quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Vitória tirada a "ferros"... com a bola na "madeira"!!!


Benfica 28 - 27 Corruptos

Vitória sofrida, que podia ter sido mais folgada... Jogo que confirmou a qualidade dos reforços, se o Cutura marcou 7 golos, o Álamo 'segurou' outros tantos - se calhar mais...!!! Num Campeonato sem play-off é muito importante manter a regularidade, uma não vitória hoje, em casa, seria penalizadora... mas é muito arriscado chegar aos últimos momentos das partidas com os Corruptos, com o resultado apertado, porque normalmente os árbitros acabam por inclinar o resultado, felizmente hoje, apesar da ridícula expulsão do Dario e do ainda mais absurdo livre de 7 metros marcado a poucos segundos do fim, contra o Benfica, a fortuna teve no nosso lado, a bola embateu na 'madeira', e voltou para trás...!!! São estes 'pequenos' - enormes!!! - momentos de Justiça Divina, que nos fazem continuar a ter fé, na nossa crença Benfiquista!!!

As expulsões estragam o jogo?

"Cresci a ouvir expressões como «o árbitro não quis estragar o jogo», a servirem de desculpa ao facto de determinado jogador ter sido poupado a um mais que merecido cartão vermelho.
Nunca as partilhei, por entender que no que diz respeito a aplicação de leis não deve existir arbitrariedade. A lei é como é,, deve ser justa para ser eficaz, e, a partir daí, cada um deve empenhar-se em cumpri-la.
Este fim-de-semana segui alguns jogos de futebol via TV e acabei por ver umas quantas expulsões. A de Fredy, do Belenenses, num jogo da 2.ª liga com o União, por exemplo, foi das mais disparatadas. Já com um cartão amarelo segurou um adversário pela camisola, quando este lhe fugia. Levou segundo amarelo e saiu frustrado, a dar estaladas em si próprio e a chamar-se «burro». Nada a dizer: o árbitro agiu bem, aplicou a lei e não se pôs a pensar que ia estragar o jogo.
Já em Alvalade, no último dos jogos do fim de semana, vi pior. Labyad foi expulso com um segundo cartão amarelo porque o árbitro auxiliar entendeu que este se tinha envolvido com Cláudio quando, na verdade, apenas foi empurrado pelo adversário. Neste caso, que acabou por não influenciar o resultado do jogo, mas pode influenciar o próximo (labyad não poderá ser utilizado frente ao Estoril, no sábado), o que houve não foi má aplicação da lei. Foi, isso sim, má percepção da realidade. Incapacidade para avaliar o que se passou em frente dos seus olhos.
As únicas decisões que podem estragar um jogo são as erradas; é que isso de o jogo ser um espectáculo é, na verdade, uma grande treta. O jogo é uma competição entre dois lados, e que, na maior parte das vezes, coloca frente a frente investimentos de milhões. Quem faz faltas para ser expulso tem de ser expulso, seja no primeiro, seja no último minuto.
E os árbitros que vêem o que não acontece não podem estar numa competição profissional."

Nuno Perestrelo, in A Bola

Alternativas

"Tornou-se voz corrente, repetida e amplificada, que o Benfica não tem alternativas no plantel capazes de suprir as ausências de alguns futebolistas titulares.
Imagino o estado de espírito dos futebolistas que estão na calha para substituir os habituais titulares quando ouvem tal afirmação. Afirmação esta que para uns é opinião, para outros profecia e para a maioria é desejo. Imagino-os indignados e desejosos de mostrar a todos os desconfiados que eles, os substitutos, têm todas as capacidades para se suplantarem e ultrapassarem as desconfianças. Imagino-os desejosos de provar o seu valor e esfregar o mesmo na cara de todos os que, por antecipação, lhes garantem um fim ainda antes de terem começado. Imagino-os espicaçados para aproveitarem esta soberana oportunidade que o destino lhes pôs nas mãos. Tudo o que for uma atitude aquém da referida não é compatível com a galhardia que se impõe a um futebolista do Benfica.
Assim, é chegado o momento de futebolistas como Matic ou Jardel aproveitarem os próximos tempos para demonstrarem todo o seu valor. A ausência de uns pode ser aproveitada para marcar definitivamente a presença de outros. É esta a oportunidade, o tal momento que pode marcar o sucesso ou insucesso de toda uma carreira. Estou convencido de que os que brevemente serão chamados à titularidade têm a percepção de que agora se joga muito do seu futuro profissional. E quando os mais cépticos evocam a inexperiência destes jogadores num clube grande, pergunto, sinceramente, quem é que pode dizer que tem a experiência de jogar num clube grande antes de chegar ao Benfica?"

Pedro F. Ferreira, in O Benfica