quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Sem surpresas, a Supertaça

"1. Nas televisões, a náusea do antes do jogo, com reportagens sobre nada e autocarros;
2. Foi um clássico intenso, ainda que sem ser um grande jogo;
3. Venceu o Sporting, que se apresentou em melhor forma;
4. Foi um SCP motivadíssimo, com vontade de ganhar e fome de troféus;
5. Foi um SLB cansado de fusos horários e carente de referências, ou porque saíram, ou porque não puderam jogar;
6. De um lado, um treinador tão emocional quanto competente, tão provocativo quanto abrasivo;
7. Do outro lado, um treinador tão educado quanto perdido, tão conformado quanto cauteloso;
8. Jesus já era um vencedor administrativamente antecipado, tendo em conta as suas próprias afirmações. Depois de mim, o dilúvio. Antes de mim, o caos;
9. O considerado melhor árbitro com dois erros de monta e com a contumaz habilidade de compensar um erro (no golo leonino por culpa do assistente) com um seu exclusivo juízo de todo incompreensível (no não assinalado penalty sobre Gaitán);
10. Nos media, os já habituais excesso e euforia sobre o virtuosismo leonino e a hiperbolização dos defeitos dos bicampeões nacionais;
11. Um Benfica tardio na definição do plantel e nas contratações cirúrgicas e um Sporting com trabalho feito;
12. Um Benfica à procura de um sistema e um Sporting com um sistema à Jesus;
13. Um Benfica de inoportuno experimentalismo e um Sporting de aparente estruturalismo;
14. Um Benfica preocupante e um Sporting para preocupar."

Bagão Félix, in A Bola