sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

E depois do Menino foi o Senhor

"Ainda mal refeitos da partida de Eusébio, somos confrontados com a partida de Coluna. Início de ano ingrato para a história de um clube que faz hoje mesmo 110 anos.
Em 110 anos de história, Coluna e Eusébio serão seguramente, com Cosme Damião, as figuras maiores.
No caso de Coluna custa ver partir o ex-jogador, o Monstro Sagrado, mas sobretudo o Senhor. Senhores fazem sempre falta, porque rareiam.
Coluna era muito mais que um bicampeão europeu ou um decacampeão nacional. Coluna foi durante décadas não um senhor, mas o Senhor.
Este ano todos os títulos são poucos para homenagear a história e os que partiram.
Sete pontos de vantagem sobre o principal adversário e cinco sobre o rival de respeito, são motivo de satisfação mas não são ainda definitivos. Embora pareça que a vantagem pontual não seja, desta vez, pontual.
Não nos poderemos distrair com supostas crises de adversários. Um Benfica competente e alheado do ruído mediático à volta de terceiros ganhará com mérito e justiça.
Qualquer outro caminho é desinteressante, erróneo e errático.
Ser Campeão Nacional é prioritário mas Turim, Jamor e Leiria são também objectivos.
O Benfica conseguiu uma vitória tranquila sobre o PAOK e beneficia do apuramento do FC Porto. O calendário preenchido para ambos.
O Tottenham é muito superior ao PAOK, mas uma vitória sobre os ingleses põe Turim muito perto.
Jorge Jesus tem uma oportunidade de acabar com a maldição inglesa. Liverpool e Chelsea, duas vezes, nos últimos quatro anos, são uma estatística para abater.
White Hart Lane é um palco cuja história merece o melhor Benfica."

Sílvio Cervan, in A Bola

Pés no chão

"Nenhum benfiquista esquecerá tão cedo aquele terrível mês de Maio de 2013, no qual, em poucos dias, perdemos tudo aquilo que ambicionávamos vencer, e que o futebol praticado pela equipa bem fizera por merecer.
Na altura, bastava-nos ganhar na Luz às duas equipas provenientes do segundo escalão (Estoril e Moreirense), para matematicamente selar o título. Estávamos, vinte e três anos depois, numa final europeia. Estávamos, oito anos depois, numa final da Taça, para a qual éramos unanimemente considerados favoritos. Perdemos tudo.
Com esta memória ainda bem viva, não serão certamente os cinco pontos de vantagem (cinco, e não sete), a dez longas jornadas do fim do Campeonato (envolvendo deslocações à Choupana, a Braga e ao Dragão, por exemplo), que nos irão tirar o discernimento, ou fazer embandeirar em arco.
Depois dos traumas da temporada anterior, só mesmo a matemática nos fará festejar. Até lá, há que manter a concentração, a união em torno da equipa e de todos os que a rodeiam, e a noção bem clara de que, em cada jogo, em cada treino, em cada disputa de bola, estará a chave que pode abrir as portas ao nosso sonho.
O Benfica tem a melhor equipa?
Claro que tem, tal como na época passada já tivera.
O Benfica pratica o melhor futebol?
Claro que pratica, tal como na época passada praticara.
O Benfica merece ser campeão?
Claro que merece, tal como na época passada merecera. Porém, todas estas evidências não valerão absolutamente nada se, à 30.ª jornada, no dia 11 de Maio, não tivermos mais pontos que qualquer outra equipa na tabela classificativa.
No Restelo, temos a primeira das dez finais ainda por disputar. Daqui em diante, a pressão vai crescer, o empolgamento dos adversários também, havendo que contar com as habituais influências externas - que sempre se fazem sentir nos momentos mais críticos. Teremos de estar preparados para tudo. O combate por este título é demasiado importante para permitir desatenções.
Com confiança, mas sem triunfalismos: Todos por um! Todos pelo título!"

Luís Fialho, in O Benfica

Semana vitoriosa

"1. Não foi um Benfica brilhante, mas foi um Benfica prático, o que ganhou na Liga Europa e na nossa Liga. E a vantagem adquirida sobre os mais directos adversários deixa-nos optimistas mas não nos deve deixar eufóricos. Ainda há muito campeonato.
O Guimarães foi uma equipa muito bem organizada e que nos dificultou bastante a tarefa. Poderíamos ter resolvido o jogo na 1.ª parte. Depois, na 2.ª, não estivemos bem, embora a defesa continuasse segura e a vitória nunca estivesse verdadeiramente em perigo. Mas, às vezes, quando menos se espera...
Na Grécia, o Benfica conseguiu importante vitória para a Liga Europa. Um triunfo sabe sempre bem, sendo que este foi conseguido com uma formação muito coesa e com a importante particularidade de incluir vários jogadores menos utilizados.

