quinta-feira, 20 de março de 2014

Susto com final feliz !!!

Benfica 2 - 2 Tottenham

Foram 78 minutos controlados, em ritmo de treino, e 15 minutos finais (já com os descontos) de susto, com o Oblak a evitar um chato e imprevisível prolongamento!!! O jogo foi jogado a baixa velocidade, muito por culpa da pouca ambição dos Ingleses (eles é que tinham que correr os riscos), com o Benfica a manter o jogo longe da nossa área, e a criar esporadicamente oportunidades de golo, tendo marcado numa delas...
A eliminatória parecia decidida, os jogadores Ingleses pareciam resignados, até que, marcaram o 1.º golo: numa jogada em que o Luisão não pode perder a bola no ar, algo que aconteceu várias vezes... e a nossa defesa tem que ganhar a 2.ª bola, e nunca pode permitir na sequência da bola disputada no ar, um situação de 1 para 1 a caminho da baliza!!! Já se sabia, com um golo os Ingleses iriam-se entusiasmar, e na jogada imediatamente a seguir, em fora-de-jogo (ligeiro, mas em fora-de-jogo), o Tottenham faz o segundo, sem fazer praticamente nada para o merecer... O Benfica tremeu (mas não caiu...), o Oblak foi resolvendo as situações, mas foi notório as dificuldades físicas de vários jogadores do Benfica: Salvio, André Gomes, Siqueira, Sulejmani, Amorim... Já depois da hora (já com os descontos esgotados), o Lima sofre um penalty óbvio, marcou-o, e evitou a derrota na Luz, para bem da estatística!!!
Por razões opostas, tivemos vários jogadores nos minutos finais completamente rotos!!! A gestão das substituições acabou por ser mal feita... tínhamos que ter refrescado o meio-campo defensivo.
A Leonor Pinhão recordou hoje na crónica, que a diferença do orçamento do Tottenham para o Benfica, é parecida com a diferença de orçamento do Benfica para o Nacional da Madeira!!! Ao contrário daquilo que foi escrito, e que vai ser escrito, sou obrigado a recordar que o Tottenham jogando mal, é o 5.º classificado do Campeonato Inglês... É verdade, que hoje jogou desfalcado de muitos jogadores, mas isso neste final de tarde até acabou por ser benéfico para eles, porque estas segundas opções, não demonstraram o desgaste físico (que o Benfica teve...), e até os Centrais adaptados acabaram por demonstrar mais agilidade e rapidez, do que os Centrais titulares, muito pouco móveis...
Independentemente dos últimos 15 minutos é ridículo colocar em causa a justiça do resultado, é verdade que apanhámos um susto, podíamos ter ido a prolongamento, mas num jogo em que dominámos durante 78 minutos, não merecíamos perder...
O Oblak finalmente teve um jogo com bastante trabalho, e como não teve culpa nos golos, salvou mesmo a equipa em várias ocasiões, a nota é bastante positiva; O  Maxi foi um dos jogadores que nos últimos minutos sentiu mais dificuldades, enquanto teve pernas, foi, como é habitual dos mais esforçados...; O Siqueira rebentou por completo nos últimos minutos... é obrigatório no próximo Domingo dar descanso ao Siqueira. E não é uma questão de poupanças para o jogo da Taça de Portugal. Para Domingo o Sílvio é a melhor opção para defesa-esquerdo (é o jogador que poderá apresentar melhor rendimento); O Garay voltou a marcar, e voltou a jogar bem, mas com o Siqueira todo o roto, o Garay não conseguiu fechar as costas do Brasileiro nos tais últimos 15 minutos; O Luisão voltou a fazer um bom jogo, mas com a entrada do Kane teve muitas dificuldades no jogo aéreo. Além do lance do 1.º golo do Tottenham, o Luisão deslocou-se demasiadas vezes para a zona do Maxi, para tentar disputar lances no ar, destapando o seu lugar no meio, onde o Rúben não compensava com a competência do Fejsa. Ficámos em várias ocasiões com um 'buraco' na linha defensiva; O Amorim foi outro dos jogadores que deu o berro, tal como o Siqueira devido ao excesso de jogos na última semana. Enquanto o pulmão aguentou foi dos mais esclarecidos...; O André Gomes, estava a fazer uma boa exibição... efectuando inclusive alguns passes longos, algo raro nos nossos centro-campistas titulares (Enzo incluído), mas nos últimos minutos, também 'rebentou'... neste caso por falta de ritmo, e nessa altura aquela atitude molengona fez-se notar para irritação de todos; O Salvio, fez provavelmente o melhor jogo desde que regressou da lesão, mesmo assim ainda falta-lhe velocidade, e como é típico no Toto, quando não está bem fisicamente agarra-se em demasia à bola... mas tal como o André Gomes, por falta de ritmo, acabou por dar o 'berro' nos últimos minutos; O Sulejmani fez um jogo razoável, numa ou noutra jogada devia ter passado a bola mais cedo, mas quando 'fugiu' para o meio, acabou por ser importante no início do processo ofensivo... acabou por se magoar naquele lance onde os Ingleses pediram penalty, e foi outro que ficou em dificuldades físicas, até ser substituído; O Djuricic voltou a não aproveitar a oportunidade... Este é um claro caso de falta de auto-confiança... E já agora, alguém tem que lhe dizer, que pode e deve, usar os braços, para proteger a bola...; O Cardozo continua o seu calvário no regresso após a lesão. Com um Benfica a jogar longe da área, as coisas tornam-se ainda mais complicadas para o Tacuara... hoje, na única vez, em que a bola lhe ficou ao jeito no pé esquerdo, devia ter passado, mas como a 'fome' do golo é muita rematou, mas eu, perdoou-o !!!
