segunda-feira, 16 de abril de 2012

Exemplos "lá fora" vs. Anedotas "cá dentro" !!!

Hoje, foi um dia especial, repleto de notícias completamente antagónicas.
Para acrescentar mais algumas páginas ao anedotário nacional tivemos a colaboração de várias personagens:
-Um Ex-Presidente da República (repetente nestas andanças!!!) e o actual Secretário de Estado do Desporto, mais 2 treinadores altamente incompetentes (que só ganharam com a Máfia ao seu dispor: Bobo Artur e Juju!!!), juntado-se ainda outro treinador menos incompetente, Benfiquista, mas sem coragem para se demarcar da única figura que lhe 'ofereceu' títulos a nível nacional... resolveram elogiar, mais uma vez, um dos maiores criminosos contemporâneos Portugueses (sendo que hoje se celebra o aniversário da versão Conselheiro Matrimonial do Papa!!!), com comportamentos públicos asquerosos e com comportamentos de índole pessoal altamente reprováveis... sendo que tudo isto, é de conhecimento público!!!
-O 'sindicato dos furtadores' semi-profissionais, resolveu elogiar um dos seus activos José Cardinal, vomitando várias alarvidades, sobre a besta: «...motivo de orgulho para o sector de arbitragem...»!!!
-A maior anedota do País, não quis ficar para trás, e no dia de hoje, para fugir às perguntas incomodas, nas vésperas de uma meia-final Europeia resolveu entrar em Black-Out, isto quando o auto-suspenso vice-presidente Lagarto (suspeito de actos graves de corrupção e/ou coação sobre árbitros) deseja voltar com a sua palavra atrás, pois descobriu que vai ser 'queimado' na fogueira (sozinho), pelos ex-colegas de Direcção (que tinham conhecimento de tudo, mas que agora vão negar...), em prol da defesa dos superiores interesses do seu grémio falido (parece que vão ter que martelar as contas, para serem aceites na UEFA para o ano!!!)... Contado ninguém acreditaria !!!
Adenda: O James Pereira Bond Lagarto já foi oficialmente reintegrado na Direcção dos Submissos!!! Descodificando a notícia, chego à conclusão: Além de andar a espiar os árbitros e os próprios jogadores Lagartos, o ex-Judite deve ter andado a 'espiar' os podres dos seus colegas de Direcção, só assim se explica uma reintegração tão rápida...!!!

Para compensar, lá de fora tivemos conhecimentos de dois episódios de grande dignidade:
-Di Natele, um daqueles 'pequenos grandes' jogadores, que eu desejei que um dia tivesse vindo para o Benfica (seria um novo Micolli), que infelizmente fez carreira num 'médio' clube Italiano, resolveu pedir a custódia da irmã (portadora de deficiência) do último futebolista vitima de uma traiçoeira morte em campo... O Di Natele já marcou muitos e bons golos (eu recordo-me de vários), mas este será concerteza o melhor de todos!!!
-O Chelsea que após a eliminatória (roubada) com o Benfica, passou a ser o meu ódio de estimação (peço perdão ao David e ao Ramires, mas depois das goleadas com o Barça nos próximos dias, isto passa...!!!), teve uma atitude de enorme dignidade:
Durante a meia-final da Taça de Inglaterra, alguns dos seus adeptos não respeitaram o Minuto de Silêncio, em memória das vitimas da tragédia de Hillsbrough, anunciando agora a intenção de ajudar a Federação a identificar os 'porcos', ignorantes, e mal educados dos seus próprios adeptos...
Recordo que recentemente no Estádio da Luz, tivemos situações parecidas, onde nem sequer houve capacidade critica por parte da 'descomunicação' social desportiva portuguesa... O Jaime Graça não merecia... E os 'porcos' em Portugal são sempre os mesmos...

