quarta-feira, 30 de julho de 2014

Vitória nos Alpes...

Sion 0 - 2 Benfica

Mais um 'treino' aberto ao público, num jogo onde fomos muito superiores (tínhamos essa obrigação), e onde utilizámos 2 equipas!!!
Começamos com Artur; Maxi, César, Sidnei, Eliseu; Amorim, Talisca, Salvio, Gaitán; Jara e Lima. E terminámos com Lopes; Filipe, Lindelof, Benito, Cancelo; Almeida, Teixeira, Bebé, John, Oliveira e Derley.
Voltámos a denotar alguns problemas, nas transições defensivas, com os jogadores a chegarem atrasados às marcações, permitindo alguns ataques rápidos aos Suíços, que obrigaram o Artur a algum trabalho... e para nossa 'sorte' o fiscal-de-linha foi marcando os foras-de-jogo (e foram vários)!!!
O Talisca continua a sua evolução na nova posição, e continua a dar boas indicações. Curiosamente é um jogador com características diferentes, em relação ao Enzo... destaca-se essencialmente no passe médio e longo, algo que o Enzo raramente tenta!!! Falta ao jovem Baiano, consistência de jogo, o Enzo praticamente não perde uma bola, nem falha um passe...!!! E defensivamente, tem que apreender como marcar, e como não ser ultrapassado facilmente pelos adversários, algo que o Enzo também aprendeu, já no Benfica...
Quem continua em grande é o João Teixeira, e hoje, jogando finalmente na sua posição - a '8' -, com o André Almeida nas suas costas, esteve nas suas sete quintas... marcando um golo, e falhando pelo menos mais três!!! Está a aproveitar muito bem a oportunidade que lhe está a ser dada, e que ele provavelmente há 3 semanas, pensava que seria impossível...
Como as minhas teimosias não são eternas, admito aqui, que o Eliseu está-me a surpreender pela positiva!!! Ainda é cedo para fazer uma avaliação definitiva, mas...!!!
Em sentido contrário, aquilo que me preocupa neste momento, são as lesões nos Centrais: Luisão, Lisandro e Jardel... As informações são poucas, sobre o tempo de recuperação, mas já começo a 'estranhar'!!!
E apesar das boas indicações do Talisca e do João Teixeira, continuo a defender que é obrigatório a contratação de um Trinco, titular... um jogador tipo Fejsa, que imponha o físico naquela zona do terreno... Além do guarda-redes!!!

Amanhã temos novo jogo na Suíça, desta vez com um grau de dificuldade muito mais complicado... Sábado outro teste, e Domingo outro... É sempre a abrir!!!

Empate a fechar a digressão...

Extremadura 1 - 1 Benfica B

Empatámos ao minuto 88, finalizando esta mini-digressão ao outro lado da  fronteira, com 2 jogos, em 2 dias, com uma vitória, e um empate...

Jogaram de início: Santos; Alfaiate, Cardoso, Valente, Gaspar; Dawidowicz, Pinto, Semedo, Costa; Guedes, Fonte. Começaram no banco: Thierry; Ramos; Estrela, Amorim; Lolo, Frisenbichler.

Os três 'efes'

"Futebol, Financiamento e Formação, eis os três efes dos principais clubes desportivos de Portugal.
Numa paralelismo tosco com o Portugal do tempo da outra senhora, o Futebol bem pode continuar a ser interpretado pelo Futebol - afinal, está mais velho,sim, está diferente, mas conhece bem o papel e bem vistas as coisas continua a distrair muito boa gente.
Para o papel de Fado convoque-se o Financiamento. Mais do que uma distracção, tornou-se não só a pele do futebol como lhe assaltou o coração e tomou refém a mente. Loucos, apaixonados, devastados pelos fracassos amorosos (leia-se objectivos por cumprir) todos o olham como a salvação, como o caminho, como a fatalidade à qual não há como fugir. Boémio, vadio, o Fado promete boa companhia e consolo, mas quando vivido e não apenas cantado arrasta os seus dependentes para um mundo cinzento no qual, dizem, não dá para viver, não é possível competir com os gigantes dos outros países. O pior do Financiamento, como do Fado, é que um dia - e esse dia às vezes chega mais depressa do que se está à espera - é preciso devolver o que se levou. E sempre com juros. Sai caro...
Então e em que medida Fátima se deixa substituir pela Formação? Naquela em que Fátima e Formação são cada vez mais actos de Fé - outro efe. Por muito que a maior parte dos crentes venere a mensagem e o que de bom ela representa, a aplicação ao dia-a-dia jamais será fácil.
Nossa Senhora pediu que os portugueses rezassem um Terço todos os dias, pela paz no Mundo? «Pois, mas falta tempo», desculpa-se boa parte dos fiéis. É um pouco como a Formação - representa a Salvação - e a verdade é que mesmo com as selecções jovens a voltarem aos grandes palcos de forma consistente, não há nem regulamentos nem autorregulação capazes de afastar os clubes maiores do pecado mortal da gula..."