O Lima entrou bem, ganhou algumas bolas, inventou o penalty, e converteu-o... Naqueles minutos finais, pedia-se ao Enzo para congelar a bola, algo que ele sabe fazer, mas não conseguiu... O Markovic foi só para queimar tempo.
Desconheço a razão da ida para a bancada do treinador do Tottenham, desconheço se a explicação dada no final era uma piada, ou se estava a falar a sério. Mas se foi a sério, então o Tim Sherwood depois do espectáculo que deu no Domingo na linha lateral do Tottenham-Arsenal, conseguiu em poucos dias, depois do gesto 'desnecessário' do Jesus, ultrapassar o Jesus na tal falta de 'classe' que ele tanto reclamou...
Para as virgens ofendidas da nossa praça, que na semana passada, ficaram escandalizados com o Jesus, nada tenho a dizer... o meu único desejo, é ver o Jesus a mostrar os dedos, a muitos outros treinadores, durante muitos anos, como treinador do Benfica, porque se isso acontecer, é sinal que o Benfica estará de volta aos triunfos regulares... para desespero das tais virgens ofendidas!!!
Não posso acabar a crónica sem falar do filho-da-puta do Skomina!!! Mais uma exibição vergonhosa. Imagine-se marcou 3 faltas a favor do Benfica em todo o jogo!!! Nos momentos de maior sufoco do Benfica, deixou passar pelo menos 3 faltas claras a favor do Benfica, duas delas perto da área do Tottenham. Não tivemos um livre lateral ofensivo... É verdade que no tal lance com o Sulejmani podia (mal) ter marcado penalty contra o Benfica, mas teve algum pudor!!! Este filho-da-puta tem como Padrinho da UEFA o Alguidar (sim, o Alguidar, aquele que vomita ódio ao Benfica às segundas-feiras à noite na XIC-Notícias), este foi o 4.º jogo que apitou do Benfica, e ainda não se conseguiu 'enganar' uma única vez a nosso favor!!! Em Marselha, e em Stanford Bridge foi uma roubalheira descomunal; na Luz com Man United o jogo não lhe deu trabalho; hoje a eliminatória parecia estar decidida, mas no final quando 'cheirou sangue' deu um empurrãozinho... é verdade, que o fora-de-jogo no 2.º golo Inglês não é da sua responsabilidade directa, mas no resto do jogo não deixou dúvidas....
Amanhã temos o sorteio, mas o mais importante é jogo com a Académica. Muitos dos titulares vão regressar, espero que o Nico e o Fejsa sejam opção, porque o Rúben está a precisar de descanso, e o Sulejmani saiu tocado... Como já disse anteriormente, o Sílvio tem que jogar no lugar do Siqueira, as dificuldades físicas do Brasileiro foram evidentes. Estamos numa série de jogos com menos de 72 horas de recuperação entre as partidas. Não se trata de poupar, trata-se de ter o jogador com melhor disponibilidade para Domingo. O Maxi, o Luisão e o Garay também estão perto do limite, mas os Centrais aguentam mais... Mas deixo o aviso, que para o jogo da Taça, metia o Jardel, e fazia descansar o Maxi, com o Sílvio ou mesmo com o André Almeida!!! O jogo com a Académica não vai ser fácil, basta recordar o jogo do ano passado, e ainda por cima vamos ter o ladrão do Rui Costa a apitar... Que o susto de hoje sirva de aviso para os jogadores, que nada está conquistado, até o árbitro apitar... muito cuidado com as 'gestões' de resultados. Este ano estamos melhores nesta fase do jogo (gestão), mas a margem de erro continua a ser mínima...
Nos últimos 3 jogos sofremos 5 golos. Todos eles com a sua história, mas para quem vinha de uma série de partidas (muitas...) sem sofrer golos, estes 5 golos, devem ser entendidos como um sinal... Nada de amolecer...
Para o sorteio, desejo uma viagem à Holanda, o AZ é o meu 'favorito', seguido do Basileia, e em 3.º lugar na lista de preferência, desejo o Lyon. A evitar completamente, como é óbvio, a Juventus. E como ainda temos provavelmente 4 jogos esta época com os Corruptos a nível interno, não vejo razão para aumentar esse numero para 6 !!! Também não me agrada jogar com as equipas Espanholas, não costumamos ter sorte... Se não for pedir muito desejava mesmo, um Juventus-Corruptos (dois clubes dignos um do outro!!!) e de um Valência-Sevilha!!!

