segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Lixívia Extra-Forte VI

Tabela Anti-Lixívia Extra-Forte:
Benfica.......14 ( 0)...14
Corruptos...14 (+3)...11
Braga........14 ( +3)...11
Sporting....11 ( 0)...11




Para grande surpresa minha (e da grande maioria...) nesta semana não houve erros graves de arbitragem, com influência nos resultados... O observador que a UEFA mandou para o Dragay, foi 'acusado' por muitos Benfiquistas, de ser o principal responsável por esta raridade estatística (não ter havido roubos de igreja!!!), pessoalmente, como afirmei antes do jogo, acho que o Jorge Sousa, ficou 'magoado' com a 'espera' que teve em sua casa (com a família presente), após o Leiria-Benfica em 2009, tendo-se 'afastado' da Camorra desde aí... é um afastamento relativo, porque não passou a prejudicar o seu Clube de coração (nem a beneficiar o Benfica...), mas pelo menos deixou de ser tão descarado, passou a ser mais 'moderado'... como nós sabemos, às vezes, as comadres zangam-se!!! (nem que seja ligeiramente!!!)...
No jogo do Dragay não houve de facto 'casos' graves, mas não deixou de existir as habituais ajudas 'subliminares'!!! A primeira parte acabou com 14 faltas contra o Benfica, e 2 a favor!!! Este número é esclarecedor, quando se fala que os Corruptos dominaram a primeira parte, muito desse 'domínio' deveu-se a este critério torto (mesmo assim o jogo acabou com 51% contra 49% na posse de bola!!! 4 oportunidades claras de golo, contra 3!!! A avalanche Corrupta não passou de uma ilusão!!!). Obviamente as más representações teatrais dos jogadores Porcos Azulados, ajudaram à festa, mas o árbitro não tinha que ser tão 'ingénuo', por exemplo logo no início do jogo, após um mergulho descarado do Fuzil, transforma um pontapé de canto favorável ao Benfica, num livre 'contra', por suposta falta do Gaitán!!! Este lance é um excelente 'resumo' do que se passou na primeira parte. Pouco depois, após mais um mergulho do Guárin, deu Amarelo ao Javi, e ao Luisão por protestos...!!!
No primeiro golo Corrupto, a falta do Maxi existe, é uma faltinha com o braço, o facto do Álvaro Pereira ter desistido do lance, ajudou à 'festa', mas o contacto existe...
Mas o grande destaque deste jogo foram as simulações dos jogadores dos Corruptos, Além do Fuzil, o Varela, o Guárin, o Kléber, o Hulk, entre outros, fartaram-se de atirar para a piscina... não é nenhuma novidade, mas desta vez exageraram. Foi ainda mais notório, porque este comportamento, não foi seguido pelos jogadores do Benfica. Por exemplo o Maxi, depois de levar uma cabeçada do Givanildo, não se atirou para o chão...!!! Respondeu à Benfica: com um sorriso!!!
Infelizmente os vídeos com o Circo do Dragay, como seria de esperar já foram bloqueados, pois as simulações mereciam ficar em arquivo... de todas, a mais discutida, deu inclusive para os Brasileiros gozarem com o Futebol Português!!! De todas as frases escritas sobre o lance entre o Fuzil e o Cardozo, aquela que melhor descreve os acontecimentos foi feita pelo 'nosso' Jotas na Catedral do Desporto: «...mas só apetece dizer que levou um pontapé no rabo com tal violência, que só lhe saiu merda pela boca.». Além das possíveis discussões 'desportivas', o comportamento do Fuzil (simulações, declarações), do Givanildo (cabeçada, e declarações) e do treinador, são bem demonstrativas da falta de carácter desta gentalha... É caso para dizer, que o cuidado, que o Cardozo teve para não cair em cima do Fuzil, foi totalmente desnecessário, para a próxima, é 'ferrar' os pitons, na 'descendência' do Fuzil, talvez ele fique com uma sonoridade diferente na voz!!!


Relembro que este 'caso' só é 'caso', para desviar as atenções sobre a intranquilidade dentro da casa dos Corruptos, e as 'acusações' que começam a 'cair' em cima do Vitinho Adjunto!!!


Ainda mais vergonhoso que as declarações no final do jogo, obviamente concertadas, dos responsáveis e jogadores Corruptos (chegando ao ridículo de 'acusar' o Benfica de jogar para o ponto!!!), foi o alinhamento dos Programas de Paineleiros de Segunda-feira!!! Num jogo praticamente sem casos (tirando as simulações constantes dos jogadores Corruptos), tiveram que inventar faltas, cartões, expulsões... hoje, conseguiram baixar ao cumulo do ridículo, até os paineleiros Lagartos admitiram o ridículo dos pseudos-casos!!! Obviamente os erros contra o Benfica foram censurados, mais uma vez...


Concluindo, na primeira edição da Lixívia, este jogo seria classificado com 'nada a assinalar de significativo', mas como acabei com essa categoria, fica: Nada a assinalar!!!








