campo, o de linha ou o auxiliar) as decisão de validar ou não um golo, sendo o golo o objectivo final do jogo e, portanto, o seu factor primordial. É muito difícil tolerar que um clube gaste milhões de euros numa equipa e possa vê-la sujeitar-se à anulação de um golo marcado de forma clara e limpa num qualquer jogo de futebol, ainda mais, evidentemente, num jogo da importância financeira e desportiva como tem qualquer jogo das competições continentais ou mundiais de clubes ou selecções.
Simplificando, já é tempo de validar ou não um golo com a certeza absoluta porque há na realidade meios que o permitem. O golo é a essência do futebol; não pode nem deve suscitar dúvidas!

Bem diferentes me parecem, porém, os ângulos da discussão sobre a já famosa necessidade de se recorrer ao videoárbitro, por se falar muito sobre o assunto mas continua a perceber-se pouco o que se ouve. Na teoria, é simples mas na prática, a questão não deixa de ser relativamente complexa. Imaginemos que nas mais importantes competições cada jogo passaria a dispor de um videoárbitro. E quem ele pode recorrer?, apenas o árbitro ou também os treinadores de cada uma das equipas? E se os treinadores também puderem, poderão recorrer quantas vezes? Entre duas e quatro vezes por jogo? E o árbitro também? Decide-se se o podem fazer duas, três ou quatro vezes por partida e está resolvido o problema? Será assim? E em que circunstâncias pode recorrer-se ao videoárbitro? Só em lances dentro da grande área? Que possam traduzir-se em castigos máximos? E só se o jogo parar? E se o jogo não parar?, poderá um treinador (ou um árbitro) ter, por exemplo, o poder de cortar um contra-ataque de um adversário para analisar um lance duvidoso? E se não tiver razão? Já penalizou a equipa contrária, será que passa igualmente a ser também penalizado? Em que medida? Mas será que deve o árbitro ter recurso ilimitado ao videoárbitro? Em qualquer circunstância? Parando o jogo sempre que o quiser? E vai o futebol continuar a ser futebol?

ainda uma outra questão - porventura a mais complexa de todas - que parecem querer ignorar todos os que têm vindo a defender de forma mais firme o já vulgarizado tema das novas tecnologias no futebol: a questão da interpretação.
Que sirva de exemplo o lance que no último domingo se verificou no jogo Arouca-Sporting, quando o brasileiro da equipa da casa, Adilson, se envolveu num choque com o brasileiro da equipa leonina Naldo, na grande área sportinguista.
Ponto de ordem à mesa: não houve, na minha opinião, razão para grande penalidade.
Como sempre em lances de natureza semelhante na grande área de uma das três equipas grandes ou do adversário que defrontam, o choque de Adilson em Naldo suscitou ampla controvérsia e também dividiu as opiniões. Ou seja, muitos olhos a verem e nenhuma decisão consensual. Para ti é grande penalidade mas para mim não é!

Nesse lance, o jogo parou porque a bola acabou por sair, se não estou em erro, pela linha de fundo, e portanto podemos imaginar com relativa facilidade que o árbitro recorreria ao videoárbitro; ou só o árbitro ou também os treinadores.
A que conclusão chegariam?
Como se decidiria?
O lance seria visionado colegialmente mas acabaria decidido apenas pelo árbitro?
E se o árbitro continuasse a decidir mal?
Esclareço a minha opinião sobre o lance referido: na televisão, admito realmente que fique a ideia de que Naldo, de forma esperta, usa o corpo, já em queda após escorregar, para tentar impedir que o adversário possa jogar a bola.
Mas ninguém pode afirmar tal intenção.
Além disso, nada nas regras do futebol impede que Naldo mergulhe naquele lance para tentar desviar a bola de cabeça, antecipando-se assim ao adversário que, vindo na direção oposta e com os olhos apenas na bola, não vê o opositor, choca e cai.
O problema é que se uns viram no lance razão para grande penalidade, outros tantos consideraram correta a decisão do árbitro de nenhuma falta assinalar.
Mesmo como videoárbitro... lá ficaríamos todos na mesma.

Em resumo, sim às novas tecnologias no futebol mas não se discuta no ar como fazê-lo. Já se pensou criar um grupo de trabalho para discutir o assunto a fundo - envolvendo árbitros, treinadores, jogadores, jornalistas, dirigentes... - e produzir um documento, contribuindo para um debate sério e não para a gritaria do costume? Pensemos nisso!"

