sábado, 29 de setembro de 2012

Super...


Oliveirense 5 - 9 Benfica

Aqueles minutos finais da 1ª parte, onde a ganhar por 3-0 permitimos o empate eram desnecessários... a equipa teve durante o jogo algumas desconcentrações, permitindo contra-ataques perigosos, que na Europa são fatais... mas no final a nossa superioridade acabou por ser demonstrada, sem 'espinhas', com vários golos de grande qualidade técnica... belo espectáculo.

Quem pensar que esta época, vai ser mais fácil triunfar, está enganado. Se os jogadores pensarem que esta época será mais fácil, então já perdemos!!! Os Corruptos reforçaram-se, o Coy deu excelentes indicações hoje, mas só com o espírito de conquista demonstrado pela nossa equipa nos últimos 2 anos, será possível repetir os festejos no final da época... não podemos perder a sede de vitórias... o triunfo da 7ª Supertaça de Hóquei em Patins para o nosso historial é um excelente indicador...

Muito importante: manter a invencibilidade...

Belenenses 30 - 32 Benfica

Mais uma vitória, mantendo a invencibilidade... continuo a achar que nestes jogos estamos a sofrer demasiados golos, e tenho a certeza que a culpa não é do guarda-redes, que tem sido um dos melhores jogadores da equipa, e hoje parece que voltou a ser decisivo!!!
É impressionante a regularidade com que 'levamos' com a dupla Nicolau/Caçador, estamos só na 4ª jornada, e este jogo já foi o segundo jogo, depois do confronto com o ABC na 1ª jornada... Hoje, no último minuto da partida, tivemos duas exclusões Carneiro e Tavares), e uma expulsão (Grilo)!!! E um livre de 7m contra - que o Álamo obviamente defendeu!!! Terminámos o jogo com 1 guarda-redes e 3 jogadores de campo!! Depois do 'último minuto' com os Corruptos na Quarta-feira (1 expulsão e um livre de 7m, contra, inventado), voltámos a sofrer a ira dos apitadores...!!!
Não vai ser nada fácil... Os nossos adversários já se aperceberam que o Andebol do Benfica, tem todas as condições para ter sucesso esta época, e portanto é necessário começar a 'trabalhar' cedo!!!

PS: O Basket foi a Espanha, efectuar 2 jogos particulares, mas o segundo não chegou ao fim!!! Parece que os apitadores também não gostaram do 'vermelho' das nossas camisolas!!! Começo a pensar que os nossos fundadores, escolheram mal a nossa cor...!!! (estou no gozo)!!!

Não deu para mais...


Benfica B 0 - 0 Leixões

Se defensivamente com o Sidnei e os Ascues a equipa está mais tranquila, as ausências dos 'Andrés' - Almeida (equipa principal) e Gomes (lesionado) -, e do Ivan Cavaleiro (também lesionado), fizeram-se sentir na produção ofensiva... mesmo assim, jogámos o suficiente para vencer. Também é verdade que as opções ofensivas no banco eram limitadas, mas o Norton não esteve bem na gestão das substituições, a equipa ficou desnecessariamente descompensada...
Mas o mais irritante do jogo, foi o vergonhoso anti-jogo do Leixões, desde do 1º minuto, tendo no seu guarda-redes um actor com qualidade para chegar a Hollywood !!! Sendo que o jovem apitador - com muito futuro, de certeza tal a incompetência, os cartões amarelos 'madrugadores' aos nossos Centrais foram decisões de 'cartilha'...!!! -, foi no mínimo cúmplice - activo - do Leixões nas perdas de tempo... Chegando ao cumulo, de no final da partida ter dado 3 minutos de compensação - após 6 substituições e várias entradas dos massagistas... -, sendo que ao minuto 90 (depois de mostrar os 3 minutos de compensação), expulsa com 2º amarelo um jogador do Leixões, que ficou quase 3 minutos sentado no relvado, saindo de maca, e depois acaba o jogo aos 94m!!! Com muita contestação, justa, dos jovens Benfiquistas, que obrigaram o Norton a afastá-los do árbitro...