A Académica é que é do nosso campeonato

"O Benfica recebe hoje o Tottenham. Faço votos para que ninguém se magoe, porque verdadeiramente importante é o jogo que temos no domingo contra a Académica.

O Sporting quer ser o rei da selva. Está no seu direito. É leão. Corre um rumor na selva. O rei da selva em exercício está em decadência. Há quem acredite. Há quem, antes pelo contrário, duvide. Durante o longo reinado que muitos insistem estar a acabar, o Sporting foi um aliado. Excepção feita aos consulados de João Rocha, na década de 80 do século passado, de Pedro Santana Lopes, no virar do século e de Dias da Cunha, já em pleno século XXI. Estes primaram por outra coisa. A ideia que se transmite a um observador externo é que o Sporting, que manteve relações cordiais com o reinado em alegada decadência, pretende agora apanhar os cacos da derrocada para a qual tão pouco trabalhou. Também está no seu direito. Não se trata de oportunismo. Trata-se de oportunidade. Embora haja quem pense que se trata, na verdade, de puro oportunismo. Muito têm apreciado os benfiquistas o silêncio oficial do seu clube. O presidente do Benfica ficou-se por se mostrar satisfeito por não descer de divisão se lhe forem subtraídos os pontos reclamados. Teve a sua graça. Mas deseja-se que se fique por aqui. Já os portistas não terão apreciado o silêncio do seu presidente durante a semana de lançamento do movimento Basta. E agora dizem que é tardio o comunicado anti-viscondes. Estas coisas não costumavam acontecer. Uma coisa é certa. A selva está virada do avesso.

O segundo golo do Nacional, na noite de segunda-feira, foi marcado por Djanniny, jogador emprestado pelo Benfica aos madeirenses. Boa, Djanniny!
Sempre que o Benfica tenha de sofrer golos pois que sejam marcados por jogadores do Benfica-emprestados ou mesmo por ex-jogadores do Benfica com forte ligação às origens.
Isto para calar as vozes moralistas que, por exemplo, se levantaram em coro há coisa de poucas semanas quando o Benfica visitou o Restelo e Miguel Rosa nem sequer foi para o banco de suplentes por opção da SAD do Belenenses – conforme viria a ser noticiado – e não por imposição do patrão ou do ex-patrão, que é o que para o caso menos importa…
E, já agora, sempre que o Benfica tenha de sofrer golos pois que marque sempre mais golos do que os do adversário. Não se esqueçam deste pormenor.
É que é assim que se ganham os jogos, por enquanto.

O jogo do Funchal decorreu sem incidentes dentro e fora das quatro linhas. Refiro-me a incidentes daqueles que dão que falar durante a semana inteira.
No entanto, seja qual for o resultado de um jogo de futebol haverá sempre gente insatisfeita e predisposta a analisar a menor ocorrência sob a perspectiva dos seus interesses.
E nisto, tenham lá paciência, somos todos iguais. Iguais até um certo ponto, como poderão constatar.
Do lado do Benfica, por exemplo, no fim do jogo, não se ouviu nem um rumor sobre o trabalho do árbitro. E Manuel Mota – com todo o respeito pela semana de angústias que teve de suportar -, se acabou por não ter influência na decisão da partida, já não se esmerou, propriamente, num modelo acabado de arbitragem anti-caseira.
Do outro lado, não do lado do Nacional mas do lado dos adversários do Benfica nesta corrida pelo título de 2013/214, ouviu-se porém lamentar que o penalti assinalado a Luisão «foi cedo demais».
E, de facto, foi cedo, aos 6 minutos de jogo. O «cedo» aceita-se por isso mesmo.
Já o «demais», francamente, reza o bom senso que é má política contar como garantidos penaltis assinalados à hora mais conveniente em função do resultado e dos interesses em jogo.
Manuel Mota apontou para a marca da grande penalidade aos 6 minutos porque entendeu que Luisão jogou com a mão a bola que lhe ressaltou da coxa. Interpretação discutível mas aceitável.
Eu não marcava o penalty. Para mim era bola na mão e não mão na bola. Mas eu sou do Benfica e Manuel Mota é árbitro, são coisas diferentes, podem crer. Temos três décadas de História que o provam.
Criticam-no agora os nossos adversários por ter assinalado esse castigo máximo e acusam o árbitro de ter, com essa decisão, provocado a cavalgada do Benfica que daria magnificamente a volta ao resultado até ao intervalo.
«Foi um penalti cedo demais!»
Isto já é demência. Mas não deixa de ter piada.

