domingo, 9 de dezembro de 2012

Fim-de-semana duplamente vitorioso...


Benfica 3 - 0 SC Caldas
25-19, 25-11, 25-19

Num fim-de-semana, onde nem tudo correu bem - ...pelo contrário!!! -, a secção de Volei cumpriu, sem sobressaltos...

Vitória sobre o Vitória !!!


Guimarães 74 - 87 Benfica
16-30, 15-14, 21-18, 22-25

A vitória parece ter sido obtida de forma indiscutível, mas as lesões começam a preocupar: se o Franklin recuperou, o Andrade continua de fora, e a ele juntaram-se o Betinho e o Minhava, além do problema na naturalização do Gentry... O próprio Fonseca não parece estar no máximo, já que depois de um início de época muito bom, tem jogado poucos minutos...

Vitória do Cosme !!!


Arouca 3 - 1 Benfica B

Recusei-me ver o jogo todo, rapidamente percebi o que se estava a passar... Este jogo não foi decidido pelos jogadores ou treinadores do Arouca ou do Benfica, a vitória foi decidida numa qualquer casa de alterne... e a conversa deve ter sido qualquer parecida com o seguinte: «... Pronto, não vale a pena vocês chorarem mais, para compensar os prejuízos que vocês tiveram no jogo com o Sporting B, quando o Benfica for lá jogar, a gente facilita...»!!! Devem ter usado mais vernáculo, mas não foi muito diferente...!!!
E nem nos podemos queixar muito, já que conseguimos acabar com 11 jogadores - algo que foi facilitado porque o resultado do jogo nunca este em causa...!!! -, e se o 1º golo do Arouca foi em fora-de-jogo, logo a seguir noutro escandaloso fora-de-jogo não assinalado, a bola foi ao poste!!! O penalty ao acabar a 1ª parte, foi um prémio à arte da impunidade do Cosme - o homem que já deixou passar 5 penalty's na Luz no mesmo jogo!!!

PS: Muito sinceramente não percebo o discurso do Norton no final do jogo, ignorando a roubalheira. O objectivo do Benfica não é a subida, mas já cansa... A única explicação lógica que encontro, poderá ser o nível elevadíssimo de profissionalização do nosso departamento de formação, que além das técnicas e tácticas de jogo, quer preparar os jovens jogadores para as roubalheiras que se avizinham quando eles foram mais velhos..!!!

Muito mau...


Braga 4 - 1 Benfica

Este já é o segundo jogo, com um péssimo resultado e uma má exibição, esta época - depois do jogo com os Leões de Porto Salvo -, algo se passa com esta equipa, perdas de bola infantis, que permitem contra-ataques fatais são muitas, as transições defensivas são más, os jogadores estão quase sempre mal posicionados, e depois no ataque continuasse a desperdiçar oportunidades atrás de oportunidades. Aliás a obsessão em jogar a bola para o César, é uma das razões para os desequilíbrios da equipa nas transições defensivas...
E nem vale a pena de nos queixar-mos das equipas que jogam fechadinhas lá atrás e no nosso erro, e que fazem do jogo contra o Benfica, o joga da vida deles, porque sempre foi assim, e sempre será...
O título só vai ser decidido no play-off, mas neste momento podemos afirmar que o Benfica dificilmente fará melhor que 2º na época regular, e portanto se tudo correr 'bem' vamos jogar a final sem o factor casa... Temos que melhorar muito, se quisermos festejar no final da época...

PS: Os meus Parabéns as meninas do Benfica que representaram a Selecção no Torneio - em jeito de Mundial!!! -, e que curiosamente na final com o Brasil se podem queixar, dos tradicionais erros Tugas: a finalização!!!

Impressão digital

"Na sua profusão de comunicados, declarações «sem direito a perguntas» e recados avulsos que os responsáveis do Sporting emitiram nas últimas 72 horas acabou por ressaltar uma pequena referência, inócua, mas provocadora.
Diz o Sporting, que em tempos esteve nas mãos de um dirigente oriundo da polícia de investigação, estar a ser alvo de ataques permanentes e com «impressão digital».
A menos que sejam as das mãos de Alex Sandro que, semana a semana, vai brincando aos guarda-redes na própria grande área para gáudio dos árbitros da paróquia, tudo aponta para que o sorumbático Sporting se estivesse a referir ao Benfica.
A recuar desde o começo da época, quando tinha colocado o contador a zeros, ficou encurralado na sua labiríntica caminhada, acabando por desembocar numa vontade indómita (e desesperada) de se regenerar através do sangue do mafarrico. Todas as horas da vida leonina nas últimas semanas e, em particular estas 72 horas da libertação, concentraram energias no «adversário» de forma obsessiva e esgotante. Tão cansativa que, se os jogadores percebessem a estratégia, entrariam já exaustos em campo.
Há quem, erradamente, argumente que, nos derbis, a equipa que está mais fraca se agiganta e acaba por vencer. Ora, isto só aconteceu em meia dúzia de ocasiões excepcionais em décadas e décadas de história e nunca deveria servir ao imaginário da esperança leonina. Para ganhar ao Benfica, o Sporting teria de ser, apenas, muito bom, incomparavelmente melhor do que tem sido.
Depois de ter passado ao lado de uma vitória em Barcelona que poderia ser a única em dois séculos de futebol, o Benfica enfrenta agora o derbi mais fácil de sempre e se não jogasse em ataque permanente ao Sporting e não conseguisse vencer, nem seria necessário chamar o CSI de Alvalade para apontar o culpado, Jorge Jesus e o seu dedo famoso."

