quarta-feira, 4 de março de 2015

Calado e não só

"José Calado foi um excelente jogador do Benfica. Embora nem sempre tivesse do seu lado o 'tribunal do terceiro anel'. Em meu entender, injustamente. Jogou sempre com amor à camisola (coisa rara, nas últimas décadas), nunca regateou o seu profissionalismo e esforço, apresentou-se sempre com o rigor dos que têm prazer no que fazem.
Desde que, desamparadamente saiu do Benfica, passou pela diáspora futebolística e o tempo - essa inexorável medida - fê-lo quase desaparecer dos radares da comunicação social portuguesa.
Voltou. Ouço-o agora com frequência na BTV. E com gosto. Dirão os sportinguistas e portistas, que fazem o favor de me ler, que assim escrevo porque se trata de um benfiquista e da televisão do clube. Mas, creiam, que não é por isso. Calado tem sido uma bela surpresa como comentador e analista dos jogos. Primeiro porque sabe do que fala. Depois porque é tranquilo neste mundo do futebol sempre agitado. E ainda, porque analisa com racionalidade o que observa. Por isso, desta coluna lhe mando um abraço de encorajamento e de felicitações.
Aliás, na actual oferta inflacionada de programas sobre futebol, é bom termos a possibilidade de ouvir quem sabe do ofício. Neste aspecto, Calado está bem acompanhado por antigos jogadores que, embora mantendo a sua ligação aos seus clubes de coração, têm sido capazes de dar lições a participantes inflamados e ultraparciais em programas de debate. Falo, entre outros, de António Simões, Vítor Baía, Dani, Mozer, Manuel Fernandes, Diamantino e também de Manuel José, um senhor. Têm opinião, sabem discernir o essencial, ensinam-nos sobre o que está para além do que vemos."

Bagão Félix, in A Bola

Um brinde ao 'fair play'

"A FIFA vai financiar a limpeza e recuperação do túmulo de William McCrum, que, antes de morrer na miséria, viciado em jogo e campeão de penalties com copos de uísque irlandês e cerveja, foi dos percursores do fair-play e inventor da tão amada e odiada (depende do lado em que estamos) grande penalidade nos jogos do futebol.
Guarda-redes do modesto Milford FC - tão modesto que chegou a acabar um campeonato com zero pontos, 62 golos sofridos e 10 marcados em 14 jogos -, assistia da baliza a verdadeiros massacres das pernas dos adversários. E foi com a ideia de acabar com o martírio dos goleadores que propôs à federação irlandesa a criação da grande penalidade.
A Moção do irlandês - assim ficou conhecida - foi levada à FIFA e chegou a ser chumbada. De fora dos relvados teóricos não admitiam a possibilidade de um cavalheiro querer atingir propositadamente outro com um pontapé de modo a impedi-lo de marcar golo. Mais tarde, rendidos à evidência, os engravatados do jogo lá aprovaram por unanimidade a experiência que haveria de durar um ano. Ficou eterna, como todos sabemos.
É notável que o penalty tenha sido inventado por alguém que jamais viria a ser beneficiado pelo mesmo e também sintomático que nem mandava tenha começado por achar a ideia estapafúrdia, ridicularizando-a até, antes de vir a aceitá-la como boa.
Por estes dias, a FIFA decidiu acabar com a suspensão no jogo seguinte de futebolista que seja expulso por cometer grande penalidade. Fê-lo depois de ouvir vários treinadores dizerem que o triplo castigo (penalty, expulsão e suspensão) é pesado de mais para uma equipa. Não sei se a ideia é boa ou má, ninguém sabe se vai resultar ou não - o futebol tem sempre resistido às mudanças, por mais radicais que pareçam - mas saúde-se o facto de as opiniões de quem anda no campo serem agora ouvidas."

Nuno Perestrelo, in A Bola

Bem encaminhado...

Benfica 3 - 0 Ethnikos
25-18, 25-22, 25-19

Vitória sem espinhas, contra uma equipa Grega que cometeu muitos erros (esperava mais, sinceramente...). Estamos só no intervalo da eliminatória, mas será muito difícil o Benfica não conseguir vencer os dois Set's que faltam, para garantir a passagem às Meias-finais... Gaspar em grande, bem secundado pelo Roberto e o Flávio... Espero que depois da rocambolesca viagem a Belgrado, a viagem à Grécia decorra com menos incidentes... vamos ter um fim-de-semana preenchido, provavelmente com três jogos, portanto logisticamente temos que ser eficientes, para chegar frescos a Alexandroupolis!!!

É preciso manter os pés no chão, mas estamos realmente perto de uma meia-final europeia... sendo que o mais provável adversário, será um forte Ravena, proveniente do Campeonato de Volei Italiano, um dos mais fortes da Europa e do Mundo!