quinta-feira, 12 de março de 2015
Têm de fazer tudo para vencer o Benfica, e qual é a novidade?
"O árbitro a quem Pinto da Costa vaticinou o fim e a quem o mesmo Pinto da Costa vaticinou um futuro brilhante, arbitrará o Benfica-SC Braga. A inconsistência não é do árbitro, é do dirigente.
A expulsão do jovem Tobias Figueiredo nos minutos iniciais do último Sporting-Penafiel não aconteceu por culpa do árbitro nem por culpa do jogador adversário directamente envolvido no lance nem, muito menos, por culpa do próprio Tobias Figueiredo.
Tobias Figueiredo foi expulso por culpa da famosa petição. E dos seus peticionários, naturalmente.
Refiro-me à petição que corre actualmente recolhendo assinaturas online exigindo ao presidente da República que force a Assembleia da República a proibir o Benfica de vencer os seus jogos quando está em superioridade numérica por expulsão de um ou mais jogadores da equipa oponente.
Para os peticionários não existem, portanto, leis do jogo que lhes valham.
Por ser muito jovem, Tobias Figueiredo acreditando na bondade cívica da petição, depreendeu que a expulsão do arouquense Hugo Basto no jogo com o Benfica foi uma ilegalidade, mais uma.
E, crente no valor da petição que se sobrepõe às leis do jogo, vendo um perigoso penafidelense escapar-se isolado para a baliza de Rui Patrício resolveu fazer-lhe aquilo que Hugo Basto fez a Lima em situação quase gémea tendo por garantida a tão ansiada impunidade parlamentar.
Vai de derrubá-lo, Tobias Figueiredo!
Mas como ainda não pertence à Assembleia de República a arbitragem de jogos de futebol, o árbitro fez o que lhe competia e aplicou a lei do jogo. Ou seja, tal como aconteceu ao arouquense, acabou da mesma maneira e pela mesma razão expulso o sportinguista.
Estes choros, estes protestos, este arrepelar de cabelos, estas petições, enfim, dão nisto.
Confundem-se mais os próprios jogadores do que a opinião pública.
«TEMOS de fazer tudo para vencer o Benfica» – disse o presidente do Sporting de Braga mal terminou o jogo com o Porto.
Houve muitos benfiquistas que logo se indignaram com esta declaração de Salvador. Viram neste seu propósito, mais do que legítimo, a confissão inexistente de que o Braga não só não tinha feito tudo para vencer o Porto como também o próprio presidente tem mais arreganho para ser o salvador do Porto do que para ser o que na verdade é, o Salvador do Braga.
Interpretações abusivas, feridas de clubite.
Quanto a mim, falou muito bem António Salvador e não só não disse mentira nenhuma como também sintetizou numa frase o que têm sido os desvelos dos rivais do actual campeão na busca pelo já entronizado Santo Graal desta turbulenta temporada de 2014/2015.
Trata-se de «fazer tudo» que impeça o Benfica de revalidar o seu título nacional, essa pequena glória que não tomba para os lados da Luz há mais de três décadas e que, não tombando para ali há tanto tempo, ganhou foros de impossibilidade por via regimental e divina.
SEGUINDO actualmente o Benfica na dianteira do campeonato com uns curtos pontos de avanço sobre o seu directo perseguidor que, neste dilatado espaço de tempo, somou tetras e pentas com «a facilidade de quem vai ao supermercado», no imortal dizer de Sir Alex Ferguson, é natural que haja uma reacção forte e concertada da Oposição.
O próximo Benfica-Sporting de Braga é já no sábado mas há muito, muito tempo que está afixado no calendário de todos os interessados como o eventual acontecimento do ano.
Outra coisa não seria de esperar tendo em conta que já por duas vezes o Braga venceu o Benfica esta temporada, uma vez para o campeonato e outra vez para a Taça de Portugal. As expectativas estão, portanto, altíssimas em todos os campos.
Em Arouca, por exemplo, até parece que o Benfica jogou mais já a pensar no jogo seguinte com o Braga do que no jogo com o Arouca propriamente dito.