Esta gente não aprende

"Os castigos a José Mouriunho e a Rui Gomes da Silva postos em questão.

O futebol é um fenómeno cheio de justiças. E nem me refiro à fundamental justiça dos resultados, amarga ou doce conforme os afectos envolvidos mas determinante porque o futebol é isso mesmo, resultados. Muito menos me refiro à justiça divina, tantas vezes invocada em vão por gente descarada quando se sabe muito bem que no céu não vive ninguém que se interesse por futebol. Há ainda mais justiças: a justiça histórica, por exemplo.
Detenhamo-nos nesta especialidade porque estamos perante um caso de interesse mundial que cabe perfeitamente na área da dita justiça histórica. Trata-se da inesperadamente rápida degradação das relações de José Mourinho com Florentino Pérez e do anúncio público, em grande manchete do diário desportivo madrileno “Marca”, do “divórcio” entre o treinador e o presidente do Real Madrid. Ao contrário dos grandes emblemas europeus que se confrontam com o Barcelona fora de portas, o Real Madrid, para azar seu, tem de levar com o Barcelona nas competições internas, uma coisa que não se deseja a ninguém. A obscena distância a que o Real Madrid de Mourinho se encontra do Barcelona na Liga espanhola significa uma humilhação tremenda para a alma merengue. Posto isto, como castigar o treinador? Fácil: tirando-lhe a possibilidade de vir a conquistar em Maio a sua terceira Liga dos Campeões. Um treinador que conduz o Real Madrid ao descalabro interno não tem o direito histórico de sair de Madrid, tal como já saiu do Porto e de Milão, com o mais importante troféu europeu nos braços. E, assim sendo, fica apenas por saber quanto tempo mais resistirá José Mourinho ao desamor do seu presidente.
Há a justiça histórica, como já vimos, e também há a justiça disciplinar, federativa, numa palavra, a oficial. Um vice-presidente do Benfica, Rui Gomes da Silva, foi suspenso por 11 meses pelo Conselho de Disciplina da FPF porque em Setembro, depois do jogo com a Académica em Coimbra, protestou veementemente contra o trabalho do árbitro, o velho Xistra. Compreende-se. Se Rui Gomes da Silva em vez de chamar nomes ao Xistra tivesse mandado depositar antes do jogo dois mil euros na conta bancária do fiscal-de-linha, nem um diazinho de suspensão teria a cumprir. Mas não aprendem?

ERRAR É HUMANO
Ai, ai, esta solidariedade entre alemães
Convenhamos que de uma forma exagerada, veio a recente jornada europeia no que ao Benfica diz respeito confirmar uma realidade. Seja nas provas internas, seja nas lá de fora, o Benfica exibe uma incapacidade de meter a bola nas balizas adversárias, o que se estranha porque o Benfica dispõe de uma série de avançados com inegáveis capacidades. Mas fazer golos é o cabo dos trabalhos.
Foi o que aconteceu esta semana em Nou Camp. Meia dúzia de oportunidades flagrantes desperdiçadas pela linha avançada do Benfica, onde se inclui, a martelo, Maxi Pereira a quem coube a honra do último disparo sem nexo diante da baliza do Barcelona, já em tempo de descontos. Tivesse o Benfica concretizado metade das oportunidades que soube criar e não estariam agora a dizer mal do árbitro os seus indefectíveis adeptos. Entenda-se que o árbitro em causa nem sequer é o que apitou em Nou Camp, um norueguês que fez um trabalho impecável. A “explicação” para o afastamento da equipa da Liga dos campeões, veio do apito de outro árbitro que a milhares de quilómetros de distância inventou uma grande penalidade que colocou o Celtic nos oitavos-de-final da prova. Um malandro de um árbitro alemão, compatriota do árbitro que Luisão derrubou em Agosto. Maldita solidariedade!

POSITIVO
Duda bisou
O Málaga foi a equipa-sensação da fase de grupos da Liga dos Campeões e deve muito dessa sensação aos portugueses Duda e Eliseu. No encontro com o Anderlecht, Duda foi o homem do jogo marcando dois golos. Artur brilhou Num jogo em que os avançados do Benfica falharam incrivelmente uma série de golos feitos, o destaque vai para o guarda-redes que soube brilhar a grande altura no seu único confronto directo com Messi.