2. O Diário de Notícias (curiosamente não o Jornal de Notícias...) publicou na semana passada uma excelente investigação intitulada 'Gaia à beira da falência, com dívida de 300 milhões'. Para essa dívida contribui naturalmente o Centro de Estágio do Olival, feito para o FC Porto através da Fundação PortoGaia (presidida por... Pinto da Costa), que custou à autarquia (e apenas à autarquia) 16 milhões de euros e pela utilização do qual o clube paga... 500 euros mensais. O FC Porto precisaria de 2666 anos para pagar o que ali foi gasto! Além disso, o FC Porto tem jogado (de borla, claro...) no Estádio Dr. Jorge Sampaio, que também pertence à autarquia. Tudo isto enquanto Benfica e Sporting tiveram que construir os seus centos de treino e pagam a sua manutenção...

3. 'Só os ratos é que fogem', afirmou Pinto da Costa na noite de domingo, após a derrota do FC Porto e quando a polícia, para proteger os elementos da equipa da fúria dos adeptos, pretendia fazê-los sair por outra via que não a habitual (fúria dos adeptos que por vezes até dá jeito, quando se quer mandar embora um treinador que não está pelos ajustes, como aconteceu há alguns anos com Co Adriaanse...). Pois, a propósito de ratos que fogem, Pinto da Costa deve ter-se esquecido de uma célebre viagem que fez a Vigo, aquando do 'Apito Dourado'..."

Arons de Carvalho, in O Benfica

Ecletismo e Verdade

"A revista da FIFA The Weekly que coloca o Benfica como o clube com mais sócios pagantes em todo o mundo - à frente de Bayern Munique, Barcelona, Man. United, Arsenal, etc. - não deixa também de enaltecer o Clube pela postura ecléctica que mantém, com grandes resultados obtidos em competição em outras modalidades para além do Futebol. É justíssimo que o faça: como aqui repetimos vezes sem conta, o Benfica é mais que um Clube, é muito mais que um Clube de futebol. O Benfica é uma cultura desportiva que é ecléctica por definição e prática.
Quando o actual Presidente começou a desempenhar funções directivas no Benfica, as modalidades para além do futebol tinham sido positivamente dizimadas. Sabe-se como é difícil recomeçar mas o Benfica recomeçou. E com o maior sucesso. É visitar o Museu Cosme Damião e, logo à entrada, apreciar a galeria dos troféus conquistados na última década.
No passado fim-de-semana - quando escrevo esta crónica -, o Benfica entrou em competição em diversas modalidades com as equipas principais do sector de seniores que ganharam em toda a linha. E assim, no atletismo o Benfica conquistou o Tricampeonato Nacional de Clubes em Pista Coberta; também assumiu a liderança do Campeonato Nacional de Clubes de Dualto; no andebol, basquetebol, futsal, hóquei em patins e voleibol venceu os adversários nas competições em que está envolvido.
O Benfica ganhar os seus títulos competindo lealmente. E seria uma vergonha para o País que um campeão europeu e mundial de clubes abandonasse a prática de uma modalidade por falta de condições de verdade desportiva. Haja quem assuma responsabilidades e garanta o primado da verdade desportiva sobre a mixórdia da compra de títulos de conveniência."

João Paulo Guerra, in O Benfica

As fugas e os ratos

"No dia 2 de Dezembro de 2004, um conhecido dirigente de um clube estava em terras galegas, no “Parador de Tui”. Nesse mesmo dia, pelas 7 da manhã, a Polícia Judiciária fazia uma busca à casa desse dirigente, para o deter e conduzir ao tribunal. A coincidência da ausência fez com que se abrisse uma investigação. Da investigação, formou-se, por parte dos investigadores, a convicção de que houvera uma fuga de informação, da qual resultou a fuga do referido dirigente para a Galiza. Passados uns meses, a questão das fugas foi arquivada por impossibilidade de provar quem fora o homem que provocara a fuga de informação. Mais tarde, e segundo noticiava o jornal “Expresso”, em Junho de 2007, os inspectores que realizaram a investigação consideravam que "Quanto à(s) pessoa(s) que possam ter perpetrado tal ilícito, deixam-nos tão mais decepcionados quanto o seu universo é o mesmo em que exercemos o nosso ministério, o da realização da Justiça".
No dia 23 de Fevereiro de 2014, um conhecido dirigente de um clube estava à porta da garagem de um estádio a falar para a comunicação social, no intervalo de uma aparente ameaça a um jornalista e da suposta recusa em acatar uma decisão policial (coisas que, a julgar pela falta de repercussão na comunicação social, devem ser banais e costumeiras lá por aquelas bandas). No solilóquio comunicacional a que se propusera, o dito dirigente garantia que “só os ratos é que fogem”. Desta consideração pouco abonatória para com a bicheza vil e roedora depreende-se que este dirigente estaria a ofender de forma incisiva e garantidamente injusta o outro dirigente de quem se diz ter fugido para a Galiza. Ora, em defesa do bom nome do suposto fugitivo de 2004, aguarda-se um pedido de desculpas por parte deste dirigente que agora acusa o outro de ser um rato."