A transmissão televisiva não mostrou mas, no dia seguinte, os jornais contaram-nos que Manuel Machado, o treinador do Nacional, se virou para a bancada onde se acomodavam os adeptos do Benfica e contemplou-os com um rijíssimo manguito no momento em que Djanniny reduziu para 2-3.
Machado foi instado a explicar o seu gesto no fim do jogo e explicou-se bem. Não gostou de ouvir as tropas forasteiras brindar com «olés!» a exibição valorosa dos jogadores do Nacional quando o resultado estava num confortável 3-1 a favor do Benfica e ainda faltavam muitos minutos por jogar.
Lamento se ofendo os espíritos mais sensíveis do benfiquismo mas, neste episódio, estou do lado de Manuel Machado. Também não gostei dos «olés». E, aliás, nunca gosto desse comportamento arrogante e vexatório. Cantar «olés» é cruel. A crueldade é sempre detestável.
Julgo que os próprios jogadores da equipa que está por cima, e neste caso era a do Benfica, não gostam, por razões muito válidas, de ouvir os seus adeptos humilhar em coro os seus colegas de profissão que estão do outro lado.
Manuel Machado, ainda a propósito do seu manguito, censurou os «olés» em função dos orçamentos das duas equipas. Fez notar a disparidade e o sem valor daquele tipo de celebração quando estavam em campo duas equipas com níveis de vida e privilégios tão opostos.
Mais uma vez lamento aborrecer os meus consócios e amigos mas, neste pormenor da crueldade versus orçamento, também estou do lado de Manuel Machado.
Quanto ao manguito, considero-o um gesto muito português. E é tudo o que se oferece dizer sobre este episódio funchalense.

CALCULO que em Inglaterra, onde reina o Special One, já chamem ao nosso Jorge Jesus o Special Three e com todo o cabimento depois do grande momento cómico que foi a sua explicação em língua inglesa para o facto, amplamente documentado, de ter mostrado três dedos ao treinador do Tottenham que se chama Tim Sherwood e também terá o seu mau feitio.
Na noite de quinta-feira última, depois de o Benfica ter vencido o Tottenham em Londres por 3-1, uma plêiade de comentadores e de opinantes imparciais, como se impõe, lavou a vitória e a bela exibição do Benfica durante os 90 minutos de White Hart Lane com as ânsias de motim do treinador do Benfica que, bem ao seu estilo, provocaram meio minuto de folclórico caos à beira das quatro linhas.
Gostei? Não, não gostei.
Foi curioso, no entanto, assistir aos debates sobre o assunto. Havia, ao que parece, um crime que precisava de ser lavado. Só que o crime não era o comportamento do nosso Special Three. O crime que precisava de ser lavado era o da autoritária vitória do Benfica no campo de um adversário que, em termos de orçamento, está para o Benfica como o Benfica está para o Nacional da Madeira. E para isso serviu que nem ginjas o momento não singularmente destravado do nosso treinador.
Foi com esta ideia que fiquei.
Travões nisso, mister!
Entretanto passou-se uma semana e hoje à noite o Benfica recebe o Tottenham para o jogo da segunda-mão dos oitavos-de-final da Liga Europa. Faço votos para que ninguém se magoe porque importante, verdadeiramente importante, é o jogo que temos no domingo contra uma equipa valorosa de um emblema histórico, a Associação Académica de Coimbra. E a Briosa é que é do nosso campeonato.
O resto são peaners.
Na verdade, o Benfica tem tudo. Só não tem é comparação.

JOSÉ MEDEIROS FERREIRA era um homem admirável que gostava de futebol por uma questão filosófica e era do Benfica por uma questão política. Não estou a inventar. Foi ele próprio quem mo disse inúmeras vezes. 
Fomos, durante duas décadas, vizinhos do lado no antigo Estádio da Luz. No novo Estádio da Luz passamos a ser vizinhos da frente. Fomos sempre próximos em muitas coisas, em muitos lugares, em muitas situações. A coisa não se reduziu apenas ao Estádio da Luz. O que, só por si, já teria valido a pena mas que seria, e não foi, um imenso desperdício porque o Medeiros Ferreira tinha muito mais para oferecer do que o incomensurável amor pelo seu clube. Foi com enorme tristeza que recebi a notícia da sua morte. Recordo-o na política, na universidade e no país. Recordo-o no estádio novo e no estádio velho, recordo-o no bairro. Hoje passei pela Císter e não entrei. Fui tomar café a outro lado."

Leonor Pinhão, in A Bola