segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Música repetida

"A campanha está a ser brutal. Rara é a intervenção televisiva de algum comentador (?), sobretudo afecto ao FC Porto que não se refira a Maxi pereira como um futebolista indisciplinado. Pouco falta para que o apelidem de trapaceiro, açougueiro, carniceiro. Objectivo? Condicionar o influente lateral benfiquista, condicionar os árbitros nas medidas técnicas ou disciplinares sempre que o internacional uruguaio intervém.
O processo é antigo, tem anos, muitos anos, a cartilha não mudou. Só poderiam ser os mesmos que parecem sofrer de amnésia na sua cegueira azul e na sua sanha contra o vermelho. Lembram-se de Paulinho Santos, que um dia, na Luz, até saiu de maca, de polegar levantado, sorrindo para o banco portista? Lembram-se de Bruno Alves e das suas intervenções macias e democráticas na competição?
Lembram-se de uma equipa completa do FCP a correr atrás do árbitro José Pratas, numa cena digna de um filme humorístico, sem que houvesse qualquer decisão de carácter disciplinar? Lembram-se do búlgaro Kostadinov ter abalroado um árbitro assistente e, ao invés do caso recente de Luisão, ficar completamente impune?
No Futebol, a memória vale, vale muito. A memória dos jogos, dos golos, dos triunfos, das taças. Mas também a memória de tantas acções anti-desportivas quase sempre interpretadas por gente ligada ao mesmo emblema. Até já há quem não tenha memória das Escutas do Apito Dourado e da colossal tentativa de inquinar (e conseguir) a verdade no futebol indígena. Para já não falar dos (muitos) anos anteriores. Anos impúdicos, anos de vencedor amiudado."

João Malheiro, in O Benfica

Benfica não pode continuar passivo!

"Eu já tinha escrito um artigo, há uns dias, em que dizia que isto ia acontecer. E que o Benfica ia continuar calado.
A arbitragem do "melhor árbitro do mundo", que, além de travar o jogo, arbitrariamente, como lembrou Jesus, inventou uma expulsão cirúrgica, por uma falta totalmente inexistente, provou que o campeonato está, desde o princípio, condicionado pela possibilidade de nomeações de árbitros que não dão garantias de imparcialidade.
Isto aconteceu pouco depois de Proença, ter expulso Cardozo por uma reacção acalorada contra o anti-jogo do jogador do Nacional (que se pode admitir, no limite, se não fosse Proença nunca hesitar quando é contra nós), numa altura em que o Benfica estava completamente instalado na área do Nacional.
Horas depois, no Dragão, o conhecido Cosme Machado inventava um penalti a favor do FCP que só não lhe deu a vitória porque Jackson Martinez falhou a pontaria!
Como eu dizia no artigo, antecipando o que se vai passar daqui para a frente, "É assim que se perdem campeonatos"! Há dois anos, foi no começo da temporada, no ano passado foi no fim, este ano é a meio!
O que mais é preciso para que Vieira acorde e perceba que o Benfica não pode continuar passivo, sem uma estrutura profissional para o futebol e para a comunicação e, sobretudo, sem uma atitude firme contra TODOS os que conspiram contra os seus interesses, no respeito da legalidade e do fair-play?"

Objectivamente (Lagartices)