Pedro F. Ferreira, in O Benfica

Crónica de louvor e bem-dizer...

"O Benfica vai estar hoje representado ao mais alto nível no funeral de Mário Coluna. Trata-se de uma decisão que traduz o reconhecimento pelo que o monstro sagrado fez por um clube onde, entre outros troféus, venceu duas Taças dos Campeões Europeus e dez Campeonatos.
Mas além de ter pautado pelo acerto o seu comportamento na morte de Mário Coluna, bem pode o Benfica sentir-se bem com a forma como tratou o grande capitão especialmente na última década, confundindo-se este tempo com a presidência de Luís Filipe Vieira. A Coluna, na doença, foram proporcionados, sempre de forma discreta e sensível, por parte do presidente do Benfica, todos os cuidados, numa atenção que transcendeu a mera obrigação. Com Mário Coluna, agora desaparecido, o clube da Luz portou-se como uma pessoa de bem, como quem sabe que saem respeitar o passado não terá um bom futuro.
Aliás, nesta senda, faz parte dos projectos benfiquistas a executar no curto prazo a construção de uma «casa do jogador», no complexo do Seixal, capaz de acolher os ex-jogadores que, na velhice, requeiram tal apoio. Da mesma forma, quem for ao Estádio da Luz em dia de jogo deparar-se-á com muitos dos que construíam, dentro das quatro linhas, a glória do Benfica e que são regularmente convidados a envolver-se nas actividades do Benfica.
Aqui fica, pois, este registo, um registo de bem-dizer num País que parece ter-se esquecido das virtudes do reconhecimento do mérito.
Por falar em reconhecimento do mérito, é hoje, dia do 110.º aniversário do Benfica, inaugurada no Estádio da Luz uma estátua de Béla Guttmann, o feiticeiro de Berna e Amesterdão. Será que vai acabar a «maldição»?"

José Manuel Delgado, in A Bola

'Monstro Sagrado' eternamente!

"Não tive com o senhor Mário Coluna, nem de perto nem de longe, por razões óbvias, a mesma relação de proximidade que com o rei Eusébio. Porém, obra do destino (será?), foi na lindíssima cidade de Maputo, no início da década de 80, por altura da comemoração de mais um aniversário da Independência moçambicana - foi a última reportagem que fiz para a Gazeta dos Desportos e nessa viagem a África tive por perto o carinho de dois Senhores que recordo amiúde, como o foram Carlos Pinhão e Carlos Arsénio - que tive o privilégio de conhecer o monstro sagrado, que eu apenas conhecia das vezes, poucas, que o vi jogar ao vivo e das belas serenatas que me proporcionou através de fantásticas imagens a preto e branco, como aconteceram no Mundial de 1966. E foi no Polana, no final do dia 25 de junho de 1985, com o mais lindo pôr do sol do mundo em fundo, que o monstro sagrado me apresentou ao seu presidente e figura única da história mundial, como o foi Samora Machel. Levando em linha de conta, que além dos monstros citados Eusébio e o capitão Mário Wilson eram outros monstros sagrados que também estavam nessa festa tão importante para os moçambicanos, nunca esquecerei o orgulho e a felicidade sentidas por aquele par de horas tão diferente de tudo o que tinha vivido, até porque o senhor Mário Coluna tinha tido a delicadeza de ter salientado que em determinada altura da sua vida o meu pai tinha sido tão moçambicano quanto eles.
Quando choquei com a notícia da morte do monstro sagrado devo confessar que o sentimento sentido pelo seu desaparecimento foi um desgosto, mas diferente do que me havia acontecido com o king, porque as últimas novas não eram nada animadoras. Mário Coluna junta-se a Eusébio. Como diz Oceano, no Céu a equipa está cada vez mais forte, mas cá na Terra... eternamente agradecido senhor Mário."

José Manuel Freitas, in A Bola

Lixívia 20

Tabela Anti-Lixívia:
Benfica......49 (-9) = 58
Sporting.....44 (-3) = 47
Corruptos...42 (+7) = 35
Braga.........27 (+2) = 25

Em semana de Liga Europa, é sempre bom recordar que com 11 pontos de vantagem no Campeonato, as probabilidades de o Benfica ultrapassar o Tottenham seriam sempre melhores, mas a realidade é outra...

