quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Confirmação...

Benfica 12 - 2 Física

É verdade que a Física neste momento não está no seu melhor, mas apesar do calendário carregado, com algumas viagens, apesar do facto de esta época a rotação dos jogadores ser feita com 'menos' um jogador, apesar de tudo isto, o Benfica continua a jogar bem, e a ganhar.
Confirma-se o bom momento... sendo que esta noite, conseguimos mesmo uma vitória folgada. Também é verdade que os verdadeiros testes internos, ainda estão para vir (já falta pouco), mas até agora os sinais são bons...

Bom jogo... pena não ser sempre assim!!!

Belenenses 19 - 26 Benfica

Dentro de todas as condicionantes, foi um bom jogo do Benfica. Com o Carneiro, e o Tiago Pereira de fora (além do Davide Carvalho), com o Chernov a Central, contra uma equipa que nas últimas jornadas do Campeonato subiu bastante de rendimento, o Benfica acabou por efectuar uma excelente 1.ª parte... matando praticamente o jogo com um 8-15 ao intervalo.
O Belenenses ainda simulou uma reacção, mas o Benfica controlou bem o jogo...
Estamos nos Oitavos-de-final da Taça de Portugal, venha o próximo.

PS1: Hoje, curiosamente o critério do jogo Passivo, foi o correcto (apesar de um exagero na 1.ª parte, onde com 20 segundos no ataque do Benfica já estavam com a Mão no ar!!!), só é pena, nos jogos do Sporting, ninguém ter a coragem de utilizar o mesmo critério...

PS2: Assisti ao jogo através do YouTube, na AndebolTV, um canal disponibilizado pela FPA, mas curiosamente todos os comentários que foram feitos, tanto pelo narrador, como pelo comentador, era como se tivesse a assistir a uma transmissão da Belém TV!!!
Quando oiço Benfiquistas a protestar com a nossa BenficaTV, por acharem que é demasiado papista, e depois oiço (e vejo) transmissões de outros canais, com a obrigação de serem independentes, e não o são, de forma descarada, fico possesso!!!

Semana pré-natalícia

"1. Frases da semana: «Não é difícil tirar pontos ao Benfica» (Paulo Alves, treinador do Olhanense, antes do jogo). «Os árbitros não têm influência nos jogos do Sporting» (Leonardo Jardim, depois do jogo).
2. Silêncio da semana: de Espírito Santo (Nuno) sobre a falta que originou o 1.º golo do FCP. Mas, semanas antes, foi lesto a falar por achar que, no livre do qual resultado um golo do Benfica, a bola estava adiantada 0,5m (até terá invectivado o árbitro depois do jogo). Lá está, é o respeitinho do costume...
3. Presentes da semana: o Benfica permitiu a débeis adversários matarem um qualquer borrego estatístico. Depois do Arouca que marcou na Luz quantos golos havia feito fora de casa em 11 jornadas, o Olhanense que finalmente à 13.ª jornada marca num jogo mais do que um golo. É obra!
4. Decepção da semana: o Benfica não consegue com 10 pontos na Champions o que o medíocre Zenit conseguiu com 6 pontos e um copiosa derrota contra uns austríacos de 2.ª Liga.
5. Estatística da semana: as equipas europeias (incluindo o Braga) obtiveram 6 vitórias (3 do SLB), 11 empates e 17 derrotas. Dos 102 pontos em disputa, quedaram-se por 29 no fim (28%). Marcaram 28 golos (0,8/jogo) e sofreram 46 (1,4/jogo).
6. Semana de Jesus: Jesus volta ao banco na semana em que o Menino Jesus volta à manjedoura.
7. Bolo-rei da semana: para B. Cortez e Ola John que, antes de abalarem, treinaram-se na Liga...
8. Penálti da semana: depois de grandes penalidades assinaladas mas não cometidas dentro da área e de penáltis fora da área em certos palcos, só faltava mesmo um penálti fora de campo. Sempre a inovar a nossa arbitragem!"