"A profunda convulsão do nosso vizinho Sporting tem tido momentos que pedem a compaixão e outros que provocam a ira de qualquer ser mortal por muito compreensivo que seja!
Vem isto a propósito das declarações incendiárias do presidente, Godinho, sobre o interesse do Benfica em Insúa por troca com Kardec e Nolito, tentando tirar partido da estúpida rivalidade doentia de alguns sportinguistas que sempre vêem com bons olhos uma guerrinha contra o SLB!
Vá lá que G. Lopes não se lembrou de dizer que o Benfica queira mesmo era dar Cardozo, Lima e Garay pelo genial Insúa e ainda nos disponibilizávamos a pagar todo o passivo do clube... a PRONTO!
De facto, têm vindo de Alvalade coisas que chocam! A rábula do Benfica-Sporting e da zona de protecção dos adeptos que acabou no trágico incêndio (que as 'incendiárias' declarações de Paulo Pereira Cristóvão e o do próprio Godinho provocaram) e as mentiras sobre o adiamento do jogo em Alvalade devido a imprevistos de última hora que chocavam com os calendários já estabelecidos para ambos os clubes e que, de todo, era impossível alterar, foram algumas das rábulas que este dirigente protagonizou e que confirmam a 'grande credibilidade' que ele goza no seu próprio clube!
Não tenho nada que ver com o que se passa na casa dos nossos rivais. Agora não admito - como Sócio - que Godinho Lopes aproveite a velha rivalidade entre os dois emblemas para tentar ganhar votos (ele já está em campanha), inventando histórias da carochinha para embalar os desiludidos do seu clube. Ele acha que 'comprando uma guerra de boa qualidade' com o Benfica pode arrastar alguns dos mais fundamentalistas!
O que era bom mesmo era que descobrisse qual a melhor forma de pagar o que deve ao Benfica na decisão da Liga sobre os estragos nas bancadas da Luz. Isso é que ele fazia bem, em vez de andar a arranjar desculpas de mau pagador, com recursos e mais recursos, aproveitando a lentidão da Justiça!"

João Diogo, in O Benfica

72 horas ( + ou - )

"Armando Leitão, professor na Faculdade de Engenharia do Porto e docente de Estatística e Gestão de Manutenção, disse esta semana ao Jornal de Notícias que o intervalo de 72 horas que não foi cumprido por três jogadores do FC Porto entre dois jogos - e que pode resultar na exclusão da Taça da Liga - não foi, afinal, de 72 horas.
«O tempo mede-se, não se conta. Quem fez a lei definiu uma precisão à hora e não ao minuto, pelo que 71 horas e 45 minutos são 72 horas. Setenta e duas horas é o intervalo entre 71 horas e 30 minutos fechado e 72 horas e 30 minutos aberto. Só haveria risco de eliminação se estivesse escrito 72 horas e zero minutos», disse o professor.
Parece-me evidente que Armando Leitão dominará melhor a temática, pelo que não vou questionar isto dos intervalos abertos e fechados. Até porque, sendo eu muito pontual, posso sempre usar esta informação na próxima vez que tiver de ficar à espera de alguém, lembrando que 35 minutos não são 35 minutos, é uma hora. Para mais, é sempre bom quando alguém doutras áreas entra em cena no futebol, renovando conceitos cristalizados. O próprio tempo de jogo pode ser discutido numa base similar. Um golo ao minuto 45 pode, no futuro, ser fora de tempo se se argumentar matematicamente que, nas leis, 45 minutos podem ser uma hora e logo o golo foi marcado quando o jogo, na verdade, já acabara; e ninguém percebera, porque as pessoas, coitadas, julgam que o tempo é dos relógios. E o intervalo dos jogos, serão 15 minutos? Será intervalo aberto ou fechado? E isto se o tempo existir. Einstein, por exemplo, escreveu que «é uma ilusão, uma mera distinção entre passado, presente e futuro» e que «a única razão para o tempo é impedir que tudo aconteça ao mesmo tempo».
Nem tenho estudos para isto. Fico-me pelo Jorge Palma: «O tempo não sabe nada, o tempo não tem razão. O tempo nunca existiu, o tempo é nossa invenção. Se abandonarmos as horas não nos sentimos sós. Meu amor, o tempo somos nós»."

Miguel Cardoso Pereira, in A Bola

Habemus...


Quem costuma alertar os Benfiquistas para estas 'coincidências' não sou eu... é o Coluna, mas esta manhã ao ler a notícia da abdicação do Papa, recordei-me da Gloriosa viagem ao Bessa em 2005 !!! Ali, mesmo por baixo da faixa do Habemus Campione - o Papa Bento XVI tinha sido eleito duas semanas antes... -, lá estava eu, em pé, em estado de semi-coma durante 90 minutos - excepto aqueles poucos minutos que tivemos a ganhar!!! -, será que a história se vai repetir, e poucas semanas após a eleição do próximos Papa, vamos voltar a festejar?!!!
Aos donos da faixa: é melhor começarem a desembrulharem-na...!!!