Já tinha referido anteriormente, Nuno Almeida neste momento não tem condições de apitar jogos do Benfica. Depois do penalty, bem assinalado, a favor do Benfica a época passada, no Benfica-Académica, já no período de descontos, depois de toda a polémica, o árbitro Algarvio ficou marcado como pseudo-benfiquista... Aconteceu esta época no jogo na Luz com o Braga, já aconteceu esta época num jogo da equipa B do Benfica, onde expulsou dois jogadores do Benfica...
Nesta partida com o Guimarães, enganou-se demasiadas vezes nos lançamentos laterais, esqueceu-se de marcar faltas a favor do Benfica, em situação ofensiva: com todo o domínio do Benfica, tivemos 1 livre perigoso a nosso favor, contra vários livres laterais, perigosos, do Vitória!!! E disciplinarmente, perdoou duas expulsões a jogadores do Guimarães, uma no final da 1.ª parte, ao Addy... E para cúmulo dos cúmulos, marcou um fora-de-jogo ao Lima num lançamento lateral... numa jogada onde ficou outro livre perigoso, a nosso favor, por marcar, devido a um claro empurrão ao Rodrigo!!!
O facto dos Corruptos, beneficiarem das potenciais expulsões de jogadores do Vitória, na próxima jornada, é indiferente... O Benfica venceu, é verdade, mas pela diferença mínima, ficando até ao final da partida, indefeso contra um possível golo adversário, mesmo que fortuito.

O facto dos Corruptos terem perdido com um golo de penalty, é uma dado estatístico raríssimo. Devemos recordar este momento, para o resto das nossas vidas, porque não vai acontecer muitas mais vezes!!! Penalty, e expulsão, contra os Corruptos (em casa, ou fora!!!) é provavelmente o acontecimento mais raro no Universo!!! A falta foi tão óbvia, que Vasco Santos não teve hipóteses... agora, cuidado com o possível endeusamento do árbitro, por ter feito o seu trabalho, o curriculum do dito cujo, com o Benfica é horrível, não me esqueço daquele Benfica 2 - 2 Setúbal (com o frango do Quim no final, e golo do Suazo anulado, após lei da vantagem anulada por conveniência...!!!), estou curioso para saber quando é que será o próximo jogo dos Corruptos, apitado pelo Vasco Santos...
O resto do jogo foi pacifico, excepto uma entrada do Mangala, que podia ser sido amarelada, e não foi...!!!

Nada a assinar nos jogos do Braga e do Sporting...

Anexos:
Benfica
1.ª-Marítimo(f), D(2-1), Jorge Sousa, Prejudicados, (2-2), (-1 ponto)
2.ª-Gil Vicente(c), V(2-1), Paulo Baptista, Prejudicados, Sem influência no resultado
3.ª-Sporting(f), E(1-1), Hugo Miguel, Prejudicados, (0-2), (-2 pontos)
4.ª-Paços de Ferreira(c), V(3-1), Paixão, Nada a assinalar
5.ª-Guimarães(f), V(0-1), Bruno Esteves, Prejudicados, Sem influência no resultado
6.ª-Belenenses(c), E(1-1), Jorge Tavares, Prejudicados, (2-0), (-2 pontos)
7.ª-Estoril(f), V(1-2), Manuel Mota, Beneficiados, Prejudicados, Sem influência no resultado
8.ª-Nacional(c), V(2-0), Jorge Ferreira, Nada a assinalar
9.ª-Académica(f), V(0-3), Hugo Pacheco, Prejudicados, Sem influência no resultado
10.ª-Braga(c), V(1-0), Nuno Almeida, Prejudicados, Sem influência no resultado
11.ª-Rio Ave(f), V(1-3), Paixão, Nada a assinalar
12.ª-Arouca(c), E(2-2), Rui Costa, Prejudicados, Beneficiados, (3-2), (-2 pontos)
13.ª-Olhanense(f), V(2-3), Vasco Santos, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
14.ª-Setúbal(f), V(0-2), Paulo Baptista, Prejudicados, (0-3), Sem influência no resultado
15.ª-Corruptos(c), V(2-0), Soares Dias, Prejudicados, Beneficiados, Sem influência no resultado
16.ª-Marítimo(c), V(2-0), Hugo Miguel, Beneficiados, Prejudicados, Sem influência no resultado
17.ª-Gil Vicente(f), E(1-1), Paixão, Prejudicados, (1-2), (-2 pontos)
18.ª-Sporting(c), V(2-0), Marco Ferreira, Nada a assinalar
19.ª-Paços de Ferreira(f), V(0-2), Duarte Gomes, Prejudicados, Sem influência no resultado
20.ª-Guimarães(c), V(1-0), Nuno Almeida, Prejudicados, Sem influência no resultado

