sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Manobras de diversão

"O Benfica não se pode distrair, nem atrair por manobras de diversão de adversários menores. O Benfica tem de estar focado no objectivo de ser bicampeão e este será um campeonato disputado ao limite, ao pormenor, e será decidido por margem mínima. Neste momento, os verdes de Moreira de Cónegos, excelentemente treinados, são a nossa única real preocupação. Das seis saídas que nos faltam neste campeonato, está é das que colocam mais perigos.
Pizzi fez contra o V. Setúbal o melhor jogo que lhe vi com a camisola encarnada, mas foi a atitude colectiva da equipa que fez o Benfica alcançar uma vitória clara.
Ao contrário de Jorge Jesus, penso que os dois candidatos vão perder poucos pontos até ao fim e, por isso, os deslizes vão pagar-se caro.
Estamos a 39 pontos e uma final da Taça da Liga de distância duma época de grande sucesso. Todos no Benfica o sabem e sentem.
Eu acredito que se está a fazer, com os recursos existentes, uma excelente temporada. Temos de a prosseguir em Moreira de Cónegos.
Lembro-me bem que Jorge Jesus, como treinador do Moreirense, deu o título nacional ao Benfica de Trapttoni, ao empatar com o FC Porto a duas jornadas do fim (tínhamos perdido em Penafiel na véspera). Também ali, no Comendador Almeida Freitas, se ganham e perdem campeonatos e ninguém melhor do que Jorge Jesus para conhecer a história.
Continuamos a contar os dias para o regresso de Nico Gaitán. Com opções limitadas, as lesões e os castigos que nos fustigam parecem não parar. Domingo passado, foi um amarelo, aliás injustificado, a tirar Samaris deste jogo. Tem sido a sageza de Jorge Jesus a disfarçar esta realidade. Mas as dificuldades suplementares têm de constituir avisos extra para os perigos do nosso caminho."

Sílvio Cervan, in A Bola

Vitória...

Vilacondense 0 - 3 Benfica
12-25, 20-25, 13-25

No segundo Set tivemos a perder 12-6, mas ainda fomos a tempo de rectificar, de resto tudo normal...
Amanhã nova partida em Matosinhos com o Leixões...

Eusébio: no Panteão Nacional.

Mais do que justo, a unanimidade, na aprovação da transladação do Eusébio para o Panteão Nacional.
Mas quem tem mais a ganhar com esta decisão, é o próprio Panteão... porque o King não precisava de ir para lá, para ser reconhecido!!! A 'companhia' pode não ser a melhor (Sídónio... Aquilino...), mas o Eusébio foi sempre pessoa para se dar bem com toda a gente...!!!

Juniores - 1.ª jornada - Fase Final

Benfica 1 - 1 Nacional

O ano passado 'chorava-se' o facto de no Benfica, os jovens da formação, não anteciparem subidas de escalão quando demonstram qualidade para isso... Este ano, 'chora-se', a subida de escalão de demasiados jogadores, desfalcando as nossas equipas...
Pessoalmente, acho que em determinadas situações, é essencial para a evolução dos jovens, subirem ao próximo nível competitivo. Mas este ano, acho que estamos a exagerar: Gonçalo Guedes, Renato Sanches, João Carvalho, Diogo Gonçalves... e ainda Romário (contracto), e o Sarkic. Hoje, ainda abdicámos por opção do Pedro Rodrigues (muito utilizado na Selecção, durante a semana...) e do Hugo Santos. Os dois jogadores que me fazem mais confusão são o Carvalho, e o Gonçalves, que na equipa B, têm poucos minutos (o Renato até está lesionado)...
Depois de termos dominado toda a época, até este momento... corremos o sério risco, com esta opção, de tornar esta Fase Final num pesadelo. e de mais uma vez, com o melhor plantel, não ganhar o nacional, como aconteceu o ano passado. Mais, se na UEFA Youth Cup não utilizarmos os nossos melhores jogadores, não vamos ganhar ao Liverpool na próxima terça-feira... Na estrutura da Formação do Benfica, não sei quem assumiu esta estratégia (creio que não foi o Tralhão), mas neste contexto, as expectativas têm que ser baixas...

