quarta-feira, 12 de março de 2014

Verdades de La Palisse !!!


Obrigado boloposte, estes últimos dias tem sido uma delícia!!!

Demasiado mau...

Águas Santas 23 - 22 Benfica

Não se compreende... hoje, conseguimos falhar os últimos 8 ataques da partida, quando estávamos somente a perder por 1, inclusive um livre de 7 metros (4 no total!!!)... a quantidade de falhanços aos 6 metros é inacreditável... Isto tudo depois de um jogo, onde tivemos sempre a correr atrás do prejuízo, e que nos minutos finais conseguimos passar para a frente, para depois perder a vantagem estupidamente, puro masoquismo...!!!
Com os resultados dos outros jogos, continuamos a depender somente de nós (matematicamente não é bem assim, mas o ABC vai perder pontos...), mas neste momento deveríamos estar à frente com uma vantagem confortável,... e a continuar a jogar assim, vamos perder mais jogos nas próximas jornadas...

Ao rubro

"A jornada deste fim-de-semana pode dizer muito acerca do futuro do Campeonato. Estamos na frente, e os dois principais perseguidores jogam entre si em Alvalade. Pelo menos um deles perderá pontos, mas isso só nos trará benefícios se vencermos a difícil batalha da Choupana. Difícil por várias razões:
- Antes de mais, pelo valor do adversário, que é, indiscutivelmente, uma das melhores equipas da Liga, orientada por um técnico que, desde há largos anos, mantém uma certa rivalidade com o nosso;
- A deslocação envolve uma sempre desgastante viagem de avião, tão só algumas horas depois de uma outra;
- O estádio do Nacional é tradicionalmente difícil, quer pelas dimensões, quer pela altitude, quer pelo clima, e ainda na temporada passada lá deixámos dois pontos;
- Não contaremos com Fejsa, elemento chave no meio-campo encarnado;
- O jogo surge entalado a meio de uma muito exigente eliminatória europeia, e sabemos bem o quanto isso normalmente pesa nas pernas… e na cabeça, de alguns jogadores;
- A vantagem pontual obtida nas anteriores jornadas é susceptível de causar algum deslumbramento;
- Last but not least, veremos quem é, e como se comporta, o árbitro de uma tão importante partida.
Se conseguirmos ultrapassar todos estes circunstancialismos, vencermos o Nacional, e, paralelamente, tivermos boas notícias de Alvalade (um empate?), não ficando o Campeonato desde logo resolvido, as contas do mesmo ficarão muito bem encaminhadas, e a vantagem pontual permitirá até algum risco, com vista a uma aposta forte nas outras provas que ainda disputamos. Ao invés, um resultado negativo na Choupana pode deixar-nos novamente à mercê do segundo classificado, sabendo-se que ainda temos deslocações a Braga e ao Porto, entre outros difíceis compromissos.
Os dramas do ano passado ainda estão bem presentes na nossa memória. Só com o pássaro na mão poderemos cantar vitória. Mas é de jornadas com esta que a decisão final se alimenta. E isso terá de estar na mente de todos aqueles que entrarem em campo."

Luís Fialho, in O Benfica

Cadê as goleadas? (I)

"Uma equipa ganha por 3 (ou mesmo 2) golos de diferença e, vai daí o título nos media é «goleada»! Uma hipérbole literária, bem distante das verdadeiras goleadas de outros que significavam, essas sim, resultados desnivelados e muitas bolas dentro da baliza.
Decorridas 22 jornadas do campeonato, o que aconteceu? Nos 176 jogos já realizados a maior diferença de golos foi de 4 e aconteceu apenas por 7 vezes, 4% das partidas. Numa só delas, curiosamente na 1.ª jornada, uma equipa (Sporting) marcou 5 golos (5-1 ao recém-chegado Arouca). O máximo de golos aconteceu num encontro em que não intervieram nenhum dos grandes: Marítimo, 3 - Paços de Ferreira, 4. Mesmo o incontestado líder Benfica ainda não ultrapassou a diferença de 2 golos em casa e só o conseguiu uma vez e fora da Luz (3-0 à Académica).
O que significa isto? Maior nivelamento das equipas? Aparentemente a pontuação desmente-o, pois o fosso entre os maiores e os menores é acentuado. Jogar para perder por poucos? Talvez. Basta olhar para os golos marcados por sete equipas do fundo da tabela que ainda não atingiram os 20 golos à 22.ª jornada (o Belenenses só marcou por 11 vezes...). Menor capacidade das melhores equipas ou - voltando ao que aqui escrevi a semana passada - gestão dos 90 minutos? É provável. Péssimo estado dos relvados? Talvez, também.
Por cá o instinto matador esbate-se. Faltam golos, falha alegria, escasseia o espectáculo. Olhem para Espanha, Inglaterra e Alemanha e percebemos a diferença na demanda do golo. Até o cinzentão Calcio já virou mais amigo dos golos. Amanhã voltarei ao assunto."

Bagão Félix, in A Bola