Nuno Perestrelo, in A Bola

Insignificâncias, eu sei...

"Há coisas insignificantes, que, todavia, são significativas. Não escrevo sobre o futebol do Benfica no qual, apesar das muitas mudanças, continuo a depositar esperança de sucesso.
Há dias, recebi, como sócio, o aviso de pagamento do meu lugar no Estádio. Dizia a carta que, como detentor de um lugar Red Pass Fundador, continuaria a ter uma série de vantagens que aqui me dispenso de elencar e que a data limite para o pagamento era o dia 19/7. Paguei antes do fim do prazo.
Uns dias mais tarde (25/7), sou surpreendido com um sms do SLB dizendo: «Caro sócio, informamos que o acordo com as condições do seu lugar Premium Fundador, o serviço gratuito de bebidas e refrigerantes deixa de estar disponível».
Para mim, como para muitos sócios, não tem qualquer importância. Raramente usei a possibilidade gratuita de abrir uma pequena garrafa de água. O que é inadmissível é que uma instituição corporizada nos seus sócios, como muito bem diz Luís Filipe Vieira, se comporte de uma maneira tão inadequada (a palavra mais diplomática que encontrei) para com os mesmos. Não crendo que esta magna questão dos refrigerantes se tenha colocado só depois de esgotado o prazo de pagamento dos lugares de época, é, no mínimo, deselegante e eticamente incorrecta esta forma traiçoeira de uma mensagem por telemóvel depois de assegurado o recebimento.
Sim, é uma insignificância, repito. Mas o carácter das instituições revela-se, às vezes, nestes pormenores. E, já agora, será que a poupança com esta restrição de liquidez compensa o desperdício com a liquidez de alguns salários que se praticam no clube?"

Bagão Félix, in A Bola

Besta e bestial

"Há precisamente um ano, o Benfica começava mal a pré-época e era derrotado na Eusébio Cup por um São Paulo que não vencia um jogo há meses. Dizia-se então que o Benfica dispunha de um grande plantel mas que o treinador não tinha unhas para tocar aquela guitarra. Jorge Jesus estava em 'estado de desgraça' após o cruel final da época anterior - e os adeptos não lhe perdoavam. A derrota na Madeira no primeiro jogo do campeonato agravou as coisas. E um segundo desaire contra o Gil Vicente, na Luz, poderia ter sido fatal para Jesus. Recorde-se que o jogo só foi ganho com dois golos marcados já nos descontos.
Este ano, a história deu uma pirueta de 180 graus.
Diz-se que as vendas foram excessivas, que as compras não as compensaram e que o plantel é péssimo. Há contudo, entre os benfiquistas uma réstia de esperança. E qual é ela? Chama-se Jorge Jesus. Ou seja: a esperança dos benfiquistas é que o treinador consiga fazer daquele 'miserável' plantel uma equipa minimamente competitiva.
Tudo mudou num ano! Jesus passou de besta a bestial, de coveiro a salvador do Benfica.
Esta rapidez com que os adeptos mudam de opinião deveria levá-los a reflectir. É preciso perceber que o Jesus que ganhou e o Jesus que perdeu são uma e a mesma pessoa. Os adeptos têm de saber ver para lá dos resultados. Se aqueles dois golos milagrosos contra o Gil Vicente não tivessem entrado, Jesus podia ter saído - e o glorioso final da época passada, com a vitória nas três competições nacionais e a injusta derrota por penálties na Liga Europa, não teria acontecido.
Os adeptos encarnados, repito, devem pensar seriamente nisto. Nenhum homem muda radicalmente num ano. Um treinador não passa de besta a bestial em 12 meses. Tudo tem a ver com a mente dos adeptos.
Luís Filipe Vieira, Rui Costa e Jorge Jesus formam um trio que poderá dar muitas vitórias ao Benfica. Não o estraguem! A estabilidade é a mãe de todos os êxitos. Se aos primeiros resultados desfavoráveis começarem a exigir cortes de cabeças, os adeptos poderão estar a perder a oportunidade de assistir a momentos de glória, como na última época."