domingo, 20 de novembro de 2011

Inspiração Davi(na) !!!

Olivais 1 - 4 Benfica
Davi(3), Vitor Hugo



Jogo complicado: primeiro remate do Olivais deu golo!!! Bolas nas barras, muitos remates de longe. Até que o Davi resolveu abrir o 'livro': grande golo de calcanhar (ao segundo poste, como manda as regras. Estranho, o Benfica, quando remata, raramente colocar um jogador ao segundo poste); grande golo de 'bico'; grande golo, com um remate 'à Cardozo' com o pé direito!!! Tivemos alguma sorte durante o jogo, já que defensivamente estivemos mal, deixámos demasiadas vezes o Olivais aproveitar as costas da nossa defesa alta, a rectificar...

Misturas !!!

Hoje, a meio da tarde, na minha santa terrinha, tudo estava calmo, até que apareceu um grupo colorido, com pronuncia acentuada, com novos e menos novos, homens e mulheres, gente de grupos organizados e outras nem por isso, mas tudo na paz dos anjos... era a comitiva Bracarense a caminho do Alvalixo (ainda estive para perguntar se havia algum electricista na comitiva, mas não fui a tempo!!!)... Foi só uma paragem para esticar as pernas... Portanto tudo normal. Mas lá no meio dos cachecóis, e das camisolas vermelhas, houve uma cor que me encadeou o olhar!!! Pois é, um casaco azul, com o sinonimo de Corruptos escrito nas costas!!! E não era um casaco normal, usado por uma pessoa qualquer, era claramente um produto usado exclusivamente pelos subordinados do Macaco!!!

Tudo normal, provavelmente um dos distribuidores de bolas de golfe!!!

O Maior

"Luís Filipe Vieira foi judicioso. 'Eusébio está acima de todos, está também acima de mim'. O presidente do Benfica homenageou, através de uma frase simples, mas de grande conteúdo substantivo, o melhor jogador português de todos os tempos, a mais emblemática figura do historial centenário do nosso Clube.

Por ocasião do lançamento da obra 'Eusébio Enciclopédia', excelente trabalho assinado pelo jornalista Afonso de Melo, Luís Filipe Vieira, não apenas com o peso institucional que possui, disse o que todos poderiam e deveriam dizer. Eusébio, património singular do Benfica, é o maior motivo de orgulho numa longa e tantas vezes vitoriosa trajectória vermelha.

Com aquele traço de humildade que lhe é apanágio, sempre que ocorre uma homenagem pública ou privada, Eusébio agradece invariavelmente ao Clube. 'Devo tudo ao meu Benfica', já o declarou pela enésima vez. A gratidão é um dos sentimentos mais bonitos, jamais refutado pelo maior goleador português de sempre.

Eusébio orgulha-se do Benfica, o Benfica orgulha-se de Eusébio. Dito de outra forma, Eusébio é Benfica, Benfica é Eusébio.

Quantos clubes a nível internacional podem exibir como sua uma personalidade do jaez de Eusébio no universo do Futebol? Poucos, muito poucos. E em termos nacionais? Nenhum, rigorosamente nenhum.

A importância de Eusébio não pode ser subestimada, não pode ser questionada. Eusébio, anos a fio, foi todos nós. Eusébio anos a fio, fez por nós aquilo que mais ninguém fez. Eusébio continua a ser uma referência primacial, uma referência inigualável. Por isso, como bem precisou o presidente Luís Filipe Vieira, 'Eusébio está acima de todos'. O trono não vagou, o trono não vagará."

João Malheiro, in O Benfica



PS: Na sequência das declarações do King desta última semana, primeiro sobre os Lagartos e depois sobre o Palhacito Alan, a comunidade Lagarta (com raríssimas excepções) tem reagido da forma mais rasteira possível (aliás outra coisa não seria de esperar!!!). No meio de tanta nojeira, sou obrigado a realçar o texto do vagabundo intelectual Ernesto n'A Bola: usando uma prosa pseudo-comíca, pseudo-intelectual, historicamente ignorante (como é tradicional!!!), tenta minorar a figura do nosso Eusébio da Silva Ferreira... Não tem a coragem de o dizer directamente, mas usa indirectas, cobarde até ao fim... Um digno Lagarto Porco Mentiroso, cada um tem o que merece, nós temos o King, eles têm o Ernesto!!!

Preto e branco

"1. Ainda o Sp. Braga-Benfica da semana passada e mais um episódio lamentável: o das acusações de Alan, aquele mesmo jogador que tocado no peito por Javi García no jogo da época passada, se rebolou no chão agarrado ao pescoço, levando o árbitro a expulsar o nosso jogador. Alan acusou Javi de lhe ter chamado 'preto de m...'. E, à Renascença acrescentou: 'Não sou preto. Sou negro com muito orgulho.' Nunca mais me esqueci de uma conversa tida com o meu antigo colega no Atletismo do Benfica, Rui Mingas, há uns 45 anos. Já não me lembro a que propósito, disse-lhe que ele era negro. E ele respondeu-me, prontamente: 'negro não, sou preto; e tu és branco'. Que é como que diz: eu sou preto, tu és branco, tal como este é alto e aquele é baixo. Nascemos assim e não há diferenças.' Não sei se acrescentou ou não, mas estava implícito: '...e tenho muito orgulho em ser preto, tal como tu te deverás sentir bem em ser branco.' Esta conversa aconteceu no Portugal de Salazar. Nunca mais a esqueci. E estas tristes declarações de Alan fizeram com que a voltasse a recordar.