Vitória para Vieira

"Lima está a justificar o investimento feito pelo Benfica na sua aquisição. Já tem 29 anos, é certo, por acaso a mesma idade de Van Persie, que o Manchester United foi roubar ao Arsenal por quase 30 milhões de euros, enquanto o brasileiro, que na temporada transacta correu ao sprint com Cardozo, até à derradeira jornada, pela posse de A Bola de Prata, custou menos de cinco milhões. Em dois jogos assinou três golos que valeram um ponto em Coimbra, com aquele pontapé soberbo ao cair do pano, transformando uma derrota que parecia iminente num precioso empate, e, ontem, apesar da colaboração de Cássio, um guarda-redes com notória dificuldade em separar os prazeres do céu dos horrores do inferno, mais três pontos, na medida em que foi o Paços de Ferreira a inaugurar o marcador.
Merecida vitória, cantada por Jorge Jesus e aplaudida por Paulo Fonseca (atenção a este jovem treinador). Prenda igualmente merecida por Luís Filipe Vieira depois de na véspera tão mal tratado ter sido na assembleia geral do clube, a qual, mais do que o défice, não lhe perdoa a míngua de títulos, sem se dar conta de o presidente jamais ter olhado a meios para formar um plantel de nível europeu, talhado para recolocar o Benfica na rota das grandes conquistas. Objectivo conseguido com extraordinário esforço, ao contratar praticantes jovens e talentosos, com os quais qualquer treinador do mundo, de reconhecida qualidade, adoraria trabalhar: e teria sucesso...
Na Capital Europeia da Cultura, um clássico minhoto que já não é o que era... De um lado, o Vitória de Guimarães, enfraquecido, à beira do colapso financeiro; do outro, o Sporting de Braga, pujante, a nadar nos milhões da Champions. Naturalmente, ganhou o emblema bracarense."

Fernando Guerra, in A Bola

Não aprovar contas é um acto normal e até salutar

"Luís Filipe Vieira sofreu, na AG de anteontem, uma derrota inesperada. Ou talvez não. Se a memória dos homens existisse, o “chumbo” do relatório e contas de 2011/12 poderia ter acontecido na mesma. O que não sucederia certamente seriam os assobios, os insultos e os pedidos de demissão, fruta da época.
Essa falta de memória, e a quase total ausência de gratidão, são desgraçadamente comuns, mais do que no futebol, na própria vida. E hoje já pouco conta a imagem do Benfica que Vale e Azevedo deixou por herança, tempos sinistros em que um mamarracho de cimento a prometer um museu que nunca avançou, junto à Segunda Circular, era troféu que envergonhava todos os benfiquistas.
A não aprovação das contas deve ser encarado como um acto normal. Eu diria até salutar num país onde só o assalto repetido aos nossos bolsos parece ter despertado as pessoas para o funesto resultado que dá comer e calar. É verdade que eram apenas 600 sócios, uma gota no mar vermelho, mas as assembleias-gerais são assim: só contam os que lá vão.
Já o tratamento insultuoso dado a um homem que, com todos os seus defeitos, tem procurado servir Benfica, surge como algo injusto, que só pode resultar do turbilhão de paixões que o futebol gera e que encontra no insucesso o melhor dos combustíveis para a sua chama. E ver o FC Porto a começar a fugir, à 4.ª jornada, após o empate dos encarnados em Coimbra, foi o fósforo que ateou o fogo.
A explicação do “vice” Rui Cunha de que a aplicação do Método de Equivalência Patrimonial transformou, na engenharia contabilística, 452 mil euros de lucro em 12,9 milhões de prejuízo a somar ao passivo, entrou por um ouvido e saiu por outro. A raiva dos associados era a outra, infelizmente. Porque sofremos já, no país, a aplicação do Método da Falência Patrimonial. E está a doer. E vai doer mais."

