quarta-feira, 24 de julho de 2013

Fariña

Foi hoje apresentado a mais recente contratação do Benfica: Luis Fariña. Não conheço suficientemente o jogador para ter uma opinião. Já ouvi dizer que é '10', que joga na esquerda, na direita, ou que pode ser adaptado a '8'!!! E também já li que nunca será o 'novo Enzo'!!!
Tendo que conta os muitos médios ofensivos que já fazem parte do plantel do Benfica - e ainda falta o Pizzi!!! -, existem muitas dúvidas sobre a necessidade de contratar um jogador com estas características. A teoria que encaixa melhor nesta história, é a que defende, que o Benfica está a comprar primeiro, para depois vender (só espero que não seja o Salvio... preferia claramente o Ola, ou o Nico)...
Recordo que o Jesus gosta de começar a época com 5 alas: Salvio (não acredito nas notícias dos últimos dias, e não acredito que o Vieira o venda por metade da cláusula de rescisão...), Sulejmani, Gaitán?! ou (Ola?!), Pizzi, Fariña, são 5... O Urreta não me parece ser opção, e hoje em Portimão ficou definitivamente provado que o Markovic não conta para estas contas dos alas. Aliás neste momento, com o Markovic a marcar golos, e a jogar bem, o Djuricic é que começa a ver o seu lugar de '10' ameaçado, podendo ter que ser empurrado para um dos flancos!!!
Ainda na Argentina o Fariña fartou-se de dar entrevistas, ao mesmo tempo, num Forum Benfiquista, especulou-se sobre a possibilidade do Fariña ser emprestado ao Braga, num suposto negócio que envolvia o Éder !!! No dia seguinte, a mesma teoria aparecia num diário desportivo!!! E durante alguns dias, foi aceite como verdade...!!! Hoje, apareceu a notícia que o jogador é da Gestifute do Jorge Mendes... muito sinceramente, não sei em quem acreditar. Mas recordo que na época anterior tanto o Luisinho como o Michel também foram supostamente colocados no Benfica pelo Mendes, como uma contrapartida qualquer!!!
Pelo que vi no youtube, o miúdo parece ter talento, bom pé direito, raçudo, rápido, espero que a adaptação seja a melhor... O ideal mesmo, é que fosse 'novo Enzo', porque hoje com o Peñarol notou-se, mais uma vez, com a saída do Enzo, a equipa perde posse de bola... 

Finalização...

Benfica 1 - 1 Peñarol

Este é daqueles jogos, onde se costuma dizer, que o resultado é mentiroso... Tivemos melhor na 1.ª parte, com uma equipa entrosada, marcámos 1 golo numa excelente jogada, e podíamos - e devíamos - ter marcado mais... No único erro defensivo - e não foi do Artur!!! -, sofremos um golo, completamente contra a corrente do jogo.
Num relvado impróprio para consumo, que tornou o jogo muito difícil para a equipa tecnicamente melhor, contra um adversário que em muitos momentos do jogo parecia que estava a jogar rugby - ou luta-livre -, gostei da evolução da equipa.
Os jogadores novos são muitos, ainda vai demorar ainda algum tempo, para encontrar os automatismos entre todos... A quebra na 2.ª parte, deveu-se essencialmente, à falta de entrosamento entre os jogadores. O Djuricic entrou bem, mas não foi suficiente... Mesmo jogando pior, o Penãrol só nos últimos 2 minutos, chegou à área do Benfica, sendo que os guarda-redes dos Uruguaios foram provavelmente os melhores em campo.
Hoje, talvez tenha sido o principio do fim do mito Cortez: fez um bom jogo, e defensivamente não teve brancas. Pessoalmente a desilusão desta pré-época tem sido o Sílvio. No golo está mal posicionado. Ainda por cima jogou ao lado do Luisão, que não consegue disfarçar a falta de velocidade... dupla Garay/Lisandro, seria o ideal, acho eu!!!
Creio que hoje ficou claro, a falta de uma referência na área. O Lima é um goleador, mas não chega. O Rodrigo teima em não 'encontrar a bola'. É necessário resolver, definitivamente, a novela Cardozo. Já o afirmei, por mim, ficava... mas se sair, é preciso contratar alguém parecido. Hoje, até jogámos, em momentos, bom futebol, mas faltou a finalização...

