"Fechado que está 2011, importa olhar para 2012, e para aquilo que dele podemos esperar.
Como o presidente Luís Filipe Vieira muito bem diz, 2012 será um ano-chave para o Benfica. Nos próximos doze meses serão fechados alguns dos mais importantes dossiers que estão sobre a mesa, e é provável que daqui por um ano estejamos num quadro contextual bastante distinto do de hoje, designadamente no que respeita à composição das nossas receitas. É no cruzamento entre a consumação de negócios absolutamente vitais, e a evolução da crise económica - que nos transcende, mas que também nos afecta -, que se escreverá o futuro próximo do Benfica. É também nesse campo, o financeiro, que se joga a dimensão das nossas ambições para os anos vindouros. Um grande Clube europeu, crescendo no sentido de se aproximar dos principais colossos do 'Velho Continente', e de se reencontrar com o seu passado glorioso, é aquilo que queremos. É nesse comboio que viajamos, e não nos iremos certamente deixar apear.
No plano estritamente desportivo, o grande objectivo de 2012 será a reconquista do título nacional. Afastados da Taça de Portugal; com uma Taça da Liga de prestígio ainda insípido; com legítimos sonhos, mas poucas possibilidades concretas de ir até ao fim na luxuosa Champions o Campeonato é, e será, o critério principal, para não dizer único, de sucesso ou insucesso na temporada que corre. Se formos Campeões Nacionais, 2012 será, seguramente, um excelente ano de benfiquismo. Se não formos, muito dificilmente escaparemos à angústia de uma época perdida. É um desafio de tudo ou nada que deveremos saber assumir, com responsabilidades, e com a confiança e a autoridade de quem trabalha nos limites.
Na Europa temos história, temos nome, e também temos esperança. Mas não creio que possamos exigir demasiado de uma prova onde está a nata do Futebol mundial. Chegar aos quartos-de-final é o objectivo realista que podemos hoje colocar. O resto se verá, sendo que o pássaro doméstico jamais poderá ser largado da mão."
Luís Fialho, in O Benfica