Sporting
1.ª-Arouca(c), V(4-1), Rui Costa, Nada a assinalar
2.ª-Académica(f), V(0-4), Soares Dias, Beneficiados, Sem influência no resultado
3.ª-Benfica(c), E(1-1), Hugo Miguel, Beneficiados, (0-2), (+1 pontos)
4.ª-Olhanense(f), V(0-2), Benquerença, Beneficiados, Prejudicados, Sem influência no resultado
5.ª-Rio Ave(c), E(1-1), Xistra, Prejudicados, (2-1), (-2 pontos)
6.ª-Braga(f), V(1-2), Paulo Baptista, Nada a assinalar
7.ª-Setúbal(c), V(4-0), Duarte Gomes, Beneficiados, Prejudicados, Sem influência no resultado
8.ª-Corruptos(f), D(3-1), Soares Dias, Nada a assinalar
9.ª-Marítimo(c), V(3-2), Bruno Esteves, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
10.ª-Guimarães(f), V(0-1), Paulo Baptista, Nada a assinalar
11.ª-Paços de Ferreira(c), V(4-0), Jorge Ferreira, Nada a assinalar
12.ª-Gil Vicente(f), V(0-2), Jorge Sousa, Nada a assinalar
13.ª-Belenenses(c), V(3-0), Hugo Pacheco, Beneficiados, Prejudicados, Sem influência no resultado
14.ª-Nacional(c), E(0-0), Miguel Mota, Nada a assinalar
15.ª-Estoril(f), E(0-0), Proença, Nada a assinalar
16.ª-Arouca(f), V(1-2), Cosme Machado, Beneficiados, Impossível contabilizar
17.ª-Académica(c), E(0-0), Paulo Baptista, Prejudicados, (1-0), (-2 pontos)
18.ª-Benfica(f), D(2-0), Marco Ferreira, Nada a assinalar
19.ª-Olhanense(c), V(1-0), Hugo Miguel, Prejudicados, Sem influência no resultado
20.ª-Rio Ave(f), V(1-2), Jorge Ferreira, Nada a assinalar

Corruptos
1.ª-Setúbal(f), V(1-3), João Capela, Beneficiados, Impossível contabilizar
2.ª-Marítimo(c), V(3-0), Jorge Ferreira, Beneficiados, Sem influência no resultado
3.ª-Paços de Ferreira(f), V(0-1), Rui Costa, Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
4.ª-Gil Vicente(c), V(2-0), Hugo Pacheco, Prejudicados, (3-0), Sem influência no resultado
5.ª-Estoril(f), E(2-2), Rui Silva, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
6.ª-Guimarães(c), V(1-0), Proença, Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
7.ª-Arouca(f), V(1-3), Vasco Santos, Beneficiados, Impossível contabilizar
8.ª-Sporting(c), V(3-1), Soares Dias, Nada a assinalar
9.ª-Belenenses(f), E(1-1), Miguel Mota, Beneficiados, (2-1), (+1 ponto)
10.ª-Nacional(c), E(1-1), Xistra, Nada a assinalar
11.ª-Académica(f), D(1-0), Capela, Beneficiados, (2-0), Sem influência no resultado
12.ª-Braga(c), V(2-0), Paulo Baptista, Nada a assinalar
13.ª-Rio Ave(f), V(1-3), Bruno Esteves, Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
14.ª-Olhanense(c), V(4-0), Hugo Miguel, Prejudicados, (5-0), Sem influência no resultado
15.ª-Benfica(f), D(2-0), Soares Dias, Beneficiados, Prejudicados, Sem influência no resultado
16.ª-Setúbal(c), V(3-0), Hugo Pacheco, Nada a assinalar
17.ª-Marítimo(f), D(1-0), Nuno Almeida, Nada a assinalar
18.ª-Paços de Ferreira(c), V(3-0), Cosme Machado, Prejudicados, Beneficiados, Sem influência no resultado
19.ª-Gil Vicente(f), V(1-2), Paulo Baptista, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
20.ª-Estoril(c), D(0-1), Vasco Santos, Nada a assinalar

