segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Voando Alto em 2013, em direcção aos títulos...


Um Glorioso e festivo ano de 2013, para todos os nossos fiéis seguidores... que os nossos desejos se tornem realidade.

A data do V. Setúbal-FC Porto: um presente de Natal?

"1. O calendário de uma competição tem um valor acrescido para o seu regular desenrolar. Num momento em que o tempo rareia para a realização de jogos, a instituição de regras quanto ao calendário revela-se fundamental e cada situação patológica deve merecer resposta precisa.
Compreende-se, com facilidade, que o Regulamento de Competições da Liga aborde este tema com profundidade e de forma minuciosa, oferecendo respostas para situações que não são normais. É que qualquer alteração à data de realização de um jogo não só afecta os intervenientes como se projecta nos outros participantes na competição e ainda nas outras competições que decorrem em paralelo.
O que não se concebe, em vista das normas que existem e dos múltiplos interesses envolvidos, é que a Liga decida marcar um jogo violando as suas próprias normas. É o que ocorre com o jogo a realizar, a 23 de Janeiro de 2013, entre o V. Setúbal e o FC Porto.
2. Como é do domínio público, o jogo encontrava-se agendado para o passado dia 14. Porém, não se veio a realizar devido às condições do estado do terreno.
Na imprensa recolheram-se alguns dados. Para os presidentes dos dois clubes, "em princípio", o jogo seria "agendado para 23 de Janeiro". Por outro lado, uma notícia na página do FC Porto dava conta de que os clubes acordaram apresentar, no dia 17, nova data.
Deste cenário é pelo menos possível duvidar que os delegados ao jogo tenham, no respectivo Boletim do Encontro, assentado, desde logo, a data de 23 de Janeiro.
3. O tempo passou e, por bem discreta informação da LPFP (de 18), constata-se que o jogo foi mesmo marcado para esse dia, o que é manifestamente irregular.
Com efeito, resulta "clarinho" que os jogos adiados no decurso da primeira volta têm de ser realizados obrigatoriamente no decurso das quatro semanas que se seguirem à data inicialmente fixada para o jogo, salvo casos de força maior devidamente comprovados e reconhecidos por deliberação da Comissão Executiva (artigo 19.º, n.º 2 do RCLPFP). Ora, não se vislumbra nenhum "caso de força maior", nem ele é invocado na decisão da Liga. O leitor chegará à conclusão de que a data de 23 de Janeiro excede o prazo referido.
4. A questão, todavia, pode não se quedar por esta irregularidade e, nesse caso, as consequências são bem gravosas. Advirta-se que vamos entrar num melindroso domínio de análise, mas que não afasta a validade das dúvidas.
5. No RCLPFP, quando ocorra uma situação como a do dia 14, existe uma regra clara: o jogo realiza-se, no mesmo estádio, dentro das 30 horas seguintes (artigo 22.º, n.º 1).
Esta regra comporta duas excepções. Uma, a da realização de um jogo das competições da UEFA na semana seguinte, que não tem aplicação no caso concreto. A outra exige que os delegados dos clubes declarem, no Boletim do Encontro, o seu acordo para a realização em outra data. Isto é, naquele momento, naquele documento oficial, tem que constar, desde logo, a data concreta, não sendo regulamentarmente possível deixar a marcação dessa data para momento posterior.
Partindo do pressuposto de que, nesse boletim, não existe nenhuma data estabelecida, a regra adquire a sua força natural.Ou seja, abreviando, o jogo em causa deveria ter sido realizado nas 30 horas seguintes.
6. Aqui chegados, as consequências para os dois clubes podem ser gravosas, sempre a analisar em procedimento disciplinar, não sendo de descurar a necessidade de examinar uma eventual falta de comparência.
7. Pois é, isto do desporto profissional, das competições profissionais, exige acrescidas cautelas e os erros podem custar caro. Muito caro."

domingo, 30 de dezembro de 2012

Mal menor...


Moreirense 1 - 1 Benfica

Não consegui ver o jogo - aqui pelas minhas bandas a Crise é uma coisa subjectiva, tal o tamanho das hordas invasoras, atrás do ouro dos tolos, para bem da minha carteira, mas impedindo-me quase de respirar!!! Mas isso são conversas para outras alturas... -, por isso só posso comentar o resultado.
Numa altura onde o Benfica tem o calendário carregado, apostar em praticamente todos os titulares, faz pressupor que o objectivo de hoje era a vitória, para assim assegurar imediatamente o 1.º lugar no grupo, para que na 3.ª jornada - na recepção à Académica -, não houvesse nada para disputar - além da honra claro -, já que no fim-de-semana seguinte, recebemos na Luz os Corruptos... Portanto, o objectivo não foi conseguido, e até tivemos alguma ajuda com o empate no Académica-Olhanense!!!
Mesmo assim estamos à frente, e o futuro nesta competição está nos nossos pés... mas é preciso ter muito cuidado no jogo com a Académica: ao nível do desgaste dos jogadores, e na folha disciplinar...!!! A prioridade é, e continua a ser o Campeonato...

O curioso é que vendo as imagens no resumo, fico com a ideia que o golo do Moreirense é em fora-de-jogo  - apesar da 'certeza' contrária do jornaleiro da TVI...!!! -, e mesmo jogando mal - acreditando nas crónicas... -, falhámos um penalty, logo no início da segunda parte, que podia ter mudado o jogo... Já agora os dois penalty's marcados a favor do Benfica são evidentes, digo mesmo demasiado evidentes... até para se fazer um pseudo-escândalo... Se alguém deve ser criticado é o jogador do Moreirense que pensava estar a jogar Futebol Americano!!!
Mas a grande notícia arbitral do dia foi o penalty marcado - evidente - contra os Corruptos!!! Uma verdadeira raridade !!! Temo pela carreira do árbitro!!! O fiscal-de-linha que marcou o penalty que deu o empate ao Benfica, também não terá um futuro promissor, penso eu de que...!!! E transportando as teorias de conspiração Madrilenas, posso especular que o Otamendi deve se estar a sentir muito discriminado neste momento: «Então o Alex Sandro joga a bola com as Mãos, o Rolando também, e eu não posso?!!! Isto deve ser discriminação contra os Argentinos!!!» 

Força Fluvial

"Nas bancadas das piscinas do Clube Fluvial Portuense, observando a descendência a deslizar pelas “águas” que (outrora noutro local) me ajudaram a formar como homem, gizava o tema para esta crónica. Eram várias as possibilidades.
1) Poderia ser a monumental propaganda da FPF à volta da alegada extinção do “problema Totonegócio” com o pagamento de 11 milhões de euros ao Fisco – ficando por elucidar como se resolverão os restantes 22 milhões em falta (sendo que quase 20 deles responsabilizam a Liga e os clubes profissionais) e a influência que o pagamento agora feito pela FPF pode ter na debilitação da posição jurídica que a Liga e os seus associados sustentam atualmente nos tribunais com a Administração Fiscal. Ou seja, fica na penumbra a estratégia da atual FPF para ter nome decisivo no obituário a prazo da Liga e dos seus associados.
2) Ficamos ainda a saber que, na próxima oportunidade em que Moutinho, Patrício ou Martins sejam punidos pelo Conselho de Disciplina, o presidente da FPF dará naturalmente o seu apoio…
3) Ainda na FPF, falta decifrar as razões do escândalo que constitui hoje o “custo” dos recursos para o Conselho de Justiça: 3.000 euros para os agentes da 1.ª Liga, 2.500 euros para a 2.ª Liga!… E, perante a grosseira debilitação da garantia de impugnação, o que faz o Estado-delegante dos poderes desportivos públicos?
4) Também me chamara a atenção uma sentença da Comissão Disciplinar da Liga francesa: um jogador do Montpellier – o campeão em título – foi suspenso por um ano, depois de ter agredido o repórter do “L’Équipe”, acreditado para o jogo com o Valenciennes, na zona mista reservada à imprensa. Pelos vistos, a altercação envolveu vários outros colegas de equipa, sendo um outro punido com 2 jogos por “intimidação”. Resultado mais grave: fratura do nariz depois de um murro na face. Reação do clube: condenação pública veemente do ato, pedido de desculpas e anúncio de consequências internas para o jogador. Não consta que alguém, em França, tenha defendido, em nome da absolvição ou da suavização do castigo do agressor, que o jornalista José Barroso deveria ser tratado como um… espectador!
Mas para quê desenvolver tudo isto quando o mais importante era o que estava à minha frente? O terceiro clube mais antigo do país – onde nós, milhares, treinámos horas e mais horas, onde a “luta contra o relógio” foi para mim uma escola de vida – caíra no estrangulamento e ressurge nas mãos da coragem e do orgulho. O “Flu” vai conseguir. E isso é muito mais importante do que tudo o resto em que pensara!"

Cuidado, Platini

"Ou «Cuidado com Platini»
Por esta altura, já todos percebemos que Platini é aquilo a que os americanos chamam um "maverick": um rebelde cujas ações e pensamentos são ditados pela sua própria consciência, em vez de pela norma ou por eventuais grupos de pressão. Acresce que se trata de um ex-jogador dos maiores que o futebol conheceu, pelo que a sua paixão pela modalidade dificilmente poderá ser posta em causa. Mas provoca-me, mesmo assim, sentimentos contraditórios.
Quando o ouço dizer que sente asco de quem investe no futebol com intuitos lucrativos, reforçando logo a seguir a urgência da proibição da partilha da propriedade de passes de jogadores ou a necessidade de agravar ainda mais as penas para os infratores do chamado "fair play financeiro", já me entusiasmo menos do que quando o ouço atacar o Olho de Falcão ou a ideia de utilizar árbitros estrangeiros em jogos das ligas nacionais. Platini pode ser um "maverick", mas não pode andar à rédea solta.
Quer moralizar a modalidade? Faz bem. Quer devolver-lhe o cariz de jogo de família, gerido por voluntários em comissão de serviço cívico? OK. Mas o futebol empenhou-se durante muitas décadas em construir o edifício sobre o qual assenta a sua sobrevivência. Mudar, tudo bem. Mas devagar. Mudar à "blitzkrieg", como os alemães chamaram à sua guerra-relâmpago, pode ser o suicídio da modalidade e será pelo menos o homicídio de muitas das suas forças motrizes. Há que dar-lhes a oportunidade de se reconverterem."

