sábado, 11 de janeiro de 2014

Boa entrada em 2014


Ac. Espinho 0 - 3 Benfica
20-25, 21-25, 14-25

Bom regresso ao Campeonato, com uma vitória esperada sem sobressaltos...
A notícia deste novo ano, foi a contratação do Marcel Gil, para precaver a ausência do Zelão. É um bom jogador, para o nível médio do Campeonato Português, mas para a Final do Campeonato vamos ver...!!! Vi os recentes jogos da Selecção, e o Marcel pareceu-me ter melhorado no Bloco, mas continua pouco móvel, algo natural devido à altura...

Desilusão


Oliveirense 4 - 3 Benfica

Péssima entrada na 2.ª parte, a equipa perdeu organização, começou a atacar sem cabeça, com muitas jogadas individuais, e muitos erros de passe... Juntando a isto, voltámos a falhar todas as oportunidades de bola parada...

A partir do momento que se soube qual seria a dupla de arbitragem, era óbvio que só um Benfica super-inspirado poderia ganhar, e não foi isso que se viu... Os jogadores e a equipa técnica já têm experiência suficiente para saber como é que isto funciona... Mais uma vez, o adversário do Benfica, não chegou à 10-ª falta, como acontece em quase todos os jogos, mesmo quando a principal arma defensiva contra o Benfica é o excesso de agressividade!!! Nada de novo... Agora espera-se é que a equipa do Benfica saiba reagir em campo, a isso...

Digam o que disserem, tanto nas bolas paradas, como na finalização, nota-se e muito a ausência do Luís Viana!!!
Ainda é muito cedo, mas com esta derrota (e os dois empates...) corremos o risco de ficar afastado do título ainda na 1.ª volta!!!

Má entrada em 2014


Leões de Porto Salvo 3 - 2 Benfica

Muito má primeira parte, 3-0 ao intervalo espelham bem a má exibição da equipa... E quando além de não se jogar bem, juntamos péssimas decisões na finalização, o resultado não pode ser bom...
A perder apostámos no 5x4 cedo (não fosse a absurda expulsão do Hemni, provavelmente a aposta teria sido ainda mais cedo!!!), chegámos ao golo de penalty (mas teve que ser o 2.º árbitro a marcar porque outro...), e ainda marcámos o 2.º, mas já não deu... Apesar destes dois golos, continuamos a ser muitos previsíveis a atacar o 5x4!!!
A já referida expulsão do Hemni, o amarelo ao Joel, e a capacidade do Leões em não fazer a 6.ª falta, são episódios ridículos (mesmo assim o banco do Leões passou o jogo todo a 'chorar'... pressionando os árbitros de forma nojenta), mas o Benfica tem que jogar melhor... É verdade que este Leões têm boa equipa... na semana passada estavam a vencer os Lagartos em Loures a 40 segundos do fim, e só perderam com um golo depois da buzina final... Mas repito, o Benfica tem que jogar melhor.
A paragem de Natal, parece que fez mal à equipa...

Ouviam-se em Toumba gritos contra os coronéis...

"Em 1973, o Benfica visitou pela primeira vez a Grácia. Dispoutou e venceu o Torneio de Salónica contra o Olympiakos e Aris, mas não se encontrou frente a frente com o seu adversário europeu de Fevereiro.

Quando eu era miúdo, dizia-se Tissalónica. Mas a verdade é quando eu era miúdo também se dizia Glásgua, Francoforte ou Mogúncia. Assim vão as glórias do Mundo...
Em Agosto de 1973, o Benfica chegava pela primeira vez à Grécia, depois de já ter calcorreado os sete cantos do planeta. Aceite-se. A Grécia estava ainda longe de ser um país do Futebol, embora, curiosamente, tenha sido à Grécia que os holandeses foram buscar muitos dos nomes dos seus clubes, como o Ajax ou o Heracles, por exemplo. Entusiasmo havia muito; qualidade rareava.
O Benfica foi convidado então para disputar o Torneio de Salónica, como agora se diz mais prosaicamente.
Capital da Macedónia, da outra Macedónia, não da agora independente que fez parte da antiga Jugoslávia, mas a Macedónia de Alexandre o Grande, aliás, meio irmão de uma tal de Tissalónica, casada com o rei Cassandro. E assim se explica o nome da cidade que o Benfica visitará outra vez em Fevereiro de 2014, quarenta anos e alguns meses após a tal visita inaugural.
Segunda cidade da Grécia, local onde se situa a famosa Torre Branca, também ela sinal de poder de um país a seu tempo reunificado, recebeu nesse Verão ao qual já fizemos referência o tal torneio em que o Benfica participou, defrontando primeiro o Olympiakos, no dia 31 de Agosto, e em seguida o Aris de Salónica, no dia 2 de Setembro.
Duas vitórias sem espinhas, como sói dizer-se. Contra o Olympiakos, houve o episódio meio célebre de ver Humberto Coelho jogar a avançado-centro, a par de Nelinho e Moinhos, de início, e depois com Nené no lugar de Moinhos. Humberto marcou um golo. Um dos três (3-1), cabendo os outros a Nelinho e Nené.

