quinta-feira, 29 de maio de 2014

Para o ano já temos outra vez treinador

"Já temos outra vez treinador. É outra vez o mesmo. E se ele quiser renova-se já o contrato por mais uns anitos. Que bom. Não há nada como ganhar títulos para dar tranquilidade a uma casa.

NÃO é novidade. Ganhando ou perdendo títulos, em todos os finais de época desde que chegou ao Benfica - e já lá vão cinco anos - os noticiários apontam para a eventualidade da saída de Jorge Jesus. É o romance já habitual do fim da Primavera. Tornou-se um clássico. Tem havido nuances, é certo que sim. Depois de ganhar o seu primeiro campeonato para o Benfica, Jesus, em alta, foi apontado ao FC Porto como mais uma manobra genial de Pinto da Costa. Depois de ter perdido tudo, em 2012/2013, de novo o nome do treinador do Benfica surgiu nos escaparates mas, desta feita, na fraca qualidade de despedido por incompetência.
Antes de ter sido despedido pelos adeptos e pela imprensa, ou seja antes de perdido tudo e quando ainda tudo podia ganhar, Jorge Jesus foi novamente apontado ao FC Porto como, finalmente, mais uma operação genial do presidente do clube rival.
Este ano, depois de ter ganho três competições internas, voltou-se a falar com insistência da iminente saída de Jesus. Não rumo ao FC Porto, que já tem treinador contratado, mas rumo a eventuais potentados europeus e das Arábias.
Sobre este renovado assunto, a imprensa acrescentou pormenores de interesse geral. Os adversários internos do Benfica teriam contratado Jorge Mendes, com quem até andavam desavindos, para que o empresário lhe fizesse um favorzinho do tamanho do mundo: o de colocar Jesus o mais longe possível do Benfica.
Ora, sendo assim, Jorge Mendes é o empresário mais incompetente do mundo visto que Jorge Jesus será o treinador do Benfica na próxima temporada. Isto de acordo com as palavras proferidas pelo presidente do clube na noite de anteontem na RTP. E se o presidente o disse é porque é verdade.
Do meu ponto de vista (e enquanto me lembrar que o mesmo presidente foi o único a defender que a renovação do contrato com o treinador era fundamental depois do fim trágico da penúltima temporada) não vejo motivo algum para duvidar da intenção do discurso de Luís Filipe Vieira. É que o presidente ganhou créditos junto das massas com esta última temporada francamente gloriosa.
A intenção de Vieira foi, não se vislumbra outra, a de acabar com a conversa à volta da continuidade ou nem por isso de Jorge Jesus no Benfica. Não porque seja um tema transcendente, antes pelo contrário, porque já estava a aborrecer.
Conclusão: para o ano já temos outra vez treinador. É outra vez o mesmo. E se ele, o treinador, quiser renova-se já o contrato por mais uns anitos. Que bom. Não há nada como ganhar títulos para dar tranquilidade a uma casa.

NOVIDADE, novidade à séria foi a revelação feita por Luís Filipe Vieira sobre o campeonato nacional dos passivos. É imperioso registar que não foi o presidente do Benfica quem trouxe o assunto à baila, o que nem lhe ficaria bem. Foi o jornalista que o entrevistou quem tocou no tema assumindo ser o dito passivo do Benfica e maior de Portugal.
Vieira, certamente ciente do que disse, corrigiu o jornalista. Em termos de campeonato de passivo estamos, portanto, em segundo lugar. O tal lugar que é o primeiro dos últimos. O seu a seu dono.