Boxing Day à Portuguesa

"História do dia 26 de Dezembro na 1.ª divisão nacional

O Boxing Day é uma invenção dos ingleses do pós-guerra, desde 1946. Em Portugal, adopta-se antes disso, em 1943. É a quinta jornada do campeonato nacional, com 30 golos em cinco jogos, entre o clássico FC Porto-Benfica (2-2, com 2-0 até aos 76 minutos).
No Lumiar, o Sporting esmaga o Salgueiros por 10-0 com hat-trick de Peyroteo, enquanto o Olhanense não lhe fica muito atrás (8-0 ao Vitória de Setúbal, com hat-trick de Cabrita). Nas Salésias, 4-1 do Belenenses ao Vitória de Guimarães e na Tapadinha (por interdição do Santa Cruz) a Académica perde 2-1 com o Atlético.
O Boxing Day só volta ao nosso calendário em 1965, com outro clássico (FC Porto-Sporting 1-1), no dia em que o Benfica empata nos Arcos depois de ter estado a perder por 4-1. Vale Eusébio, autor do 4-4 aos 87 minutos. E chegamos a 1971, ano do último Boxing Day à portuguesa.
Nesta 13.ª jornada, só Belenenses-CUF (1-1) e Benfica-Vitória de Guimarães (3-0) antecipam os jogos para antes de Natal. De resto, é tudo no dia 26: U. Tomar-Académica (2-1), Barreirense-Atlético (2-1), Boavista-Leixões (1-3) e Beira-Mar-Farense (1-1).
Deixámos de propósito os grandes para o fim. No Bonfim, um bis de José Torres na primeira parte aniquila o FC Porto (2-0). Já o Sporting despacha o Tirsense em Santo Tirso com categoria (5-3, hat-trick de Yazalde). E pronto, aqui está a história… Não, afinal não. Há mais um Boxing Day, apenas um jogo. A 26 de Dezembro de 1982, na Póvoa, prolongam a 14.ª jornada, iniciada a 3 de Outubro (Alcobaça-Marítimo, 0-0) e só concluída a 2 de Janeiro (Amora-FC Porto 2-1 e Sporting-Benfica 1-0).
Pelo meio, o Varzim-Rio Ave. Os locais adiantam-se por Valdemar (25’) e dilatam a vantagem por André (53’), que se sagraria campeão europeu e mundial no FCP. Aos vila-condenses só lhes resta o golo da consolação, pelo guineense N’Habola (87’).
Agora sim, está fechado o capítulo do Boxing Day à portuguesa. Em Inglaterra, não se pára desde 1946. Uma tradição é para se manter, certo?"

sábado, 29 de dezembro de 2012

Activos com valor sentimental

"A imprensa madridista não se cansa de alertar a 'afición' merengue para a probabilidade de Iker Casillas abandonar o Santiago Bernabéu. Como se não bastasse a tensão entre Mourinho e Casillas, veio agora a 'Marca' jurar a pés juntos que há mais de dois meses que Casillas não troca uma palavra com Silvino, o treinador dos guarda-redes.
Para o ex-director-desportivo argentino Jorge Valdano, que Mourinho não demorou a despachar quando chegou ao Madrid, o caso Casillas é fácil de explicar: o treinador português limitou-se a produzir, em benefício próprio, uma “exibição de poder com peso profundo” quando sentou Casillas no banco em Málaga. Com tantas achas na mesma fogueira, resta apenas adivinhar se o presidente do Real Madrid vai esperar pelo fim da temporada para substituir o treinador ou se, num assomo de mau humor, nem vai dar a José Mourinho a possibilidade de ganhar a Liga dos Campeões.
E como Mourinho, certamente, adoraria atirar o troféu de sonho à cara da multidão de detractores que não lhe dão descanso desde que o Barcelona começou a dilatar de modo absurdo a vantagem no topo da Liga espanhola.
Confiemos em que Mourinho sabia o que estava a fazer quando se resolveu meter com Casillas, um jogador-referência nascido e criado no clube e com uma ligação muito especial com os adeptos como acontece, por todo o mundo, com jogadores que são referências dos seus clubes.
No Sporting, por exemplo, Daniel Carriço é um desses casos. Trata-se de um produto da formação do clube que chega ao final do seu contrato no próximo Verão podendo considerar-se um jogador livre para assinar por quem quiser por incúria dos dirigentes do Sporting que não souberam acautelar os interesses do clube em tempo próprio.
Na sua edição de quinta-feira, o 'JN' dava conta do interesse do Benfica em Carriço a custo zero e, naturalmente, a notícia indispôs os adeptos do Sporting que não gostam da ideia de ver o rival levar-lhes um 'activo' de valor sentimental. Francamente, penso que não há lugar para preocupações, amigos sportinguistas. Carriço, tal como Centurión e Fariña também dados como certos no Benfica, ainda nos vão proporcionar grandes surpresas. Ou pequenas, como preferirem.

ERRAR É HUMANO
A mensagem subliminar da fruta
A agência de comunicação que trabalhava com Godinho Lopes pôs-se a milhas em prol, provavelmente, do seu bom nome profissional. É compreensível que a Cunha Vaz & Associados não se queira ver associada à imagem do presidente do Sporting em genicoso “toureiro pronto para todas as faenas” ou quando se faz fotografar como Jesus Cristo em cena pascal rodeado de apóstolos atléticos e vigorosos. 
Depreende-se que a agência de comunicação que trabalhava com o Sporting foi alheia aos últimos desvarios presidenciais. Não terá sido Cunha Vaz a inspirar Godinho Lopes no seu afã tauromáquico nem terá sido Cunha Vez o inimputável Leonardo da Vinci da “Última Ceia” com que o jornal do clube fez manchete na sua edição do Natal. Antes que os sintomas em roda-livre se agravem, a agência de comunicação desertou e ninguém lhe poderá levar a mal, conclui-se.
Ficaram, no entanto, duas questões prementes no ar: quem será a bestial luminária que consegue sentar o presidente com os apóstolos sem que ninguém de senso lhe ponha um travão? A segunda questão é esta: como é possível que a APAF, sem pronta a defender os árbitros, não se tenha insurgido contra os inenarráveis arranjos com fruta em cima da mesa pascal? Ninguém leva a sério 'este' Sporting, conclui-se também.

POSITIVO & NEGATIVO
+ Aimar de volta - O n.º 10 do Benfica está recuperado e, se não houver recaídas, poderá ser o grande reforço de Inverno para a equipa de Jorge Jesus. Pablo Aimar esteve de baixa prolongada. Regressará em alta?
+ David em cheio - David Luiz vai-se afirmando como uma referência do Chelsea. Na goleada frente ao Aston Villa, o ex-benfiquista até jogou a médio e marcou um golo espectacular na transformação de um livre directo.
- Meireles culpado - Demoraram mas apareceram as imagens de Raul Meireles cuspindo na cara do árbitro no clássico Galatasaray-Fenerbahçe. E muito tem de agradecer o internacional português a benevolência da justiça turca.

PÉROLA
“Espero que o campeão seja o FC Porto.” Marcos Rojo, jogador do Sporting
Nas redes sociais, o argentino Rojo ganhou o prémio de jogador mais completo de 2012 a actuar em Portugal. Foi-lhe atribuído por unanimidade não fosse ele o primeiro futebolista a atingir um estatuto único: joga no Sporting, marca golos (na própria baliza) pelo Benfica e torce pelo FC Porto. É obra."

A história triunfal do "Hércules do Cartaxo"


"Nicolau e Trindade, Trindade e Nicolau, os nomes entraram a par na história do Desporto português: o Benfica-Sporting das estradas e dos caminhos. José Maria Nicolau foi a figura mais emblemática que passou pelos selins e rodas pedaleiras com uma camisola vermelha vestida.