2. Realizou-se esta semana o último jogo da Selecção do mandato deste elenco federativo, que em breve será substituído. Com a sua saída, Amândio de Carvalho deixa cargos na FPF. Ele voltou a ter que dar a cara nos momentos maus, em virtude da doença do presidente Gilberto Madaíl. Lamentavelmente, e a (des)propósito, foi muitas vezes recordado o caso-Saltillo, em que Amândio de Carvalho foi vítima da incúria do presidente de então, Silva Resende, que sucessivamente adiou o diálogo com os jogadores e depois não apareceu no México quando se impunha a sua presença, deixando a 'batata quente' nas mãos do saudoso José Torres e de Amândio de Carvalho. Depois, Silva Resende 'vendeu-se' à Associação do Porto para se manter no cargo, à custa da 'cabeça' de alguns dirigentes. Foi o princípio do estado a que chegou o Futebol português.

3. Dá-me gozo sempre que leio notícias sobre o desesperado esforço dos dirigentes do FC Porto em 'despachar' o Cristian Rodriguez, que há três anos, para o desviarem da rota do Benfica, lhes custou sete milhões de euros e mais um ordenado milionário, ao nível dos mais caros. Foi um 'flop' completo. Está a chegar ao fim do contrato, o clube está em risco de nada lucrar com a sua saída e agora, diz-se, está disposto a cedê-lo por três milhões."


Arons de Carvalho, in O Benfica

Presente futuro

"Ainda bem que o mister reafirmou como propósito do Benfica «ter mais jovens formados no Clube» e que o fez na sequência de alertas sucessivos do presidente para a tempestade financeira que aí vem. O Benfica tem um plantel consideravelmente jovem - média de idades de 23,4 anos - mas hoje pensar no futuro implica ter os pés assentes na terra e fazer contas, não de mercearia, mas no âmbito de uma economia moderna e aberta, num sector de enorme e nem sempre leal concorrência. O plantel de uma grande equipa como é o Benfica é uma realidade de geometria variável: saem uns, levados pelo mercado e pela necessidade de equilibrar despesas com receitas, entram outros, não sendo razoável imaginar o Benfica a fazer aquisições milionárias. Aliás, o Clube tem sido mestre na arte da contenção e do equilíbrio, através da valorização. Em duas épocas sucessivas o Clube vendeu alguns anéis, realizando receitas de vulto, mas não desfez a equipa. E aí está um Benfica, reforçado, a dar cartas em todas as competições.

No passado fim-de-semana, futebolistas do Benfica brilharam em relvados de diversos continentes. Mas, sem desprimor, permitam-me que destaque as prestações, nas respectivas selecções Sub-21, de Nélson Oliveira e de Rodrigo Moreno. Esta dupla atacante confirmou-se como arma mortífera nas selecções de Portugal e Espanha em partidas de qualificação para o Europeu do escalão: hat-trick do espanhol em dois jogos sucessivos, bis do português, frente à Moldávia, confirmando as razões que levaram a revista Tuttosport a nomeá-lo para o prémio de melhor jovem futebolista do ano. E é caso para dizer que, de onde este veio, há mais prontos a sair.

Temos em campo o Benfica do presente com vista para o Benfica do futuro."


João Paulo Guerra, in O Benfica

O lamaçal

"A Selecção da Federação Portuguesa de Futebol foi obrigada a jogar num campo de futebol bósnio que tinha um relvado num estado miserável e, para o piorar, os malvados bósnios até ousaram regar os poucos tufos de relva antes do jogo.

Não houve alma ligada ao futebol luso que não se tivesse indignado. Todos foram profícuos na adjectivação da situação: vergonhoso, ultrajante, inaceitável… Todos, sem excepção, condenaram o crime de lesa futebol, lesa verdade desportiva e lesa virilidade lusitana que os bósnios perpetraram. Houve jornalistas e opinadores que se revoltaram contra o facto de a Direcção da FPF se revoltar apenas nas entrevistas e não se revoltar formalmente, em documento próprio e enviado à UEFA, FIFA, ONU e Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. O Madaíl, antes que os indignados o atolassem no lamaçal bósnio, lá preencheu a papelada e, formalmente, lavrou protesto. Os indignados suspiraram de alívio e o Madaíl também. Jogaram, mas jogaram sob protesto. Foi comovente ver tamanha indignação, tamanha revolta e tamanha luta pela dignidade que deve ser inerente a qualquer partida de futebol.

Assim, percebemos todos que um ervado mal semeado e abundantemente regado é, obviamente, algo de inaceitável para quem manda no futebol português e para os jornalistas desportivos lusos. Pelo contrário, apedrejar selvaticamente um autocarro com os futebolistas lá dentro, obrigar a equipa adversária a equipar-se fora do balneário, agredir os jogadores adversários com bolas de golfe durante os jogos, interromper sucessivamente um jogo com apagões de luz, receber árbitros no domicílio na antevéspera de um jogo, oferecer prostituas a árbitros depois dos jogos ou aliciar futebolistas adversários com futuros contratos… são práticas consideradas normais.

Abençoado futebol bósnio."


Pedro F. Ferreira, in O Benfica