Paladinos da resistência
Diziam as crónicas da altura que o troféu para o vencedor do Torneio de Salónica era uma belíssima taça, mas de latão. Não sei, nunca a vi. Talvez esteja hoje em dia no Museu, prometo que se estiver lhe vou dar uma olhadela atenta. Ao que se consta, igualmente, cada jogador recebeu como prémio pela vitória no torneio a verba de 19 contos de reis, soma nada dispicienda para os tempos que se viviam.
Seja, adiantei-me. Antes de meterem ao bolso a maquia, os jogadores do Benfica tiveram de bater a outra equipa grega, o Aris de Salónica que viria mais tarde a causar amargos de boca aos 'encarnados', aí já a doer, numa eliminatória europeia.
Humberto Coelho, o «capitão» voltou a jogar no ataque, desta vez com Nelinho e Artur Jorge como companhia inicial, para depois entrarem para os lugares destes Moinhos e Nené.
Os golos (2-0) foram de Messias e de Pedroto, uma estria na primeira equipa, Bernardino Pedroto, como está bem de ver, e não José Maria, de quem sempre se disse ser filho, até o próprio o assumiu em entrevista à velha «A Bola» mas sem confirmações por aí além.
Pedroto não teve grande futuro no Benfica, não tardaria a rumar a Guimarães, viria a ter um futuro interessante, isso sim, como treinador, sobretudo em Angola. O Benfica, esse, tem um passado fantástico e terá sempre o futuro que os seus adeptos quiserem. Para já, no futuro futuro imediato, vem aí o Pan-Tessalonican Athletic Club Constantinopolitans, o PAOK, herdeiro do antigo Hermes, fundado pela comunidade grega de Pera, em Istambul, em 1877. Com o advento da guerra greco-turca, os gregos da Turquia viram-se obrigados a regressar a casa. Os que se instalaram em Salónica, fundaram o AEK, que não tardou a mudar de nome para PAOK. Os que preferiram Atenas fundaram o AEK, que não em deu PAOK e se manteve orgulhosamente AEK de Atenas.
Nesse ano de 1973, no qual o Benfica visitou Salónica, mas não defrontou o PAOK, este vivia a sua fase de afirmação no Futebol grego, pondo em causa o domínio dos clubes atenienses de uma forma como os seus conterrâneos Aris e Iraklis nunca foram capazes de fazer.
E mais ainda: no tempo da ditadura da junta militar, instalada na Grécia entre 1967 e 1974, mais conhecida pelo Regime dos Coronéis, o PAOK tornou-se um paladino da resistência. O Estádio de Toumba, um bairro do leste da cidade, foi testemunha de slogans anti-regime que fizeram dos adeptos do PAOK um exemplo de força e de coragem.
Por isso, por mais fanáticos que sejam, merecem todo o respeito."