Nicolau não é uma estampa de atleta. É uma Hércules tosco: muito forte mas sem recorte escultural. Não é um espadáudo: tem antes um tronco cilíndrico, um cilindro de enorme diâmetro... Talvez pelo hábito da máquina - nos instantes de absoluto desprendimento é um nada corcunda... Um quase nada: a consequência natural da curvatura sobre o guiador. Nota dominante: um olhar firme, sereno, forte... e franco. Fala com facilidade, naturalmente. O campeão do Cartaxo é uma companhia agradável, e um homem querido na sua terra: é o Nicolau p'rá'qui, é o Nicolau p'rá'colá...
Esta era a figura mais emblemática que passou pelos selins e pelas rodas pedaleiras com uma camisola vermelha vestida: José Maria Nicolau, o émulo eterno de Trindade, de quem Carlos Silveira, o velho repórter da insquecível Stadium, traçava o retracto que publicamos em epígrafe.
Nicolau e Trindade, Trindade e Nicolau, os nomes entraram a par na história do Desporto português, parece terem-se ternado indissociáveis num sprint de gémeos que os entreteve até ao fim das vidas.
Nicolau nasceu no Cartaxo, lá pelos idos de 1919, viria a morrer em 1969, a 26 de Agosto para sermos mais exactos. Tinha uma oficina perto de um lugar chamado Retiro das Curvas e, segundo as crónicas da época, uma alegre casinha tão modesta quanto ele, como cantaria a Milú no Costa do Castelo. Não acreditam, ora leiam: «O herói do Ciclismo nacional habita uma casinha pequena, de porta e janela, muito caiada, com uma sala de visitas que é um brinquedo - e um confidente: muito realçadas, numa exposição onde a mão envaidecida de esposa amiga dispôs em estética risonha, quase todas as Taças e 67 das medalhas ganhas (...)».
Uma carreira de vitórias que se iniciou num célebre Lisboa-Cartaxo disputado a 1 de Setembro de 1929. Chegou em 5.º, mas logo aí se viu que estava fadado para ser um grande. Numa equipa benfiquista na qual se distinguem nomes como Gil Moreira, Julião Pinheiro, António Barata, Carlos Domingos Leal, Manuel Dias Afonso e Artur Dias Mais, Nicolau destacava-se pelo enorme poder físico que exibia e que lhe garantiu a primeira grande vitória, precisamente na Volta a Portugal, que teria em 1931 a sua II Edição. A festa durou semanas. E os seus conterrâneos do Cartaxo foram buscá-lo a Setil levando-o em cortejo até à porta de casa, confirmado também como rapidamente se tornara um caso raríssimo de popularidade.

Casal de bácoros no quintalinho...
São os seus anos de ouro. Entre 1931 e 1934 vence tudo o que havia para ganhar nas provas velocipédicas portuguesas: o Porto-Vigo; o Porto-Lisboa; o Campeonato de Portugal; as 12 Voltas à Gafa; o Lisboa-Bombarral-Lisboa; o Campeonato de Fundo, encerrando com nova vitória na Volta a Portugal. 1935 marca o ano do seu declínio. Assolado por mazelas, que já o tinham impedido, no ano anterior, de participar no 'raid' Lisboa-Paris, desiste a meio da Volta e a marca dos anos deixava em si o seu vinco impiedoso  O Hércules perdia a força.
Homem de vida tranquila, registavam-se-lhe os hábitos serenos. Assim como os descrevia Carlos Silveira: «Às 7.00 horas levanta-se. Toma café com muito leite e vai trabalhar até ao meio-dia. Almoça geralmente uma fornida bacalhoada com batatas e volta à lide até às 19.00 horas... Às 23.00 horas, pouco mais, pouco menos, está deitado. Na época dos treinos, dia sem dia não, faz os seus 50 quilómetros. (...) Gosta de vir a Lisboa. Chega a fazer o trajecto de ida e volta no mesmo dia... e sempre de bicicleta. Nicolau é homem caseiro. Não é modesto a fingir: mas gosta do seu quintalinho, onde há pombos brancos, coelhos, um casal bácoros... e alecrim. Há dias comprou uma motocicleta, lançando o pânico entre os seus adeptos. 'Ciclista de moto é homem ao mar'. Afinal vendeu-a logo. E estejam os admiradores sossegados: não pretende comprar outra».
Corriam desse modo os dias de glória de José Maria Nicolau. Que nunca realizou, no entanto, o sonho da Volta a França. Onde encontraria o seu ídolo, o francês Leduc, e as grandes estrelas de então, Falk Hansen, Scherens, Guerra, Pelissier... Sem sonho mas com lembrança. Que aqui fica. Mais uma..."

Afonso de Melo, in O Benfica

Injusto


Benfica B 0 - 1 Freamunde

Jogo de sentido único: Benfica a atacar, e o adversário - fraco, mas com a corda na garganta... - com um aproveitamento de praticamente 100% !!! Mesmo sem jogar bem o Benfica não merecia ser derrotado. Jogou-se melhor na 1.ª parte, do que na 2.ª. Continua a notar-se as ausências de alguns jogadores, desta vez reforçada com alguns jogadores nas suas Selecções, e outros convocados para a equipa A...

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A velhice do papa eterno

"Está decrépito o papa eterno. Tão decrépito como o seu colega padre da Guerra Junqueiro. Balbucia em vez de falar. Solta incompreensíveis desatinos que deveriam fazer rir mas que fazem apenas sentir pena. Ou nem isso. Poucos lamentam a velhice do papa eterno. Poucos sentem misericórdia da sua decadência. Não uma decadência moral, porque o papa eterno é amoral. Sempre foi. Nada nele obedeceu às regras da civilização e da sociedade. Pelo contrário. O papa eterno foi, ao longo da sua mais do que longa vida, um espúrio irremediável e irreversível. Dobram ao longe os sinos. A sua decadência é física, visível, palpável. Careca, desdentado, rugas fundas rasgam-lhe a fronte néscia, pelancas espalham-se-lhe pela cara hedionda que provoca desconfiança e nojo. Fede.
Não fede de podridão do corpo, embora essa podridão seja tão autêntica como a outra, a podridão dos princípios que lhe vem do berço. Ainda assim reclama um espaço largo na atenção dos vivos, mesmo que nas suas costas aqueles que se dizem seus amigos, seus seguidores, seus apóstolos, afiem as adagas curvas que rasgarão o que lhe sobra de carne e quebrarão os seus ossos frágeis.
Olhamos para a sua figura deprimente, ordinária, baixa, e não há quem sufoque uma casquinada irónica. Do homem que nunca foi resta um amontado grotesco de inconveniências. O que diz não são palavras: é baba. Há nessa baba raiva, uma raiva enlouquecida. A baba enlouquecida de um boi no curro que sabe que o seu destino se levanta na ponta de uma bandarilha cruel, ali em frente, na arena inevitável da vida. E o toureiro não terá piedade...

P.S. - O Azeiteiro-da-Cabeça-d'Unto continua a falar, a falar, a falar, a falar. Vanitas vantitatum et omnia vanitas, é a primeira frase de Eclesiastes. Vaidade das vaidades e tudo é vaidade. Uma vaidade ridícula!"

Afonso de Melo, in O Benfica

2013 com títulos (no plural)

" «Há na parte mais ocidental da Ibéria, um povo muito estranho, não se governa nem se deixa governar.» Terá sido assim que no século III a.c. um general romano de seu nome Galba se referia aos Lusitanos, nossos antepassados. Podem ter vindo mais Suevos e Visigodos, mais Muçulmanos e outros povos, mas a nossa gente permanece basicamente assim em tudo o que tem de bom e de mau.
Enquanto em Inglaterra os adeptos se deliciam com bom futebol do boxing day, por cá houve-se dislates e impropérios. Nuns casos ralham uns com os outros, noutros, como o Sporting, talham dentro da mesma casa. Nem a quadra de Natal suaviza a nossa natureza.
Esta semana devolve-nos o futebol. Domingo, o Benfica vai a Moreia de Cónegos jogar para a Taça da Liga. O Moreirense (tem cinco ataques piores, sete defesas mais batidas, e já apeou o Sporting da Taça de Portugal) é melhor que o lugar que ocupa no Campeonato.
Quarta-feira, o Desportivo das Aves, que se mantiver a posição que ocupa será de primeira divisão em cinco meses, é um obstáculo de respeito.
Este mês de Janeiro tem um calendário louco para o Benfica. Na Taça da Liga, qualificação para a meia-final. Na Taça de Portugal, Aves na Luz e Académica em Coimbra são o caminho para as meias-finais rumo a um Jamor esquecido no tempo. No campeonato, são quatro jogos, com três saídas (Estoril, Moreirense e Braga) e uma recepção ao FC Porto.
É óptimo ter tantas dificuldades e tantos objectivos, aumentam a nossa ilusão, reforçam a nossa vontade e capacidade de ganhar títulos. Mas essa ilusão, vontade e capacidade terão que ser habilmente geridas para não ficarmos à mercê de um qualquer general romano de ocasião...
2013 vai entrar com a certeza de que a época poderá terminar de forma excelente para todos os benfiquistas, com títulos... no plural."

Sílvio Cervan, in A Bola

2012, um balanço

"Chegados aos últimos dias de mais um ano, é altura de recordar aquilo que ele nos trouxe - quer de bom, quer de menos bom, quer, sobretudo, de ensinamentos úteis para o futuro.
Para o Benfica, pode dizer-se que 2012 foi genericamente positivo. É verdade que não fomos campeões nacionais de futebol - não nos deixaram sê-lo…-, mas essa foi a única lacuna num ano recheado de êxitos. Não podemos esquecer que estivemos entre os oito melhores da passada Champions League (só uma infeliz carambola de resultados nos afastou da presente edição), nem que conquistámos, uma vez mais, a Taça da Liga, nem que chegámos a esta altura da nova época invictos, na liderança do Campeonato principal, e com francas possibilidades de regressar ao Jamor.
No Verão, conseguimos realizar negócios do outro mundo, com as vendas dos passes de Javi Garcia e Witsel por valores irrecusáveis, e sem que tais ausências se reflectissem sobremaneira no rendimento colectivo da equipa (méritos ao treinador). E aí estamos nós, carregados de legítima esperança para os meses que se avizinham.
Nas modalidades conseguimos fazer história, alcançando títulos nacionais de Futsal, Basquetebol (este em circunstâncias particularmente saborosas), Hóquei em Patins (colocando ponto final num longo jejum) e Atletismo, entre muitas outras vitórias e troféus – dos quais se destaca, já na corrente temporada, uma inédita colecção de cinco (!) Supertaças.
Também no Futebol Formação alcançamos sucessos, quer por via do título de Iniciados, quer pelo elevadíssimo número de jovens benfiquistas chamados às respectivas selecções nacionais, quer, ainda, pelo surgimento de nomes como André Gomes na órbita da equipa principal.
Em termos institucionais, as eleições ocorridas em Outubro, para além de responderem afirmativamente à nossa antiga tradição democrática, trouxeram a clarificação necessária para prosseguirmos na rota do reencontro com a nossa história.
Temos hoje mais e melhor Benfica. Estamos no caminho certo. 2013 espera por nós."