Taças

"From: Domingos Amaral
To: Luís Filipe Vieira

Caro Luís Filipe Vieira
Diz Pinto da Costa que a Taça da Liga não é importante, mas não tem razão. Se olharmos para todas as competições oficiais internas que os clubes têm de jogar por ano, é evidente que a mais importante é o Campeonato Nacional, pois são 30 jogos difíceis. Logo a seguir vem a Taça de Portugal, que além de ser uma prova de grande tradição e a única onde participam todos os clubes de Portugal, implica a disputa de 6 jogos para um clube da Liga principal que chegue à final (a meia-final é a duas mãos). Em terceiro lugar, e para grande azia de Pinto da Costa, vem a Taça da Liga, onde os finalistas têm de disputar 5 jogos. Em último lugar, e mais fácil do que qualquer torneio do Guadiana, aparece a Supertaça, apenas um pobre joguinho de verão, quando o público está de férias e os jogadores no aquecimento para a época. Uma Supertaça é uma irrelevância, não vale nada, ainda por cima porque normalmente é entre o campeão e um clube de segunda linha que foi à final da Taça de Portugal na época anterior.
Apesar disso, conta para a célebre contabilidade dos troféus, com o mesmo valor que uma Champions (!), o que é ridículo e absurdo. Veja-se que o FC Porto, para ganhar as suas 18 Supertaças, disputou menos jogos que o Benfica para ganhar as suas quatro Taças da Liga (20 jogos)!
Para mais, a Supertaça só existe desde os anos 80. Se tivesse existido desde os anos 30, o Benfica iria para aí com vinte e cinco títulos de avanço sobre o FC Porto. Não se incomode pois com o que diz o Rei do Freixo: cada Taça da Liga nossa vale por cinco minúsculas Supertaças deles! E um dia ele vai perceber."

Acordo de concertação

"Há muitos anos que advogo a subsistência de um conjunto de matérias que não devem ser reguladas pelos associados das federações e pelos clubes das ligas profissionais sem parâmetros de enquadramento e de limitação. Reger contra os próprios interesses não está obviamente no perfil de quem decide e vota em causa própria. Por isso assistimos nos últimos anos à resistência “cartelizada” em mudar as regulamentações desportivas nas matérias mais sensíveis. Olhando para a lei e para o princípio de autonomia que é reconhecido à organização das modalidades desportivas, ainda que sob fiscalização do Estado (em tese, claro…), julgo que, no que toca ao futebol, dividido entre profissional e não profissional, há um instrumento privilegiado para atingir esse desiderato: decidir num plano superior e transversal através do “contrato” entre FPF e Liga.
Na lei atual, este contrato (o antigo “protocolo”) é gizado como a ferramenta para delinear todo o relacionamento entre a federação e liga profissional. Enumeram-se exemplificativamente os assuntos do número de clubes participantes nas provas da Liga, o regime de subidas e descidas entre essas provas e as provas da federação, a organização da Seleção Nacional e o apoio ao futebol “amador”. Tudo o resto caberá no clausulado pertinente, assim o queiram: o relacionamento entre os órgãos de ambas as entidades, os princípios essenciais da regulamentação da arbitragem e da disciplina (definindo regras uniformes para todas as competições quanto a ilícitos, penas, poderes, prazos, etc.), a estrutura básica de funcionamento das secções profissionais dos conselhos de arbitragem e de disciplina, os pressupostos de admissão dos clubes nas provas, os requisitos comuns na elaboração dos calendários das competições e dos jogos, a uniformização das regras de organização dos jogos e de condições técnicas e de segurança dos estádios (salvaguardadas as diferenças exigidas pela especificidade do profissional), a coordenação entre a Taça de Portugal e a Taça da Liga, as comparticipações financeiras recíprocas, etc. Por isso seria tão importante que os presidentes e os órgãos executivos da FPF e da Liga tivessem a perceção institucional desse entendimento para uma conceção estratégica da modalidade e formalizassem com objetivos um processo negocial de longo alcance.
Uma das matérias que deve ser incluída nesse “pacote” de concertação é o cumprimento salarial perante os atletas e treinadores e a sua relação com o acesso e manutenção dos clubes nas provas. Segundo as estatísticas sindicais, este é mais um ano negro de degradação nas provas profissionais, sempre acentuada na segunda metade da época. Como se vê, a regulamentação de Hermínio Loureiro/Andreia Couto, assente no controlo do pagamento dos salários no final de dezembro de cada ano sob pena de perda de pontos, não evitou nem dissuade esta desgraça. Fiscalização mensal e exigente, própria de competições sérias, é o início de uma solução. Partilhada com os sindicatos e pensada no lugar próprio do “contrato”. Em nome do futuro e de quem pode estar no futuro. Será pedir de mais?"