O jogo foi mau, principalmente na 1.ª parte. Perdemos muitas bolas na 1.ª fase de construção, permitindo vários contra-ataques perigosos ao Nacional. Com o João Lima em destaque pela negativa, inclusive na 'assistência' para o golo do Nacional... Além do Yuri, que quase sempre fora de posição, deixou a equipa desequilibrada nas transições defensivas. O jovem Nigeriano Sekidika estreou-se, demonstrando muita ingenuidade táctica.
No 2.º tempo tivemos mais coração, mas não jogámos muito melhor... Sendo que o golo do empate apareceu ao minuto 96, numa bola bombeada para área, em desespero...!!!

Não posso deixar de referir (mais uma vez) o asqueroso anti-jogo praticado pelos jogadores do Nacional. Não é nada de novo... mas não se pode deixar de passar sem critica, este tipo de comportamento nojento...

André Ferreira; Issac, Dias, Lima (Rodrigues), Yuri; Guga (Esteves), Gilson; Oliveira, Buta, Sekidika (Neto); Hildeberto.

Cromo da bola

"Para os lados de Alvalade, o Carnaval veio com uma semana de antecedência. E é provável que continue muito para além da tradicional quarta-feira de cinzas.
Logo que chegou à presidência do Sporting, a postura de Bruno de Carvalho perante certas figuras parecia a de alguém capaz de trazer algo de novo ao futebol português. Rapidamente a máscara lhe caiu. Viu-se precipitação em vez de sensatez, fanfarronice em vez de coragem, e conflitualidade barata em vez de determinação.
Tratando o clube como um brinquedo, incompatibilizou-se com o FC Porto, incompatibilizou-se com a Liga, incompatibilizou com a Federação, incompatibilizou-se com a UEFA, incompatibilizou-se com os jogadores, incompatibilizou-se com o treinador, incompatibilizou-se com figuras históricas do seu clube, incompatibilizou-se com os anteriores dirigentes, incompatibilizou-se com grupo de adeptos, incompatibilizou-se com a imprensa, e faltava, obviamente, incompatibilizou-se com o Benfica. Não havia melhor ocasião de que o rescaldo de um resultado frustrante.
Uma tarja infeliz serviu de pretexto. Fosse eu a decidir, e teria ficado sem resposta desde o primeiro comunicado. Este tipo de personagem procura protagonismo, e nada melhor que uma boa dose de polémica para o conseguir. Infelizmente, já por cá tivemos igual. Conhecemos a espécie. Daqui ao descrédito total - mesmo entre os seus - é apenas uma questão de tempo.
O corte de relações não nos tira o sono. Não me recordo do Benfica ganhar alguma coisa por ter melhores ou piores relações institucionais com o Sporting. Nos momentos-chave, em que o futebol português podia dar passos no sentido da regeneração, o Sporting assobiou para o lado. Ao respeito que sempre lhes dispensámos, responderam com o ressentimento próprio dos invejosos. Não servem para nada. Não fazem falta. Não contam para o nosso campeonato. Podem ficar a falar sozinhos.
Daqui, não os ouvimos. Vamos ganhar ao Moreirense, pois é isso que verdadeiramente interessa."

Luís Fialho, in O Benfica

Choradinho

"Na semana passada, houve dose dupla com o Vitória Futebol Clube. Sim, porque no Estádio da Luz tratam-se as equipas visitantes pelo seu nome. Mesmo aquelas que têm andado em más companhias, aliadas na secretaria e no relvado a quem presta aconselhamento matrimonial a árbitros. Lembram-se de, em 1997, os sadinos escolherem as Antas para jogar quando o seu estádio não estava disponível? Não foi com certeza pela proximidade geográfica.
Pois então, o Vitória veio à Luz e perdeu os dois jogos por três a zero. No primeiro foram assinaladas duas grandes penalidades e o Mundo parecia ter desabado. Jogadores e treinadores sadinos insurgiram-se contra a 'roubalheira'. Estavam enganados - ambos os penalties foram bem assinalados, mas como nestas coisas convém sempre reclamar muito, eles traziam a lição bem estudada. É que nem na expulsão do jogador Advíncula tiveram razão: Gonçalo Guedes estava virado para o golo, logo vermelho.
Depois veio o segundo jogo e mais queixas. Falam de um penálti por marcar a favor do Vitória nos primeiros minutos. E que no lance do segundo golo, Ola John terá feito falta sobre o defesa. Vamos lá ser honestos. A alegada grande penalidade é tão difícil de ver que nem as repetições da BTV tiram dúvidas - sim, porque a BTV passa repetições dos lances polémicos. E no ganhar de posição do holandês peço-vos atenção novamente para a BTV, desta vez para as transmissões do Futebol inglês. Deixar jogar é uma das características que mais se elogia aos árbitros em Inglaterra. E o que acontece quando algum árbitro em Portugal apita à inglesa? Chora-se como quando, em três jogos contra o Benfica, se sofrem 11 golos e não se marca nenhum."