Luís Fialho, in O Benfica

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Da necessidade de agradar ao patrão

"Ao fim de trinta anos de graçolas e desaforos, talvez tenha chegado a hora de embrulhar em papel de celofane os contentores de 'ironia do costume' e devolver uma graça de cada vez

lá vai o Natal, mais um. No nosso país pararam os campeonatos ficámos entregues ao Boxing Day. Para os ingleses «tempo é dinheiro» - é mesmo um provérbio deles - e não há melhor altura para os clubes fazerem muito dinheiro do que esta com as famílias reunidas, britanicamente prósperas, dirigindo-se em grupos festivos até aos campos de futebol e pagando entradas.
Nós por cá nesta época não temos nada disso. No que diz respeito à prosperidade e à bola, entenda-se. No entanto fomos, uma vez mais, bafejados pela sorte. Do Natal ao Ano Novo, sem penaltis para discutir, as agendsa informativas da imprensa deleitaram-nos com as aventuras e desventuras de um compatriota nosso, basicamente designado como um burlão de cinco estrelas, a quem não faltaram fotografias de primeira página e aberturas de telejornais neste seu corrente período de fama.
Um burlão assim, pelo Natal, era o que mais vinha a calhar para distrair as famílias e para deixar em paz outros burlões mais qualificados e perigosos para o bem público. Chega de política, vamos mas é à bola.
Sem jogos não há penaltis não há árbitros e morrem todos os assuntos. Enfim, há assuntos que nunca morrem mesmo sem haver jogos. Não morrem, pura e simplesmente, porque não os deixam morrer. Pedro Proença, por exemplo, já se disponibilizou publicamente para arbitrar o Benfica-FC Porto que vem aí. E só isso perturbou o Natal de muitas famílias benfiquistas sendo que o árbitro em causa pertence a essa mesma grande família benfiquista.
- Vamos levar com o Proença no Benfica-FC Porto? - ouvi-se com preocupação em muitas Consoadas vermelhas.
- Diz que gostava.
- Se o Setúbal-Porto não tivesse sido adiado já não levávamos com ele.
- Teorias da conspiração!
- Então nem se fala mais do assunto.
- O Zé Guilherme de Aguiar diz que estamos nervosos.
- Diz que sim.
- Já provaste as rabanadas?
- Diz que estão muito boas.
Deixemos este pobre assunto em paz e sossego e regressemos a outras políticas mais comezinhas desta época festiva. Tomemos o exemplo de Helton, o guarda-redes brasileiro do FC Porto que, convenhamos, é uma simpatia. Helton já leva muitos anos em Portugal e no FC Porto e sempre se mostrou como um tipo tranquilo, bem-disposto e baterista nas horas vagas o que só atesta em seu favor.
Nunca se ouviu Helton falar com menosprezo ou acinte de emblemas, equipas ou jogadores adversários. Agora o bom do Helton viu o seu nome envolvido num despique verbal entre os presidentes do Benfica e do FC Porto e isto porque o presidente do Benfica, chateado com os três-penalties de rajada que reverteram em benefício aparente do adversário, se lembrou de dizer que o dito adversário estava autorizado pelos árbitros a jogar com dois guarda-redes.
O presidente do FC Porto deu uma resposta distraída considerando «idiota» a ideia de se poder jogar com dois guarda-redes. Uma resposta pífia, muito longe dos fulgores da proverbial «ironia do costume». Por ser boa pessoa, sentiu-se Helton na necessidade de suprir a falhada competência do patrão e, de preferência, com substâncias que lhe pudesse agradar.
E saiu-se com esta:
- O ideal era jogarmos com três guarda-redes.
E respondeu-lhe logo o presidente do Benfica.
- Em Paris tinam dado jeito três guarda-redes - gracejo cruel que Helton foi forçado a ouvir quando ainda está bem presente na memória de todos o grande frango que o simpático guarda-redes deu no Parque dos Príncipes no jogo com o Paris-Saint Germain a contar para a Liga dos Campeões.
Recordo que há muitos anos, era Silvino o guarda-redes da selecção nacional e teve também um espectacular instante de infelicidade dando um frango de considerável proporções num jogo no Estádio da Luz não me lembro contra que adversário. Noruega? Escócia? Adiante...
Silvino era guarda-redes da selecção e era também o guarda-redes do Benfica e o seu momento aziago não escapou então à mordacidade do presidente do FC Porto que teceu um ou dois comentários jocosos sobre o assunto.
Na altura não gostei. Achei cruel fazer pouco de um azar de um jogador, para mais um jogador ao serviço da selecção nacional, a «equipa de todos nós». E isto passou-se muito antes, décadas antes, de o presidente do FC Porto ter passado a preferir a selecção da Colômbia, como sugeriu Paulo Bento, o actual seleccionador nacional.
Gozar com o guarda-redes da selecção nacional só por ser também guarda-redes do Benfica pareceu-me uma coisa tão feia e deseducada como, imagine-se, se Luís Filipe Vieira se tivesse lembrado de gozar com João Moutinho e com Bruno Alves por terem sido eles, dois jogadores ligados ao FC Porto, a falhar as grandes penalidades decisivas no desempate com a Espanha na meia-final do último Europeu.
Mas quando Pinto da Costa fez pouco de Silvino toda a gente, excepto os benfiquistas e o próprio Silvino, achou muita graça. Era a triunfante «ironia do costume» a dar os primeiros passos.
Por tudo isto também não gostei de ouvir Luís Filipe Vieira lembrar a Helton, tão publicamente, o jeito que lhe teria dado mais dois colegas de posto, preferencialmente deitados um sobre o outro em cima da linha de golo, naquele seu momento infeliz no Parque dos Príncipes.
Mas foi assim que o presidente do Benfica respondeu ao guarda-redes do FC Porto e agora já não há nada a fazer. Já ao presidente do FC Porto, respondeu o presidente do Benfica de modo diferente, mais assertivo e contundente. Gozos entre presidentes aceitam-se. São coisas entre pares. Não há empregados envolvidos. A única diferença neste último episódio é que foi o presidente do Benfica que teve direito à última palavra.
Perguntaram-lhe se queria comentar as afirmações de Pinto da Costa sobre a polémica dos dois ou três guarda-redes e Vieira surpreendeu com a resposta:
- Rainha Isabel? Não comento.
Muito bem, Luís Filipe Vieira. Foi um momento de nonsense muito britânico, uma piada surreal com a vantagem das piadas surreais: é que se torna muito difícil responder à letra.
Perante isto, só resta desejar longa vida à rainha de Inglaterra.
Curiosamente, há muitos, muitos anos, era João Santos o presidente do Benfica e os seus adversários, quer os internos quer alguns externos, tratavam-no por rainha Isabel, como quem dizia que o presidente mandava pouco e era mais uma figura de estado.
Pode ser que isso seja o início de uma nova era. Ao fim de trinta anos de graçolas, contumélias, desaforos, biscas e dichotes, talvez tenha chegado o momento de embrulhar em papel de celofane todo esse carregamento de contentores de «ironia do costume» e começar a devolver à procedência uma graça de cada vez.
Pode ser que sim. Que aconteça. De qualquer maneira, eu só acredito quando ouvir o presidente do Benfica dizer que não comenta um qualquer dito do presidente do FC Porto « por respeito aos seus cabelos branco».
Porque foi assim que, certa vez, Pinto da Costa, muito mais jovem, comentou um qualquer desabafo de João Santos, ao tempo em que este era presidente do Benfica e tinha os cabelos longe daquela brancura consentânea com a sua vetusta idade. Lá está. Isto ainda vai dar a volta.

ENTRE o Natal e o Ano Novo não foi só Helton a sentir necessidade de agradar ao patrão. Também Rojo, o argentino que chegou este Verão ao Sporting, anunciou ontem através de uma entrevista ao Jogo os seus votos para 2013:
- Espero que o campeão seja o FC Porto.
Olha, Rojo, com um bocadinho de sorte ainda consegues lugar no contentor de Inverno que vai seguir para o Dragão.
Mas será que o Sporting já acabou?"

Leonor Pinhão, in A Bola

O melhor de 2012

"Há dias, pediram-me para indicar o melhor do futebol em 2012. Exercício sempre difícil, conflituante dentro  de nós, e com a memória decrescente com o passar dos meses. Mesmo assim arrisquei as escolhas:
MELHOR JOGO DO ANO:
- Chelsea 5- Manchester United 4: um hino ao futebol com golos, emoção, perfeita simbiose entre jogo e espectáculo. Só mesmo na Inglaterra!
- D. Corunha 4 - Barcelona 5: o melhor do Barça com uma notável reacção galega.
- Benfica 3 - Porto 2 (Taça da Liga): escolhendo um jogo cá, este é o eleito: bem jogado, aberto, sem truques, belos golos.

MELHOR GOLO DO ANO:
- Z. Ibrahimovic (Suécia-Inglaterra): um chápeu notável de fora da área e de costas para a baliza (escolhi apenas este porque simboliza tudo o que gosto num golo: táctica, estética, surpresa, movimento.