João Bonzinho, in A Bola

PS: Quando um profissional da comunicação social desportiva, vem discutir a intencionalidade de um derrube - quando a única infracção no Futebol que obriga a uma avaliação da intencionalidade, são os lances de Mão na Bola -, estamos esclarecidos sobre a qualidade do dito profissional...!

Ontem, Arouca foi uma lição...

Por vezes, observando o desolador aspecto de muitas bancadas vazias, em jogos da Liga portuguesa, interrogamo-nos sobre a verdadeira dimensão do vínculo existente entre o futebol e os adeptos. Normalmente, atribui-se ao concurso de diversos factores - fraca qualidade do espectáculo, preços demasiados altos e horários impróprios - a ausência de público, deixando-se, ainda, a porta entreaberta para a possibilidade do entusiasmo pelo jogo estar a perder fôlego. No meio destas dúvidas, porém, surgem exemplos que devolvem a esperança e apontam caminhos. Ontem, em Arouca, com a RTP a transmitir em canal aberto, 3800 espectadores, maioritariamente jovens, assistiram ao Portugal-Albânia em sub-21 (e mais seriam se a UEFA não impedisse a utilização amovíveis) um número superior aos 3000 (jogo dado pela Sport TV) que presenciaram, há escassos dias, no mesmo palco, o Arouca-Sporting. Através deste exemplo, creio não ser abusivo colocar de lado a tese de que há um menor interesse pelo futebol. A vontade de ir ao estádio permanece intacta, o desejo de fazer a festa ao vivo sobrepõe-se à opção televisiva. Se a este factor juntarmos uma política de preços mais de acordo com o país real e uma lógica de horários que não seja dissuasora, haverá forma de inverter o caminho de desertificação das bancadas em que estamos enredados. Infelizmente, muitos clubes ainda não perceberam que não há bem mais precioso do que ter espectadores nos estádios. É essa a mola real do desenvolvimento. A FPF continua, neste particular, a dar lições. E às vezes até fica a sensação de que anda a pregar no deserto."

José Manuel Delgado, in A Bola

Os batoteiros

"No final de 2014, a Agência Mundial Anti dopagem (AMA) criou uma Comissão Independente para investigar os factos denunciados no documentário do canal de televisão alemã ARD intitulado 'Os segredos do Doping. Como a Rússia faz os seus vencedores'. No documentário denunciam-se alegadas práticas organizadas de doping, corrupção para viciar o processo de recolha e gestão de resultados dos exames antidoping envolvendo atletas. técnicos, treinadores, médicos, a Federação Internacional de Atletismo (IAAF), o laboratório sedeado em Moscovo e a Agência Antidoping da Rússia.
O relatório, apenas agora tornado público, é demolidor. Acusa a Rússia de criar um esquema de doping sem precedentes para conquistar medalhas, com o envolvimento de médicos, atletas, treinadores e dirigentes ao mais alto nível, excluindo do sistema quem a ele se opusesse. Alerta ainda a Comissão de que a Rússia não é o único país, nem o atletismo o único desporto, a ser atingido pelo problema do doping organizado.
A independência e rigor dos órgãos que tutelam a estrutura desportiva é fundamental, não confundido a sua função com a do adepto, não aceitando fechar os olhos a troco de dinheiro, status político ou glória efémera. Valorizar os atletas limpos deve ser uma prioridade inequívoca e total, punindo exemplarmente quem viola as regras. Todo e qualquer agente que contribua para a viciação do resultado tem de ser sancionado, em prol da verdade desportiva e dos valores ínsitos no desporto.
Há quem entenda que banir atletas, treinadores, dirigentes ou organismos envolvidos nestes esquemas organizados e sistematizados é radical! O que pensarão os atletas que os viram subir ao pódio no seu lugar graças à batota? E os apaixonados adeptos que respiram a competição?"

Mário Santos, in A Bola

Olé!