Afonso de Melo, in O Benfica

O grande clássico

"Todos esperam com enorme expectativa o clássico de domingo. Conjugou-se tudo para preparar um grande desafio: as equipas têm vindo a melhorar, estão empatadas no topo da Liga e golearam os seus adversários no último jogo.
Mas há muito mais ingredientes a apimentar o clássico. Logo à partida, as dúvidas sobre os guarda-redes: no Porto jogará Helton ou Fabiano? E no Benfica jogará Oblak ou Artur? São decisões difíceis, até porque muitos portistas gostariam de ver Fabiano na baliza – e conhecem-se as reservas de Jesus em relação a Artur (que cometeu sempre erros nos jogos contra o FC Porto).
E depois há as dúvidas que pesam sobre os dois treinadores. Paulo Fonseca ainda não convenceu os portistas mais exigentes; e Jesus perdeu a confiança dos benfiquistas mais cépticos, que dizem que o seu prazo de validade acabou.
Assim, se o Porto perder, Paulo Fonseca ficará em maus lençóis. E Jesus está obrigado a ganhar, até para não se dizer que falha sempre nos momentos decisivos. O certo é que tem sido infeliz em ocasiões capitais, e este ano continua a não ter sorte: bastava o Benfica ter Cardozo e o Porto não ter Jackson para a música ser outra.
Como condimento suplementar, este clássico acontece 15 dias depois de um Sporting-Porto em que os lisboetas vulgarizaram a equipa nortenha. Há muito que não se via o FC Porto ser dominado com tanta clareza. Portanto, ainda há essa curiosidade: o Benfica conseguirá ou não fazer melhor do que o seu vizinho da Segunda Circular?
Com tantas dúvidas e interrogações, o clássico promete imenso. O que não significa que seja um grande jogo. O medo de falhar pode inibir as duas equipas – e assistirmos a um desafio sensaborão, com grande aglomeração de jogadores a meio campo e pouca emoção junto às balizas.
Há um ano previ uma vitória do Benfica e enganei-me. Agora não faço previsões, mas digo: ao Benfica só interessa ganhar. Para ser um candidato credível ao título, tem de mostrar que é capaz de bater o Porto na Luz. Até para dedicar a vitória a Eusébio – que, onde quer que esteja, está a torcer pela sua equipa do coração."

A força do Bruno

"O Sporting e Bruno de Carvalho (BdC) deram a novidade antes de fechar 2013: a elaboração de um documento para a revisão da legislação desportiva e dos regulamentos do futebol profissional, entregue aos partidos na Assembleia da República, ao ministro da Administração Interna, ao secretário de Estado do Desporto, à FPF, à Liga e aos seus clubes. A iniciativa é de louvar, tendo em conta que BdC chegou há muito pouco tempo ao contacto directo com as “nuances” jurídicas das competições e os regimes das contratações. É ainda de louvar quando BdC assume que o documento pode ser motor de uma discussão futura: não é um produto acabado, mas um ponto de partida para construir consensos com os outros clubes e dar uma importante achega nos empreendimentos agendados pelo Governo para o regime jurídico das federações desportivas, para a profissionalização da arbitragem, para a disciplina legal do treinador e para as apostas “on line”. “Ouço dizer que falo e não apresento soluções – já o fiz”, disse BdC, com o propósito subjacente de trazer liderança ao Sporting, como “grande”, nos processos de decisão do futebol português. 
Não tive acesso ao conteúdo, o que me impede de ir mais longe para além do que BdC revela. De todo o modo, parece-me inequívoca a actualidade dos temas e das propostas: 1) regulação da intervenção dos “fundos de investimento” (muito importante a lógica de uma parceria “win-loose” e da partilha pelos fundos dos custos salariais dos jogadores); 2) modificação das regras sobre os proveitos dos “empresários” de jogadores; 3) alteração da fiscalidade para aumento da competitividade com os demais campeonatos; 4) revisão dos princípios de tutela laboral dos clubes formadores e de seguros dos atletas; 5) combate à opacidade na nomeação e classificação dos árbitros. E, sendo actuais, por que não aproveita a Liga este balanço para desafiar os clubes a completar as ideias do Sporting e a marcar a “agenda”, em especial com aqueles clubes que sempre andam com as “reformas” na boca?
BdC não gosta do “sistema” que encontrou. Afirmou: “Não posso aceitar que há 30 anos se diga que campeonatos são decididos antes de começarem! É um sistema opaco, obscuro e andamos todos contentes. É o mesmo que ir jogar Football Manager, entrar com quatro treinadores, derrubar outros três e ser campeão – é assim que está o futebol português. As novas gerações deixarão passar? Não, garanto. Primeiro muda-se o regulamento, depois as pessoas e deixa de prevalecer a cultura do medo”. BdC está com força e testa a sua força. Conseguirá? A acompanhar em 2014..."