segunda-feira, 26 de maio de 2014

Goleada... sem consequência!!!

Benfica 12 - 0 Valongo

Matematicamente fora da corrida pelo título, contra um adversário que independentemente do resultado tinha (e tem) que ganhar na última jornada, na recepção aos Corruptos, para ser Campeão... e que por isso, esta noite resolveu poupar os titulares, o Benfica acabou por golear, tranquilamente...
Este resultado tem pouco significado, mas não deixa de demonstrar como este Campeonato foi mal perdido... bastava, o Roubo de Valongo não ter acontecido, e o Benfica estava a uma jornada de se tornar Campeão!!! É verdade que alguns empates, não deveriam ter acontecido, mas esse é o tal velho argumento, no qual ser melhor não chega, temos que ser perfeitos!!!
A época ainda não acabou, vamos ter a Final Four da Taça de Portugal, onde quase de certeza vamos defrontar os Corruptos na Final... em condições normais diria que temos tudo para ganhar, mas como estamos de falar de Hóquei em Portugal: depende!!!

Capital mundial

"Lisboa foi a capital mundial do futebol. Recebeu a final da Liga dos Campeões aproveitando para mostrar ao mundo as coisas boas de Portugal. Foi brilhante e devem os responsáveis do Turismo agradecer ao futebol esta oportunidade fantástica.
Os 100 anos da FPF proporcionaram este momento único em termos desportivos mas também de enorme impacto económico. As contas só se fazem no fim, mas este foi mais um momento marcante que deve fazer pensar os que estão sempre contra a realização de eventos desportivos em Portugal com a habitual arrogância pseudo-intelectual e preconceitos contra o futebol que uma vez mais injectou muitos milhões de euros na nossa economia.
Lisboa assistiu a um derby que fica para a eternidade deixando Madrid quase deserta, pois houve invasão ao nosso país, com e sem bilhete. A festa foi bonita e espalhou-se por toda a cidade.
A FPF mostrou que a sua equipa está preparada para todo e qualquer desafio organizativo e António Costa, da Câmara de Lisboa, apostou e ganhou no apoio dado ao evento.
Tive o privilégio de assistir a momentos únicos e inesquecíveis. Platini a falar em português, bem como os presidentes de Atlético e Real abraçados, dizendo que são bons amigos fora do campo mostrando fair play, respeito e desportivismo acima da média e transformando o futebol numa festa espectacular e única.
Esta final fica para a história por diversos motivos. Um é seguramente o recorde de Cristiano Ronaldo que voltou a marcar, somando 17 golos em 11 jogos. Soberbo, é de outro mundo. Pepe, Fábio Coentrão e Cristiano Ronaldo estavam eufóricos e Tiago triste apesar da réplica dada pelo Atlético enquanto teve pernas.
Parabéns a todos pela bonita festa. Parabéns, FPF!"

Hermínio Loureiro, in A Bola

A Champions e os nossos...

"Final da Champions no estádio da Luz aguçara apetite do Benfica e até do FC Porto. Mas era sonho sem pernas para andar. Mesmo para o Benfica que saiu mal da fase de grupos, com 10 pontos - habitualmente suficientes para qualificação - e saber a injustiça no 1-0 na Grécia, quando jogou bem, atacou muito e esbarrou em fantástica exibição do seu ex-guarda-redes Roberto. A verdade é que, para lá de quartos de final na Champions, qualquer sonho lusitano passou a ter foros de quimera desde que, na última mão cheia de anos, tanto se agravou o fosso entre os clubes riquíssimos (e têm-se multiplicado...) e os remediados, quando mais face aos que, nesta crescente bitola, nem remediados chegam.
Portugal/Lisboa/Luz; especial alvoroço de 5 finalistas. Mais do que o luso-brasileiro Pepe (que lhe deu para festejar com a bandeira de Espanha?!), Ronaldo (finca-pé em desforra no estádio onde perdeu a final do Euro-2004) e, claro, Tiago, Coentrão e Di Maria, trio de ex-Benfica. Di Maria tanto se inspirou que foi o gigante desta final. Ali, onde ele e Coentrão, após 2 anos no Benfica jogando quais brinca na areia, tiveram a sorte de encontrar um senhor treinador que os virou do avesso: Jorge Jesus."

Santos Neves, in A Bola

Lisboa: a cidade da décima

"Depois das festas de Madrid, é o arranque definitivo da operação Mundial. Com Cristiano Ronaldo a 'exigir' merecido repouso.

1. (...)

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3. (...)

4. Tive o privilégio de assistir, ao vivo, às duas finais da principal prova europeia de clubes que se realizaram em Portugal.Em 1967, menino e com farda impecável do Colégio Militar, vivi a vitória, nunca esquecida, do Celtic. Dois a um. E vitória escocesa contra o Inter de Milão. Foi, de certa forma, o fim de um ciclo europeu construído a partir de 1956 e totalmente dominado inicialmente pelo Real Madrid - com seis conquistas até 66 -, Benfica - duas - e Milão e Inter da mesma cidade. Depois foi o Manchester United e o início do período holandês, em especial do Ajax. A que se sucedeu o ciclo alemão - Bayern de Munique - e de imediato, o ciclo de seis conquistas inglesas, com Liverpool (3), Nottingham Forest (2) e Aston Villa. A partir da época de 1985, surgem novos vencedores, como, entre outros, o Futebol Clube do Porto, a Juventus, o PSV, o Estrela Vermelha, o Marselha, o Borussia de Dortmund ou, mais tarde, o Chelsea. Agora, num Estádio da Luz acolhedor e caloroso, uma disputa renhida entre as duas principais equipas de Madrid. O jogo de sábado mostrou, a quem tinha dúvidas, que valeu a pena construir o novo Estádio e que o futebol é um fenómeno de massas, bem único e bem singular. Um fenómeno global como sentimos em Lisboa. Ali estavam os grandes nomes das finanças do mundo e do futebol global. Os grandes treinadores e os grandes jogadores que nunca esquecemos. E que foram nossas referências. Os grandes empresários da indústria do futebol e, naturalmente, os principais actores políticos conexos com as equipas participantes. Mas permitam-me uma nota bem pessoal. Ter o privilégio de assistir à final de sábado passado bem próximo - e escutando os seus sábios comentários - de antigos campeões europeus como António Simões, José Augusto ou Ângelo ou de um grande senhor da cultura portuguesa e europeia como o Professor Eduardo Lourenço é, em definitivo, como refere Matthew Arnold: «A cultura é a busca da nossa perfeição total mediante a tentativa de conhecer o melhor possível o que foi dito ou pensado no mundo em todas as questões que nos dizem respeito». Em todas as questões, sublinho! Que privilégio!

5. (...)

6. Lisboa foi mesmo o centro da Europa na semana passada. O hino da Liga tão bem cantado pela Marisa foi escutado por centenas de milhões de cidadãos desta nova vizinhança global. E Lisboa ficará, sempre, ligada à conquista da décima pelo Real de Madrid. Como ficou com a singular conquista do Celtic. São estes momentos únicos que também ajudam a escrever a história. Já que ela também é repositório de factos. E nestes, e respeitosamente indo a Fernando Pessoa e à sua Lisboa: o que o turista deve ver, lá passará a estar para os fervorosos adeptos do Real de Madrid o Estádio da Luz. O local onde conquistaram, com dificuldade e mérito a Décima! A décima Taça de melhor da Europa!"

Fernando Seara, in A Bola