Bagão Félix, in A Bola

O Bernardo

"A forma como avaliamos um jogador do nosso clube é sempre uma projecção de nós próprios como adeptos. É isso que faz com que queiramos jogadores que suem a camisola com a intensidade com que sofremos pelas nossas cores. É tanto assim que os anos vão passando e continuamos a alimentar ilusões infantis: podemos nunca ter tido qualidades técnicas, mas, quando fechamos os olhos, vemo-nos a agarrar a bola para marcar o golo decisivo, sob os aplausos do estádio. Quem sofre com futebol, sofre com o seu clube e, nessa indistinção, exigimos dos jogadores o que nós daríamos se, por fortuna, pudéssemos estar no seu lugar.
De quando em quando surge um jogador adepto como nós, mas com o talento que ambicionámos ter. Um sofredor que tem a sorte de poder sofrer no relvado, de camisola ao peito. Há jogadores profissionais que honram a camisola; mas uma coisa é jogar com afinco, outra é jogar com afinco com a camisola do clube do coração. Momentos há em que, numa espécie de epifania, ao adepto se junta o empenho e o talento. É desta conjugação que nascem os jogadores que nos fazem sonhar.
No futebol em que as equipas são cada vez mais “selecções do resto do Mundo”, o jogador-adepto é uma raridade. É essa natureza rara que o torna precioso.
O Bernardo Silva é ainda um projeto de jogador, que deve ser acarinhado e protegido. Mas é um jogador-adepto como, nós benfiquistas, não víamos há muito. Não só a sua paixão pelo Glorioso é, em tudo, igual à de quem se senta nas bancadas, como tem um virtuosismo como aquele que idealizámos para nós, caso vestíssemos as camisolas vermelhas. Com o Bernardo, a bola parece ter sido feita para o servir, colando-se-lhe aos pés para ganhar um sentido que não vislumbrávamos. No meio da monotonia mecânica em que se tornam os jogos, as suas jogadas são fragmentos poéticos que simplificam tudo, revelando como o futebol pode ser fácil.
O Bernardo é a matéria de que são feitos, hoje, os sonhos benfiquistas. Ora se o futebol não servir para alimentar sonhos, serve exactamente para quê?"

Os ensinamentos de António Simões

"António Simões, inesquecível Magriço e ainda o mais jovem campeão europeu de todos os tempos, apresentou ontem, no Museu Cosme Damião, um livro que fica como registo de impressões pessoais após uma vida dedicada ao futebol.
Simões, como sempre fez ao longo dos anos, não teve medo de se expor e contribuiu com um legado que enriquecerá a nossa memória colectiva.
Pensando em António Simões, assalta-me uma dúvida que rapidamente, porém, se desvanece: será que o futebol português aproveitou devidamente o que este Magriço, tinha para dar? A resposta é não, não aproveitou, não foi capaz de perceber que Simões sempre viu mais além...
A experiência que o antigo extremo-esquerdo do Benfica e da Selecção Nacional colheu nos Estados Unidos a partir de meados da década de setenta do século passado teria sido importante para um melhor desenvolvimento do nosso futebol. Porém, aquela mania de ser bem portuguesa, periférica, mais aberta aos ensinamentos dos estrangeiros do que àquilo com que os nacionais pudessem contribuir, não permitiu que António Simões tivesse outra relevância.
É certo que esteve no Benfica e na Federação Portuguesa de Futebol, mas nunca lhe foi dado o protagonismo que justificava. Carlos Queiroz terá sido das pessoas que melhor percebeu o que Simões tinha para dar e quem melhor o aproveitou, mantendo-o numa equipa técnica do Irão que acabou por fazer história. Queiroz, tantas vezes tão desnecessariamente complicado, tem tido, ao longo da sua vida desportiva, rasgos brilhantes a que a história inevitavelmente fará justiça, uma vez assente a poeira de algumas polémicas menores. Escolher Simões para a sua equipa foi um acto de inteligência..."

José Manuel Delgado, in A Bola