Objectivamente (Veiga)

"Enquanto os verdadeiros benfiquistas sofriam com a derrota em Alvalade, derrota essa que entrega - praticamente de mão-beijada - o título ao clube dsa riscas, José Veiga, esse verdadeiro «globetrotter» dos sinuosos caminhos do Futebol e antigo grão-mestre da casa do Futebol Clube do Porto no Luxemburgo, veio «festejar» essa derrota enxovalhando o presidente, Luís Filipe Vieira, e o próprio Benfica, com uma entrevista no site do seu prezado amigo, Rui Santos.
Eu bem recordo que já no tempo em que Veiga fingia que trabalhava nos corredores do Estádio da Luz, armado em empresário/director desportivo, a esmagadora maioria das notícias que saía na Imprensa era ele que as dava e já havia grande cumplicidade com actual comentador/arrasador Rui Santos que, obviamente, via em Veiga o seu melhor «garganta funda». Estando dentro de todos os dossiers quem melhor que Veiga para lhe dar todas as informações que vinham saindo a público nesses tempos de guerra, quer com Sporting, quer com o FC Porto de Pinto da Costa e Carolina Salgado?
José Veiga vem agora, mais uma vez, pôr-se a jeito para ser candidato a amigo de um qualquer candidato que tenha coragem de se assumir como tal. Esperou pelo pior momento da época do Sport Lisboa e Benfica para lançar mais um ataque a quem o ajudou muito (até em termos pessoais), tentando lançar o descrédito de Luís Filipe Vieira. Todos sabemos a dedicação do actual presidente, a forma como fez renascer das cinzas o nosso Clube.
Não tem vergonha quem vem agora falar. Maldita a hora que entrou no Benfica! Como se vê é «cão que não conhece dono»!"

João Diogo, in O Benfica

Ainda não acabou...

"1. Perdemos em Alvalade (o Sporting lá ganhou o 'seu' campeonato...) e, infelizmente, a par de (demasiadas) deficiências próprias, houve mais uma vez deficiências do árbitro, que não marcou uma (indiscutível) grande penalidade no 1.º minuto mas não deixou de marcar outra no 18-º, 'virando' desde logo o jogo. Mas, infelizmente, já nos vamos habituando. Claro que quatro pontos de atraso para o FC Porto são muitos difíceis de recuperar (não seriam se aquele fora-de-jogo do 3.º golo do jogo da Luz tivesse sido assinalado...) mas temos um sub-objectivo que não pode ser desprezado: a entrada directa na fase de grupos da Liga dos Campeões. O Campeonato ainda não acabou...
2. Excelente exibição - na maior parte do tempo só com 10 e contra 12... - no campo do Chelsea. Foi um verdadeiro regresso do Benfica Europeu que queremos ver sempre, daqui para a frente. A eliminação foi injusta mas o nosso Clube saiu altamente prestigiado, concluindo mais uma excelente campanha europeia. Foi pena não termos alcançado a nossa 12.ª presença em meias-finais europeias (o FC Porto vai em 6 e o Sporting atingiu a 5.ª) mas, a jogar assim, seremos sempre candidatos.
3. O Sporting voltou a pressionar o árbitro antes de um jogo. Depois de o ter feito há meses relativamente a João Ferreira - e daí o boicote dos árbitros a esse jogo -, repetiu-o agora, novamente através do 'Record', em relação a Duarte Gomes, que era apontado como muito provável árbitro do jogo com o Benfica. E nem lá faltam exemplos de 'polémicas' envolvendo jogos do Sporting com esse árbitro. Duarte Gomes, no entanto, acabou por não ser o árbitro do jogo e não mais se ouviu falar do caso...
4. As queixas do Sporting a propósito do jogo na Luz, durante o qual foi inaugurada a caixa de protecção dos adeptos, foram arquivadas. Obviamente. Os adeptos do FC Porto e do Chelsea já haviam dado a melhor reposta aos dirigentes do Sporting que gostam muito de distrair as atenções e de tentar ganhar as simpatias dos seus adeptos. E, em Alvalade, não convidaram o presidente do Benfica para o lugar que oferecem sempre ao do FC Porto. Mesmo que este lhes 'descie' treinadores (Villas-Boas) e jogadores (João Moutinho)..."