Não vi os jogos dos Lagartos, nem do Braga, mas em ambos os casos, parece não ter existido lances complicados, pelo menos ninguém se queixou...!!!




Uma nota para algo que aconteceu em Olhão: a maneira como foi tratado do Salvador Agra após ficar inconsciente, é inacreditável!!! Nem num país do 4º Mundo, se trata uma pessoa inconsciente, com uma lesão desconhecida, daquela maneira. Vergonhoso!!! E a maneira como ninguém denuncia a falta de profissionalismo, é bem demonstrativo do espírito 'omerta' que se vive em Portugal... Espero que o jovem Salvador recupere, o embate com adversário foi forte, mas estar vivo, após um 'salvamento' daqueles, é uma sorte...

Anexos:

Benfica
1ª-Gil Vicente(f) (2-2), João Ferreira, Nada a assinalar
2ª-Feirense(c) (3-1), Hugo Pacheco, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
3ª-Nacional(f) (0-2), Soares Dias, Prejudicados, Beneficiados, Sem influência no resultado
4º-Guimarães(c) (2-1), Duarte Gomes, Prejudicados, Beneficiados, Sem influência no resultado
5ª-Académica(c) (4-1), Vasco Santos, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
6ª-Corruptos(f) (2-2), Jorge Sousa, Nada a assinalar

Corruptos
1º-Guimarães(f) (0-1), Olegário, Beneficiados, (0-0), +2 pontos
2ª-Gil Vicente(c) (3-1), Rui Silva, Beneficiados, Impossível contabilizar
3ª-Leiria(f) (1-4), Capela, Prejudicados, Sem influência no resultado
4ª-Setúbal(c) (3-0), Marco Ferreira, Beneficiados, Sem influência no resultado
5ª-Feirense(f) (0-0), Bruno Esteves, Beneficiados, (1-0), +1 ponto
6ª-Benfica(c) (2-2), Jorge Sousa, Nada a assinalar

Sporting
1ª-Olhanense(c) (1-1), Xistra, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
2ª-Beira-Mar(f) (0-0), Fernando Martins, Nada a assinalar
3ª-Marítimo(c) (2-3), Proença, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
4ª-Paços Ferreira(f) (2-3), Paulo Baptista, Prejudicados, Sem influência no resultado
5ª-Rio Ave(f) (2-3), Hugo Miguel, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
6ª-Setúbal(c) (3-0), Cosme Machado, Nada a assinalar

Braga
1ª-Rio Ave(f) (0-0), Duarte Gomes, Beneficiados, (1-0), +1 ponto
2ª-Marítimo(c) (2-0), Soares Dias, Beneficiados (1-0), Sem influência
3ª-Setúbal(f) (0-1), Hugo Miguel, Beneficiados (0-0), +2 pontos
4ª-Gil Vicente(c) (3-1), Rui Costa, Nada a assinalar
5ª-Guimarães(f) (1-1), Pedro Proença, Nada a assinalar
6ª-Nacional(c), Xistra, Nada a assinalar

Confissões

"O início da temporada europeia trouxe de novo uma questão recorrente: devem, ou não, os adeptos de um clube apoiar os rivais do mesmo país, quando em provas internacionais?

Não será certamente o debate mais importante do Mundo, mas não deixa de ter algum interesse, até para percebermos o que é efectivamente o Futebol.

A minha posição sobre o assunto nem sempre foi a mesma. Cresci com a ideia bem vincada de que, entre portugueses e estrangeiros, devia apoiar os portugueses, quaisquer que fossem as camisolas que vestissem, quaisquer que fossem as circunstâncias que rodeassem a ocasião. Tanto quanto me lembro, vivi assim as primeiras epopeias internacionais do FC Porto, nomeadamente a derrota na final da Taças das Taças, em 1984 (tinha eu 14 anos), e a vitória, três anos mais tarde, na Taça dos Campeões Europeus. Não chorei a primeira, nem festejei a segunda, mas recordo-me de, durante esses jogos, ceder às emoções manifestadas pelos narradores e comentadores televisivos, embarcando no apoio à equipa portuguesa.

Hoje não penso da mesma forma. Embora entre um estrangeiro honesto e um português corrupto, não hesite em escolher o primeiro, nem sequer estão em causa os métodos - entretanto expostos - que levaram o FC Porto ao seu crescimento competitivo dentro e fora de portas. O que sinto não se limita ao FC Porto, estendendo-se a Sporting, e , mais recentemente, a Sp. Braga. Creio que a representação nacional por excelência, aquela que une os portugueses em torno das bandeiras do seu pratiotismo, é a Selecção Nacional, pela qual torço incondicionalmente. Os clubes representam-se a si próprios, e apesar de compreender a posição politicamente correcta de jornalistas que se querem isentos, não me parece que aos adeptos deva ser exigido tamanha magnanimidade.

Não sou nacionalista, mas sou patriota. Sou do Benfica, e, enquanto português, da Selecção Nacional. Em termos de Futebol ninguém mais me representa."