NEGATIVO
Helton estragou
Parece sina do guarda-redes portista em jogos internacionais. De vez em quando lá dá o seu “franguito” quando joga na Europa. O último aconteceu no Parque dos Príncipes, em Paris, e cantou bem alto.

Pérola
“Acabou, acabou.”: HULK
O Incrível não gostou de ser substituído no jogo com o Milan e assim que chegou ao banco explicou por gestos e por palavras ao treinador Spaletti que tinha chegado ao limite da paciência. E agora? Quem será o primeiro a sair do Zénite de São Petersburgo, o jogador ou o treinador?"

Leonor Pinhão, in Correio da Manhã

O "tribunal", finalmente

"Todos nós nos recordamos da narrativa recorrente. Sempre que algum processo disciplinar desportivo teve mais impacto e implicou sanções mais graves, sempre veio a ladainha: falta o “tribunal do desporto”. Os narradores apelavam a uma jurisdição especializada do Estado, com “juízes” recrutados sem a eleição dos membros das federações (e dos clubes das ligas profissionais, depois), e uma jurisdição que substituísse os órgãos jurisdicionais das federações e ligas. Ou seja, a extinção da “justiça desportiva interna”, do “caso julgado desportivo” e, por artes mágicas, a suspeição que grassaria nas decisões (ou em certas decisões) dessa justiça.
Nunca compreendi bem esta argumentação casuística e conjuntural. Se a ideia era extinguir os órgãos jurisdicionais das federações e das ligas, tal era incompatível com a autonomia de organização e regulamentação das organizações desportivas. Se a ideia era banir os “juízes” escolhidos para os órgãos federativos e substituí-los por “magistrados do Estado”, não se percebia porque tanta suspeição recaía sobre os conselhos de disciplina e de justiça que, tradicionalmente, eram compostos por “juízes dos tribunais superiores”, que viravam “suspeitos” quando entravam no desporto… Em suma: quem chamava o “tribunal do desporto” parecia estar mais a denegrir certo “órgão de justiça desportiva”, em determinada decisão, do que a propor algo novo e estruturado.
É tempo de dar o salto: estão no Parlamento duas propostas de “tribunal arbitral do desporto” e urge obter o mais importante. 1) Apreender-se (finalmente) que o “tribunal do desporto” só pode ser a última instância de recurso das decisões da justiça desportiva federativa – justiça que não desaparece, portanto. 2) Essa “terceira instância” necessária será competente em exclusivo para os recursos das decisões da justiça desportiva e extingue (isso sim) o recurso aos tribunais administrativos do Estado (que tem sido funesto, na celeridade e no conteúdo). 4) Alargar-se a possibilidade de “arbitragem voluntária”, nomeadamente para os conflitos laborais. 5) Resolver-se a competência para dirimir a acção disciplinar em matéria de dopagem.
Seria bom que todas estas vantagens não se perdessem na polémica de saber se o TAD português fica ou não fica no Comité Olímpico e no interesse de determinar quem pode eleger quem para o TAD. Seria bom que, por uma vez, isso fosse secundário relativamente aos valores da uniformidade e especialização do contencioso desportivo e da confiança na seriedade e imparcialidade dos juízes. A confirmar em 2013!"

Tanto barulho para quê?

"A rábula do adiamento animou os últimos dias, mas voltou a colocar a nu as fragilidades do Sporting actual  que conduziu todo o processo de forma desastrosa. Mal se soube do adiamento do jogo com o Videoton, os leões fizeram peito e garantiram de forma clara que não aceitavam jogar com o Benfica na segunda-feira, sustentando a tese em "regulamentos internacionais" que, simplesmente, não existem. Foi escrito num comunicado oficial do clube que tornou logo aí impossível uma saída airosa.
Depois, o comunicado foi corrigido e os leões agarraram-se ao argumento de que o Regulamento de Competições da Liga é omisso em relação à disputa de jogos europeus à sexta-feira. Pois é, mas também em nenhum artigo dizem esses regulamentos que deve haver 72 horas a separar o final de um jogo europeu do início de um jogo nacional, como alegava o clube de Alvalade. Já agora, os próprios regulamentos da Liga Europa estabelecem que as partidas da competição "são jogadas à quinta-feira" (artigo 12, ponto 12.01, alínea a), o que, por si só, justifica a referência aos dias da semana no Regulamento de Competições da Liga. Casos excepcionais são isso mesmo, excepcionais  mandando o bom-senso que se aplique o sentido da lei, como explicou José Manuel Meirim nas páginas de O JOGO.
Bom senso teve Franky Vercauteren. Lamentou o que tinha a lamentar, mas não entrou na guerra do adiamento. Ainda ontem, o belga voltou a dizer que jogar na segunda-feira "não é um problema". Se o treinador, que deve ser a máxima autoridade dentro de um clube na preparação da equipa, o diz... para quê tanto barulho?"

Sérgio Krithinas, in O Jogo