NO sábado, o Atlético de Madrid pagou na Luz de modo dramático a factura de ter lutado pelo título espanhol até à última jornada de La Liga.
Na maldição de Bella Guttmann acredita quem quiser, mas no imortal axioma do treinador austro-húngaro - «não há rabo para duas cadeiras» - torna-se muito difícil não acreditar. Embora, naturalmente, haja excepções.
O Bayern Munique, por exemplo, na temporada anterior ganhou tudo o que havia para ganhar mas deve-se dizer que, em princípios de Março de 2013, já tinha no bolso o título alemão pelo que, tranquilamente, se autorizou a desligar-se da Bundesliga para se concentrar exclusivamente na questão europeia.
Ao FC Porto de José Mourinho aconteceu a mesma coisa em 2003/2004. Virtualmente campeão português por alturas do Carnaval, o FC Porto deu-se ao invejável luxo de deitar os olhos exclusivamente para a final de Gelsenkirchen sem nada que o apoquentasse dentro de muros.
Ao bravíssimo Atlético de Madrid nada disto aconteceu. A equipa de Simeone, modelar no seu jogo de entrega física e de solidariedade, para ser campeã de Espanha foi obrigada a lutar até ao último instante da última jornada da longuíssima prova interna, saindo-se de Camp Nou em glória depois de roubado o título ao Barcelona na sua própria casa.
Não é para todos. Mas deixa marcas de cansaço no físico e de extenuação na cabeça.
O golo de Sérgio Ramos, já em tempo de compensação, que levou para prolongamento a final da última Liga dos Campeões decidiu irremediavelmente o vencedor da noite de Lisboa.
O Atlético fez uma excelente primeira parte mas, com toda a franqueza, já tinha desaparecido nos segundos quarenta e cinco minutos.
No prolongamento, como era de esperar, falou mais forte a superior e indiscutível valia das estrelas do Real e mais forte ainda falou a disponibilidade física e mental dos que equipavam de branco. Há semanas que os Ancelottis só tinham olhos para Lisboa. Gozavam o privilégio de já se terem visto livres da discussão pelo título espanhol enquanto os Simeones lutaram - e de que maneira - por esse mesmo título que lhes fugia há quase duas décadas. Moral da história: o Guttmann é que tinha razão.
Como benfiquista, o meu coração balançou e muito nesta final. A vitória do Real Madrid proporcionaria ao Benfica um encaixe extra de 1 milhão de euros (pormenores do contrato de venda de Di Maria= e proporcionaria a Fábio Coentrão, que muito estimamos na Luz, uma noite e um título inesquecíveis. A vitória do Atlético elevaria Tiago, que também muito estimamos na Luz, a um estatuto que fez por merecer em toda a sua já longa carreira.
Quando ainda cedo na segunda parte, Fábio Coentrão saiu para dar o seu lugar a Marcelo, resolveu-se-me o problema ético e, com Tiago em campo do outro lado, desejei a vitória do Atlético sem hesitação. Correu mal, pois claro que correu.
A verdade é esta: este ano cansei-me de perder finais europeias.

A final da Liga dos Campeões foi um sucesso. Correi tudo muito bem. Teria corrido ainda muito melhor se não tivessem prendido o pequeno grupo de activistas da organização Greenpeace que pretendiam exibir durante o jogo uma faixa contra a Gazprom no Árctico. Que mal fazia a faixa?

MINUTOS depois de terminada a final de Lisboa, o Barcelona colocou no seu site oficial uma mensagem endereçando os parabéns ao Real Madrid pelo título conquistado.
Não venham, portanto, com comparações com outras rivalidades de outros países adjacentes. É outra música.

do Brasil onde está a gozar mais do que merecidas, Luisão falou para A BOLA e meteu-se em optimistas previsões: «Vejo-me a jogar mais cinco anos no Benfica», disse.
Logo rejubilou o pessoal aqui do outro lado do Atlântico. Se é verdade que Luisão fez em 2013/2014 a sua melhor temporada numa década ao serviço do Benfica, podemos confiar que nos próximos cinco anos continue a fazer melhor, e cada vez melhor de época para época, num crescendo que não se sabe onde irá parar.
Com mais cinco anos de Luisão e com mais cinco anos de, por exemplo, Oblak, só temos razões para continuar optimistas.

SEMPRE que um jogador da Selecção Nacional dá uma entrevista a dizer que não estava à espera de ser convocado ou, pior ainda, a dizer que os seus pais choraram de alegria quando ouviram o seu nome ser pronunciado, é bom que saiba que só está a arranjar lenha para a fogueira onde muitos querem queimar Paulo Bento por não ter chamado outros jogadores que, porventura, ficassem menos surpreendidos. Não só eles como os respectivos pais."