Arons de Carvalho, in O Benfica

Pesadelo

"O José Mário Branco, excelente intérprete, num tema não menos excelente, canta 'foi um sonho lindo que acabou'. Refere-se ao Benfica? Claro que não. Tanto quando sei, o Zé Mário até não é um aficionado de Futebol. A verdade é que, desde a pretérita segunda-feira, até poderia referir ao nosso Benfica. Com a derrota em Alvalade, frente ao Sporting, 'foi um sonho lindo que acabou'. O Zé Mário não percebe de bola. Não percebe mesmo, nem tem tão-pouco quer ou tem que perceber. Mas também poderia cantar que as arbitragens, neste País, são um sonho mau, um autêntico pesadelo, um verdadeiro pecado. Aquele penálti, logo no primeiro minuto do embate, por que não foi marcado? Como seria a história do jogo se houvesse verdade desportiva?
Pode ser que esse lance não explique tudo. Até não explica mesmo. Esperava-se mais do Benfica, sobretudo num jogo de carácter decisivo. Ademais, depois do FC Porto ter vencido em Braga. Algo falhou, ainda que ao nível da atitude nada haja a dizer em desabono do colectivo vermelho e das opções tácticas de Jorge Jesus.
Mais um Campeonato perdido? Parece que sim, a menos que algum milagre (eu, o Zé Mário e tantos outros não acreditamos) pudesse existir. Resta terminar a prova com dignidade Benfiquista. Que prova? Essa mesmo que fica, irreversivelmente, manchada por arbitragens deploráveis com manifesto prejuízo da melhor equipa nacional. Não é o Benfica? Na Europa provou-o de forma concludente e também só não foi mais longe porque outros valores de levantaram. Em Portugal? Os Apitos Dourados (mais azuis, em abono da verdade) continuam a pontificar e só servem para inquinar as competições."

João Malheiro, in O Benfica

Duas dimensões

"Como uma fiel metáfora daquilo que foi o Campeonato no seu todo, o decisivo 'dérbi' de Alvalade pode também analisar-se em dois planos distintos.
Um, o da arbitragem, que influenciou fortemente o resultado (como, noutros momentos, havia influenciado outras partidas deste Campeonato), escamoteando um penálti claro à nossa equipa quando ainda não estava completo o primeiro minuto de jogo, e voltando a pecar por uma gritante iniquidade de critérios face a um lance discutível (entre Luisão e Wolfswinkel), de que resultou penálti e o único golo da partida; e a um outro, a meu ver mais flagrante (entre Izmaiolov e o mesmo Luisão), na área contrária, alguns minutos mais tarde, que ficou por sancionar.
Outro plano de análise terá de nos remeter para a exibição muito pobre da equipa do Benfica ao longo de quase todo o jogo, deixando-se subjugar por um adversário estruturalmente inferior, coisa que nos custa ainda mais a digerir se atendermos a tudo aquilo que estava em causa em tão importante jornada.
Uns optarão legitimamente por centrar argumentos no primeiro aspecto, o da arbitragem. Outros privilegiarão o segundo, o do pouco futebol praticado.
Não deixando de exprimir a revolta por mais uma actuação penalizadora destes senhores do Apito, não deixando de recordar os penáltis por marcar em Guimarães, em Coimbra, em Paços, nem o golo fora-de-jogo que acaba por fazer a diferença na globalidade da prova, há que dizer também que o Benfica do último mês e meio, entalado entre dois mundos - um nacional, o outro europeu, porventura mais apelativo para jogadores e técnicos -, colocou-se a jeito do insucesso, e que neste último jogo pouco ou nada fez para conseguir ser feliz. Ninguém nos pode cortar o direito à indignação por aquilo que nos tiraram de forma ilícita. Mas também não devemos varrer para debaixo desse tapete os erros que cometemos, e que, manda a verdade dizer, também ajudaram a empurrar este Campeonato para os braços de um dos mais débeis FC Portos das últimas décadas."