Ano após ano

"Ano após ano, vemos a maioria dos árbitros portugueses fazer tábua rasa da decência. Vemo-los errar sistematicamente em protecção do mesmo clube. Vemo-los sorrir nos finais dos jogos com o prejuízo causado ao desporto e à verdade. Vemo-los em subserviências bacocas, parolas, medrosas, cobardes e interesseiras ao mesmo poder que, ano após ano, garante a promoção dos árbitros mais medíocres e mais permeáveis à chantagem e ao servilismo.
Ano após ano, época após época, década após década fomos vendo como os nomes mudam e as práticas permanecem. Aos Garridos sucederam os Fortunatos, os Porém, os Donatos, os Pratas, os Isidoros, os Guímaros, os Calheiros (estes aos pares), os Coroados, os Lucílios, os Costas, os Proenças, os Soares Dias, os Sousas e todos os outros Xistras. São tantos e tão iguais que se distinguem apenas pela troca da bigodaça pelo gel no cabelo, do dinheiro pelas peças em ouro ou das viagens pelas prostitutas. Ano após ano vemo-los em actos de fartar vilanagem em público, em directo e com direito a promoções, louvores e homenagens. Sabendo nós que o erro é humano, ano após ano, querem-nos fazer acreditar que a premeditação do erro é uma fatalidade humana. E, assim, o erro premeditado passou a ser banal, humano, perdoável, louvado, defendido corporativamente, legitimado e condição essencial para se fazer carreira na arbitragem.
E enquanto chafurdam neste pântano nojento ainda nos dizem que o nosso Benfica tem de ser superior a tudo isto exactamente porque já sabe que, inevitavelmente, vai ter de se confrontar com tudo isto. Ou seja, há quem já aceite passivamente a viciação das regras como a primeira regra do jogo."

Pedro F. Ferreira, in O Benfica

Os estripadores

"Estava no metro em Glasgow - cobria a visita do Benfica ao Celtic - e, na véspera do jogo, li num tablóide declarações de um jogador do Benfica que eram exclusivas ou tinham passado ao lado da imprensa portuguesa. Duvidei. E percebi que não duvidava só daquele caso, senti que, lendo aquela publicação ou outras do género, duvidaria de quase tudo, tantas são as histórias de declarações inventadas.
No Reino Unido, o nível das páginas sobre futebol na imprensa vive abaixo do que se faz em Portugal, onde mesmo para os mais sensacionalistas inventar declarações é impensável. Creio até que o rigor, criatividade e riqueza de análise da nossa imprensa desportiva está acima da qualidade e do clima do negócio sobre o qual se debruça. Ao contrário do que acontece no Reino Unido.
Dirão que são sinais dos tempos; que as invenções resultam das dificuldades de acesso. Discordo. Se o apego britânico ao futebol é tão invejado pelos portugueses como factor cultural - Jesus, depois de sentir o ambiente do Celtic Park, exclamou: «Aquilo é que são fãs» - este tipo de jornalismo fora da realidade a que me refiro é também muito cultural.
Vejamos: Alan Moore, escritor britânico autor das novelas gráficas Watchmen ou V for Vendetta, escreveu From Hell, obra que reconstitui os assassínios de Jack, o Estripador, com obsessivo detalhe. Moore pesquisou relatórios policiais, leu testemunhos, fidelizou a história a boletins meteorológicos de 1888, respeitou mapas de Londres, listou visitas ilustres à cidade e espectáculos em exibição nesse ano, tudo. Uma visita à Inglaterra vitoriana que permite catalogar uma obra de ficção como relato histórico.
Ao explicar os processos de investigação, Moore diz que a expressão Jack the Ripper foi invenção jornalística para cobrir a falta de noticiário: «As cartas fraudulentas assinadas com esse nome, geradas pela imprensa, eram o protótipo do triste jornalismo dos tablóides britânicos, hoje em evidência». É pois, cultural. Pior: é culturalmente aceite. Se aquilo são fãs, aquilo não são jornalistas."

Miguel Cardoso Pereira, in A Bola