quarta-feira, 20 de novembro de 2013

2.º tempo demolidor !!!

Benfica 10 - 4 Juventude de Viana

Tenho sempre das ressacas após jogos Europeus, principalmente quando temos cargas emocionais grandes, como foi a vitória da Taça Intercontinental do último fim-de-semana. Felizmente o calendário deu-nos um jogo na Luz, e isso parece que não, facilita as coisas...
O jogo nem começou bem: mantivemos a festival de bolas nos ferros, que já tínhamos dado em Torres Novas, e na 1.ª oportunidade na nossa baliza, golo para a Juventude! O adversário defendia muito fechado, mas primeiro o Carlitos, e depois o Miguel Rocha, abriram a 'lata' e passámos rapidamente para a frente... com o nosso ex-goleador Luís Viana - hoje como adversário -, a marcar por duas vezes!!!
Ao intervalo estava 4-3, mas depois no 2.º tempo, não demos hipóteses, marcámos 6 e podiam ter sido mais (voltámos a falhar um Livre Directo: Rocha. Mas pelo menos acertámos um penalty: Coy), a Juventude só marcou o tento de honra - da 2.ª parte -, mesmo a fechar a partida... 

Ponta final positiva

Benfica 27 - 20 Belenenses

Muito mais complicado do que parece... pouco antes do meio da 2.ª parte, o resultado marcava 19-19 !!! Ao intervalo estava empatado, o Belenenses chegou mesmo a passar para a frente no início da 2.ª parte, e só uma ponta final de partida muito boa (8-1), deu a vitória ao Benfica.
As últimas exibições do Belenenses tinham sido boas, as dificuldades eram esperadas, a ausência do José Costa (e a ausência de um substituto à altura), só dificultou aquilo que já seria complicado.

Agora vamos ter um difícil compromisso Europeu e depois o antro dos Corruptos. A equipa está num bom momento, mas é preciso manter a disponibilidade física de todos...

Cristiano 4 Ibra 2

"Há duas expressões no nosso idioma que são muito difíceis de traduzir e de explicar na sua completude. Uma é saudade, a outra é desenrascanço.
Saudade é, em duas palavras, a presença da ausência. Ou a memória do coração. Ou «ser depois de ter». Os vocábulos da língua de Shakespeare, melancholy ou nostalgia não conseguem transmitir tudo o que a saudade comporta em doses multifacetadas  de perda, falta, distância, afecto envoltos no tempo que conduz o passado ao presente.
Desenrascanço é a capacidade de resolver um problema com arte, imaginação e improvisação de última hora. É o contrário do planeamento com tempo. É aquilo que a troika não percebe e os alemães odeiam. Há anos, houve um inquérito promovido por um site americano para eleger as dez expressões de outras línguas que não o inglês e que mais fazem falta neste idioma. O nosso desenrascanço liderou a lista!
Entre as 19.45 de sexta-feira e as 21.30 de ontem, as duas palavras acompanharam-me. Na decisão entre Lisboa e Estocolmo, o meu espírito oscilou entre elas: confiei sempre no desenrascanço já habitual de a nossa selecção, nos momentos decisivos e mais difíceis, ultrapassar os obstáculos, mas temi pela imaginária hipótese de, no Verão de 2014, vir a ter saudades de não poder ver Portugal no Mundial.
Felizmente nem sequer foi preciso o consagrado desenrascanço. Ronaldo dispensou-nos disso com uma exibição absolutamente notável e 4 golos contra 2 de Ibra. Blatter vai ter que ver brilhar no Brasil aquele a quem chamou (insultou) «o outro». O dono da FIFA pode ir para casa. Sem saudades de quem gosta de futebol. Jogado sobre a relva, apenas"

Bagão Félix, in A Bola

Taça da Liga 2013/2014

Espero que esta primeira fase da competição seja usada para rodar os jogadores menos utilizados, dar inclusive algumas oportunidades a alguns jogadores da equipa B, e depois logo se verá...
Com a possível/provável Meia-final fora de casa, no antro Corrupto, no Alvalixo ou nos Barreiros, e com uma provável/possível Liga Europa no horizonte - calendário sobrecarregado... -, é preciso gerir muito bem o esforço... mas ao mesmo tempo, as expectativas dos adeptos - vitórias, troféus... -, também devem ser levadas em conta.

Nacional - Benfica (29 ou 30/12 de 2013)
Benfica - Leixões (15-16/01 de 2014)
Benfica - Gil Vicente (25-26/01 de 2014)

As datas ainda podem ser alteradas.

Os quadros do artista Gaitán

"1 - Defende a bola como um tesouro precioso; o corpo utiliza-o para escapar à fúria de carrascos sem pudor mas também para contar mentiras aos adversários; inventa com a cabeça os milagres que executa com os pés, sinal de que há nele coragem física a enfrentar os choques e força moral para querer sempre a bola e tentá-los. Gaitán possui todas as matérias-primas necessárias para tirar gente do caminho: domínio, arranque, velocidade, travagem e saída para onde manda o instinto. É um jogador deslumbrante, que faz cada vez melhor o que deve nas zonas neutras e ilumina a manobra ofensiva, em terrenos e circunstâncias onde espaços e companheiros, existindo, se escondem e até desaparecem em milésimos de segundo.
2 - Como passa normalmente a primeira barreira de pressão, conquista vasto horizonte pela frente, que lhe permite expressar a técnica sublime e a infindável capacidade para inventar. Costuma jogar na esquerda mas também pode fazê-lo no meio, assumindo papel de intermediário entre a equipa e o ponta-de-lança; entre o jogo e o golo. Na época passada, em grande parte dos jogos europeus fora da Luz, ocupou essa zona vazia quando a equipa actua com dois avançados e que, em 2013/14, já foi preenchida, em nome de equilíbrio e segurança, juntando Rúben Amorim a Matic e Enzo. Nico não tem o sentido estratégico dos grandes maestros mas por ser habilidoso, veloz e coordenado; por viver na permanente busca de espaços vazios e usufruir de quase todas as armas para fazer a diferença, no meio encontra mais panorama para tomar decisões mortíferas.
3 - Aos 25 anos ainda peca por entregar-se a exercícios solitários condenados ao fracasso e pela menor generosidade no apoio defensivo. Mas quando põe tudo em pratos limpos, tira da cartola a iniciativa assombrosa com a bola colada ao pé esquerdo, o passe de morte ou o cruzamento perfeito, como se a glória estivesse, afinal, à distância de um estalar de dedos. Com confiança insolente nas suas capacidades, Gaitán é fabuloso a servir os especialistas do último toque, a alimentá-los expressando a qualidade que interfere no produto final da equipa e na melhoria de quem exerce na sua zona de acção. Na aproximação à baliza é impressionante o modo como vê, analisa, decide e executa em centésimos de segundo, como se os quatro passos fossem apenas um.
4 - No gráfico de produção no Benfica há demasiados altos e baixos que lhe têm atrasado a afirmação como estrela universal. Ao nível mais elevado, é difícil a vida de quem é regularmente recriminado na queda com os antónimos dos adjectivos que ouviu na escalada. Na quarta temporada com a águia ao peito, Gaitán é dos poucos elementos do plantel encarnado de quem Jorge Jesus ainda não extraiu, em continuidade, toda a excelência do futebol que tem para oferecer. Para se consolidar como um dos mais extraordinários futebolistas da Liga, dono de um pé esquerdo abençoado e senhor de ilimitada imaginação, precisa ainda de calibrar a inteligência lógica e a inteligência criativa; ser o funcionário que cumpre todas as regras do senso comum e o artista que agita e desestabiliza a rotina. Poucos como ele têm arte para alimentar o futebol como jogo e espectáculo.

Benfica e Selecção esperam por ele
Há uma nova geração a despontar no futebol português
Viu-se no jogo de Sub-21 em Israel Bernardo Silva é, porventura, o maior talento nascido em Portugal nos últimos anos – combinação de talento, visão, técnica, habilidade, instinto e imaginação. Perfeito a fazer o que deve e genial a inventar soluções, tem desde logo uma dificuldade para se afirmar: ao contrário dos extremos que podem impor-se por eles próprios com alguma independência de exigências funcionais da equipa, na zona central é preciso autoridade para convencer companheiros e intimidar adversários. Bernardo pode chegar tarde mas, fatal como o destino, um dia será titular de Benfica e Selecção Nacional.

Brisa suave do tiki-taka
Veio do Barcelona B para o Rio Ave mas não tem sido muito utilizado por Nuno Espírito Santo Luís Gustavo encheu o campo na vitória dos Sub-21 em Israel
Deu rédea solta ao talento de distribuidor criterioso, pensador exímio e de vistas largas, sem perder de vista o sentido posicional, a pressão sobre o portador da bola e o corte sistemático de linhas de passe. Criado sob os auspícios do futebol rendilhado do Barça, dá à bola o valor sagrado que ela merece. Constitui uma brisa suave do tiki-taka que consolida e abrilhanta o jogo da equipa. Não é muito agressivo e ainda comete alguns erros de avaliação? Só faltava exigir-lhe que, aos 21 anos, fosse um jogador perfeito.

Thiago Silva põe CR7 em 3.º lugar
Porque o amadorismo é coisa do passado, o assalto à Bola de Ouro começa muito antes
Sabe-se pouco do que vai suceder mas Thiago Silva, capitão da selecção brasileira, já tornou pública a decisão de colocar Cristiano Ronaldo em terceiro lugar, atrás de Messi e Ribéry, sustentando a opção com argumento de peso: o português não teve vitórias colectivas em 2013. A escolha do melhor do ano assenta em bases mais sólidas do que o exercício para definir, em absoluto, o melhor do Mundo. Para a primeira basta definir um critério uniforme (nem sempre é possível); a segunda oscila entre a preferência e o momento – é como as ações da Bolsa: umas vezes em alta, outras em baixa."