segunda-feira, 1 de abril de 2013

Futuras Páscoas Felizes !!!

Algumas das nossas equipas de formação, aproveitaram as férias da Páscoa para participar em torneios internacionais.
O destaque tem que ir para os nossos Infantis A, que na Pontinha revalidaram o título, numa final dantesca!!! Ainda na fase de grupos, perdemos com os Lagartinhos por 0-3, mas mesmo assim garantimos acesso à final, onde voltámos a encontrar o Sporting. E foi no meio de um temporal de chuva e vento, com o Proença a apitar, com muito chute para a frente, e com muita, mas mesmo muita garra, que vencemos por 2-0, com um 1.º golo monumental do André Ricardo...


Na Holanda os nossos Juvenis A terminaram em 3.º no Torneio AEGON Future Cup, depois de na 1.ª fase terem vencido o Bayern (1-0) e o Barcelona (2-1), e empatarem com o Anderlecht (0-0)(creio que os Belgas jogaram com uma equipa de um escalão etário superior!), nas meias-finais calhou-nos em sorte a equipa da casa, o Ajax, e o resultado e a exibição foram muito más (0-5)!!! Não sei se foi devido à vitória contra o Barcelona no dia anterior (com remontada!!!), ou se foi somente um dia mau. Nesta equipa existem vários jogadores com potencial, mas ainda existe um excesso de individualismo, e contra equipas totalmente mecanizadas como o Ajax, a falta de disciplina táctica é fatal... Eu até acho que nos escalões mais 'baixos' deve-se incentivar o talento individual dos miúdos, nas nos Juvenis já tem que existir outro tipo de colectivismo... Na partida para encontrar o 3.º classificado, o Benfica derrotou  São Paulo, nos penalty's por 3-0, após o 0-0 no tempo regulamentar. O resultado final acaba por ser positivo, até o mau jogo com o Ajax pode ser aproveitado, para ensinar um pouquinho de humildade... Com a cabecinha no lugar, temos neste plantel vários futuros jogadores seniores!!!


Os Infantis B, no Seixal, venceram o torneio Jaime Graça (merecida homenagem), o grau de dificuldade dos adversários não era muito alto, mas sabe sempre bem vencer... Espero que esta iniciativa não seja esquecida...

Multi-Benfica

"Quem tiver lido aquilo que escrevi, nesta mesma coluna, há uma semana, percebeu ser minha convicção que cinco vitórias, nas próximas cinco jornadas da Liga de Futebol, representarão (com o devido respeito ao Moreirense) a conquista do respectivo título.
Para além dessa minha convicção - que acredito, seja partilhada pela maioria dos benfiquistas, e também por muitos não benfiquistas -, está a matemática. Esta, mesmo com a implacável frieza dos seus cálculos, acrescenta apenas um número aos cinco triunfos que 'pedi' aos jogadores 'encarnados'. Ou seja, cinco vitórias mais uma, valem matematicamente o título, e aí não haverá Moreirenses que nos atrapalhem a vida.
As seis vitórias de que o nosso Futebol necessita para fazer a festa estendem-se, numa curiosa similitude, àquilo que se passa noutras modalidades.
Seis triunfos consecutivos garantem, também, a revalidação do título nacional de Hóquei em Patins, sendo que cinco deixarão as coisas praticamente à nossa mercê (tal como no Desporto-rei).
Seis vitórias asseguram, igualmente, o título nacional de Andebol, que nos escapa há já alguns anos.
Seis vitórias serão igualmente suficientes para erguer o ceptro de Voleibol, contando com os jogos que faltam da Segunda Fase, e com as duas primeiras partidas do Play-off final.
Só o Basquetebol e o Futsal, dada a especificidade do formato dos respectivos Campeonatos, carecem de mais tempo, e mais vitórias, para renovar as conquistas do ano passado.
À semelhança do que sucede nos relvados, também nos pavilhões as próximas semanas serão decisivas. Elas determinarão até que ponto será possível repetir, ou (porque não?) superar, o feito histórico de 2011/2012, quando fomos vencendo sucessivamente Hóquei Patins, Basquetebol e Futsal, acrescentando-lhes o Atletismo - que, também ele, tem somado títulos nos últimos tempos.
Isto sim, é Ecletismo com E grande. Não de palavreado (como se vê em alguns vizinhos invejosos), mas de competições, de vitórias, e de títulos."

Luís Fialho, in O Benfica

Navegar... para o Rio !!!