Vimos por toda a primeira parte um líder a poupar-se ao choque, a poupar-se a cartões amarelos e a não poupar a paciência dos seus indefectíveis adeptos que gostam de ver as coisas resolvidas cedo, de preferência antes de o intervalo, como aconteceu no jogo com o Estoril.
Depois lá acordaram, desataram a correr e resolveram a bem a contenda.
Também em Braga, dois dias antes, até pareceu ter-se visto um Sporting de Braga a fazer precisamente a mesma coisa que o Benfica haveria de fazer em Arouca. Um Braga a pensar menos no jogo dessa noite, que era com o Porto, e já a pensar mais no jogo futuro que é o jogo de depois de amanhã na Luz.
Estão assim reunidas todas as condições para um grande espectáculo.
O Benfica tem de fazer tudo para ganhar.
E o Braga tem de fazer tudo para ganhar ao Benfica.
Com franqueza, há nisto alguma novidade?
RICARDO apresentou no início desta semana a sua candidatura à presidência da Associação de Futebol do Algarve. O antigo guarda-redes chegou agora ao fim da sua carreira e com um currículo que, certamente, o envaidece.
Ao serviço do Boavista ganhou tudo o que havia para ganhar em Portugal – 1 Campeonato, 1 Taça de Portugal e 1 Supertaça -, ao serviço do Sporting ganhou uma Taça de Portugal e ao serviço da selecção ganhou o estatuto de herói nacional naquela tarde em que defendeu três grandes penalidades no desempate com os ingleses a contar para o Euro 2004.
Isto é o passado de Ricardo. Agora vem aí o futuro e o retirado guarda-redes optou por concorrer a um cargo de dirigente numa Associação importante como são todas as Associações, presume-se.
Por superstição, por simpatia ou por fé em mudanças, dá-me gosto de ver antigos jogadores a ocupar cargos directivos e a saírem-se com elegância dessas missões.
No nosso futebol, já há uns poucos antigos jogadores em funções de comando que lhes ficam muito bem.
Há também, curiosamente, antigos jogadores que jamais ocuparão cargos directivos nos seus clubes não porque não tenham demonstrado categoria para isso mas porque, em algum momento, proferiram declarações de uma racionalidade tão ampla e tão dissidente à norma que os transformou imediatamente em alienígenas perante as nomenclaturas vigentes.
Tipo Vítor Baía, por exemplo.
Voltemos a Ricardo para lhe desejar as maiores felicidades.
É bom que o futebol saiba ir buscar aos seus antigos praticantes os seus futuros dirigentes. É o progresso.
Tal como seria péssimo se alguma vez o futebol fosse buscar aos reputados delinquentes inevitáveis entre as suas claques os seus futuros dirigentes, mentores ou filósofos.
Isto é que seria um lamentável retrocesso.
AFINAL parece que o Sporting já não vai cobrar os 40 milhões de euros exigidos à Câmara Municipal de Lisboa a título de compensação pelas benesses concedidas ao Benfica porque se veio a descobrir que, feitas as contas, as isenções camarárias concedidas ao Sporting foram bem mais generosas do que as concedidas ao rival.
A notícia saiu no Expresso, um jornal tão de referência pelo que me atrevo a citá-lo.
Perante isto, o que fazer, benfiquistas?
Um comunicado? Ou uma petição? Ou as duas coisas?
ARTUR SOARES DIAS, o árbitro a quem no ano passado Pinto da Costa vaticinou o fim da carreira e a quem este ano o mesmo Pinto da Costa vaticinou um futuro brilhante, vai ser o árbitro do Benfica-Braga de depois de amanhã.
Isto não é um problema de Artur Soares Dias que é constantemente um bom árbitro.
A inconstância não é do árbitro, é do dirigente.
Isto é um problema de Pinto da Costa que umas vezes diz uma coisa e outras vezes diz uma outra coisa completamente diferente. O que se compreende porque a ameaça é grande e o supermercado de que Sir Ferguson falava já não é o que era, queremos crer."