Braga
1.ª-Paços de Ferreira(f), V(0-2), Bruno Paixão, Nada a assinalar
2.ª-Belenenses(c), V(2-1), Xistra, Beneficiados, Impossível contabilizar
3.ª-Gil Vicente(f), D(1-0), Vasco Santos, Beneficiados, Sem influência no resultado
4.ª-Estoril(c), V(3-2), Capela, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
5.ª-Arouca(f), V(0-1), Marco Ferreira, Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
6.ª-Sporting(c), D(1-2), Paulo Baptista, Nada a assinalar
7.ª-Nacional(f), D(3-0), Soares Dias, Nada a assinalar
8.ª-Académica(c), D(0-1), Benquerença, Beneficiados, Sem influência no resultado
9.ª-Rio Ave(c), D(0-1), Jorge Tavares, Nada a assinalar
10.ª-Benfica(f), D(0-1), Nuno Almeida, Beneficiados, Sem influência no resultado
11.ª-Olhanense(c), V(4-1), Soares Dias, Nada a assinalar
12.ª-Corruptos(f), D(2-0), Paulo Baptista, Nada a assinalar
13.ª-Setúbal(c), V(2-0), Xistra, Nada a assinalar
14.ª-Marítimo(f), E(2-2), Rui Costa, Nada a assinalar
15.ª-Guimarães(c), V(3-0), Benquerença, Nada a assinalar
16.ª-Paços de Ferreira(c), E(1-1), Proença, Nada a assinalar
17.ª-Belenenses(f), D(2-1), Jorge Tavares, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
18.ª-Gil Vicente(c), V(4-1), Capela, Nada a assinalar
19.ª-Estoril(f), D(2-1), Xistra, Nada a assinalar
20.ª-Arouca(c) E(2-2), Duarte Gomes, Nada a assinalar

Jornadas anteriores:

Épocas anteriores:

Confiança e Arte !!!

Benfica 3 - 0 PAOK

Mais uma partida onde a equipa respira confiança, jogando com segurança... e esta noite, nem o 'susto' do Artur, intranquilizou a equipa e os adeptos. Mesmo com uma revolução no onze - só dois jogadores repetiram a titularidade, em relação ao jogo de segunda-feira: Luisão e Sílvio!!! -, mesmo com os recentemente recuperados  de lesões prolongadas: Cardozo e Salvio ainda sem ritmo, mesmo com alguns jogadores pouco utilizados com pouca confiança: Artur, André Gomes e Djuricic, a equipa manteve o nível exibicional... A velocidade foi baixa, mas mesmo assim as oportunidades foram surgindo.
Se a eliminatória nunca pareceu em perigo, o jogo acabou por ser desbloqueado, com a expulsão do Katso e o consequente fantástico golo do Nico!!! Poucos minutos antes, os Gregos tinham criado a sua única oportunidade de golo do jogo (a 2.º em toda a eliminatória!!!), num pontapé de canto, mas falharam... seria tremendamente injusto, depois do nosso desperdício, diga-se!!!
Além da obra-arte do Gaitán, não devemos esquecer de mais uma grande exibição do Sílvio, acho mesmo que neste momento está mais consistente do que o Siqueira!!! Aquele estilo molengão do André Gomes é extremamente irritante, voltou a cometer erros, para esconder as dificuldades defensivas fartou-se de fazer faltas, mas com o passar do tempo, ganhou confiança, e foi subindo no terreno, e acabou por ser decisivo no passe para o Lima, que deu a expulsão do Katso e o golo do Nico!!! O Amorim voltou a estar muito bem... mas notou-se a ausência do Enzo, porque nem o Rúben, nem o André têm a capacidade/confiança/qualidade para fazer as arrancadas típicas do Enzo, pelo meio, criando desequilíbrios nas defesas contrárias. Não gostei do momento da substituição do Djuricic, porque o sérvio estava a ganhar confiança... e muito sinceramente, acho que neste momento, o principal problema é mesmo a auto-confiança do jogador!!! Uma nota final para os dois recém-regressados: ainda longe da forma ideal, mas no caminho certo... o Cardozo já afinou o remate, ainda falta alguma mobilidade, ao Salvio falta essencialmente velocidade e confiança no um-para-um!!!
Agora vamos jogar com os Spurs. Se o Benfica apostar tudo na Liga Europa, será favorito, mas como o Jesus vai fazer rotação de jogadores (assim espero) a eliminatória está em aberto. Só um aumento da vantagem pontual no Campeonato, nas próximas duas jornadas, poderá alterar as prioridades. E isso não depende exclusivamente de nós.
O Tottenham tem grandes jogadores, mas ainda não tem uma grande equipa. Não são uma equipa tipicamente Inglesa, de pontapé para a frente... jogam com a bola no pé, mas colocam pouca gente na área. A defesa, não é muito forte... Recordo uma derrota nossa, recentemente, contra eles, num particular na Luz!!!
PS1: Infelizmente tenho que falar dos filhos-da-puta dos petardeiros. Até quando?!!! É deficiência mental?!!!

PS2: Ninguém explicou ao árbitro Polaco que um minuto de silêncio, deve ser um minuto, e não 10 segundos!!!

PS3: O momento até foi um pouco estranho (expulsão), mas foram bonitos, e merecidos, os aplausos ao Katso!!!

