sábado, 7 de abril de 2012

É possível...


Benfica 101 - 73 Lusitânia
26-14, 23-15, 26-20, 26-24

É impossível não ficar frustrado no final da Fase Regular: com 2 vitórias sobre os Corruptos, e ficar em 2º lugar, atrás dos mesmos Corruptos!!! Se a derrota em Ovar ainda se poderia compreender (não com aqueles números), as derrotas fora de casa com este Lusitânia e com o Sampaense foram muitos difíceis de 'encaixar'!!! Mas agora não se pode mudar nada... Só temos que trabalhar para melhorar, passar uma eliminatória de cada vez, e na provável Final, voltar a vencer no antro Corrupto... e isso só será possível com grande intensidade defensiva, algo que tem faltado em vários momentos... Mas como os resultados demonstraram este Benfica, mesmo com todas as insuficiências, tem tudo para ser Campeão, mesmo sem a vantagem do factor casa no Play-Off...
Fico feliz por saber que o Sérgio Ramos já voltou aos treinos e pode mesmo regressar à equipa no próximo jogo... Por outro lado, a ausência do Gentry nas próximas 5 semanas, vai exigir ao Elvis muitos 'minutos'!!!

Liderança reforçada...



Benfica 3 - 1 Ac. Espinho
25-17, 25-22, 21-25, 25-8

Jogo interessante, sempre controlado, desta vez entrámos bem no jogo, e não demos de 'avanço' como a semana passada. Continuamos a não ganhar por 3-0, mas desta vez creio que nos faltou um bocadinho de sorte no 3º Set, depois de alguns pontos mal jogados (é verdade), com as substituições, a equipa demonstrou vontade em recuperar para evitar mais um Set, mas os toques do Bloco 'caíram' sempre para o sítio errado!!! Mas a resposta no 4º Set foi inequívoca...
Com a derrota do Sp. Espinho em casa com o Castêlo, o Benfica praticamente garantiu o 1º lugar no final da 2º Fase... Mas assim a minha convicção que será o Sp. Espinho o nosso adversário na Final fica um pouco abalada, já na próxima jornada, a deslocação do Fonte Bastardo a Espinho poderá clarificar alguma coisa... Se por um lado seria interessante uma 'Vingança' contra os 'Bastardos', friamente, continuo a preferir o Espinho, não vá a equipar 'bloquear'!!!

Marcar... e depois "dormir" !!!


Braga 5 - 5 Benfica

Não é fácil compreender como é que se desperdiça uma vantagem de 1-5 !!! É verdade que temos jogadores importantes lesionados, é verdade que os árbitros principalmente na 2ª parte apitaram a 'pedido das bancadas', mas nada disso é razão suficiente para a desconcentração geral nos minutos finais da partida... Estranha incapacidade em ter a bola no pé nos últimos minutos, e quando a equipa quis voltar  'pegar' no jogo, não conseguiu!!!
Com este mau resultado perdemos toda a margem de manobra que tínhamos, com a provável vitória Lagarta nesta jornada, vamos ficar em igualdade pontual, ambos com 3 empates e o resto vitórias, sendo que o Benfica tem uma vantagem considerável na diferença de golos... nas 3 jornadas que faltam não é expectável que isso mude... não podemos perder a liderança nesta fase regular...

Adenda: Pois é, parece que hoje foi dia de empates: o Sporting também empatou com o Modicus, assim tudo ficou na mesma na classificação!!!