MELHOR JOGADOR DO ANO:
- L. Messi: o mais completo, o mais discreto, a melhor individualidade para reforçar um quase imbatível colectivo e o recordista de golos num só ano.
- Cristiano Ronaldo: o mais fulgurante, o mais rápido, a individualidade que resolve jogos mesmo sem o colectivo.
- R. Van Persie: o mais elegante a jogar, inteligente, letal e meticuloso.

MELHOR TREINADOR DO ANO:
- Pep Guardiola: competência, discernimento elegância de trato, ideólogo de um futebol de uma completa densidade colectiva.
- Vicente Del Bosque: campeão do Mundo e da Europa. Um treinador afável, rigoroso, anti-moda. O exemplo da sabedoria integral.
- Jorge Jesus: inesgotável capacidade de transformar jogadores banais e inadaptados em jogadores brilhantes e polivalentes. A (parte positiva) da conta de resultados do SLB deve-lhe muito..."

Bagão Félix, in A Bola 

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

As remontadas encarnadas

"As estatísticas valem o que valem. Às vezes nada, outras muitas vezes muito, quase sempre algo.
Nesta temporada, verifica-se uma série muito significativa de remontadas nos jogos do Benfica. A saber: Beira-Mar (de 0-1 para 2-1), Paços de Ferreira (de o-1 para 2-1), Marítimo (de 0-1 para 4-1), Sporting (de 0-1 para 3-1), Olhanense na Taça da Liga (de 0-1 para 2-1) e ainda duas parciais, Braga (de 1-2 para 2-2) e Académica (de 1-2 para 2-2).
Ora aqui está uma constatação do que há muito não se via pelas bandas encarnadas. Com a circunstância de que o resultado é quase sempre virado na 2.ª parte.
Creio não estar errado se disser que tal tendência evidencia:
a) boa preparação física que se torna mais evidente à medida que o tempo de jogo se esgota;
b) capacidade demolidora de um ataque que vai minando as últimas forças do adversário;
c) saúde mental e psíquica de jogadores bem orientados numa base de confiança e de responsabilidade;
d) boa gestão das múltiplas componentes do treino;
e) inteligente rotação de jogadores, incluindo os da equipa B.
Aproxima-se agora a fase crucial da gestão do desgaste e das várias expressões da fadiga: jogos relevantes no campeonato à mistura com a Taça de portugal, Taça da Liga e... Bayer Leverkusen. Espero que seja a comprovação da boa saúde da equipa, ainda que nem todos os factores sejam controláveis. A propósito da Taça de Portugal, a Federação volta a insistir no infeliz modo algo de a salamizar e desvirtuar. Basta olhar para o absurdo calendário das meias-finais a duas mãos: 30 de Janeiro e (imagine-se!) 17 de Abril. E com a final ainda sem data..."

Bagão Félix, in A Bola

Caixa de conforto

"A justiça federativa sofreu esta semana novo revés muito sério, ao ser conhecida a acusação do Ministério Público ao dirigente que terá simulado, de forma bem canhestra, o suborno de um árbitro assistente.
As conclusões são devastadoras para a FPF, que tão rápida e estranhamente tinha indultado o suspeito, em contraste com outras sentenças bem pesadas, como as recentemente aplicadas a dirigentes por declarações avulsas.
Ao jeito da insólita ingerência do presidente da FPF no castigo aplicado por outra Federação a um jogador da selecção, são cada vez mais irreprimíveis as derivas discricionárias dos titulares de cargos directivos, que se precipitam em conclusões em função da importância ou afinidade com os emblemas envolvidos.
As confusões entre administração e justiça são doenças crónicas do futebol nacional, a partir de uma intrigante falta de consideração pela jurisprudência, plasmada em critérios desiguais para situações idênticas. Por exemplo, os castigos ao Boavista e ao FC Porto no processo Apito Dourado, em que o peso específico de cada um dos prevaricadores se reflectiu nos castigos, com intransigência para os pequenos e indulgência para os poderosos, de acordo com o espírito que atravessa hoje toda a sociedade portuguesa.
Também neste caso, envolto num pesado manto de silêncio, o futebol se prepara para pagar o amadorismo dos agentes disciplinares, perante a inevitabilidade de recolocar o clube do Bessa na 1.ª Liga, com graves consequências nos planos desportivo e financeiro, que talvez só um alargamento poderá resolver. Mas não é a dificuldade de obtenção de prova contra a corrupção desportiva que pode justificar a caixa de conforto em que, com toda a ligeireza, a Federação colocou o responsável pela tentativa de assassinato de carácter de um dos seus principais árbitros."

Foi só Amor !!!

O corporativismo mafioso é um dos grandes males deste País à beira-mar plantado, mesmo antes de se saber o que se passou, põe-se as mãos no fogo, pelas criaturas mais bizarras (para não dizer outra coisa...), unicamente porque são nossos conhecidos!!! Eu já assisti a este tipo de histórias tantas vezes: onde se jura a pés juntos uma coisa, para que dias depois as imagens provarem exactamente o contrário... curiosamente no futebol em Portugal, os agressores - pseudo-vitimas de cabalas monstruosas!!! -, estão sempre ligados à mesma organização criminosa... Mas também tenho a certeza que alguém irá encontrar uma qualquer explicação para os gestos e atitudes do coitadinho do Máreles, e digo mesmo, se fosse o Jorge Sousa - final da Taça da Liga no Algarve -, ou o Proença, ou mesmo o Benquerença nada se tinha passado!!! Depois de tudo o que foi dito, em defesa do Máreles, por tanta gente ilustre, o silêncio que se ouve neste momento, é assustador!!!
Créditos: Henrique Monteiro



A saída de Jesus

"Se há treinador que tem justificado reconhecimento público pelo trabalho que tem desenvolvido esta época, é Jorge Jesus. O treinador do Benfica tem sabido estar à altura das exigências do clube, e depois de ter perdido Javi García e Witsel – dois jogadores fundamentais, na última época, nas manobras do meio-campo – soube encontrar boas soluções que para já têm conduzido o vice-campeão nacional para as vitórias que lhe garante o primeiro lugar na Liga. Vitórias com goleadas, o que tem outro impacto, e com um futebol que nunca perde de vista o espectáculo  Tivesse Jorge Jesus outra forma de estar no futebol – menos fanfarrão ou mais sóbrio, se preferirem, para lá de um melhor jogo de palavras – e o seu talento seria muito mais evidente. Mas não se pode ter tudo. A vitória, esta época, na Liga portuguesa é a sua única saída para não desbaratar o seu capital.
O que mais aprecio no seu trabalho é a forma como consegue retirar o melhor rendimento da qualidade técnica de cada um dos seus jogadores. Num plantel como o do Benfica, construído por muitos e bons jogadores – afinal o segredo do futebol está aí –, uns destacam-se pela técnica (quase todos), outros vão bem de cabeça (Cardozo, essencialmente, mas também Luisão), há aqueles que rematam bem fora da área (Lima e Bruno César, é estranho a sua pouca utilização, atendendo ao seu potencial), e ainda há outros que são rápidos nos flancos (Ola John e Salvio). E é precisamente neste capítulo que Jorge Jesus é fortíssimo, ensinando a desfrutar e a tocar, a tocar a pensar no golo, a criar e a marcar. O que tem sido muito bem assimilado pela equipa, se atendermos aos 32 golos marcados na Liga em 12 jogos, o que é muito bom. 
Jorge Jesus tem tido pois muito mérito no percurso do Benfica, não só no crescimento e na venda de jogadores como essencialmente na afirmação da equipa, mas se tudo isto é muito bonito não chega se não for acompanhado pelos títulos que lhe têm faltado. Basta lembrar que Jorge Jesus só ganhou um campeonato no Benfica e esta já é a sua quarta época, e, como todos sabemos, não é possível estar na Luz três anos seguidos sem ganhar a Liga.
Assim sendo, este é o seu ano com uma margem de erro igual a zero, o mesmo é dizer, de toda a pressão, e ele sabe bem disso. Se é para continuar ou não no Benfica só no fim é que se saberá, pois o poder de qualquer treinador depende quase em exclusivo dos resultados. Se Jorge Jesus perder a Liga é preocupante, e se a perder para o FC Porto de Vítor Pereira ainda mais preocupante será se atendermos ao seu orgulho profissional. Portanto, só lhe resta ganhar ou ganhar…"

Demagogia em português

"Se os clubes nacionais têm de apostar em jogadores portugueses, os jogadores portugueses também têm de apostar nos clubes nacionais?
Joaquim Evangelista disse ontem que Jorge Jesus "fala muito e deve praticar mais", quando afirma ter mais confiança nos jovens do clube do que em jogadores como o mexicano Reyes, contratado pelo FC Porto. O presidente do Sindicato dos Jogadores foi mais longe, acrescentando que "no que diz respeito aos jogadores portugueses não bastam as palavras" e que a aposta neles "é uma obrigação de Jorge Jesus e de todos os treinadores portugueses". Ora, Joaquim Evangelista exagera. Por excesso de zelo em relação aos jogadores que representa, certamente, mas exagera desde logo porque, como é evidente, as obrigações de Jorge Jesus e dos restantes treinadores portugueses são, em primeira instância, para com as respetivas entidades patronais.
A obrigação de Jorge Jesus é ganhar jogos e títulos para o Benfica, de preferência apostando no desenvolvimento dos jovens do clube. Se eles forem portugueses, tanto melhor. Depois, se cedermos à demagogia e admitirmos que os treinadores e os clubes nacionais têm a obrigação de apostar nos jogadores portugueses, teremos de perguntar se os jogadores portugueses também têm a obrigação de apostar nos clubes portugueses. Se, por exemplo, em vez de forçarem a saída para mercados mais rentáveis, mas muitas vezes desportivamente menos ambiciosos - como Chipre, por exemplo -, têm a obrigação de aceitar ganhar menos para ficarem por cá e contribuírem para o desenvolvimento do futebol português."