O projecto Olímpico do Benfica, reforçou-se com dois velejadores nacionais: o Miguel Nunes é já um veterano, após 4 participações Olímpicas (sempre com bons resultados); o Gonçalo Pires é um estreante nestas andanças... Vão tentar a qualificação na classe 470. Bem-vindos ao Glorioso.

Tribunal à portuguesa (3)

"Uma lei também serve para elucidar de uma vez por todas o que as outras leis deixaram para trás no rol das dúvidas e incertezas. Algo que nem sempre anima os “legisladores”: parece ter-se enraizado a comodidade de se legislar sem indicações claras sobre os conceitos, os conteúdos e as estatuições – enfim, algo de muito português.
Seguindo a tendência, a nova lei do TAD não aproveitou para pacificar o conceito de “caso julgado desportivo”, agora em relação aos efeitos desportivos consolidados pela última decisão do TAD (que seja impugnada). O que se lamenta, uma vez mais.
Contra a tendência, porém, a nova lei do TAD andou bem no esclarecimento das “questões estritamente desportivas” decididas pelas federações. O conceito animou e anima diversos litígios judiciais, como a discutida ilicitude do Gil Vicente no “caso Mateus”. A Lei de Bases de 2007 não permite que as deliberações dos órgãos federativos sobre tais questões sejam apreciadas nos tribunais administrativos e diz que tais matérias são “as que tenham por fundamento normas de natureza técnica ou de carácter disciplinar, enquanto questões emergentes da aplicação das leis do jogo, dos regulamentos e das regras de organização das respectivas competições”.
Ou seja, poderia admitir-se que (na senda da Lei de Bases de 2004) se quis alargar a proibição de recorrer à jurisdição estadual a todas as decisões que versem sobre a interpretação e aplicação das regulamentações das provas, decisões essas que não poderiam passar dos “conselhos de justiça” das federações; se passassem, tal actuação poderia levar a castigos desportivos graves para os agentes que o fizessem.
Com a substituição da competência dos tribunais administrativos pela “arbitragem necessária” do TAD, este não pode na mesma apreciar “questões estritamente desportivas”. Mas estas passam a ter um conteúdo inequivocamente restrito: “questões emergentes da aplicação das normas técnicas e disciplinares directamente respeitantes à prática da competição desportiva”.
Isto é, questões suscitadas pelas normas que traduzem e velam pelo respeito das regras técnicas da modalidade e das leis do jogo (por ex., os ilícitos disciplinares por comportamentos vedados nessas leis e sancionados por ocasião dos jogos). Tudo o que diga respeito aos regulamentos de organização e participação nas competições pode ser suscetível de recurso para o TAD, pois não estamos perante regulamentação desportiva que possa ficar só na “reserva” das federações. Em suma: finalmente a paz, trazida por um legislador atento. Pelo menos aqui..."

Benfica arrasou na Luz

"Compromissos europeus não condicionam encarnados na Liga.
Sem história, é o que se poderá dizer deste jogo em que o Benfica não deu a mínima hipótese ao seu adversário, um candidato à Europa, é verdade, mas a revelar sinais de maior irregularidade, que já o fizeram sair do "top 5" de que fez parte durante largo tempo neste campeonato. Se à quebra vilacondense juntarmos a excelente dinâmica da equipa de Jorge Jesus encontraremos a resposta para os 6-1 com que terminou o encontro.
Tentou o Rio Ave surpreender o Benfica, apresentando-se com uma linha defensiva reforçada com três centrais, de forma a suster o ímpeto atacante contrário. Mas tal expediente cedo deu mostras de inapropriado, já que a consequente inferioridade e fragilidade no miolo nunca chegou a ser compensada. A ideia do técnico visitante até era bastante razoável se da parte dos laterais de Vila do Conde tivesse havido maior participação e interacção com os outros sectores mais avançados. Mas não houve.
Desta forma, ao Benfica deparou-se maior espaço para a construção dos lances ofensivos e, portanto, um maior convite para toda a equipa jogar abertamente ao ataque. Não foi por acaso que, ao quarto de hora, o marcador já acusava 2-0, com dois golos de homens mais recuados (Melgarejo e Matic), a gozarem de amplas liberdades no terreno, e outras ocasiões ficassem por concretizar.
Um remate de Ukra à barra, numa das raras vezes em que o Rio Ave foi lá à frente com algum perigo, ainda podia ter posto água na fervura, mas, falhada a surtida, a ebulição foi inevitável, com Lima a fazer de acendalha e a contribuir para o elevar da temperatura no confronto. Três-a-zero ao intervalo era, pois, o resultado de um jogo já sentenciado e em que, lesão de Salvio à parte - incrível como Nivaldo não foi expulso -, tudo correra bem aos encarnados.
Perante o descalabro, o técnico Espírito Santo deu a mão à palmatória e rectificou o dispositivo à retaguarda, tirando o defesa Nivaldo e fazendo entrar Braga. O que ele não previu - já depois de um golo para cada lado, por Lima e Hassan - foi que a sua equipa ficasse reduzida a nove elementos, por expulsão de Wires e Edimar, o que, desde logo, reduziu, ou retirou mesmo, as probabilidades de discutir o jogo (embora uma autêntica agressão de Rodrigo também justificasse a exclusão).
Daí até final, só "deu" Benfica, naturalmente, se bem que, com Bebé em campo, o Rio Ave não tenha deixado de causar problemas. Mas, substituído este, o jogo passou a tender apenas para a baliza de Oblak, até chegar aos 6-1, com mais um golo de Lima, um "hat-trick", e outro de Enzo Perez. Uma fartura que se justificou pela maneira como o Benfica encarou desde o início o encontro, em contraste com o emperrar da máquina vilacondense, sobretudo na 1.ª parte."

