quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Estão com medo, muito medo...!!!


Duas simples notas sobre a mais que provável candidatura do 'Jameson' à Presidência da FPF:
-O Pintinho está com medo de um possível acordo Benfica/Sporting para as próximas eleições da FPF, assim em vez de apoiar (secretamente) Vítor 'Chapelada' Baía, empurra um ex-presidente Lagarto, julgando que o Sporting não pode deixar de o apoiar... Dividir para Reinar... a receita é antiga... é uma excelente oportunidade para avaliar as intenções da actual Direcção do Sporting.
-Curioso o silêncio dos jornaleiros avençados mais próximos dos Corruptos sobre este assunto, tem sido os jornais teoricamente mais afastados da Camorra, a chamar os bois pelos nomes, ao nomear os apoios do Soares 'Jameson' Franco... a estratégia provavelmente passava por manter em segredo tal apoio, mas já não vão a tempo...

Existem muitos Benfiquistas, com argumentos válidos, que desconfiam ou recusam mesmo, qualquer tipo de aliança com o Sporting... Aquilo que está em causa nas próximas eleições da FPF é demasiado importante para teimosias ou embirrações, mesmo que tenham algum mérito... Os Lagartos não merecem a nossa confiança, é verdade, mas a Direcção do Benfica tem que pelo menos tentar. Se mais uma vez, os Lagartos resolverem ir mais uma vez ao 'beija mão', o problema é deles, e vão ter que o fazer abertamente na comunicação social, à vista de todos... Quem critica a Direcção do Benfica por não ir suficientemente longe nas críticas ao Sistema (arbitragem, disciplina...), é obrigado a apoiar todas as tentativas do Benfica (nestas eleições da FPF), em tentar 'varrer' da FPF (arbitragem, disciplina...) todos os fantoches dos Corruptos, mesmo que para isso tenhamos que fazer acordos com os Lagartos...


Nota: A montagem 'Idiota', com a cara do 'Jameson', foi retirada dum blog da Juve Leo!!!

O quase ídolo

"Michael Fanter anda nas páginas dos jornais e revistas de todo o Mundo. Até aqui nada de estranho. Todos os dias os meios de comunicação tornam famosos homens que até então eram meros desconhecidos.

O que fez na vida Michael Fanter? Descobriu a cura para alguma doença? Frio. É um desportista talentoso? Ainda mais frio. É um actor de teatro ou de cinema? Ultra-congelado.

Michael Fanter, até hoje, não fez nada. E é por isso que é notícia. Quer dizer, não é bem por isso. Na verdade, é notícia apesar de não ter feito nada. Vamos acabar com o mistério, então, que o espaço desta coluna começa a escassear. O feito de Michael Fanter é incrivelmente inútil, até porque em nada depende dele: é parecido com o basquetebolista Pau Gasol, da NBA. E, por ser parecido com ele, ganha facilmente 900 euros por dia, enquanto sócia deste, o que o leva a ser convidado para festas e inaugurações.

O negócio, no entanto, tem outras ironias, como a de os empresários tentarem vender jogadores usando as estrelas como referências. Normalmente com bons resultados, mas não desportivos. Vamos lá fazer o exercício: quantos novos Maradonas apareceram nos últimos 15 anos? E onde andam agora?

..."


Nuno Perestrelo, in A Bola

Mimos e autoritarismos

"Da mais recente polémica produzida no interior da Selecção ninguém ficou a ganhar. Pelo contrário, ambos deviam ser penalizados com derrota. O primeiro, Ricardo Carvalho, por atitude reprovável; o segundo, Paulo Bento, por ter descido ao nível do subalterno e reagido sem a elegância que deve exigir-se ao principal responsável técnico pela equipa lusa. Se um errou, o outro imitou-o, sendo altura de perceber que um país como o nosso, de limitado campo de recrutamento, não pode dar-se ao luxo de, entre renúncias, exclusões, dispensas, opções, ou o que queira chamar-se-lhe, deitar fora praticantes de qualidade. Uns saíram por iniciativa própria, outros por caprichos de quem manda, outros ainda por motivos que nem a inteligência enxerga. Transmite-se assim para o exterior, além da indisfarçavel bagunça, um sinal de abundância de talentos que, em rigor, não existe.

O problema não está nas decisões frontalmente tomadas, mas sim nas ambiguidades que uma Federação amorfa e fora de prazo de validade foi permitindo, por não ver, não saber ou não fazer a menor ideia... Deixa-se andar, até ao esquecimento... Por exemplo, ainda ninguém enfrentou com verdade a expulsão de Vítor Baía e a troca por outro guarda-redes de divisão inferior. Nem o significado da sucessão de renúncias, desde Rui Costa, no Euro-2004, a Simão, Tiago, Paulo Ferreira ou Deco. Mais as inatingíveis medidas técnicas, como a proscrição de João Moutinho com Queiroz ou o esquecimento de Bosingwa, com Bento, apesar deste anunciar o contrário. Não sei, nem estou interessado em saber se falaram ou não com ele em relação a esta última convocatória, mas era dispensável o ralhete do seleccionador a propósito de uma interpelação alicerçada no interesse jornalístico do caso. O que se sabe é que o lateral-direito, ultrapassados alguns impedimentos físicos, atravessa um momento de forma espantoso. E desde o Portugal, 3 - Dinamarca, 1, no Estádio do Dragão, o primeiro jogo da era Paulo Bento, em Outubro de 2010, Bosingwa só foi visto nos particulares com a Espanha, como lateral-esquerdo, e com a Argentina, sentado na bancada por causa de dores no joelho. O resto é pura divagação e... a mania que se está a instalar nos treinadores de que não devem satisfações a quem quer que seja.

O sucesso da contratação de Paulo Bento pela FPF é inatacável. Os resultados não admitem duas interpretações: primeiro lugar no grupo, quatro jogos oficiais, quatro vitórias, doze pontos, onze golos marcados e dois sofridos. Cem por cento de eficácia, o mérito de ressuscitar uma selecção e fazê-la voltar a acreditar nas suas imensas capacidades. Trabalho que é fruto da obra fantástica do actual seleccionador, daí que tudo deva ser tentado no sentido de proteger este percurso vitorioso de percalços que o diálogo e a sensatez ajudam a solucionar. Não estou a sugerir aproximações, embora aplauda a disponabilidade do presidente do Sindicato dos Jogadores, Joaquim Evangelista, nem a branquear a acção de Ricardo Carvalho. Se não mais for convocado, já conhece a razão. Foi ele quem a provocou, ficando sem margem para contestar seja o que for. De toda a maneira, a última coisa de que a Selecção precisava era de mais um desconforto como este, que volta a trazer à colação o delicado tema das duplas nacionalidades, mais o tique de autoritarismo que tem atacado os seleccionadores, ao colocarem o poder acima da razão: desde Scolari, o qual se deu ao desplante de agredir um adversário e de ofender jornalistas em público com vocabulário de taberna. Quanto à agressividade do discurso, aliás, as semelhanças são preocupantes: Queiroz, em desespero, convidou os jogadores a irem com ele para a selva combater fantasmas; Bento fala agora em virar de costas, em deserção e ateia a fogueira para queimar em lume brando mais uma das referências da Selecção, por acaso o seu melhor central. É o que eu penso.

O caminho não pode ser por aqui. Nem os futebolistas profissionais e generosamente pagos devem comportar-se como meninos mimados, nem os treinadores julgar-se no direito de pôr e dispor sem prestarem contas, nem a equipa nacional ser tratada com tamanho desrespeito. É urgente mudar, com nova Federação... Não vejo outra saída."


Fernando Guerra, in A Bola