Ricardo Santos, in O Benfica

O comediante

"De forma característica, Bruno de Carvalho continua a querer trazer para a primeira linha o cenário de instabilidade, confusão e (porque não dizê-lo?) de alguma comédia que actualmente vive o adversário da 2.ª circular. Em certa medida, continua a imaginar-se líder de uma eufórica claque, a proclamar, no Estádio da Luz, cânticos de impropérios contra 'o sistema', os 'papas do futebol português' e, em geral, contra tudo o que sirva para fazer uma manchete. Estranho? Nem por isso! Bruno de Carvalho tem aplicado sistematicamente esta estratégia: quando os resultados desportivos não surgem ou se antecipam cenários difíceis ou improváveis (preparemo-nos já para mais um conjunto de cenas antes do próximo jogo do Sporting da Liga Europa), eis que surgem polémicas (quase sempre inesperadas e de sentido único), ataques ferozes, blackouts e, mais recentemente, corte de relações institucionais. Nem sequer o facto de se explicarem os fundamentos de tal decisão no facebook ou de se utilizar casos como o do very light me parece suficientemente importante para justificar uma reacção proporcional de um clube como o Sport Lisboa e Benfica, que com estes pequenos e coléricos líderes está já mais do que habituado a lidar, tendo igualmente a excelente tradição de ignorar o que mais não é do que uma palhaçada para consumo interno. Grave, isso sim, é a linguagem de permanente recurso à violência, as ameaças de que eventualmente será alvo, as acusações infundadas a Luís Filipe Vieira, o cenário de permanente antecipação do caos e de limite. Grave não porque atinjam de qualquer maneira a dignidade do clube ou dos seus dirigentes, mas porque propiciam a criação de um ambiente nada favorável a quem dizia querer a 'pacificação do futebol português'. Mais: potencia o desenvolvimento de animosidades e de um espírito de guerrilha dentro do escopo do futebol de que o Sporting poderá, muito bem, ser uma das primeiras vítimas. Mas com os comportamentos de Bruno de Carvalho já estamos habituados. Há sempre um único perdedor: o futebol português."

André Ventura, in O Benfica

A relação que não conseguem cortar

"Na semana passada, ao tomar conhecimento do corte de relações institucionais entre SCP e SLB promovido pela direcção leonina, dei por mim a sorrir. Os acontecimentos subsequentes dar-me-iam razão. 
Luís Filipe Vieira, na sua primeira aparição pública após o dérbi e com elevado sentido de responsabilidade, condenou a exibição, na partida de futsal, da faixa alusiva ao trágico acidente ocorrido no Jamor em 1996. Levantou ainda algumas questões pertinentes sobre os incidentes ocorridos em Alvalade no dia seguinte e outros em anos recentes, expondo a hipocrisia do presidente sportinguista, tão lesto a exigir 'uma declaração de reprovação e demarcação' aos dirigentes benfiquistas, quanto autista face ao comportamento de adeptos do clube que dirige.
Escusado será de dizer que a reacção de Bruno de Carvalho não me surpreendeu. Poucas horas antes do Belenenses – Sporting, o presidente do SCP publicou, no Facebook, uma mensagem dirigida aos sportinguistas (quatro vezes maior que esta crónica!!!).
Fazendo jus a um dos traços identitários mais característicos do 'neosportinguismo', o anti-benfiquismo, pouco versou sobre o seu clube, quase se limitando a um chorrilho de insultos e acusações a Luís Filipe Vieira, algumas delas tão inverosímeis que não me admirarei se, no futuro, vier a ouvi-lo afirmar que se tratara de 'uma brincadeira'. Não seria inédito. Sobre as faixas em Alvalade: Nada!
Bem fiz eu ao desprezar o corte de relações institucionais. Até porque perdurará, entre os clubes, uma relação: a de força. E essa, como todos sabemos, resulta, qualquer que seja o parâmetro de comparação entre Benfica e Sporting, em superioridade benfiquista."

João Tomaz, in O Benfica