segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Quem são? Quem lhes paga?

"Do acto eleitoral do Sport Lisboa e Benfica resultaram duas conclusões muito claras.
Por um lado, a esmagadora maioria dos sócios votantes manifestou a vontade de que a difícil caminhada prosseguida na última década - que levou o Benfica da indigência competitiva, institucional e moral, até a um nível bem mais compatível com a sua história - não seja inflectida, nem deitada para o lixo.
Por outro lado, ficou provado que o ruído que se tem feito ouvir à volta do Clube, e por vezes da equipa de Futebol - recordemo-nos da inacreditável recepção após a Taça da Liga da época passada -, encontra raiz, não num movimento oposicionistas sério, forte e esclarecido, mas tão somente num pequeníssimo bando de arruaceiros, que, sob a forma de petardos, ameaças e insultos, usa a intimidação para fazer ouvir uma voz que, no contexto dos 250 mil sócios do Benfica espalhados pelo mundo, é absolutamente insignificante e residual.
Seria interessante, aliás, identificar tais indivíduos (nomeadamente os dez ou quinze que estiveram no pavilhão naquela sexta-feira, e desrespeitaram o Benfica, o seu Hino, os Órgãos Sociais democraticamente eleitos, e os milhões de benfiquistas que seguiam os acontecimentos via televisão), punindo-os com a expulsão do Clube - isso caso sejam efectivamente associados, e caso sejam efectivamente benfiquistas, coisa que não tenho por adquirida.
Quem procede daquela forma, está a mais no Benfica, envergonha os nossos sócios, e provoca a chacota dos rivais. Não falo aqui necessariamente dos 'No Name Boys', grupo que prezo, que tenho defendido em várias ocasiões, e que quero acreditar não esteja, pelo menos na sua maioria, envolvido no caso. Também não falo de alguns membros da lista perdedora, que, estou certo, não se revêem em tais atitudes.
Por isso mesmo devemos tentar perceber que figura está, de facto, por detrás daquele tipo de movimentações de guerrilha, que se estende igualmente a alguns campos da blogosfera e das redes sociais. Não sei quem é, mas desconfio."

Luís Fialho, in O Benfica

Taça da Liga


Realizou-se hoje o sorteio da Fase de Grupos da Taça da Liga, muito sinceramente não gostei... vamos ser obrigados a duas deslocações longas, que requerem viagens na véspera, a Olhão e a Moreira de Cónegos:
19 de Dezembro em Olhão, 30 Dezembro a 2 de Janeiro em Moreira de Cónegos, e a 9 de Janeiro na Luz com a Académica...
Em caso de qualificação, vamos jogar as Meias-finais, fora, com o vencedor do Grupo B: o Braga, o Guimarães, o Beira Mar e a Naval, provavelmente o grupo mais acessível...

Votação «à Benfica»

"Foi muito triste a campana eleitoral, foi excelente o dia da votação, a qual confirmou o largo favoritismo de Luís Filipe Vieira, que alguns cronistas da nossa praça chegaram a dar como estando em perigo depois da triste Assembleia Geral do relatório!
A campanha eleitoral viveu mais dos ataques às listas adversárias que de ideias novas ou de projectos. Falou-se demasiado de Vale e Azevedo (de um lado) e de montantes (falsos) do passivo (do outro) e de menos do futuro do Clube. Além disso, infelizmente, não houve qualquer debate, nomeadamente na Benfica TV. Se há três anos a lista que se apresentou como opositora à de continuidade não merecia qualquer crédito, a actual era preenchida por vários benfiquistas já com provas dadas e que merecem todo o respeito - e estou à vontade para o afirmar pois apoiei (sem a mínima hesitação) Luís Filipe Vieira. Daí que tivesse apreciado a existência de debates sérios (embora naturalmente acesos), a bem do Clube.
Recordo que em eleições anteriores, o nosso Jornal reservava duas páginas a cada lista, nos dois ou três números anteriores às eleições, as quais eram da inteira responsabilidade de cada uma das candidaturas. Defendo que a Benfica TV, para além de reportagens das cerimónias mais marcantes de cada lista e dos debates que se poderiam ter realizado, deveria ter também reservado algum 'tempo de antena' a cada uma das listas. O Benfica sairia dignificado e tenho a certeza que, no final, os resultados eleitorais não seriam substancialmente diferentes daqueles que se verificaram.
Felizmente tudo foi diferente no dia da votação. Houve uma votação recorde, 'à Benfica'. Houve um sistema electrónico que voltou a funcionar a cem por cento, permitindo uma votação (rápida) em todo o País e com resultados finais logo a seguir ao fecho das urnas (o Benfica fora mais uma vez inovador há três anos e continua muito à frente, também neste aspecto). E, finalmente, houve elevação de parte a parte nas declarações finais.

PS: No FC Porto, os sócios aprovaram por unanimidade o relatório e contas, com 10 milhões de prejuízo. Quanto tempo durou a Assembleia? Os jornais nada disseram sobre a reunião desta sociedade mais ou menos secreta..."

Arons de Carvalho, in O Benfica

Campeão de Democracia

"Para muitos este título pode não significar nada. Para alguns será mesmo algo risível. Um jornal chamou à votação dos sócios do SLB 'romaria' e à eleição 'um velho ritual'. Mas para os Benfiquistas, como se viu, escolher os dirigentes e participar nas decisões faz parte essencial da vida deste grande Clube, em certos aspectos únicos.
Alguém se recorda de ver uma imagem de uma assembleia eleitoral do FCP? Alguém se recorda de mais algum aspecto de eleições no SCP para além da imagem do presidente eleito a fugir da Juve Leo? No Benfica não há eleições à porta fechada, em cerimónias secretas, nem dirigentes e até presidente cooptados. No Benfica, as eleições são um acto levado muito a sério, há liberdade de apresentar listas e liberdade e sigilo de voto. E as eleições são um modelo de organização, de rigor e de eficiência. Tudo perfeito, limpo, rigoroso, transparente e escrutinado.
Os Benfiquistas em geral escolhem bem. O candidato vencido na semana passada disse que a sua candidatura serviu para acordar o Benfica. Pura presunção. O que acorda os Benfiquistas é a consciência de que a dimensão do Clube desperta muita ambição pessoal e aventureirismo e não pode ser entregue à decisão de uma minoria.
Desta vez, como quase sempre, os Benfiquistas escolheram muito bem. Quaisquer que fossem os candidatos em presença, Luís Filipe Vieira merecia sempre a reeleição, pelo que já fez pelo Clube e pelo que se propõe fazer. E obteve a reeleição com um resultado estrondoso na maior participação de sempre em eleições em 108 anos de história do Clube, com os Benfiquistas comprometidos apresentou e submeteu à votação. Isto é um exemplo único no Futebol.
O Glorioso merece juntar à galeria de troféus o título de Campeão de Democracia."

João Paulo Guerra, in O Benfica