Notícia estranha

"Comunicado: Se isto não é uma tentativa de condicionar...
Disfarçada de notícia, o "Record" assumiu, na sua edição deste sábado, uma tentativa descarada de condicionar, para o jogo de segunda-feira, entre o Sporting Clube de Portugal e o Sport Lisboa e Benfica, um dos árbitros da primeira Liga. Em toda a página 16, onde a matéria é tratada, não se encontra um único facto, apenas suposições:
a) Uma possível queixa do árbitro Duarte Gomes relativa a Carlos Freitas, director desportivo do Sporting;
b) Duarte Gomes possível árbitro do jogo de segunda-feira - Afinal está na Madeira a arbitrar o Marítimo - Nacional e, por certo, não viajou este sábado para território insular.
Não existe confirmação que qualquer uma destas alíneas seja verdadeira, mesmo assim o "Record" decidiu avançar com uma página inteira, construída na sua maior parte como se de um artigo de opinião se tratasse. É de realçar a parte em que se pode ler textualmente: “Acontece que o árbitro acusado comeu e calou.
Seria de esperar que sendo a matéria tão delicada o jornalista escrevesse um nome ou associasse uma cara do Sporting a quem tudo isto provoca tanto “desconforto”, mas a única coisa que encontramos no artigo é um vago “temem os responsáveis leoninos”.
Se o assunto é notícia, então não se percebe que a mesma não mereça chamada de primeira página, a não ser que o objectivo fosse outro.
Alega o autor do artigo que a prática do antigo Conselho de Disciplina deixou de prevalecer. Lembramos apenas que o actual Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol também contrariou tudo o que era jurisprudência anterior em matéria de castigos quando sancionou com dois jogos Pablo Aimar. Não vimos o "Record" dedicar uma página a esta contradição, e esta sim fundamentada em factos.
Este jornal tem demasiadas responsabilidades para cair em situações destas, ainda por cima quando envolve um dos seus directores adjuntos."

Gobern...

"Meus amigos:
Gostava que me dessem a oportunidade de me referir aos acontecimentos desta semana. Tentarei que seja a última vez até porque, doravante, o assunto só serve para cansar e desgastar. Lá vai…

