sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Sem margem de improviso

"O regresso da Taça de Portugal é o regresso de um objectivo importante desta época. O segundo objectivo mais importante. O valor do adversário não dá muita margem para mexidas na equipa que deve jogar amanhã no Estádio da Luz. O jogo contra o Moreirense é muito mais importante do que o jogo contra o Zenit em São Petersburgo.
Vendo a concorrência em prova nesta Taça de Portugal, o jogo de amanhã é um passo importante para um título e um seguro para um fim de época em beleza. Espero o melhor Benfica neste jogo da Taça de Portugal, porque caso contrário iremos fazer amigáveis como o FC Porto nas próximas datas da Taça.
O susto da Covilhã deve ter mostrado que não há margem para improvisos quando se quer ganhar as provas. O Benfica que eu desejo quer estar no Jamor.
Noticiava ontem A BOLA que o Valência tinha €30 milhões para dar ao Benfica por Enzo. Espero que o Benfica não tenha Enzo para o Valência em Janeiro. Mas não devo ter muita sorte.
Esta semana foram noticiadas as vendas em Janeiro de Enzo, Gaitán, Luisão, Maxi Pereira, Loris Benito e Sulejmani (só dos que me lembro sem consultas). A equipa que os jornais nos deixa para jogar o resto da época está em linha com aquela que o presidente do Sporting quer jogar a Taça da Liga.
Nada será ganho esta temporada até ao Natal, mas muito pode ser perdido irremediavelmente até lá. Este ano o Benfica tem a época lançada em termos bem melhores do que as anunciadas expectativas iniciais, mas no futebol tudo muda num momento e só o trabalho e a competência são critérios duradoiros.
A rivalidade Messi/Ronaldo atingiu proporções mediáticas que são prejudiciais a ambos. Jogadores fantásticos, dos melhores de sempre, mereciam ser poupados a este folhetim de segundo escalão. Para bem dos dois."

Sílvio Cervan, in A Bola

Frio em Manchester...

Manchester City B 3 - 1 Benfica B
Resultado construído na 1.ª parte, o City marcou primeiro, empatámos pouco depois, mas nos últimos minutos do 1.º tempo, sofremos 2 golos... Perto do final do jogo, o Varela defendeu um penalty...

Já se sabia que seria difícil, o City tem uma equipa B, que custou mais dinheiro que a maioria das equipas Portuguesas da I Liga...!!!  Temos 1 vitória e 1 derrota... vamos ver como irá correr o jogo com o Leiceister.

Varela; Semedo, Lindelof, Valente, Rebocho; Pinto, Teixeira; Andrade (Sanches, 70'), Costa, Guedes (Santos); Fonte (Rochinha, 87').

O Evangelho Segundo Pedro

"Pedro Proença foi o árbitro do Boavista-Benfica de 2002, que ditou a demissão de Toni, após uma actuação que o deu a conhecer ao grande público. Foi o árbitro do penálti de Silva, em 2004, no primeiro dérbi que apitou, e onde também fez questão de deixar a sua marca. Foi o árbitro do caso-Penafiel (penso que não será exagero chamar-lhe assim), em Maio de 2005, que por pouco não nos subtraiu o título dessa temporada. Foi o árbitro que não viu um penálti tamanho do estádio, sobre Nuno Assis, em jogo com o Belenenses que terminou a zeros. Foi o árbitro do penálti de Yebda, no Dragão, que então nos retirou da liderança do campeonato 2008-09. Foi o árbitro que não viu a mão na área do bracarense Rodriguez, no jogo do título de 2010, que nos poderia ter custado caro.
Foi o árbitro do penálti de Emerson (…de costas) em Braga, que na altura nos impediu de vencer importante partida. Foi o árbitro do golo de Maicon na Luz, que nos retirou o campeonato de 2011-12. Foi o árbitro que expulsou Siqueira na última meia-final da Taça (com um primeiro cartão amarelo absurdo), obrigando o Benfica a um esforço épico para vencer o FC Porto. Foi o árbitro do mais recente FC Porto-SC Braga, onde deixou um penálti por marcar aos 93 minutos na área portista. Há mais de uma década que este indivíduo nos persegue, com uma panóplia variada de atropelos à verdade desportiva. Até na Taça da Liga nos prejudicou - na final com o Paços de Ferreira -, entre muitos outros jogos que seria fastidioso trazer para aqui.
Com a bênção da A.F. Porto, os abraços de Fernando Madureira, as festas na cabeça de Vítor Pereira ou Domingos Paciência, e as cunhas na UEFA, este homem foi escrevendo a história do futebol português pelo seu próprio sopro.
Diz agora que a arbitragem está um caos. Tem razão. Enquanto ele, Benquerença e outros 'internacionais' cozinhados nos tempos do Apito Dourado por lá andarem, a regeneração é impossível.
Diz também que se vai embora.
Ficamos a rezar para que assim seja. Dos relvados, e do futebol."

Luís Fialho, in O Benfica

Falta mais um Jorge Jesus

"Apesar de um resultado vitorioso e, por isso mesmo, muito positivo com a Arménia, a Selecção Portuguesa continua com exibições sofríveis frente a adversários que continuam a sentir-se 'à altura' da equipa das Quinas. Portugal continua a jogar com pouca alma, escassa motivação e sempre a contar com a finalização miraculosa de Cristiano Ronaldo. Quer frente a uma fria Dinamarca, quer a uma defensiva Arménia, os lusos continuam a depositar todas as esperanças de concretização no capitão... revelando pouca ambição colectiva, imaginação táctica e capacidade de concretização.
Não fora a possibilidade de voltar a ver um sempre incrível Ricardo Carvalho, responsável por travar imensas vezes a bola à entrada da área portuguesa (nomeadamente aos pés de Mkhitaryan), um insistente Danny, a surpresa de Raphael Guerreiro e uma estrela mundial sempre reinventada chamada Cristiano Ronaldo, a exibição frente à Arménia continua a revelar que, mesmo ultrapassadas algumas obsessões pessoais de Paulo Bento, continua um registo pouco agressivo e pouco imaginativo, quer na criação de um jogo rápido e consistente, quer na capacidade de concretização.
Desde um Nani extremamente confuso - que assim continua desde que chegou ao Sporting - a um Moutinho e um Bosingwa que parecem permanentemente cansados e esquecidos das suas múltiplas posições no terreno de jogo, a Selecção Nacional apresenta-se pouco ofensiva, com pouca garra e com muito pouca confiança. Sobretudo a confiança necessária para enfrentar as melhores selecções da Europa no torneio de 2016 que se avizinha.
É certo que Fernando Santos acaba de chegar. É certo que a 'recuperação' de alguns jogadores castigados por Paulo Bento é necessariamente lenta e progressiva. Mas a questão continua a ser de outra dimensão e de um outro universo: falta voltar a acreditar que temos potencial. Falta motivação por Portugal. Falta Jorge Jesus a esta equipa nacional."

André Ventura, in O Benfica