Sem adesão do público futuro será sombrio

"A crise económica e financeira que tem assolado Portugal será, com toda a certeza, responsável por retirar dos estádios muitas pessoas que, em condições normais, gostariam de assistir aos embates da principal competição futebolística nacional. No entanto, essa não será a única explicação para justificar os números registados após as 12 primeiras rondas da Liga.
Como sempre, os dados são consideravelmente afetados pelo facto histórico de só termos entre nós três clubes denominados grandes e – pior que isso – por não existir uma verdadeira identificação entre as populações fora de Lisboa e Porto e os clubes das respetivas regiões. Guimarães e Braga são exceções que confirmam a regra.
Com 95 partidas já realizadas – o V. Setúbal-FCPorto da derradeira ronda foi adiado, devido às más condições atmosféricas que também contribuiriam para uma assistência residual –, a média de espectadores está abaixo dos 10 mil (9.256), um registo que quase todos os clubes das melhores ligas da Europa superam.
Aliás, olhar para as médias de Alemanha (42.109), Inglaterra (35.614), Espanha (29.869), Itália (22.007), França (19.279) ou até Holanda (18.980), chega para ter a certeza de que, em Portugal, a maioria dos emblemas se encontra numa situação que, no futuro, acabará por ter consequências. Como resistirá, por exemplo, um clube como o Nacional que, sem ter muitos associados, apresenta um total de 7.184 espectadores após 6 jogos realizados em casa, à média de 1.197? E não se pense que o caso dos insulares é único. Beira-Mar, Estoril, Moreirense e P. Ferreira também ainda não acumularam 12 mil espectadores, enquanto Rio Ave (13.957) e Olhanense (16.821) estão só ligeiramente acima.
Como tem sido normal, a visita dos grandes funciona como um autêntico balão de oxigénio para a maioria dos participantes na Liga. No entanto, esta época, a má prestação do Sporting está a constituir um problema adicional. É que vendo a equipa render pouco, muitos adeptos leoninos têm desistido de marcar presença nos jogos fora. Os números dizem-nos que em quatro das seis deslocações, os verdes e brancos jogaram em estádios com menos de 4.500 espectadores.
Feitas as contas, o Benfica é o clube com mais assistência no seu recinto e no total dos jogos realizados, enquanto o Sp. Braga é a equipa que reuniu mais pessoas na condição de visitante, muito por culpa de já ter jogado na Luz e em Alvalade. De resto, saliente-se que na última jornada cinco jogos tiveram menos de 1.500 pessoas. Assim, o futuro é sombrio..."

Recorde europeu

"Segundo relata O Jogo, alegadamente o diário mais próximo do FC Porto, o dragão «contabilizou na época 2011/12 encargos monstruosos de quase 18 milhões (17,94) com serviços de intermediação na compra, venda e renegociação de passes de jogadores - um montante superior ao de qualquer clube da Premier League»! Em vez de « monstruosos» eu diria escandalosos. Os números são extraídos do relatório dos agentes de futebol que operam nas cinco maiores Ligas europeias. De facto, se olharmos para o Chelsea de Abramovich, vemos que gastou 107 milhões em compras e pagou seis milhões de comissões; ou  para o Man. City do xeque Mansour que despendeu 62 em aquisições e desembolsou 13; ou para o PSG de emir El-Khelafi que consumiu 146 em reforços e não foi além de 14 em prémios de agenciamento. Como é que se explica, então, este recorde europeu de 18 milhões de um clube português? Será que os agentes com quem o FC Porto trabalha usam tabelas mais caras?
É finito o tempo em que os clubes formavam as suas equipas a partir dos escalões jovens. É finito o Milan de Baresi, Maldini, Costacurta, Albertini, Amobrosini... do mesmo modo é finito o Man. United de Giggs, Xcholes, Beckham, Butt e os irmãos Neville. Não tiveram sucessores porque, depois da sentença Bosman, os clubes seguiram outros caminhos. O Barcelona, pelo contrário, optou pelo rumo que havia conferido sucesso não só ao Milan e Man. United mas também ao Honved, ao Ajax, ao Real Madrid... Recentemente contra o Levante, os 11 jogadores que terminaram a partida provinham todos dos juniores. Sinal evidente de que a formação compensa e o futuro está nela."

Manuel Martins de Sá, in A Bola

Cobaia em Belém

"A facilidade com que a direcção do Belenenses alienou quase metade das acções representativas da “sua” SAD (estrangulada financeiramente) à “Codecity Sports Management”, seguida pelo lançamento de uma OPA (Oferta Pública de Aquisição) sobre as restantes acções susceptíveis de serem alienadas, traz a lume uma das matérias em que a nova lei das SAD que se anuncia deveria ter investido com mais vigor.
É verdade que algo se avança no que respeita à impossibilidade de uma “entidade dominante” de uma sociedade desportiva ter mais do que 10% do capital de outra sociedade desportiva concorrente – isto é, algo a restringir a dimensão da “pluralidade de controlo” de várias SAD pelo mesmo sujeito na mesma competição. E não se deixa de confirmar a regra actual: os accionistas em mais do que uma SAD só podem exercer os seus direitos numa dessas SAD.
Porém, faltou investir na identificação dos sócios (directos e indirectos) das sociedades que adquirem “capital” das sociedades desportivas, de maneira que se possa fiscalizar quem verdadeiramente manda nas sociedades que avançam para o domínio dos clubes-SAD. Aqui reside o instrumento para defraudar as limitações da lei, escondendo-se o “sócio controlador de facto” de várias sociedades sob a fachada de múltiplas outras sociedades em cascata.
O pior cenário é a possível concentração material do “domínio de facto” de várias sociedades desportivas, participantes nas mesmas competições, nas mesmas ou em poucas mãos. O cenário piorará quando essas mesmas sociedades ou sócios “encobertos” (fundos, nomeadamente) são titulares de “direitos económicos” sobre uma panóplia de atletas, dispersos pelos vários clubes dominados ou controlados pelo mesmo “sujeito”… Um perigo à solta!
Por outro lado, ainda, ficou por aprofundar a matéria das “incompatibilidades” e da “suspensão temporária legal” dos administradores e gerentes das SAD, nomeadamente para estabelecer a comunicação entre os comportamentos perpetrados na prova e a função de gestor. É incompreensível, por exemplo, que algumas sanções disciplinares graves infligidas a dirigentes não se repercutam no exercício do seu cargo na SAD: não deveria um administrador suspenso por período igual ou superior a 6 meses ficar inibido de exercer funções no seio da SAD; não deveria a suspensão de administrador, ainda que em diversos processos, por período igual ou superior a 12 meses, ser causa de incompatibilidade para a assunção (ou manutenção) do cargo de administrador?
Talvez na próxima se perceba que é destes assuntos que viverá a credibilidade futura das competições. Talvez…"

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Ainda nada ganhámos

"1. Só deu Benfica no jogo frente ao Marítimo. Poderíamos ter chegado ao intervalo com o jogo resolvido e ainda apanhámos um susto, quando a equipa visitante marcou na primeira (e quase única) vez que foi à nossa baliza na 1.ª parte. Mas voltámos a dar a volta ao marcador, com mais uma excelente exibição. O Cardozo voltou a marcar três, e Matic voltou a ser enorme. Devido ao 'estranho' adiamento do jogo de Setúbal, chegamos ao fim do ano isolados no comando. Mas, como disse Jorge Jesus, embora seja agradável estar na frente, o que interessa mesmo é chegarmos na frente ao fim do Campeonato. Ainda nada ganhámos...

2. Mais uma decisão relativa ao já célebre incêndio provocado pelas claques do Sporting (indirectamente instigadas pela Direcção do clube...) no nosso Estádio há mais de um ano. A Liga considerou o Benfica completamente ilibado de qualquer erro que possa ter havido. Mais: a Liga confirmou a nota positiva dada pela inspecção à caixa de segurança e refere que o atraso na acomodação dos adeptos do Sporting se deveu ao atraso com que chegaram ao estádio. Portanto, tudo esclarecido. Falta o Sporting ser obrigado a pagar...

3. O treinador do FC Porto, na tentativa de contrabalançar as 'defesas' de Alex Sandro, falou no jogo Benfica-V. Guimarães da época passada. Convirá lembrar-lhe que dois dos três penalties assinalados a favor do Benfica foram indiscutíveis, que apenas um mereceu divisão de opiniões mas que houve um quarto lance não assinalado e que seria grande penalidade. Portanto, este exemplo não colhe. Não queiram fazer desse jogo uma lenda à Calabote e por isso sugiro que os benfiquistas comecem a disponibilizar na net imagens desses lances, para que não restem dúvidas...

4. Proeza engraçada. Três atletas do Benfica foram primeiro, segundo e terceiro e ocuparam todo o pódio da S. Silvestre do Porto, em plena Avenida dos Aliados. Desta vez não estavam lá os Super-Dragões...

5. As nossas modalidades continuam em muito bom plano, todas elas a lutarem pelos respectivos títulos. Com uma excepção: o Râguebi (com uma equipa bastante jovem) segue em último lugar na I Divisão, apenas com derrotas, algumas delas copiosas. Paciência. O certo é que o Benfica tem sido o único dos grandes clubes a manter a Secção - com um rico historial - e não podemos desistir. Melhores dias virão certamente."