1. Não me peçam, nem agora nem nunca, que não festeje um golo do Benfica. Faço-o há muitos anos, desde que me reconheço como gente. Já me aconteceu ter que o fazer em campos tidos como adversos – as antigas Antas, o antigo Alvalade. Não festejo contra ninguém, nem me pinto de raiva ou de provocação. Gosto muito do meu clube. Tenho esse direito.
2. Festejei o golo no enquadramento errado. Se não tivesse consciência plena desse deslize, não tinha posto o meu lugar no “Zona Mista” à disposição ainda antes de as campanhas orquestradas chegarem ao seu destino. Ou seja, tenho consciência de que errei. Saber se existiu proporcionalidade entre o meu lapso e a posterior sentença, isso é outra conversa. Tenho a minha opinião (por mais que isso custe aos que viram nessa minha mania uma coisa qualquer chamada “falta de isenção”) mas, com vossa licença, opto por guardá-la.
3. Desafio um adepto de qualquer clube a manter-se quieto depois fechado num estúdio – já a comentar as incidências de um jogo mas sem poder perder as jogadas-chave de outra partida, que terá que comentar de seguida e que se reveste de muito maior importância – diante de um encontro que decide a continuidade nas corridas ao título, emotivo como aquele foi, decidido no último quarto de hora, e com um golo favorável no tempo de compensação. Foi infeliz o gesto? Sim. Foi desajustado? Sim. Foi tudo um grande azar? Quero continuar a pensar que sim. Mas não posso sequer garantir, para ser sincero, que não voltaria a fazer-me o mesmo, de uma forma espontânea e não premeditada. Por maioria de razão, não foi – insisto – uma provocação a ninguém, muito menos aos adeptos do Sporting de Braga.
4. Quanto à minha “atitude continuada” no programa, digo apenas isto: nunca me limitei nas minhas críticas pelo facto de ser adepto do Benfica. Julgo, inclusivamente, que o condicionamento funcionou ao contrário, obrigando-me a ser mais exigente com o meu clube do que com os outros. Nunca ofendi nenhuma instituição, nunca mencionei sequer a vida privada de dirigentes, técnicos ou jogadores – as críticas foram sempre dirigidas a comportamentos públicos e relacionados com o futebol.
5. Apesar de poder ter ofendido – involuntariamente – alguns telespectadores com o meu gesto, acabei por ser agradavelmente surpreendido com a quantidade de mensagens de apoio que recebi de sportinguistas e portistas, bem como de alguns adeptos do Braga. Agradeço o gesto, que me deixa mais descansado quanto ao meu desempenho no programa. De caminho, e sem querer entrar em discussões académicas, quero deixar bem claro que não acredito na “isenção” ou na “imparcialidade”. Respeito, evidentemente, todos os meus parceiros de ofício que optam por não revelar as suas preferências clubísticas. Eu escolhi outro camnho mas, dentro daquele estúdio de tantos sábados, a única camisola que vesti foi a da RTP. E, se quiserem, a de um combate por um futebol melhor e mais autêntico.
6. Tenho que agradecer aos benfiquistas o apoio demonstrado. Algumas mensagens foram verdadeiramente comoventes, outras muito estimulantes. E, de alguma forma, acaba por ser significativo o facto de elas não virem de gente com responsabilidades directivas, mas das bases, dos adeptos, dos meus pares. Não esquecerei o aconchego, nesta hora complicada de viver.
7. Agradeço aos meus amigos, a todos os que não conheço, a alguns com quem não falo há mais de vinte anos, à minha família (que se afligiu e a quem recordo que aquilo que não nos mata torna-nos mais fortes), a camaradas de profissão que julgava perdidos no tempo, a jornalistas que mal conheço, a figuras públicas cuja atitude não precisa de ser aqui publicitada, até velhos companheiros destas e outras lides (pelo incómodo que isso lhes possa ter causado não devo deixar de referir o Pedro Ribeiro, o Paulino Coelho, o José Mariño, o Jorge Alexandre Lopes, o Manuel Queiroz, o João Querido Manha, o Nuno Dias, o Leonardo Ralha, o José Carlos Soares, o João Carlos Silva, o Miguel Carvalho, o Rui Baptista, a Maria João Fialho Gouveia, o Luís Miguel Pereira, o José Zambujal, a Lurdes Feio, o José Paulo Fafe, a Raquel Morão Lopes, o Paulo Marcelino – obrigado a todos e mais aqueles de que possa estar a esquecer-me.
8. Ironizando, quase apetece dizer que valeu a pena tudo isto só para ser nomeado numa coluna do José Ferreira Fernandes, a quem fico devedor de mais esta atenção. Como de costume, ele viu o pormenor que escapa aos outros. Como é seu hábito, partiu do ponto para chegar ao todo. Soube-me especialmente bem o propósito guerreiro da Helena Sacadura Cabral e da Maria João Duarte. O meu parceiro, Pedro Rolo Duarte, esse nunca falha. Permitam-me, ainda assim, que saliente uma mensagem simples, “um abraço” só, de um homem com quem nunca falei pessoalmente mas que, se dúvidas houvesse (e eu já não as tinha), se confirmou como aquilo a que os meus avós chamariam “um cara direita” – Nuno Gomes, o (antigo) capitão do Benfica, hoje profissional de mão cheia do Braga.
9. Nesta espécie de despedida, antes de voltar à “vida real”, faço questão de agradecer a dois homens que, pela entrega, pelo profissionalismo, pela boa disposição e por um quase infinita capacidade de trabalho, caminham para o lugar dos eleitos num mister que não é para todos – o Hugo Gilberto e o Manuel Fernandes Silva. Não há melhor. Quanto ao Bruno Prata, quero afiançar-lhe que, escaramuças à arte, guerrilhas postas de lado, mantenho o que disse na primeira emissão do “Zona Mista”: aprendi com ele. Futebol mas, mais do que isso, lealdade e disponibilidade. Já que não nos deixam ser adversários, lá teremos que ser amigos.
10. Tendo reconhecido o erro, tendo lamentado o sucedido, há uma pessoa que me obriga a ir mais longe. Por ter apostado em mim quando nada o obrigava, por me ter brindado com este desafio e porque o capítulo final é tão murcho, resta-me pedir desculpas ao meu amigo Carlos Daniel. Garantindo-lhe que há casos em que a memória funciona mesmo.
11. Aos que escolheram o insulto, a insinuação, a mentira, a queixinha – já conseguiram o que queriam. Agora, por favor, vão marrar para outro lado, que eu, felizmente, tenho mais que fazer.
12. Gostaria, se me permitem esse desejo, que fossem desactivados os grupos de apoio e as petições em que eu esteja envolvido, mesmo indirectamente. Esta terra tem problemas sérios demais para que se gaste tanta energia, tanta disponibilidade e tanto tempo com questões que são verdadeiramente acessórias.
13. Num país onde os lapsos andam à solta, onde se mente impunemente, onde se rouba sem consequências, onde se abusa dos mais fracos, onde se lançam cortinas de fumo para que as pessoas se esqueçam dos seus problemas, posso dizer que, ao menos no meu caso, a culpa não morre solteira. Azar meu: foi justamente agora que ela, a culpa, decidiu casar-se e ser monogâmica.
14. Obrigado, ainda uma vez. Até um dia destes. Boa Páscoa. Espero as amêndoas só na segunda-feira."