Dinâmica das alas

"O dramático final da última temporada abalou até aos alicerces a confiança encarnada, levando os adeptos a encarar esta época com muito cepticismo.
Um dos problemas da equipa reside nos defesas laterais. O Benfica tem comprado “resmas” deles – Luís Filipe, Carole, Emerson, César Peixoto, agora Sílvio e Cortez – e nenhum serve. Fizeram-se sucessivas adaptações como Fábio Coentrão, Rúben Amorim, Melgarejo, André Almeida... Como explicar esta vertigem?
A questão é que Jorge Jesus exige muitíssimo dos laterais. Têm de defender como defesas de raiz e atacar como extremos puros. Muito do futebol de Jesus assenta na dinâmica das faixas, nas tabelas e trocas de posição constantes entre os laterais e os extremos. Por isso, na época passada, vimos Maxi e Melgarejo muitas vezes a atacar – e Salvio e Ola John a defender.
Mas esta dinâmica obriga os laterais a um esforço tremendo e tecnicamente muito complexo. Ainda por cima numa equipa como o Benfica, em que é proibido falhar.
Dirão os adeptos: se é assim tão difícil, então mude-se a táctica! Ora, atenção: nessa dinâmica das alas assenta boa parte do futebol envolvente de Jorge Jesus. Um futebol que, além de espectacular, tem revelado uma eficácia notável: em quatro anos, o Benfica passou de 23.º no ranking europeu para 6.º. Nenhuma outra equipa subiu tanto. Não é, pois, de ânimo leve que se mudarão os princípios de jogo.
Só que é dificílimo encontrar jogadores que cumpram a preceito esta missão. Escrevi há semanas que com Danilo e Alex Sandro o Benfica teria ganho o campeonato e talvez a Liga Europa. Mas os encarnados conseguirão ter laterais a este nível?"