Luís Fialho, in O Benfica

Choque frontal

"Decorridas cinco jornadas, aí temos o primeiro grande 'Clássico' do futebol português. FC Porto e Benfica, igualados no topo da tabela classificativa, defrontam-se esta noite no Estádio do Dragão, para uma partida que, não sendo propriamente decisiva, pode no entanto servir de preciosa alavanca a quem a vencer. Três pontos a mais para um, três pontos a menos para outro, e assim teremos um jogo que, objectivamente vale seis pontos.
As visitas ao Porto não têm sido fáceis para o nosso Clube. Quer pela violência organizada que nos tem atingindo fora do campo (com particular ênfase nas duas últimas temporadas), quer pelos resultados que se têm verificado dentro dele, este é um jogo que, nas últimas décadas, raramente nos correu de feição. Em 35 anos, só de lá conseguimos trazer duas vitórias em jogos do Campeonato - curiosamente ambas por 0-2, e ambas com um só jogador a marcar os dois golos, primeiro César Brito, em 1991, depois Nuno Gomes, em 2005 -, e ainda na última temporada de lá saímos vergados ao peso de uma goleada dolorosamente histórica.
Épocas houve (particularmente nos finais dos século passado) em que não tínhamos uma equipa à altura de nos batermos contra a fúria competitiva com que o FC Porto nos recebia e nos enfrentava. Noutras ocasiões, ter-nos-á faltado a sorte que sempre acompanha os vencedores. Mas, infelizmente, na maioria dos casos, houve também factores externos a condicionar os resultados, pelo que as razões de tão negro registo estatístico estão muito para além da pureza genuína do futebol jogado em campo.

Clássicos polémicos
Constitui já uma triste tradição sermos prejudicados pelas arbitragens no Estádio das Antas, primeiro, e no Estádio do Dragão, depois. Em 35 anos, é fácil lembrarmo-nos de mais de uma dezena de Clássicos em que a influência dos senhores do apito determinou o rumo dos acontecimentos - fosse com penáltis mal assinalados a favorecer a equipa nortenha, fosse com penalidades escamoteadas à nossa equipa, fosse com golos mal anulados, fosse com expulsões injustificadas de jogadores do Benfica.
O penálti assinalado por Pedro Proença em 2009, perante simulação mal ensaiada de Lisandro Lopez em lance com Yebda, foi apenas a última das muitas situações de gritante prejuízo a que fomos sujeitos em deslocações ao Porto. Esta página não daria certamente para descrever, lance por lance, toda a mentira que quase sempre acompanhou estes Clássicos (e, por consequência, os respectivos campeonatos), sendo que alguns desses lances, pela extrema desfaçatez com que foram ajuizados, dificilmente poderiam sair dos portões da nossa memória. Os golos anulados a Amaral (com expulsão escandalosamente perdoada a Vítor Baía no mesmo lance), em 1994, e a Kandaurov, em 1998, bem como um penálti fantasma assinalado a Mozer em 1993 (pelo sinistro Carlos Calheiros), são alguns deles. Mas talvez o número que melhor defina aquilo de que estamos a falar seja o dos incríveis 30 (!!!) cartões vermelhos exibidos a jogadores do Benfica em Clássicos com o FC Porto nos últimos 23 anos, muitos deles totalmente abusivos, e reveladores de uma parcialidade sem limites.

Desconfianças
Desconfio, porém, que não resida exclusivamente na arbitragem a adulteração de todo este obscuro balanço. Particularmente nos jogos contra o Benfica - em que o ódio, a extrema hostilidade, e os recalcados complexos em relação ao peso social e histórico do nosso Clube, têm também entrado em campo -, não tenho a certeza que o grau de superação física demonstrado habitualmente pelas equipas do FC Porto se deva exclusivamente ao treino, ou à simples, e legítima, vontade de vencer. De quem nos habituou a fazer-se valer de todos os meios para atingir os objectivos, de quem nos habituamos a ver atropelar reiteradamente a verdade e o desportivismo, devemos esperar tudo, independentemente de limites éticos ou legais, que nunca se lhes colocaram no horizonte. É uma pena que a regulamentação existente não permita dissipar cabalmente este tipo de desconfianças, mas, enquanto assim for, ninguém nos pode impedir de as sentir, nem de as manifestar.
Independentemente de tudo isto, e contando com tudo isto, os nossos jogadores não vão seguramente deixar-se atemorizar. As nossas armas são o talento, a organização, a concentração, o trabalho e a entrega total ao jogo. Temos grande jogadores, temos um grande treinador, e, contra adversários, árbitros, ambiente e sabe-se lá mais o quê, podemos vencer, como de resto fizemos na última deslocação ao Dragão - então para a Taça de Portugal, em eliminatória depois ingloriamente desperdiçada em nossa casa.
Sabemos que temos mais do que uma simples equipa de futebol pela frente. Mas é justamente esse o desafio que nos pode estimular a ser superiores e a vencer."

Luís Fialho, in O Benfica