Arons de Carvalho, in O Benfica

Objectivamente (ladainha)

"Tudo serve aos fanáticos do FêCêPê para se armarem em vítimas, quando na realidade aquilo que eles têm feito nos últimos 30 anos são muitas... vítimas pelo caminho!
MSTavares, o porta-voz do reino azul, vem esta semana no jornal A Bola - a sua tribuna semanal que ele tantas vezes critica! - anunciar as virtudes do Dragão, do seu imaculado presidente, das insuspeitas do adiamento do jogo com o Vitória de Setúbal e lamentar-se dos «ROUBOS» que o FCP é vítima neste e noutros Campeonatos antigos!...
E continua com a ladaínha dos Túneis, a expulsão premeditada de Hulk e Sapunaru, como se aquelas cenas miseráveis captadas pelas câmaras de vigilância onde se vêem agressões destes dois valentes portistas a elementos da segurança fossem pura ficção ou montagem nos estúdios de Hollywood!
Esta gente não se enxerga! Continuam a querer passar impunes, andar acima da Lei e agarrarem-se à legislação que protege os «audazes», os malabaristas e os vivaços que sabem muito de Futebol como ele diz do seu venerável presidente!
Aliás, já no nojento «Apito Dourado» que eles querem que se esqueça rápido, a conversa era a mesma: «Não se incrimina ninguém porque os juízes não admitem gravações como prova»! Não interessa se as vozes são ou não de PC, de árbitros corruptos, de delegados corruptos ou de intermediários corruptos. Isso não interessa! O que interessa é que há um buraco na lei que safa os piratas, os bandidos e os corruptos! Estão sempre prontos para as desculpas de mau-pagador, para as justificações injustificáveis, para os malabarismos que lhes têm dado todo estes protagonismo no Futebol.
Até condenou a presença do presidente do Benfica no balneário do Sporting, como se isso fosse crime! Se as pessoas não são muito desejadas nos camarotes «Vip» mais vale ficar sossegado onde ninguém chateie.
Aliás, é preferível do ficar no banco a fazer pressão sobre os árbitros como o presidente do FCP fez durante anos e anos ao lado dos treinadores do clube azul e bráaanco!"

João Diogo, in O Benfica

De três em três

"De três em três pontos se vai construindo uma cada vez mais sólida candidatura ao título. De três em três golos vai o nosso artilheiro, Óscar Cardozo, convencendo os mais cépticos de se tratar, desde já, de um nome para entrar na mais fina prateleira da história do Glorioso Benfica.
É espantoso como um avançado que, apenas em jogos oficiais, marca 146 golos – dos quais 7 ao FC Porto, 10 ao Sporting, 27 nas provas europeias…- em cinco temporadas e meia (melhor média de sempre atrás de Eusébio e José Águas), não recolhe, ainda assim, a unanimidade das simpatias dos adeptos. Mesmo depois de dois “hat-tricks” consecutivos (um dos quais em Alvalade), talvez haja ainda quem não entenda a forma de jogar do paraguaio – que não assenta em requintes técnicos, toques de calcanhar, sprints inúteis ou dribles para a bancada ver, mas antes naquilo em que consiste a essência do futebol, e faz ganhar jogos: os golos.
Com um sentido posicional notável dentro da área, com movimentos de desmarcação que lhe permitem aparecer repetidas vezes na cara do guarda-redes, com um pé esquerdo fulminante (quer de bola corrida, quer de bola parada), e com uma capacidade de choque sem paralelo no futebol luso, Cardozo é, de longe, o melhor ponta-de-lança que o Benfica teve neste século XXI, bastando recorrer aos números para esclarecer tamanha evidência. Terá sido vítima, a dada altura, de uma injusta comparação com Falcao (o melhor do mundo na actualidade), mas já era tempo de todos perceberem que não é por haver sol que outras estrelas se apagam. Luisão não é Piqué, Aimar não é Messi, e nem Artur será Casillas.
Para a nossa realidade, não me parece crível que possamos ter, nem agora, nem num futuro próximo, um goleador com tão elevado grau de eficácia a comandar o nosso ataque. Vibremos pois com os golos de Tacuára, sabendo que no dia em que nos deixar, a saudade irá fazer com que finalmente todos compreendam aquilo que perderam. É que, em futebol, o que parece fácil é, quase sempre, o mais difícil."

Luís Fialho, in O Benfica

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

E a águia voou na direcção da Índia...

"Na manhã de sexta-feira, dia 6 de Maio de 1960, uma delegação do Benfica partiu em direcção da coroa do velho Império português. Nunca outra equipa arriscaria tal destino...

O Benfica na Índia !!! Assim mesmo, com três ponto de exclamação. Era uma embaixada, dizia-se. E comportava-se como tal. À chegada apresentou credenciais. Isto é, foi recebida pelo governador-geral, brigadeiro Vassalo e Silva, esse mesmo, que se viu obrigado a render-se, já então general, à frente de um exército de 3 mil homens cercados por 40 mil indianos em Dezembro de 1961. Salazar exigiu que se batessem até à morte; Vassalo e Silva deixou que o bom-sendo falasse mais alto: foi expulso das Forças Armadas Portuguesas. A 'Operação Vijay', levada a cabo pelo Exército da União Indiana arrancou dos dedos portugueses alguns dos últimos anéis do Império: Goa, Damão, Diu, os enclaves de Gongolá e Simbor (os Dadrá e Nagar Haveli já tinham sido perdidos em 1954) e a ilha de Anjediva. Desaparecia, desta forma a Índia portuguesa.
Mas antes disso, em Maio de 1960, o Benfica estava lá, desbravando, como sempre, novos rumos. Chefiava a comitiva que foi ao palácio cumprimentar o governador, o engenheiro Fagundes Saraiva. E viajaram os seguintes jogadores: Malta da Silva, Palmeiro, Vieira Dias, Peres, Mendes, Espírito Santo (o Alfredo), Ramalho, Alfredo Bastos, Sidónio, Inácio, Marques, Jurado e Zézinho. O treinador era Fernando Caiado.
Percebe-se que não era o Benfica na sua força máxima. Nem podia. Na Metrópole, como então se dizia, Costa Pereira, Mário João, Ângelo, Neto, Cruz, Cavém, Coluna, José Augusto, Santana e Águas disputavam as últimas jornadas do Campeonato. Mas os próprios indianos tinham requerido ao Benfica que fizesse deslocar uma equipa menos forte, tal era a diferença de qualidade do Futebol que se jogava na Índia portuguesa.

Vitórias por entre as palmeiras
Talvez os resultados não sejam de superior importância, como não foram. Era uma viagem de festa e de descobrimento: nunca uma representação do Futebol português atingira Goa. O governador lançou-se num discurso poético de boas-vindas: '(...) Tenho a certeza de que este convívio contribuirá para que a ideia do Portugal uno mais se vincule, pelo conhecimento das terras portuguesas. Vós, rapazes, podereis contar um dia aos vossos filhos e netos que visitaram uma terra de lindos rios e palmeiras, onde há cinco séculos se escreveu uma das mais gloriosas páginas da História de Portugal. (...)'.
E assim o Benfica escrevia, também ele, uma das mais brilhantes páginas da sua história de Clube do Mundo.
Em Margão, no Estádio de Fatorda, hoje rebaptizado de Estádio Nehru, o Benfica começou por bater uma Selecção Militar, por 2-1, golos de Peres e Palmeiro, com Alves a conseguir marcar o golo de um tão breve quão surpreendente empate. O estádio encheu-se. Havia a grande curiosidade de ver o Benfica, mesmo sem muitas das suas estrelas. Bandeiras encarnadas surgiram espontâneas um pouco por todo o lado. Uma foto de ambos os conjuntos segurando uma bandeira nacional ficou famosa.
Entre jogos, sucediam-se as visitas: Vasco da Gama, o porto de Panjim, Mormugão, Salcete. Igrejas caiadas erguendo-se no meio de um mar de palmeiras, praias douradas, florestas de cajueiros, coloniais casas de madeira de varandas amplas.
Vitória sobre uma Selecção de Goa, novamente em Margão, 4-0 (Mendes 2, Vieira Dias e Espírito Santo); outra vitória em Vasco da Gama, contra um Misto de Goeses, 1-0 (Espírito Santo). O Benfica saldava a sua aventura sem mácula.
O convite, levado a cabo pelo Conselho de Educação Física da Índia Portuguesa desencadeou um sucesso popular no território. O engenheiro, Fagulha Saraiva, confirmava a especificidade do convite: 'Foi-nos pedida uma equipa secundária porque o nível técnico do Futebol da nossa Índia não justificava a presença da equipa principal'. Nada parece ter mudado a partir de então, seja a Índia portuguesa ou nem por isso. E depois entusiasmava-se. 'É um pormenor sem importância. É a primeira vez que um Clube da Metrópole desloca uma representação de Futebol à Índia portuguesa. Isso já é motivo suficiente para nos sentirmos invadidos de uma satisfação sem limites!'.
A delegação 'encarnada' passeou pelas ruínas de Velha Goa, pela fortaleza de Aguada, pelas praias de Calangute e de Colva...
Na manhã de 6 de Maio de 1960, a águia voou na direcção da Índia. Para ela o céu nunca pode esperar."

Afonso de Melo, in O Benfica

domingo, 23 de dezembro de 2012

Meia-"remontada" !!!


Corruptos B 2 - 2 Benfica B

Parece que o vicio da equipa principal está-se a 'pegar' à equipa B !!! Dar de avanço parece ser moda - desta vez exageraram, e aos 15 minutos perdíamos por 2-0 -, e depois vamos atrás do prejuízo!!! Só faltou mais um golinho para a reviravolta ser total... Mas como jogámos os últimos 15 minutos com 10 jogadores, os miúdos estão perdoados - até parecia mal o Benfica terminar um jogo contra os Corruptos com 11 jogadores!!!!