Os precipitados gatos-pingados do regime

"Entenderam todos que os sinais dados por Pinto da Costa à saída do estádio são de decadência. Fatal engano. Não são de queda. São antes, e em flagrante, os velhos sinais da ascensão do regime.

DE Samora Machel, que foi líder da resistência moçambicana ao colonialismo português e, mais tarde, presidente da jovem república africana, conta-se que, numa conversa com jornalistas ocidentais, a uma paternalista questão ideológica com que insistentemente o confrontavam, «quando é que leu Marx pela primeira vez?», a todos respondeu de sorriso aberto com um desconcertante: «eu nunca li Mark pela primeira vez».
Quando Eusébio morreu, no princípio do ano, perguntaram-me algumas pessoas, com aquela naturalidade advinda da circunstância, se me lembrava da primeira vez que tinha visto jogar o melhor jogador português de todos os tempos, no seu tempo.
Na verdade, não me lembro. Nunca vi jogar Eusébio pela primeira vez.
A culpa é do Coluna. E do meu avô também. Foi ele quem me levou pela primeira vez ao Estádio da Luz. É agora importante dizer que o meu avô quando alguém referia, ou ele próprio mencionava, o nome de Coluna, logo se punha em sentido como nunca o vi fazer, nem parecido, perante o nome de mais ninguém.
E tratava-se, o meu avô, de um homem que viveu interessadamente e tomando partido o tempo da monarquia, do regicídio, da I República, do Estado Novo e da II República (chamo-lhe assim, II República, para não me acusarem de meter fruta em tudo). Com tanto príncipe, rei, pedreiro-livre, caudilho, presidente do concelho, autoridade eclesiástica e militar, ministros a rodos, comissários, etc... etc... que conheceu, pois só vi o meu avô pôr-se em sentido quando soava o colossalmente melodioso nome de Mário Esteves Coluna.
Foi assim que entrou na minha vida o monstro sagrado.
Portanto, quando fui pela primeira vez ao Estádio da Luz foi para ver jogar o Coluna e não foi para ver jogar Eusébio. Se jogou, juro que não me lembro. Ainda não o tinha decorado.
Lembro-me, e bem, do lugar no estádio em que me sentei, da bonita tarde com um sol criador que, no seu ocaso, fazia tombar sobre o relvado as sombras monumentais das torres de iluminação. E só isso era um espectáculo arrebatador.
Lembro-me também do meu avô a ralhar com um homem porque o viu atirar ao chão o invólucro de um rebuçado. «O senhor faz isso em sua casa?» Imagine-se, portanto, o género de exigências do meu avô.
«Fica Coluna», disse-me assim que o jogo, que era com o Belenenses, começou. E eu fixei. Por isso lembro-me muito bem da primeira vez que o vi jogar. Lembro-o possante numa corrida desenfreada sobre a direita, num ombro-a-ombro com um jogador de azul que não demorou a ficar para trás.
Tinha 9 anos e foi isto o que guardei da primeira ida à Luz.
O Coluna, o meu avô, as sombras das torres caindo sobre o relvado, o homem que atirou para o chão o papellito do rebuçado e eu. Saí de lá encantada com tudo. E assim me mantenho.

NA segunda-feira à noite, na Luz, foi bem mais empolgante o resultado do que a exibição. E o resultado foi um tangencial 1-0 não muito especialmente sofrido, valha a verdade. A exibição foi na linha das anteriores. Isto é, segura sem deslumbrar. Este ano temos um Benfica à italiana. Eu gosto.
Do Benfica do passado recente, com um futebol a oscilar entre o mirabolante e o desguarnecido, entre a nota artística e o chumbo final, saiu, finalmente, um Benfica mais esperto. Pois que assim se mantenha, esperto e desperto.
Querem notas artísticas? Nesta temporada é uma nota artística por jogo e basta.
Foi que aconteceu com o Guimarães. O teenager Markovic  encarregou-se de fazer o seu número e em poucos segundos o jogo ficou resolvido. Antes e depois foi o costume, o costume recente. Um Benfica sem dúvida mais crescido mas frequentemente complacente com as situações do jogo.
Se forem com esta complacência toda jogar ao Restelo, no domingo temos o caldo entornado. Adivinha-se uma casa cheia em Belém. O Benfica não é a alegria das secretarias da Liga mas é, sem dúvida, a alegria das tesouraria dos clubes da Liga.