Leonor Pinhão, in A Bola

Altíssimo risco de Jesus

"A lógica do passo seguinte a tanto êxito. Fulcral: que novo plantel, estando à vista saída de meia equipa titular?...

um ano, quase todo o mundo benfiquista súbita e drasticamente exigia a cabeça de Jorge Jesus, esse falhado que, nas últimas 2 semanas da temporada, conseguira, num jacto, perder 3 finais...
Luís Filipe Vieira teve cabeça fria para priorizar que o Benfica chegara a todas essas finais . e o modo como as perdera - e teve a coragem de fazer exactamente o contrário do que lhe reclamavam: apresentou ao treinador contracto por mais 2 anos.
Jorge Jesus teve audácia para aceitar; decerto filha da firme convicção do que trabalhara bem e de que haveria de virar do avesso gigantescas fúrias contra si, até superiores às de Maomé perante toucinho.
Um ano decorrido, o Benfica de Jorge Jesus alcançou o que nenhum outro conseguira - conquistar tudo em Portugal - e bisou final da Liga Europa (perdendo-a, no desempate de grande penalidade, porque não pôde contar com 4 jogadores essenciais e porque a equipa de arbitragem não viu 2 penalties a sério e até no desempate (!) continuou muitíssimo vesga).
E agora? Dúvida durante algumas semanas - forte possibilidade de Jorge Jesus querer sair em glória - acaba de ser desfeita: será cumprido o contrato em vigor (mais uma época). Ressalvada, digo eu, a certeza de nunca certezas haver nestas matérias...
Evidente: Jorge Jesus hesitou. O peso de continuar após temporada brilhante é enorme. Tal como o aliciante de desafio além-fronteiras. Jorge Jesus possui capacidade técnica de primeiro plano em qualquer país. Mas ele próprio reconhecerá as suas limitações... linguísticas. Creio que, se falasse, ao menos razoavelmente, inglês ou francês, ou italiano - e se tivesse ganho uma das consecutivas finais europeias -, o nível de convites seria muito superior e... irresistível.
Jorge Jesus mantém-se no Benfica. Este nada arrisca; e até respira fundo. Os riscos, elevadíssimo!, são todos do treinador.

PORQUÊ elevadíssimos riscos para Jesus? Desde logo, o óbvio: diz a lógica que, após praticamente tudo se ganhar, o passo seguinte é alguma coisa, quiçá a mais importante, se perder.
Antes e depois dessa lógica, eis o fulcro do risco: que novo plantel vai o Benfica ter? Muito previsível: perda de qualidade. Sequela de grande temporada, com muitos jogadores subindo ao palco de irresistíveis apetites.
Rodrigo (devolvido ao nível que prometera 2 anos antes) e André Gomes (precisa de elevar rotações para ser excelente centrocampista) já não são do Benfica.
Saída de Garay é quase certeza. Ora este titularíssimo da selecção argentina tem sido, quando a mim - com licença de Luisão, do meio desorientado Mangala e de Rojo -, claramente o melhor defesa central no nosso futebol. Nesta última época, foi mesmo excepcional. Craveira mundial. A sua substituição será tremenda dor de cabeça.
Enzo Pérez  e Gaitán: dificílimo segurá-los na Luz. Enzo tornou-se médio todo-o-terreno de mão cheia! (sentidíssima na equipa a sua ausência na final de Turim, de tal modo ele acelera, impõe, estabiliza alto ritmo ataque-defesa). Gaitán é o puto talento. Um pouco inconsistente, mas amiúde abre o livro e descobre espaços de ataque onde só ele os viu.
E Salvio ficará? A lesão que o afastou na primeira metade da época talvez agora ajude o Benfica a mantê-lo... (e ele é, para mim, o consistente extremo em Portugal).
Siqueira, o defesa-esquerdo pós-Coentrão que o Benfica demorou anos a encontrar... O Granada exige 7 ou 8 milhões; Siqueira pretende enorme subida salarial e parece ter candidatos que o satisfaçam.
Cardozo: foi-se mais de metade da cotação que tinha há um ano. Ou como o seu fraquíssimo rendimento na última época está mesmo a pedir adeus à Luz. Sem Rodrigo e Cardozo, e com Lima trintão, SOS por pontas de lança.
Saída de 4 ou 5 (se não mesmo 6) titulares é dificílimo, quase impossível, será substitui-los a idêntico nível. Sporting e FC Porto esfregam mãos na perspectiva de Benfica bem inferior ao último.
Jorge Jesus tem valorizado imenso ror de jogadores (não esquecer Di Maria, Coentrão, Javi garcia, ou, embora com menos necessidade, Witsel). Mas - estando à vista começar de novo... - que qualidade de matéria-prima vai ter? Aí está o seu risco... altíssimo."