Ninguém merece uma coisa destas

"O agravamento da doença de Tito Vilanova, treinador do Barcelona, lançou um manto de bondade e de altruísmo sobre o futebol espanhol. Silenciaram-se os desvarios das últimas semanas interpretados pelos suspeitos do costume em prol dos ódios do costume.
O Real Madrid e José Mourinho não demoraram a fazer chegar a Vilanova os seus votos de recuperação e, por uns quantos dias – quantos? –, o incomensurável valor da vida vai colocar os valores da bola no local onde pertencem, no recreio: trata-se apenas de um jogo, são 90 minutos de entretenimento e nada mais.
Ver rivais a trocar votos de felicidade e de comiseração não é muito comum na nossa cultura. E só um acontecimento trágico, uma doença, uma morte, um colapso, faz baixar as armas entre adversários históricos. Mas porque a malta do futebol é muito criativa há um modo corrente de desejar o bem com segunda e malévolas intenções. O último sorteio das competições europeias suscitou sentimentos do género entre os adeptos do Benfica e do FC Porto. Os do Benfica fazem votos para que o FC Porto elimine o Málaga para que se continue a cansar no estrangeiro e não se apresente folgado na segunda volta do campeonato. Os adeptos do FC Porto desejam muito que o Benfica passe o Bayer Leverkusen pelo mesmo conjunto de malévolas razões. No fundo, mentem a si próprios porque o futebol vive-se dia-a-dia e é sempre estimulante a hipótese de ver o rival espalhar-se na Europa à conta de um adversário de créditos inferiores.
Os rivais são assim: desejam-se o pior. Contudo, há sempre variantes. Já ouvi a muitos sportinguistas que o que mais lhes dói neste momento único do seu clube é ter de ouvir os rivais do Benfica e do FC Porto dizer que “o Sporting faz falta ao futebol português”. Porque bondade a meias com hipocrisia é coisa que não existe e porque só um drama de verdade pode unir os corações dos adeptos. E é por esta razão que, por uma vez de acordo, sportinguistas, benfiquistas, portistas e os demais, olharam com igual espanto e choque o drama de verdade que é a primeira página da última edição do jornal oficial do Sporting: a insólita mensagem pascal de bom Natal de Godinho Lopes, fotografado no papel de Cristo na última ceia. Ninguém merece.

ERRAR É HUMANO
Não se pode tratar os árbitros por tu
A APAF veio exigir ao Conselho de Disciplina da FPF que reabra o caso Cardinal depois de tornado público o relatório do Ministério Público contra o ex-vice-presidente do Sporting, Paulo Pereira Cristóvão, acusado de sete crimes que nos abstemos de descrever. É desnecessário e de mau tom julgar Pereira Cristóvão na praça pública quando vai ser julgado pelos tribunais. A questão que nos prende é outra. É esta: como pode o órgão disciplinador oficial do futebol português ter metido na gaveta um caso em que, entre outros pormenores, através das manigâncias de um dirigente desportivo se tentou falsamente subornar um fiscal-de-linha?
No meio desta trapalhada há uma boa notícia para os sportinguistas: num mundo em que, em todas as áreas de actividade, os grandes recebem sempre melhor tratamento do que os pequenos, o Sporting, apesar das suas mil crises, continua a ser um “grande” do futebol português com direito a reverências. Com os pequenos, em matéria de árbitros, a música é completamente diferente. Ainda esta semana o Conselho de Disciplina da FPF manteve a suspensão por um mês a um dirigente do Arouca, Joel Pinho, por ter dito “só vês azul” ao árbitro do jogo Arouca-FC Porto B. Haja respeito. O que é isso de tratar o árbitro por tu? 

POSITIVO
Óscar perigoso
Cardozo está, provavelmente, no seu melhor momento de forma desde que chegou ao Benfica. Contra o Marítimo assinou um “hat-trick” e ultrapassou a barreira dos 100 golos em quatro anos na Liga portuguesa. 

Mister Fonseca
Está a ser notável o percurso do Paços de Ferreira sob o comando do jovem técnico português Paulo Fonseca. No campeonato e agora na Taça da Liga: arranque com uma vitória em Vila do Conde. É obra. 

NEGATIVO
Sérgio sofre
Sérgio Conceição tem feito milagres com o que tem à disposição em Olhão mas, pelos vistos, já não aguenta mais contrariedades ao seu projecto. No fim do jogo com o Benfica foi bem explícito sobre o assunto.

PÉROLA
“Jesualdo é o treinador de todas as equipas do Sporting.”, GODINHO LOPES
Foi esta a maneira simpática, ainda que rebuscada, que o presidente do Sporting inventou para explicar que o estatuto de Vercauteren tinha mudado no clube. Há uma nova hierarquia em Alvalade protagonizada por Jesualdo Ferreira. A esta hora pensa-se que o belga já terá sido avisado."

A palhaçada

"É outra vez a palhaçada do costume. Tendo terminado há dias o prazo para que os clubes das competições profissionais de futebol apresentassem os comprovativos da regularização dos pagamentos dos jogadores, continua a sobrar o silêncio oficial sobre o assunto.
Seis meses depois de iniciada a época desportiva, o que aconteceu em julho último, são conhecidos vários casos de incumprimento em qualquer das divisões tuteladas pela Liga. Não vale a pena citar nomes, o povo do futebol conhece-os, alguns são tão repetitivos quanto o badalo da Torre dos Clérigos, mas, nestas alturas, como que por milagre, os gabinetes lá vão conseguindo as necessárias assinaturas para scapar à malha legal, que prevê perda de pontos.
A palhaçada está bem tipificada: jogadores e outras entidades declaram sob juramento de honra que nada lhes é devido, recebem em troca cheques pré-datados (quanto isso...) e toda a gente fica bem na fotografia. Até a Liga. Porque é Natal e ninguém quer bolo-rei estragado.
Há ordenados em atraso na Liga e na 2.ª Liga. Infelizmente, em seis meses possíveis, há quem tenha apenas visto um ou dois recibos mensais depositados na conta. De norte a sul, do interior à orla marítima, uma mão cheia não basta para albergar os clubes caloteiros. Mas, perante o notário, está tudo bem e recomenda-se. O que a Liga agradece, sem se dar ao trabalho de investigar, de recolher outros testemunhos e... esclarecimentos.
Esta é talvez a maior mentira do nosso futebol. E, pelo visto, tem pernas para muitas maratonas e pulmão vitalício à prova da Lei.
A Liga, que já pouco representa nas estruturas do jogo, e que por esse motivo se deveria centrar nas questões de fundo, continua com a obsessiva tentação dos inexistentes milhões dos direitos de transmissão televisiva e não quer saber se os documentos recebidos estão em conformidade. Nada mais interessa. O resto está blindado pela corporação patronal e não passa para o contencioso.
Mas não haverá uma forma de acabar esta palhaçada?!..."

Paulo Montes, in A Bola

De Godinho Lopes

" «Em 2000 fomos campeões com Duque e Freitas, e não foi por acaso. Havia espírito, objectivos claros. Voltaremos a ser campeões» 28 Fevereiro 2011
«Domingos é um treinador de sucesso e que conhece a realidade do futebol português» 23 Maio 2011
«Houve acordo com José Couceiro. Era preferível ele sair» 9 Junho 2011
«A saída de Domingos não faz sentido» 12 Fevereiro 2012
A saída de Domingos foi uma decisão do Sporting. Agradeço a Domingos ter dado o melhor que sabia» 14 Fevereiro 2012
«O Sporting informa que o vice-presidente Paulo Pereira Cristóvão solicitou ao presidente do Conselho Directivo a suspensão de mandato, a qual foi aceite» 12 Abril 2012 (comunicado)
«Após ouvir o vice-presidente Paulo Pereira Cristóvão, decidiu-se que este reassumiria funções» 17 Abril 2012 (comunicado)
«Sá Pinto deu alma» 26 Maio 2012
«Fica Oceano. Faz parte da casa. Os jogadores sabem o líder que têm no balneário. Estas declarações servem para que Oceano se sinta treinador principal do Sporting» 16 Outubro 2012
«Vem a Sporting SAD informar ter acordado com Luís Duque a cessação de funções como administrador desta sociedade. Mais se informa ter sido acordada a saída do director Carlos Freitas» 22 Outubro 2012 (comunicado)
«Scolari foi um nome ponderado, sim. Com a escolha de Vercauteren, temos de assumir para onde iremos, a área da formação» 25 Outubro 2012
«Queremos ir à Champions» 10 Novembro 2012
«Inicialmente falei com José Couceiro para estas funções, numa altura em que Jesualdo Ferreira não estava disponível. A casa começou a ficar arrumada e avançámos para Jesualdo Ferreira. Há o propósito de regressar à Liga Europa» 16 Dezembro 2012"

Miguel Cardoso Pereira, in A Bola

sábado, 22 de dezembro de 2012

Vitória no Pico...


Candelária 2 - 6 Benfica

O Candelária esta época não está tão forte, os resultados provam-no, mas contra o Benfica normalmente todos jogam bem!!! Felizmente esta noite o Benfica não deu hipóteses, entrou bem com 2 golos de rajada, e depois soubemos controlar, aumentando a vantagem... O Ricardo Silva foi importante ao defender um penalty, e um livre directo, e perto do final do jogo até conseguimos marcar um livre directo, pelo Tuco, algo em que nos últimos jogos, temos estado desastrosos!!! Vitória importante, já que o próximo jogo do Campeonato, é a recepção aos Corruptos...