A semana foi repleta de acontecimentos invulgares. E, de um modo geral, os analistas e comentadores chegaram todos às mesmíssimas conclusões.
O Sporting reforçou a sua candidatura ao título e o FC Porto abdicou de candidatura ao título - foi a primeira conclusão da semana.
As imagens da SAD portista, com Pinto da Costa à cabeça das hostes, no túnel do Dragão fazem prova do fim de um regime - foi a segunda conclusão da semana.
Precipitaram-se, na minha opinião, os analistas.
É certo que o desaire com o Estoril promoveu uma troca de lugares no topo da tabela. O Sporting subiu para o segundo posto e o FC Porto desceu para o terceiro posto. Mas como pode ser o Sporting (em festa) mais candidato do que o FC Porto destroçado) quando ainda faltam tantas jornadas e sendo a distância que os separa do líder quase igual?
E sabendo-se que o actual líder se especializou nas duas anteriores edições da prova em desperdiçar infantilmente vantagens de monta.
Por que razão, política ou administrativa, são intransponíveis os 7 pontos de atraso do FC Porto para o Benfica e são transponíveis os 6 pontos que separam o Sporting do Benfica? E são 6 pontos visto que o Benfica e Sporting já jogaram duas vezes e em caso de igualdade pontual última jornada o desempate favorece os da Luz que empataram em Alvalade e ganharam na recepção ao rival.

NO que diz respeito à disparatada conclusão quase unânime de que está para cair o status quo que fez furor nas últimas três décadas do futebol português, manifesto também o meu profundo desacordo com os precipitados gatos-pingados do referido regime.
Entenderam todos, vá lá saber-se porquê, que os sinais dados por Pinto da Costa e companhia à saída do estádio são de inexorável decadência. Fatal engano. Os sinais não são de queda.
São antes, e em flagrante, os sinais da ascensão do regime:
A desautorização da autoridade, a passividade encolhida da dita autoridade no momento do safanão, o confronto belicoso com o repórter que se atreveu a colocar uma questão obrigatória podem, como é da tradição, não merecer qualquer tipo de reparo quer do Ministério da Administração Interna quer do Sindicato dos Jornalistas, mas não podem , de maneira nenhuma, fazer prova da decadência quando são prova da velha e consabida origem e ascensão.
Em que difere a tirada «os ratos é que abandonam o navio» proferida por Pinto da Costa na recentíssima noite de 23 de Fevereiro de 2014 da tirada «os ratos fogem a sete pés» proferida por Pinto da Costa a 25 de Março de 1982 no preciso momento em que viu consubstanciada a sua vitória política e administrativa sobre Américo de Sá, o presidente deposto à má-fila?
Ratos, sempre ratos.
Poderão replicar-me dizendo que nos velhos tempos do regime jamais seria permitida a presença de câmaras à saída do túnel do Dragão. Mas coisas dessas já não são possíveis. Mudaram-se os tempos e hoje, se as câmaras de televisão forem barradas, cada cidadão tem a sua câmara no bolso agregada ao telemóvel e pode, a qualquer momento, fazer despertar o repórter que há em si.
Poderão também contrariar-me dizendo que nos velhos tempos do regime seria impossível assistimos aos continuados desabafos públicos de atletas do FC Porto desagradados com a respectivas situações. Mas nesses admiráveis tempos não havia Facebook nem as demais redes sociais que vieram dispensar a bafienta utilidade dos intermediários oficiais e oficiosos.
Desenganem-se, portanto, os que acreditam na decadência do regime só porque viram um  polícia e um jornalista a ser praxados. O regime está igualzinho ao que sempre foi desde o primeiro dia. E com os mesmíssimos tiques e com a mesma retórica. O mundo é que mudou.

JARDEL foi a figura do jogo do Benfica com o Vitória de Guimarães.
É verdade que houve Markovic ao nível de um predestinado na primeira parte, é verdade que houve Oblak imbatível o jogo todo e chamado a serviço porque o Vitória não levou o autocarro para o relvado, é também verdade de que houve Luisão a cumprir o seu compromisso número 400 pelo Benfica com uma exibição categórica.
É verdade tudo isto mas Jardel, honra lhe seja feita, foi o homem do jogo porque uma figuraça daquelas, de cabeça entrapada até ao intervalo e, depois, por toda a segunda parte, usando como protecção um notável elmo de borracha e adesivos, inspirado no figurino do primeiro rei de Portugal, tem de ser forçosamente a figura da noite.
O adereço medieval transfigurou-o. Entrou no personagem régio e chegou para tudo e para todos. Uma limpeza. Fez esquecer Garay, é verdade.
No entanto, seria bom não vender Garay até ao final do mês para a Rússia. Isto, claro, se o Benfica quiser mesmo lutar pelos títulos a que concorre. Porque com Luisão, Garay Jardel e Steven Vitória, o eixo da defesa parece dar garantias de coesão. E coesão foi o que mais de viu mais na noite de segunda-feira no Estádio da Luz. Sem ter feito uma exibição portentosa, o Benfica ganhou muito bem os três pontos que estavam em causa.
É essa a nossa causa. É que não vejo outra."

Leonor Pinhão, in A Bola