Santos Neves, in A Bola

Entre tantos

"Acabada a época futebolística a nível de clubes, vem aí, em todo o seu esplendor real e onírico, o convencionado defeso: catadupa de notícias assim e assado, declarações de amor incondicional de quem assina contratos, Torres de Babel que a globalização, o dinheiro e a ilusão sempre constroem no imenso mar de comissões, de cláusulas e de divisões de direitos desportivos e financeiros. E iremos, por certo, continuar a constatar que qualquer promissor jogador português é olhado com desconfiança e baixo retorno de intermediação, enquanto qualquer badameco vindo da Patagónia, Cartagena, Monterrey, Alexandria ou Split será um craque de fazer tremer de medo os outros clubes.
Bem, deixemos por agora e defeso, e detenhamos-nos em curtas notas (nacionais e europeias) sobre a época ora finada e a que aí vem.
Por cá, o mapa do futebol vira mais nortenho e menos sulista: desceu um do sul (Olhanense), subiram 3 do norte (Boavista, Moreirense, Penafiel). A cidade do Porto volta a ter mais do que um clube e a cidade de Lisboa faz o pleno, o que há muito não acontecia. Para além do SLB, SCP e Belenenses, haverá na 2.ª Liga o Atlético que afinal não desce e o Oriental que sobe saborosamente e com mérito. os distritos de Porto, Lisboa e Braga concentram 13 dos 18 clubes da 1.ª Liga.
Lá fora, a grande novidade é o facto inédito de dois colossos não irem a nenhuma competição europeia: Milan AC e Manchester United. Mas, invertendo o adágio popular, não há senão sem bela, pelo que estes clubes, com menor desgaste, podem vir a vencer os seus campeonatos. Ausente vai estar também o Valência agora opado por um ricalhaço."

Bagão Félix, in A Bola

Brasil e o povo, futebol e liberdade

"Os senhores da FIFA mantém um silêncio tão ensurdecedor. Depois do ataque de nervos por verem perigosamente atrasadas as obras de construção dos estádios do Mundial, a desagradável surpresa de verem o povo brasileiro na sua pátria de samba e futebol contestarem, por todo o país, a realização do Mundial.
Importa, aqui, fazer um esclarecimento essencial. Nem essas manifestações significam que o povo brasileiro passou a ser contra o futebol - obviamente que não - nem o povo é contra a realização da Copa no seu país. O povo brasileiro está contra - isso sim - um Mundial despesista, um Mundial de gastos indiscriminados e desproporcionados, um Mundial que - segundo acreditam - abriu, de par em par, as portas da corrupção.
Acresce que as primeiras manifestações surpreenderam de tal forma o mundo, que acabaram por ganhar universal projecção mediática. A partir daí, tudo o que é movimento de contestação no Brasil descobriu que o mundo inteiro toma atenção às manifestações que ponham em causa a Copa. Nas ruas das grandes cidades vimos um pouco de tudo e de todos a manifestar-se. Dos professores aos técnicos de saúde, dos estudantes aos índios, dos sindicatos aos reformados. É, agora, a altura de vir para a rua gritar, porque há a garantia de dezenas de câmaras a registar cada reivindicação popular.
A FIFA está em pânico. Já ouvi dizer que estão a ser programadas manifestações para boicotar a entrada de espectadores nos estádios e sabe que isso pode originar uma terrível guerra urbana. Continua a negociar com os chefes e com todo o tipo de líderes, mas nada garante que consiga evitar a proliferação de movimentos populares autónomos. Custos da liberdade. Não tão grandes como os do Mundial."