Afinal, chamar “campeão dos arguidos” a Pinto da Costa não devia ser crime

"Tribunal Europeu dos Direitos do Homem diz que justiça portuguesa errou ao condenar antigo assessor da selecção nacional de futebol por difamar presidente do FC Porto.
O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem entende que a Justiça portuguesa errou ao condenar por difamação um jornalista desportivo que chamou a Pinto da Costa “campeão nacional dos arguidos do futebol”. O Estado terá agora de pagar uma indemnização ao jornalista superior a oito mil euros, a menos que recorra da decisão.
O caso remonta ao Mundial de Futebol de 2006. A trabalhar como assessor de imprensa da selecção nacional liderada por Scolari, Afonso de Melo publica um relato dos acontecimentos e dos episódios de bastidores relacionados com a “equipa das quinas”, num livro intitulado A Pátria Fomos Nós. Nele, o presidente do Futebol Clube do Porto é apelidado de “inimigo figadal” da selecção e também de “campeão nacional dos arguidos do futebol”.
Pinto da Costa não gostou e recorreu aos tribunais, que lhe deram razão tanto na primeira instância como na Relação do Porto. Realçando que o jornalista ignorava sequer em quantos processos judiciais estava o dirigente desportivo envolvido na altura, os juízes desembargadores consideraram que a expressão “campeão dos arguidos” tinha sido usada fora de contexto, com o único fito de denegrir e acabrunhar o líder dos “dragões”. O acórdão incluiu uma multa de 7600 euros.
Acontece que à luz da Convenção dos Direitos do Homem as coisas não são, no entanto, assim tão simples. “A liberdade de expressão constitui um dos fundamentos essenciais de qualquer sociedade democrática e uma das condições primordiais do seu progresso e da realização pessoal dos seus membros”, observam os juízes de Estrasburgo, fazendo notar as semelhanças entre este caso e aquele em que o jornalista da SIC José Manuel Mestre foi também condenado em Portugal por difamar Pinto da Costa e posteriormente ilibado no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Em causa estava uma entrevista do jornalista ao secretário-geral da UEFA, em 1996. Os magistrados do Porto consideraram que as perguntas de José Manuel Mestre insinuavam que Pinto da Costa controlava os árbitros portugueses.
Bullying judicial
Frisando que os limites à liberdade de expressão são necessariamente menores no caso das figuras públicas, por estas serem alvo de maior escrutínio por parte da sociedade, os juízes de Estrasburgo consideraram agora, uma vez mais, que “a própria existência de uma sanção penal nesta matéria é de molde a provocar um efeito dissuasor da contribuição da imprensa nas discussões de problemas de interesse geral”, não devendo ser aplicada “sem motivos particularmente graves”.
Para o advogado do jornalista, Afonso de Melo está a ser alvo de bullying judicial por parte de Pinto da Costa, que já lhe moveu outros processos em tribunal por motivos idênticos. Foi o que sucedeu quando o jornalista, um benfiquista assumido que colabora neste momento com o canal televisivo dos “encarnados”, publicou transcrições das escutas do Apito Dourado num jornal de Águeda. Já outro livro de Afonso de Melo dedicado também ao Apito Dourado, As Entranhas do Polvo, não mereceu a mesma atenção por parte de Pinto da Costa.
Satisfeito com o desfecho deste processo, o jornalista mostra-se descrente da Justiça portuguesa: “É inacreditável a protecção do sistema judicial a determinado tipo de pessoas, nomeadamente no que diz respeito aos tribunais do Porto”.
Contactado pelo PÚBLICO, o Futebol Clube do Porto escusou-se a comentar o caso, alegando que o clube não é parte interessada nele e que Pinto da Costa se encontra fora do país."

Sobre nomes dos clubes (I)

"Enquanto o defeso nos embala entre notícias e o seu contrário, vou também fazer o meu defeso e dedicar os quatro próximos pontapé-de-saída à onomástica clubista.
Tudo porque, há tempos, li em A BOLA uma curiosa notícia que começava assim: «Guimarães, não! Vitória SC, sim! Já seguiu pedido para a Liga para que o emblema minhoto seja tratado pelo seu nome original».
Sempre achei interessante o estudo dos nomes e sobrenomes dos clubes. A começar precisamente pelos Vitórias: o Vitória Sport Clube a que nós chamamos o Guimarães e o Vitória Futebol Clube que mais é conhecido pelo Setúbal. Tal qual a minha avó materna que era Leonor e que toda a gente tratava por Rosinha.
Mas há mais Vitórias com menos vitórias: o de Sernache (embora de Cernache), o de Lisboa, o do Pico, o dos Olivais, o de Santarém, o Mindense, etc.
Sendo a Inglaterra o berço do futebol, foi natural a sua influência não só no nome do dito jogo, como em muitas designações clubistas. A começar pelo genérico Sporting. Mas só o de Lisboa - que no nome é de Portugal - dá pelo nome próprio. Porque os de Braga, Faro, Espinho, Covilhã, Tomar, Cuba e outros dão mais pelo nome da cidade ainda que, por vezes, referidos também como Sporting de... Há ainda clubes que não são Sporting e que muita gente desconhece: Portimonense Sporting Clube e Sporting Clube Olhanense. Muitos outros têm a palavra inglesa Sport, a começar pelo Sport Lisboa e Benfica.
Também a maioria optou pelo anglicismo de escrever Futebol Clube. Só o Belenenses escreveu à portuguesa - Clube de Futebol Os Belenenses - embora, habitualmente, o artigo definido seja dito no singular: o Belenenses."

Bagão Félix, in A Bola

Um pouco de História...

Enviaram-me um link com este post sobre a História do Estádio da Luz. Simples, completo, exacto e muito bem ilustrado, recomendo.