Luís Fialho, in O Benfica

Recado para Platini

"O Benfica foi o melhor na Luz e em Londres. O Benfica foi, objectivamente, melhor que o Chelsea, mas isso não chegou para chegar às meias-finais da Champions. Há quem pense e diga que foi a adversidade do factor sorte. Mas, como explicação, não é bastante. Razão tinham os adeptos benfiquistas que pronunciavam em coro bem audível o nome de Michel Platini. Não sei se têm ou não razão, o que sei, sobretudo depois de ver o sr. Abramovich na bancada, é que é muito difícil chegar à linha da frente, numa competição assim, quando estão em jogo, mais do que talentos, grandes interesses e muitos, muitos milhões. O Benfica tem uma história, um nome universal, uma glória de muitas décadas, mas tem dificuldade em garantir lugar na mesa dos ricos, dos muito ricos, que são os ingleses e os espanhóis. E é entre eles que o assunto vai ficar resolvido.
Nessa perspectiva, a arbitragem, de que nem costumo falar, desempenhou o seu papel de forma escandalosamente evidente. Fechou os olhos a umas infracções e valorizou outras ao ponto de ter garantido e determinante expulsão de Maxi Pereira, que tudo veio desequilibrar, num momento em que cada jogador tinha de valer por dois. E logo Maxi, que não esteve feliz na entrada excessiva. Não vimos a cara do Sr. Abramovich, mas deve ter esfregado as mãos de contente. Contra 10 é sempre mais fácil do que contra 11.
O Benfica foi generoso e trabalhador e o Chelsea foi manhoso. O Benfica jogou 'á Benfica' e o Chelsea jogou à italiana, tudo apostando nas virtudes desnorteantes de velozes contra-ataques. E mesmo assim esteve quase a perder. Faltou pouco. Houve sorte a menos e o super-tatuado Meireles a mais.
Mas o Benfica veio de Londres com a cabeça bem erguida, de olhos postos no título, propondo-nos uma reflexão sobre o preço da quota no clube dos muitos ricos, daqueles que as 'troikas' nem se atrevem a beliscar. O sr. Platini, quando ouviu o seu nome ser gritado pela claque benfiquista, deve ter percebido bem o significado desta lembrança tão sonante. E nós também."

José Jorge Letria, in O Benfica

Adversários

"O multimilionário russo de Stamford Bridge precisou de duas arbitragens marteladas para ultrapassar o Benfica nos quartos-de-final da Liga dos Campeões. Em jogo, o Benfica foi sempre superior. Mas, primeiro foi na Luz, onde o capitão do Chelsea exibiu a sua impunidade ao cortar uma bola com o braço dentro da área nas barbas do árbitro. E o pior estava para vir em Londres, onde um esloveno com cadastro anti-benfiquista fez a mais incompetente, ardilosa e parcial arbitragem do ano. Valeu tudo: faltas das quais saíram punidas as vítimas; total impunidade para a brutalidade dos donos da casa; faltas a beneficiar o infractor ou simplesmente para virar o sentido do jogo; cartões sem justificações ou mesmo por engano no jogador; um penálti arrancado a ferros; uma expulsão, ao segundo amarelo, após um primeiro mostrado sem qualquer razão.
O Benfica jogou condicionado pelo árbitro escolhido pela UEFA. E dá ideia que esta passou a ser a prática usual da UEFA na era Platini: favorecer os mais ricos, para promover finais que sejam negócios de milionários, o que o sorteio para os quartos-de-final já prenunciava. O Benfica ficou a saber como é mas, na verdade, não deve ter ficado muito surpreendido. Em Portugal, quando perde pontos, ou mesmo muitas vezes quando os ganha, o Benfica é por sistema vítima de erros e de excessos de arbitragem. Enquanto os seus adversários são invariavelmente beneficiados pelos mesmos ou outros homens do Apito.
O Benfica sempre que ganha vence mais que um adversário. Apesar de tudo, escrevo, cheio de fé, na véspera do Sporting-Benfica e a poucas jornadas do termo do Campeonato.
Mas é preciso jogar como em Stamford Bridge e ter um pouco mais de sorte."

João Paulo Guerra, in O Benfica