Vítor Serpa, in A Bola

O passivo de Vieira

" 'Há um clube em Portugal com um passivo superior ao do Benfica', disse Luís Filipe Vieira esta terça-feira à RTP. O presidente do Benfica não disse qual é, 'não me compete denunciar quem quer que seja'. Mas compete aos jornalistas: Vieira estaria a referir-se ao Sporting.
A questão é simples e é complexa. O Benfica consolida todo o seu passivo na SAD, o Sporting não. Por isso, quando se olha para o passivo de 450 milhões de euros da Benfica SAD, está a ver-se o perímetro completo da SAD e clube. Já quando se vê o passivo da Sporting SAD não se está a ver a totalidade do clube. Ora, e está é a novidade, os auditores do Sporting escreveram uma reserva no relatório às contas segundo a qual, além do passivo do clube de cerca de 210 milhões, há mais quase 300 milhões de passivo. Este relatório de auditoria não é ainda público mas os valores circulam junto de várias fontes do sistema financeiro. Era certamente a este valor que Vieira estaria a referir-se: a dívida do Sporting (clube) somará, neste caso, quase 500 milhões. Sendo assim, é superior à do Benfica.
As sociedades anónimas desportivas trouxeram grande transparência ao futebol, nomeadamente nas cotadas em bolsa. O problema está no que fica de fora. O facto de haver passivo fora da SAD não é ilegal mas é menos transparente. No caso do Sporting, a dívida é antiga. Mas assim se percebe o peso da herança de Bruno de Carvalho. E assim se percebe também por que razão a reestruturação do passivo do Sporting com a banca é tão delicado. Se ficar provado que há perdão de dívida indirecto, os outros clubes também quererão.
Os clubes estão demasiado endividados. O Benfica tem de vender jogadores para baixar a dívida, lucrar e passar os capitais próprios a positivos. O Porto tem de vender jogadores pela mesma razão e está a emitir obrigações. Já o Sporting tem realizado um trabalho notável com Bruno de Carvalho, mas o que falta é ainda muito. E assim os dois clubes de Lisboa voltam a medir-se. Só que, em termos de passivo, ninguém quer ser o maior."

Uma aposta coerente

"Contratar um lateral-esquerdo com qualidade a um preço acessível é um tarefa hercúlea, algo bem atestado em equívocos como Cortez, Luisinho, Emerson, Capedevila e Shaffer. A prevísivel saída de Siqueira coloca o hispano-suíço Benito na rota encarnada. Uma aposta coerente, mesmo tratando-se de um jovem que terá que se adaptar à realidade de um clube que quer vencer em todas as frentes. Disponível e forte fisicamente, o bom jogo aéreo - defensivo e ofensivo - garante-lhe uma boa cobertura do espaço interior, revelando-se muito mais eficaz na antecipação do que no desarme. Veloz e desequilibrador, assume, mesmo não sendo virtuoso, acções de condução e desmarcação. Exibe bons atributos nos cruzamentos - bola parada e corrida - e, no passe: curto e médio."

Rui Malheiro, in Record

PS:  Não sei se é verdade, a contracção do Loris Benito pelo Benfica. Não conheço suficientemente o jogador para ter uma opinião. Recordo-me do particular em Setúbal, onde Portugal venceu por 5-2 a Suíça, com muitas facilidades defensivas, e com um Cavaleiro muito inspirado. E até me recordo de 'brincar' com o nome do Benito!!! Mas não tomei atenção no desempenho do jogador. Agora, acho estranho este tipo de apostas... E não compreendo como por exemplo o Raphael Guerreiro, defesa-esquerdo, que foi titularíssimo no Lorient, 9.º classificado, do Campeonato Francês (muito mais competitivo do que o Suíço), com excelentes prestações, principalmente a atacar... foi inclusive titular no último jogo da nossa Selecção de sub-21 na Macedónia, onde defensivamente esteve bem, jogador que até já declarou publicamente o seu Benfiquismo... e mesmo assim, continua fora do radar do Benfica!!!
Também será prematuro pensar que esta contratação (a ser verdade) é para substituir o Siqueira. Pode ser para o lugar do Sìlvio, que mesmo ficando, só estará disponível, lá para o final do ano civil!!!
Sobre o Siqueira, acredito que a novela só vai acabar no final da janela de transferências, porque ninguém vai dar 14 milhões de euros (100%) por um defesa-esquerdo de 28 anos, ninguém... nem os malucos dos Árabes ou Russos!!! E mesmo os 7 milhões por 50% do passe, duvido que alguém ofereça isso... O Siqueira com a idade que tem, sabe que está na altura de fazer o contrato da 'vida', mas o Benfica só tem que se manter calmo, e esperar... Se este Benito, tiver qualidade, e se for uma precaução, para um eventual não-acordo com o Siqueira, então tudo bem...