quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Estreia Europeia com vitória... na Sérvia!

Partizan Belgrado 1 - 3 Benfica
31-29, 16-25, 24-26, 21-25

Excelente vitória, numa estreia Europeia complicada, com a viagem para Belgrado a ser efectuada hoje de manhã...!!! Num país com muita tradição na modalidade, e normalmente com ambientes difíceis...
Os primeiros pontos foram quase todos nossos, chegámos a ter 1-7 de vantagem, mas os Sérvios foram recuperando... com 21-24 parecia que o 1.º Set era nosso, mas desperdiçamos os 3 Set Point's, e perdemos nas vantagens.
Felizmente a equipa reagiu muito bem a este mau resultado, dominámos totalmente o 2.º Set, e no 3.º Set apesar de vingámos o 1.º!!! Tivemos sempre em desvantagem, mas nos últimos pontos demos a volta!!!
O 4.º Set esteve sempre controlado, a vitória nunca este em causa...

Na 2.ª mão na Luz, só temos que vencer dois Set's !!! Estamos muito perto de qualificarmos para os Oitavos-de-final, onde muito provavelmente vamos encontrar a Fonte do Bastardo!!!

Bom início... faltou o 'sprint'!!!

Corruptos 28 - 24 Benfica

Tivemos 3/4 da partida na liderança, com várias boas vantagens, mas nos últimos 15 minutos acabámos por baixar a qualidade defensiva, algumas exclusões nos momentos decisivos (Pedroso!!!), não ajudaram...
Acho que a equipa voltou a dar boas indicações, estamos a jogar com menos dois jogadores da rotação (Pujol, Carneiro), com muitos jovens, e estamos a melhorar a caminho do Play-off.
Hoje, ofensivamente, faltou mais 'participação', mas não é fácil marcar golos a uma defesa que tem uma 'tolerância' física muito acima do normal (mesmo assim, esta foi uma das melhores arbitragens dos últimos tempos)!!! Agora os 3 livres de 7 metros falhados, foram da nossa responsabilidade... Mas não nos podemos esquecer, que defrontámos o melhor plantel do nosso Campeonato (é uma daqueles situações onde os regulamentos da FPA são adaptados às necessidades dos Corruptos...!!!), mas mesmo assim, hoje os Corruptos só ganharam porque tem um jogador muito superior aos outros, porque colectivamente a nossa equipa parece-me mais trabalhada, mesmo com o pouco tempo que o Ortega teve...!!!

Vantagem desperdiçada...

Aves 3 - 3 Benfica B

Grande arranque, chegámos aos 0-2 (e só não foi mais um, porque foi mal marcado um fora-de-jogo ao Rui Fonte), com um grande golo do João Teixeira... mas fomos perdendo gás, e como estes jogadores já deviam saber (após o 1-2), rapidamente se arranjou um penalty contra, ainda fizemos o 2-3, mas logo a seguir num livre inventado, o Aves fez o 3-3... Até final o Aves ainda ficou com '10', mas nós não soubemos aproveitar.
Entre o copo meio cheio, ou meio vazio, acho que hoje perdemos mais 2 pontos... Voltámos à estranha opção por 3 centrais, e temos potencial para fazer melhor.

Varela: Valente, Lindelof, Nunes (Romário, 88'); Semedo Rebocho; Pinto, Teixeira (Santos, 84'); Guedes (Sanches, 76'), Costa; Fonte.

A renovação

"A renovação do contrato com Jorge Jesus divide os benfiquistas. A primeira questão é saber se o Benfica deve continuar a ter Jesus como treinador. A segunda é se o timing deve ser este.
É indiscutível que a equipa do Benfica subiu três patamares depois da entrada de Jesus. Em cinco anos, ganhou dois títulos e meio (um foi perdido nos descontos) e uma Taça de Portugal, entre outros. E praticou um futebol muitas vezes espectacular.
Argumenta-se que na Europa acumulou flops. E nos dez anteriores a Jesus ganhou o quê? Só se diz que o Benfica foi um flop na Europa porque cresceu muito em Portugal e os adeptos queriam mais.
Acontece um pouco o que se passou com Toni. Foi campeão, mas a direcção do clube achou que era pouco e contratou Artur Jorge para conquistar a Europa. O resultado foi o que se sabe: o Benfica entrou no período mais amargo da sua história recente. Mesmo assim, na 'era Jesus', recordem-se as duas finais da Liga Europa e a eliminação de equipas como a Juventus, Zenit, Bayer Leverkusen ou Manchester United.
Seria injusto dizer que Luís Filipe Vieira não teve nenhum papel no crescimento do Benfica. Teve e muito. Mas o seu trabalho só começou a dar frutos depois da entrada de Jorge Jesus. Por isso, pode dizer-se que os êxitos recentes se devem à dupla presidente-treinador e à estabilidade que o clube alcançou.
Jesus não precisa de provar nada em termos de qualidade: em cinco anos já provou o que tinha de provar. A questão é o timing da renovação. Ora, julgo que este é o momento certo. Para não suceder o mesmo que há ano e meio, quando Vieira renovou o contrato com o técnico em circunstâncias dramáticas."

O exagero das manchetes

"No passado fim-de-semana olhei com atenção as capas dos jornais desportivos e dos generalistas e o que é que li sobre os três grandes do nosso futebol? Tudo fantástico, numa interessante mistura de adjectivação prolixa e de adrenalina ilusória para o leitor.
Mas, afinal, nesta jornada, o que fizeram os três grandes? O Sporting cumpriu a sua obrigação vencendo, em casa e na 2.ª parte, um Vitória de Setúbal bem fraquinho. O Benfica, o único a sair do seu estádio, bateu uma Académica tão suave quanto incompetente. O Porto derrotou, em casa, um Rio Ave ainda a contas com horários trocados após Kiev (o jogo seria disputado neste dia se o viajante tivesse sido o Porto ou o Benfica?) por um resultado estrondoso, mas enganador.
Perante estes 'feitos heróicos', quais foram as parangonas jornalísticas? Selecciono algumas. Quanto ao Sporting: 'Leão indomável', Slimani e Montero à solta', 'Juntos são diamante'. Sobre o Benfica: 'Águia imparável', 'Ao ritmo do tango'. A propósito do Porto: 'Final em apoteose', 'As estrelas de reserva'.
Não tivesse eu sabido quais foram os jogos e o nível exibicional, e julgaria que estava numa semana de meias-finais da Champions contra os tubarões de cada vez mais desequilibrada Europa do futebol.
Vemo-nos, assim, perante uma fantasiosa exageração (que, de sinal contrário, também há ao fracasso) que se espalha virtualmente os media. Numa bolsa de valores, os useiros adjectivos estariam pela rua da amargura, tal o dislate da oferta. Talentoso, genial, mágico, estonteante, fabuloso, fenomenal e tantos outros, bem precisariam de ser reconduzidos ao seu verdadeiro valor semântico."

Bagão Félix, in A Bola