"«Com 14 milhões de adeptos em todo o mundo, 120 jogadores, um estádio com 65 mil lugares e 500 mil subscritores do seu canal de televisão, parece lógico que a tecnologia faça parte da estratégia de negócio do Benfica». É assim que começa a peça jornalística publicada pelo jornal diário espanhol El Mundo no passado dia 4 de Novembro. O destaque ao bicampeão nacional português foi dado por este ser, como diz o título da notícia, 'o primeiro clube hiperconectado: estádio, plantel e adeptos'.
É assim a grandeza do SL Benfica que muitos em Portugal continuam a não querer mostrar e que outros procuram todas as semanas denegrir. E é esta a nossa grande diferença.
Enquanto um treinador de nome difícil de pronunciar 'planta' notícias contra o SL Benfica num jornal desportivo espanhol de pouco alcance, graças aos favores de um seu amigo jornalista, o Glorioso é dado como exemplo num dos jornais mais reputados de Espanha. E sem que ninguém do clube faça alguma coisa para isso. Acontece graças ao trabalho e ao facto de o Benfica estar hoje na crista da onda tecnológica em relação à comunicação e ao futebol. A parceria com o gigante chinês Huawei para melhorar a ligação wifi no Estádio da Luz é apenas uma das muitas medidas que provam o avanço e a diferença do SLB em relação aos outros, aos que apenas invejam, criticam e nada fazem. Podíamos falar do sucesso financeiro do projecto BTV ou do avançado sistema de treinos 360s, mas nem é preciso. Quem acompanha a realidade do Benfica sabe do que se fala. E se não aplaude, é porque não quer ver. Sim, a equipa de Futebol não está ainda na posição da tabela que todos queremos, mas isso é temporário. Já quanto à posição do Clube na elite dos mais avançados tecnologicamente, essa é definitiva. É mais um título que ninguém nos tira."

Ricardo Santos, in O Benfica

De Luisão a Renato Sanches

"A breve troca de passes entre Renato Sanches e Luisão, no término da partida frente ao Boavista, revestiu-se, creio, de grande significado e simbolismo. A estreia do nosso médio, ainda júnior, no estádio da Luz, após uma curta participação em Aveiro, foi, assim, apadrinhada pelo nosso capitão, em tarde de particular importância para o central brasileiro que, como habitual, foi ignorada pela generalidade da comunicação social, mais preocupada com o acessório do que com o essencial.
Daqui a uns tempos, mais próximos até do que se julga, poucos se recordarão das críticas extemporâneas, injustas e alarmistas aos desempenhos de Luisão. No entanto, o marco atingido pelo defesa-central constará na história. O nosso capitão igualou, em número de jogos, Francisco Ferreira, sendo agora o 11.º futebolista com mais presenças em jogos da equipa principal do Benfica (523). À sua frente, apenas Nené, Coluna, Humberto Coelho Shéu, Bento, Eusébio, Simões, Toni e Cavém.
Naqueles passes entre Renato Sanches e Luisão, o futuro foi trocado pelo presente, que inclui já Gonçalo Guedes, no seu primeiro ano de sénior, a marcar golos e a fazer assistências, tornando-se rapidamente num dos valores mais válidos do nosso plantel. Não fossem as sucessivas arbitragens a beneficiar o Sporting (já são tantas que, apesar da péssima exibição Benfiquista no dérbi, legitima recordar o penálti perdoado na Luz ao Sporting estava ainda 0-0), a afirmação destes jovens poderia ser ainda mais enaltecida. Já se sabia que a implementação desta filosofia acarretaria riscos desportivos. É pena que as más arbitragens os potenciem. Pedro Proença bem ameaçou que iria mudar o 'Futebol'..."

João Tomaz, in O Benfica

O Capitão

"A história do Benfica está recheada de grandes jogadores, e de grandes capitães.
Homens que transportaram a mística pelos estádios de Portugal e da Europa, homens que personificaram vitórias e ergueram troféus, homens que inscreveram o seu nome, a letras de ouro, na memória colectiva do benfiquismo.
Lembro-me de Toni, de Humberto Coelho, de Manuel Bento. Já não vi jogar Mário Coluna, mas qualquer benfiquista sabe bem o que ele representou para o clube. Orgulho-me do simples facto de ainda o ter podido cumprimentar pessoalmente.
Cada um na sua dimensão, cada um a seu tempo, estes nomes foram símbolos do Benfica. Todos eles escreveram pedaços de história pelo seu próprio punho.
No século XXI, creio que um só jogador atingiu semelhante nível de simbolismo na nossa equipa de futebol. Esse jogador chama-se Anderson Luís da Silva, vulgo Luisão.
Grandes craques passaram entretanto pelo clube. Mas a volatilidade do mercado que caracteriza os tempos modernos não permitiu que se fixassem por muitos anos entre nós. A dimensão superior de Luisão resistiu a tudo isso, e este brasileiro (ou português, ou simplesmente benfiquista) entrou para a nossa família, construiu doze anos de carreira de águia ao peito, e promete não ficar por aqui.
Inevitavelmente, um dia Luisão deixará de jogar. A lei da vida não permite excepções. Mas não tenho dúvidas de que esse dia ainda está demorado, tal a forma como o nosso capitão se exibe, como comanda a equipa, como sua a camisola que veste, como dá o exemplo aos mais novos.
Luisão já está na história. Já escreveu história. Mas o ponto final ainda vem longe."

Luís Fialho, in O Benfica