O voo da águia

"O treinador diz que o Benfica está melhor do que o FC Porto.
Jesus antes do jogo afirmou: «O que é preciso é ganhar, nem que seja por meio a zero». À afirmação do treinador do Benfica faltou-lhe acrescentar que, regularmente, para se vencer, é fundamental jogar bem. 
Vítor Pereira antes da visita a Coimbra anunciou: «O jogo com a Académica é decisivo». Esta frase do técnico do Porto é ilógica por derrotista, pois o jogo só seria decisivo se o Porto perdesse.
Nesta fase, o Benfica apresenta um futebol muito superior ao do Porto. As águias continuam seguras no poleiro. Nesta jornada manteve a distância de 4 pontos e aumentou a diferença de golos para 7.
O Porto - com James, João Moutinho e Izmaylov - dominou a seu belo prazer os cábulas estudantes, os quais há seis provas que não acertam uma resposta positiva. A Académica na primeira parte só por uma vez rematou. Os Dragões voltaram a apresentar a sua filosofia de circulação de bola e mesmo numa toada lenta marcaram 3 golos e poderiam ter feito mais três. Mas o nível exibicional nada tem a ver com o seu período áureo, no qual se dizia «que o Porto era colectivamente a melhor equipa».
A quebra dos Dragões vem confirmar que em futebol tudo se altera num ápice. Contudo, neste momento a realidade é que o Benfica lidera o campeonato com uma cómoda vantagem. O Benfica nem sequer olha para trás, vai em frente. Ontem, praticou um futebol de qualidade, digno de um verdadeiro líder. Como é habitual, apresentou-se com a sua vocação ofensiva, muito difícil de travar. Apesar de continuar a carrilar o seu jogo pelos corredores laterais, também o corredor central está mais interventivo. Matic já não faz de central, joga ao lado de Enzo e desta forma ambos defendem e municiam os aríetes e eles mesmos marcam golos.
O Rio Ave apareceu na luz com uma estratégia que visava anular o poder atacante das Águias. Nuno Espírito Santo, ao predispor a equipa num 5x3x2 defensivo, o qual se transformava num 3x4x3 atacante, arriscou demasiado. Este modelo tem de ser muito trabalhado e não se pode preparar de uma semana para a outra. Esta forma de jogar até pode surtir efeito frente a equipas inferiores, mas frente ao Benfica? Não foi uma boa ideia.
O Benfica é uma equipa de preponderância atacante à qual não se podem dar facilidades. O Rio Ave defendeu mal. A barafunda e a confusão foi uma constância na defesa dos de Vila do Conde. Melgarejo, Matic e Lima marcaram os golos completamente sem marcação. Antes de o paraguaio inaugurar o marcador já Lima isolado tinha falhado por pouco. Defender desta forma exige muita concentração e um grande entendimento. O que não aconteceu.
Os jogadores encarnados ao imporem uma intensidade forte e dinâmica, aliada a uma mobilidade atacante contínua e sincronizada, com constantes e complexas permutas entre os médios alas e os laterais, baralharam totalmente a impreparada e desorganizada defensiva vila-condense. Não é por acaso que Maxi e Melgarejo marcam golos em zonas interiores.
A mecanização entre os jogadores do Benfica funcionou quase em pleno e quando o adversário não responde com uma oposição eficaz é aquilo que se vê. Um espectáculo de futebol e de golos. Quase em pleno porque à dupla Lima e Rodrigo faltam jogadas de entendimento. Ontem as águias voltaram a voar alto e geraram confusão com a sua variabilidade de acções."