terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Fim-de-ano com vitória...

Benfica 1 - 0 Nacional

Regresso das mini-férias de Natal, com um jogo parecido ao último com o Gil Vicente, onde marcámos relativamente cedo, e depois controlámos o jogo... e onde mais uma vez desperdiçamos demasiadas oportunidades para 'matar' o jogo.
Curiosamente o Nacional até criou menos oportunidades do que o Gil, mas obrigou o Júlio César a mais trabalho (2 defesas), sendo que a primeira defesa, foi após mais um corte defeituoso do André; e a segunda após um desvio com o braço do avançado do Nacional que passou impune...

Depois da venda confirmada do Enzo ontem, a maior expectativa para os próximos jogos, é saber como é que o Jesus vai 'calçar a bota'... E o jogo desta noite, acabou por não ser conclusivo nesse aspecto. É verdade que após o 1-0 deixámos o Nacional muito tempo no nosso meio-campo, quase sempre após faltas cometidas, mas foram raras as jogadas de perigo junto da nossa baliza. Agora foi notória a nossa dificuldade em manter a bola, mas sem o Nico, e o Salvio (além do Enzo), isso acaba por ser expectável.
Agora, nos diversos contra-ataques que efectuamos, podíamos e devíamos ter marcado mais alguns golos (então aqueles minutos após a expulsão do Gomaa, foram desesperantes!!!)... No 2.º tempo melhorámos um pouco, mas curiosamente as duas defesas complicadas do Júlio César foram nesse período.
Pessoalmente acredito que neste momento a dupla Cristante/Samaris será a melhor solução para o meio-campo, sendo o Talisca a opção para os jogos na Luz, onde o causal ofensivo do Benfica seja maior... Mas por exemplo em Penafiel o Samaris está castigado!!!
Destaque negativo para o Talisca, que a '8' falhou demasiados passes simples... e para o Ola John, parece que as férias lhe fizeram mal (a mudança para o flanco direito no 2.º tempo não ajudou... o Ola rende sempre muito menos na direita).
Pela positiva destaco o Cristante e o César: o Italiano está mais confiante, até exagerou nas fintas... mas nota-se que está cada vez mais enquadrado tacticamente nas exigências do Jesus; o César ainda comete alguns erros de leitura, mas com aquela passada larga, acaba por rectificar!!!
O Jonas continua a marcar o golinho da ordem, mas aqueles desperdícios posteriores irritam...!!! O regresso da noite acabou por acontecer somente 85 minutos com a entrada do Sulejmani (desde da Final de Turim!!!), apesar dos 9 minutos (4 de desconto) foi notória a fome de bola do Sérvio, merecia mais minutos, ainda por cima com o Ola John a fazer figura de corpo presente!!!
Foi notória a melhoria da equipa com a entrada do Nico e do Samaris, mesmo com alguns erros de decisão do Grego, a agressividade do meio-campo do Benfica aumentou bastante, com a substituição do Samaris para o lugar do Talisca.

Realce para a aposta do Nacional neste jogo: terá sido a única equipa em toda a competição que utilizou o seu '11' titular, na máxima força, outros, mesmo defrontando os ditos 'grandes', rodaram, o Benfica não teve essa sorte...!!!
Do nosso lado, com tantos indisponíveis, pouco havia a alterar, mesmo assim tivemos o Pizzi na meia-direita (provavelmente com a intenção de ajudar a nossa dupla do meio...). Sem Europa, e sem Taça de Portugal, também não é necessário gerir...!!!

Para finalizar, só tenho a destacar a forma como o Ghazal, somente aos 79 minutos levou um amarelo, isto depois de 90 minutos de cacetada, de cima abaixo, a tudo o que mexia!!!

PS: Não é novidade, mas para a memória futura sou obrigado a realçar mais uma vez a forma descarada como a 'lixivia' limpa os colinhos do costume: esta noite em Vila do Conte, os Corruptos cometeram um penalty nos momentos finais da partida, um daqueles penaty's que se vêem de Marte. O árbitro, Rui Costa, nada marcou, o treinador do Rio Ave não se queixou, e os jornaleiros mais uma vez, parece que não viram, ou então acham que não tem importância...
Isto quando qualquer suposto erro a favor do Benfica, é titulo de 1.ª página, abertura de telejornais, e tema de conversas durante semanas...!!!

Plantel Glorioso

"Em boa hora, o meu caro João Tomas e o Fernando Arrobas levaram a cabo a iniciativa de promover a escolha dos melhores jogadores da história do Benfica.
O resultado é um livro – que aconselho vivamente -, onde 100 pessoas, de alguma forma ligadas ao benfiquismo, elegem 26 jogadores e 3 treinadores da sua preferência.
Tive a honra de ser um dos votantes, e devo dizer que as minhas opções pouco diferiram do plantel vencedor. Como se calcula, o exercício não foi fácil, pois, para nossa felicidade, da história centenária do Benfica constam muito mais do que 26 nomes merecedores de uma distinção como esta. Dos que escolhi, apenas Pietra, Vítor Paneira, Simão Sabrosa e Di Maria, não figuram na lista final. De entre estes, confesso que foi a ausência do extremo argentino a que maior estranheza me causou, por estar convencido de se tratar de um dos melhores - senão o melhor… - estrangeiros de sempre a vestir o Manto Sagrado. Democracia é democracia, e os escolhidos são também, todos eles, craques de primeiríssimo plano. Todos nos orgulham, e alimentam a nossa memória colectiva. E nem me atrevo a dizer, neste momento, quem deixaria de fora para colocar Di Maria, ou qualquer outra das minhas preferências pessoais.
Quanto a treinadores, tive menos dúvidas. Optei por Béla Guttman, pelo impressionante palmarés, por Eriksson, por ter revolucionado o futebol do Benfica na minha adolescência (nunca esquecerei a equipa de 82-83…), e por Jorge Jesus, por tê-lo feito nos anos mais recentes. Foi, de resto, este trio que venceu a votação, se bem que Otto Gloria, Jimmy Hagan e Toni também merecessem uma menção honrosa. Nem percebo a relativa polémica que a escolha de Jesus causou nalguns meios (mais externos do que internos): quem fere uma hegemonia de décadas do FC Porto, quem alcança todos os títulos nacionais numa temporada, quem chega a duas finais europeias consecutivas e coloca o clube no top 5 do ranking europeu, tudo com um futebol bonito e empolgante, entra claramente para a eternidade."

Luís Fialho, in O Benfica