Leonor Pinhão, in A Bola
Estádios (quase) vazios
"Fiz uma análise com base numa estatística do site da Liga relativa às assistências aos jogos da 1.ª e 2.ª Ligas (42 clubes) e já com jornadas suficientes para ter significação. Assim:
1. No total das Ligas, a média de espectadores por jogo é de 4133. Na 1.ª Liga, de 8776 e na 2.ª Liga de 651.
2. Só 5 clubes têm mais de 10.000 por jogo: Benfica, Sporting, Porto, V. Guimarães e Braga.
3. O Benfica é o único que já ultrapassou meio milhão. O Sporting tem em média mais 1000 espectadores que o FCP.
4. A partir daqui, vai-se dos 4379 do Boavista aos 1683 do Arouca (já com o jogo do SLB).
5. O V. Guimarães B é o clube da 2.ª Liga com melhor média (1833), superando Arouca e Penafiel (da 1.ª Liga).
6. As outras equipas da B ficam bem atrás: SLB com 811, Braga com 337, FCP com 441. O SCP com 279 e o Marítimo com 197 são mesmo quem tem a mais reduzida assistência das duas Ligas.
7. Todas as outras equipas da Liga 2 não atingem um milhar, oscilando entre os 956 do U. Madeira e os 346 do Atlético.
8. Em termos de taxa de ocupação face à capacidade dos estádios, o 1.º lugar é do Sporting com 63,1%, seguido do Benfica (57,3%) e Porto (60,5%). Em rigor, o Estádio dos Barreiros tem uma percentagem superior (68,1%), mas creio que tal tem a ver com a limitação da lotação pelas obras realizadas e em curso.
9. As piores médias de ocupação são, na 1.ª Liga, o Restelo com uma percentagem de 11,5% e, na Liga 2, o Beira-Mar com um incrível 2,3% (662 pessoas) num dos estádios do Euro 2004!
Cada qual que tire as suas conclusões. Em particular, quanto à sustentabilidade e ao numero de clubes (18+24!)."
Bagão Félix, in A Bola
Juniores - 4.ª jornada - Fase Final
A equipa do Gil Vicente, treinada pelo nosso ex-jogador Nandinho, chegou ao Seixal só com vitórias, e é fácil de perceber porquê. Atitude positiva, a pressionar alto, boa posse de bola, e bons jogadores. É raro encontrar equipas no Seixal a jogar de forma tão positiva, mesmo as equipas ditas 'grandes' jogam muitas vezes com os famosos 'autocarros', jogando no erro... Não foi isso que aconteceu estar tarde.
Uma primeira parte com várias oportunidades, para as duas equipas, com o André Ferreira a efectuar boas defesas... mas acabou por ser o Hildeberto a concretizar. Julgo mesmo, que o Gil teve mais posse de bola no 1.º tempo!!!
A 2.ª parte foi diferente, o Benfica conseguiu escapar à primeira zona de pressão, com melhor qualidade, o Gil tinha menos bola... e num canto, fizemos o 2-0, 'matando' o jogo. Apesar da boa atitude do Gil, a forma compacta como o Benfica estava a defender, deu-me a certeza que a vitória não iria fugir...
Não foi uma exibição fenomenal, mas não foi má... Continua-se a notar muito a ausência do Renato no meio-campo, temos dificuldade em controlar a posse de bola. Este foi o 2.º jogo do Romário após o 'castigo' e notou-se uma melhoria, será importante com o Shaktar seguramente...
Ferreira; Isaac, Dias, Lima, Yuri; Rodrigues, Gilson (Kevin, 82'), Guga; Romário (Alfa, 89'), Gonçalves (Buta, 86'), Hildeberto.
PS: Nota para a equipa de Iniciados, da geração de 2000, que venceu o Torneio de Al Dharfa de sub-14, no Abu Dhabi. Ontem vencemos o Hamburgo por 5-0, e hoje na Final, vencemos o Barcelona por 3-1... Deixo aqui alguns videos: