quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Dar o Ouro ao Bandido !!!

PSG 3 - 0 Benfica

A derrota até é normal, os números e a exibição não... a qualificação para a fase seguinte não estava dependente deste resultado, os dois jogos com o Olympiakos é que vão decidir as coisas... mas não deixa de ser frustrante ver a equipa cometer os mesmos erros do passado!!!
Quando o Blanc disse que conhecia o Benfica não estava a fazer bluff, mas bastava ver os jogos que temos feito com os Corruptos para descobrir a pólvora, o problema do Benfica de Jesus nestes jogos de grau de dificuldade mais elevado é sempre o mesmo: inferioridade numérica no meio-campo. O PSG abdicou de um jogador como o Lucas (ou Pastore - lesionado) e colocou mais um centro-campista forte na marcação e recuperação, e assim o Benfica ficou 'sem bola'!!! Contra equipas de 'meio-da-tabela', a qualidade dos nossos jogadores consegue ultrapassar este problema, mas contra jogadores de grande qualidade não é nada fácil aos nossos jogadores fazerem posse de bola...
No passado o Benfica mesmo com este obstáculo, conseguia manter os jogos equilibrados, mas nos últimos tempos temos demonstrado debilidades graves noutra área: pontapés de canto defensivos!!! Foi num lance destes que perdemos a Liga Europa, e foi assim (apesar do fora-de-jogo escandaloso) que empatámos com o Belém no Sábado. Além do conhecimento dos nossos adversários sobre a nossa defesa à zona, o Benfica deixou de fazer uma coisa muito importante nestes lances: a marcação individual ao segundo poste, aos jogadores mais perigosos adversários, para impedir que estes façam a corrida de balanço para o salto, à vontade... curiosamente o Carlos Martins sabia fazer estas marcações bem, o objectivo não é ganhar a bola no ar aos adversários, é só atrapalhar as linhas de corrida... e quando esta coisa tão simples não se faz, as probabilidades de sofrer golo, aumentam exponencialmente!!! Mais ainda quando na 1.ª jornada da Champions este PSG tinha marcado 3 golos em pontapés de canto em Atenas (dos 4 golos que marcou!!!), os Franceses neste momento tem mesmo uma eficácia extraordinária nestes lances: nesta edição da Champions tem 7 golos, sendo que 5 foram em Cantos!!!
A 2.ª parte de hoje, já foi um bocadinho mais normal, é verdade que o PSG em vantagem abrandou, mas o desvio do Enzo para o meio, também ajudou. Tanto o Artur como o Sirigu tiveram muito trabalho na 2.ª parte, podíamos ter marcado e podíamos ter sofrido... mas no geral acho que merecíamos o tento de honra. Até porque o nosso mau jogo na 1.ª parte, foi demasiado penalizado com a eficácia do PSG que além dos golos, teve bola, mas não massacrou o Artur nessa altura...
Repito, o mais importante neste momento é jogo de Domingo no Estoril, a pior consequência do jogo de hoje, foi a lesão do Fejsa... e o sucesso na Champions depende dos próximos jogos... mas não podemos continuar a sofrer golos de Cantos, é dar o ouro ao bandido.

PS: Depois da choradeira de ontem à noite, sobre o pretenso golo em fora-de-jogo que derrotou os Corruptos, estou curioso para ouvir os comentários dos mesmos opinadores sobre o 1.º golo do PSG. Pessoalmente considero que tanto hoje (nos dois momentos) como no jogo de ontem, os avançados estão em linha com os defesas, portanto as decisões foram boas, existe a indicação de em dúvida beneficiar o ataque, mas tenho quase a certeza que ninguém vai chorar pelo 1.º golo do PSG, que apesar do resultado pesado, teve uma influência significativa no desenrolar da partida.

2.ª jornada - UEFA Youth Cup

PSG 1 - 4 Benfica

Grande vitória, que foi mais difícil do que pode parecer pelo resultado. Entrámos mal na partida, nervosos, desconcentrados, o PSG podia ter marcado, tivemos dificuldade em ter a bola no pé... só por volta da meia-hora é que começamos a fazer o nosso jogo habitual, tivemos algumas oportunidades, o golo adivinhava-se, e perto do intervalo o Rochinha, com classe, e justiça, abriu o marcador... A entrada na 2.ª parte não dia ter sido melhor, 2 golos, e a ideia que o jogo estava fechado.

Ao entrar nos últimos 30 minutos a equipa pareceu fatigada, o PSG reduziu, mas a entrada do Gilson (pena a lesão do Estrela...) equilibrou a equipa... nos últimos minutos aproveitando o desespero Francês, em contra-ataque criamos várias oportunidades, marcámos mais um, e atirámos uma bola aos ferros...

Defrontámos uma equipa muito física, quase toda com sangue Africano, com jogadores com 'caparro' de Seniores, rápidos e altos, mas demonstrámos superioridade técnica e táctica... Foi um bom jogo colectivo, com o Romário e o Rochinha a evidenciarem-se no ataque... o regresso após lesão do Gonçalo Guedes também foi uma boa notícia.
Destaque ainda para a homenagem ao nosso 'pequeno génio', Fernando Chalana, que deu o pontapé de saída no jogo...

Paris-Benfica : 1-4 (U19, Youth League) por PSG

O factor Proença

"Já é difícil falar a sério das arbitragens de Pedro Proença em Portugal. Ele pode ser o melhor árbitro do Mundo, mas não é com certeza o melhor árbitro português.
Um dia o meu pai foi à Alemanha para tratar um problema de saúde. Falaram-lhe de um médico célebre, que vivia em determinada rua. Lá chegado, o meu pai perguntou onde era o consultório do dr. Tal, e ouviu esta resposta: “Mas por que vai a esse médico? Aqui na rua há um muito melhor.” Quando ouço falar do “melhor árbitro do Mundo”, recordo sempre esta história.
Na sexta-feira, Proença protagonizou mais um erro caricato, que nem a introdução das novas tecnologias poderia evitar. Nem no Burkina Faso um árbitro teria coragem para inventar um penálti tão inverosímil. 
Estas arbitragens tendenciosas e que decidem resultados (as quais não são, reconheça-se, um monopólio de Pedro Proença) têm duas consequências importantes.
Primeira: as equipas que jogam contra o FC Porto retraem-se na disputa da bola na área, jogam a medo, sabendo que qualquer queda de um jogador portista pode ser fatal.
Segunda: o FC Porto acaba por ganhar sempre, porque ou ganha por mérito ou porque o árbitro ajuda. E isto tem uma terrível consequência: retira imprevisibilidade ao futebol português. Mesmo quando a vitória parece ir calhar ao Benfica (como nas duas últimas épocas) o FC Porto acaba sempre por vencer, por demérito alheio ou com ajudas. A ideia de que não pode haver surpresas é talvez a principal razão que afasta as pessoas dos estádios.
Voltando a Proença, não percebo o que vai naquela cabeça. Perante a evidência de ter beneficiado o FC Porto no passado, devia ser mais cauteloso. Mas não é. Talvez ache que, por ter o rótulo de “melhor árbitro do Mundo”, ganhou um estatuto de impunidade que lhe permite fazer o que quer. Mostra a sua “coragem” marcando penáltis fantasma que, como o de sexta-feira, resolvem jogos. E Pinto da Costa, absolvido no Apito Dourado, ri na tribuna e chama palavrões aos circunstantes, perante o gáudio da sua corte."

Barreira invisível

"Depois de uma temporada em que FC Porto e Benfica faziam dos seus jogos para o campeonato passeios triunfais, este ano ambos os clubes têm tido dificuldades surpreendentes para derrotar adversários mais fracos.
No caso do Benfica, o cenário é, contudo, bem mais preocupante. Às exibições paupérrimas juntam-se perdas de pontos impensáveis para quem quer disputar o título. Com um treinador que não tem uma segunda oportunidade para causar uma primeira impressão e com uma equipa que aparenta ter níveis anímicos muito baixos, o Benfica está a comprometer toda uma época já em Setembro – mesmo tendo “o melhor plantel dos últimos anos”. É evidente que pode empatar com o Belenenses em casa, mas este resultado só é justificável com uma torrente ofensiva esmagadora, várias oportunidades de golo desperdiçadas e muito azar. Um jogo como o de sábado não é compreensível. A falta de qualidade do futebol benfiquista é uma barreira visível. Mas há outras barreiras.
Entre um FC Porto que tem jogado um péssimo futebol e um Benfica que também envergonha tem havido uma diferença. Há uma barreira invisível que, sempre que é necessário, surge para criar dificuldades ao Benfica. Perante a incerteza, há um apito eficaz que empurra o FC Porto para a frente e que não perde uma oportunidade para bloquear o SLB. Se pensarmos bem no que se passou na última jornada, as coisas fazem sentido.
Por um lado, para um grande árbitro um erro é suficiente para condicionar todo um jogo; por outro, os grandes árbitros portugueses partilham a ambição dos melhores jogadores portugueses: brilhar no campeonato espanhol. É uma ambição legítima. Ora, depois da extraordinária arbitragem do Elche-Real Madrid na semana passada, percebe-se que os nossos árbitros se tenham deixado entusiasmar e tenham querido mostrar aos nuestros hermanos que estão à altura do desafio. Com a precisão cirúrgica que Pedro Proença e Jorge Tavares mostraram no fim de semana, nada os impedirá de arbitrar em Espanha."