quinta-feira, 19 de julho de 2012

Tour de France

"Sempre gostei de acompanhar o Tour. Desde os tempos de Anquetil até agora. Lembro-me como me regozijei com um então quase impensável 10º lugar de Alves Barbosa em 1956 e com os notáveis feitos de Joaquim Agostinho. Então socorria-me das muitas páginas que A BOLA dedicava ao Tour. A televisão era escassa e os Alpes e Pirenéus com os seus Col eram mais produto da imaginação do que da imagem visionada.
Agora que escasseiam os ídolos e abundam as suspeitas de doping e batotas, é a televisão que nos faz abraçar o Tour e tê-lo como companhia fiel em Julho. Este ano, mesmo sem Contador e A. Schleck (que, por certo, dariam um acrescido interesse desportivo), estamos perante transmissões notáveis. Superiormente realizadas, com pormenores deliciosos sobre o interior do pelotão, com imagens soberbas sobre a heterogeneidade de uma natureza pródiga em beleza. E com bons comentadores da RTP que pedem meças a todos os que por aí há no mundo do futebol.
Às vezes, ao pensar na penosidade de, para ver escassos minutos entusiasmantes de um jogo de futebol, ter de aturar a pasmaceira de todos os outros minutos feitos de letargia, tácticas sonolentas, interrupções para todos os gostos, pergunto-me como é que o desporto é cada vez mais só o futebol. E encontro uma poderosa razão que explica a diferença: no futebol a paixão de representação suplanta a vacuidade de parte do espectáculo. No ciclismo de elite acontece o inverso: a magnanimidade do espectáculo não consegue suplantar a ausência da paixão, agora que não há países ou clubes representados, mas marcas comerciais que não nos aquecem o coração."

Bagão Félix, in A Bola

Ainda a crise

"O desporto, ainda que com atraso, sente as dificuldades por que passa o país (e não só). O futebol é, naturalmente, o seu epicentro mais visível. Viver acima das possibilidades é, agora, uma forma directa e fatal de destruir o futuro. O crédito bancário aperta, as condições de financiamento são mais dispendiosas, os salários são incompatíveis com as receitas correntes, as estruturas técnicas e administrativas estão inflacionadas, o recebimento de transferências perde-se no tempo no tempo, as receitas de publicidade diminuem. Claro que a expressão dessas dificuldades varia consoante a dimensão do clube e a 'arte' de adiar o inadiável.
Escrevi nesta coluna, há um ano que os clubes sobrevivem como os Estados: acumulando dívida ou antecipando proveitos futuros. Repercutem para a frente os gastos de hoje. Com uma diferença: não podem cobrar... impostos!
Neste contexto, foi de todo incompreensível a proibição de cedências de jogadores a clubes da mesma Liga. À boa maneira portuguesa, passa-se da magnitude do exagero ao absolutismo da interdição, como se não houvesse uma medida de equilíbrio entre os extremos. Sabendo-se que, se tal assim ficar, nascerão formas de engenharia laboral para atingir os mesmos fins.
Um dano colateral da crise no futebol é também a degradação competitiva das modalidades. Isto apesar de um só ordenado no futebol de alguns clubes poder pagar uma dessas modalidades. Não foi, por isso, com agrado que li que o FC Porto iria deixar de competir no basquetebol. O ecletismo de um clube é, na minha opinião, um dos baluartes que, só em situação de desespero, deve ser questionado."

Bagão Félix, in A Bola

O grande gesto...




Fundação Benfica 5 - 1 Fundação Luís Figo & ACNUR

Além do trabalho habitual da Fundação Benfica, este tipo de iniciativas também começa a ser regular no Clube, marcando uma diferença abismal no panorama nacional... mas até a nível mundial o Benfica começa a deixar marca nos jogos de solidariedade...

Do jogo, ficam dois 'momentos' eternos: Rui Costa e Mantorras... para sempre !!! A presença do King também foi reconfortente...