quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

De Todos, Um



Tenho seguido o Vitórias e Património religiosamente, nada mais do que a minha obrigação... serviço público de altíssima qualidade... ontem o programa sobre a fundação do Sport Lisboa e Benfica merece uma avaliação positiva, mas (e este é um 'mas' sentido!!!)... o nosso lema 'E Pluribus Unum', merecia uma interpretação mais 'cuidada'!!! Não ficava mal, fazer-se uma rectificação nas reposições do episódio... a repetição de uma mentira pode transformar-se numa verdade!!! O lema do Benfica não tem nenhuma ligação a qualquer conto sobre Mosqueteiros.



De Todos, Um






PS: Até pode ter havido outras imprecisões, mas esta doeu!!!

No rescaldo da Champions

"Terminada a fase inicial da milionária competição europeia, algumas curiosidades e um desejo:

1. Este ano, a Liga dos Campeões transformou-se quase numa Liga dos Não Campeões. Ficaram de fora dos oitavos-de-final muitos clubes que haviam ganho os seus campeonatos. De entre eles, e além do Porto, o Manchester United, o B. Dortmund e o Lille (que nem à Liga Europa vão), o Ajax, ou mesmo o Olympiakos e o Shakhtar.

2. Dos 16 apurados, só 5 ganharam os seus campeonatos: o Barcelona, evidentemente, o Milan, o Zenit e... os outsiders Basileia e APOEL!

3. Assim, a Liga Europa Orangina vai ter muitos campeões domésticos... Como escreveu Vítor Serpa, é «uma Europa do avesso».

4. Nos 96 jogos efectuados a média de golos por jogo foi de 2,7, tendo havido apenas 7 jogos sem o sal que os condimenta.

5. Duas equipas (das 32) - Barcelona e R. Madrid - marcaram 39 golos (15% do total) e as melhores defesas foram as do Real Madrid (2 golos), Benfica e Marselha (4 golos). Curioso, o facto de o Benfica ter sofrido 0,66 golos por jogo quando na Liga sofreu 1 golo por jogo nas primeiras 10 jornadas. Problemas de concentração?

6. Não perderam jogos apenas o R. Madrid, Barcelona e Benfica e entre os que não pontuaram está o Villareal!

7. De um modo geral, os erros de arbitragem não condicionaram as classificações. A excepção foi a de Jorge Sousa no Ajax-Real Madrid, onde foram anulados dois preciosos e válidos golos holandeses. Se a isto juntarmos a displicência(?) do Zagreb frente ao Lyon...

8. Quanto ao sorteio, arrisco a minha preferência: o Milan. Por duas razões: não acho que seja equipa superior à do Benfica e se ultrapassá-los é motivante, ser eliminado não é traumatizante."


Bagão Félix, in A Bola

O ridículo tem limite

"Disse-o na altura e repito-o agora: o grande problema do FC Porto, em termos de produtividade/competitividade, tanto em Portugal como na Europa, seria, como foi, a saída de Falcao. Viu-se na Champions e na Taça e vai ver-se na Liga Sagres. A escolha do treinador, crassa e supinamente errada e foco de permanente instabilidade no seio da equipa, também é grave, mas ainda não teve os efeitos devastadores da dispensa do colombiano. Agora, fala-se muito na venda de Álvaro Pereira, Rolando e Fernando, cujas receitas serviriam de balão de oxigénio para libertar a tesouraria do sufoco de liquidez em que vive. Foi a ruinosa gestão da SAD que conduziu a esta asfixia financeira do clube, embora os seus administradores se auto-remunerem como profissionais altamente qualificados. O ridículo também tem limite. Alguém compreende - vai a época a meio - que ainda ninguém saiba o que valem Danilo e Alex Sandro que no Verão passado custaram, em conjunto, quase 30 milhões de euros?

Em Itália quem distribui as verbas consignadas no Orçamento para o movimento desportivo é o Comité Olímpico. Em 2012, a austeridade vai obrigá-lo a repartir pelas respectivas federações menos 38 milhões de euros, i.e., menos 20 por cento em relação a 2011 (150 milhões em vez de 188). O futebol, que sempre recebeu a maior talhada (cerca de 40 por cento), é a modalidade que sofre o maior corte (63 milhões em vez de 79). Não surpreende que a crise se tenha lá instalado e prometa ficar por muitos anos. Reparem nestes indicadores: é o país com a idade de reforma mais baixa e com as pensões mais altas, que absorvem 14,1 por cento do PIB, mais 2 do que a França e mais 4 do que na Alemanha! Belas perspectivas."


Manuel Martins de Sá, in A Bola